terça-feira, 29 de novembro de 2016

ELES NOS PRECEDERAM - PE. BENEDITO JOÃO DIAS CSsR

PE. BENEDITO JOÃO DIAS CSsR 
+29 de NOVEMBRO 1946 
Era de Campinas (GO) onde nasceu a 17 outubro de 1915. Veio para o Juvenato de Aparecida em janeiro de 1927, professando em 1934, indo, depois, iniciar seus estudos superiores na Argentina. Em janeiro de 1937 regressou, continuando a estudar no recém-inaugurado Seminário Maior de Tietê. Era 1938 (18 de dezembro), foi ordenado sacerdote, e nomeado professor do Juvenato em Aparecida. Inteligente, alegre e espirituoso, Pe. Dias foi sempre um ótimo confrade. Teria sido um grande missionário, com a simplicidade e espírito de fé que o caracterizavam. Sabia ler e estudar, com um faro bastante aguçado para escolher seus livros. Dotes literários não lhe faltavam: fantasia desenvolvida, linguagem fluente e até elegante. Mas foram outros os planos de Deus a seu respeito. Sempre muito magro, já nos primeiros anos, como professor no Juvenato, contraiu a tuberculose; e, quando ele o notou, seu estado já não era dos melhores. Foi, por isso, internado em Campos do Jordão, para um tratamento sério. Mas a enfermidade já havia avançado demais. Passou alguns anos no sanatório mas não resistiu, falecendo aos 31 anos, no dia 29 de novembro de 1946. Embora abatido, vendo sua vida chegar ao fim tão cedo, Pe. Dias soube aceitar com resignação a vontade de Deus. Meses antes da sua morte, agradecendo aos confrades os parabéns e orações pelo seu onomástico, ele escreveu: “Meus caros, a mão do Senhor me tocou. Sonhei com um túmulo glorioso, em pleno campo de batalha pelo Reino de Deus. Agora só peço a Deus que suscite em vocês todos aquele espírito que animou nosso Pai Santo Afonso... no trabalho e na salvação das almas. Só me resta dizer-lhes o que outrora dizia Jerônimo ao Bispo Agostinho: ... basta-me um cantinho no deserto, para terminar os meus dias, e fazer penitência dos meus pecados. Firmes, pois meus amigos, na melhor parte que vocês escolheram, sem olhar para o século e seus falsos profetas!”
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. LUCAS (BERNARDO ARNOLD) CSsR

IR. LUCAS (BERNARDO ARNOLD) CSsR
+28 de NOVEMBRO 1953 
A portaria do Convento de Aparecida o conheceu durante quase 30 anos. Era de Ittenhausen (Alemanha) nascido a 13 de agosto de 1871. Professou na C.Ss.R. em 1895, vindo para o Brasil em 1902. Foi logo designado cozinheiro em Aparecida, e desempenhando o mesmo ofício, esteve depois em Goiás, até 1912, ano em que veio para a Penha, como porteiro. Em 1926 foi para a portaria de Aparecida, onde trabalhou até a sua morte. Um “fora de série” — esse foi o nosso Irmão Lucas. Com invejável equilíbrio, era um homem sempre alegre, e profundamente recolhido. Em todo o seu modo de falar e agir, via-se o justo que vivia intensamente ex fide. Impressionava a todos pelo seu recolhimento e piedade, mormente quando na capela, onde costumava passar seus momentos livres. De uma simplicidade infantil, era a caridade em pessoa, não só para com os confrades, mas principalmente para os pobres que sempre o importunavam na portaria. Para todos, além de alguma esmola, tinha sempre uma palavra de consolo, de alegria e de animação. Nunca estava ocioso, porque não esperava que o trabalho se apresentasse; era ele quem o procurava onde pudesse estar. A alegria, a paz interior que sempre o distinguiram, já aparecem numa carta que escreveu em 1909, ao Provincial da Alemanha. Entre outras coisas ele diz nessa carta: “Onze anos atrás meu cavalo disparou morro abaixo com a carroça cheia; o eixo quebrou, e a carroça passou por cima de mim. Mas Deus seja louvado, tanto no sofrimento como na alegria. Deus seja mil vezes bendito pela ótima saúde que me deu, pois não sinto absolutamente nada com a mudança de clima. Até agora não me arrependi de ter atendido ao chamado de Deus, para vir trabalhar aqui no Brasil; pelo contrário, nem sei como agradecer”. E ele soube muito bem agradecer com sua vida de oração e trabalho, durante os cinqüenta anos que viveu entre nós. No fim da vida, percebendo que já não podia mais trabalhar como antes, aceitou a última doença com a mesma paz e tranqüilidade com que se sempre viveu. Quando a 28 de novembro de 1953 a irmã morte apresentou para levá-lo à presença do Pai, ele a recebeu com a segurança do servo bom e fiel, certo da recompensa final.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - REGINALDO SILVA – ANTIGO SEMINARISTA REDENTORISTA

REGINALDO SILVA ANTIGO SEMINARISTA REDENTORISTA
+ 25 Novembro 1962
No dia 25/11/62 tivemos uma grande tristeza! Morreu o seminarista aparecidense Reginaldo Silva, filho de Luís Oliveira Silva e Maria Mercedes Silva. Durante a semana santa ele tivera um ataque convulsivo. Foi mandado para a sua casa para tratamento. Após algum tempo, Dr. Sigaud deu um atestado declarando que podia voltar aos estudos. Segundo o doutor, era problema de vermes. Reginaldo era alegrinho, bom cantor, bom jogador de futebol, bem comportado. Em setembro de 62 seus pais foram avisados que ele não podia continuar no seminário em 63 por causa da sua dificuldade nos estudos, apesar de boas qualidades. Não foi logo para casa para não perder o ano. Ele mesmo foi preparado por mim para enfrentar essa dura realidade. Chorou muito. À noite de 24/11, após um filme no refeitório, sofreu outra convulsão. Socorrido, ele se recuperou. Foi dormir. Mas, já na cama, um colega notou que ele não estava bom. Chamou o Diretor, Pe. Negri, Pe. Vieira e o Pe. Zulian. Imediatamente eu e o Pe. Furlani pegamos a condução, que estava na Pedrinha para levar no dia seguinte o Pe. Vieira para Aparecida, e fomos atrás do doutor e dos pais do Reginaldo. Estava chovendo muito. Tivemos que parar um bom tempo na passagem de um córrego transbordante logo após o Fazendão. Rezamos um terço. A chuva parou. Arriscamos atravessar e conseguimos. Acordamos primeiro o doutor em Guaratinguetá. Depois fomos ao Bairro de Santa Teresinha, em Aparecida, buscar o Sr. Luís Oliveira. Nesse meio tempo, Reginaldo piorou. Pe. Furlani deu ao menino a unção dos enfermos. Pe. Francisco Vieira ficou ajudando, junto com alguns seminaristas. Ele faleceu serenamente às 0:10 do dia 25/11/62, disse-nos o Pe. Zulian. Ao chegar, ali pela uma hora o médico, constatou que havia morrido de edema pulmonar.
Veja a crônica escrita pelo juvenista Antônio Benedito Martins, colega de curso do falecido: “Georgino Ribeiro (Zoza) nosso cozinheiro, Pe. Vieira e outros amigos da Pedrinha ajudaram a preparar o corpo. Às 5 horas da manhã o corpo de Reginaldo já estava na capela do SRSA. O velório se estendeu até as 16 horas. Durante todo o dia muitos amigos da família desfilaram diante do caixão rezando e trazendo as condolências. Pe. José Oscar Brandão, Pe. José Rodrigues de Souza, os prefeitos e professores do SRSA prestaram total solidariedade. José Borges Ribeiro e outros amigos de Aparecida ajudaram demais, nos preparativos do funeral e dos papéis necessários.
Às 16 horas houve Missa de Corpo Presente (em latim) celebrada pelo Pe. Silvério Negri e assistida pelos padres, irmãos coadjutores e muitos parentes e amigos da família enlutada. Carregamos o féretro em procissão com todos os seminaristas do Pré e do SRSA.
Os pais do Reginaldo, no dia do enterro, mostraram muita conformidade, embora com muita dor. Entretanto, alguns dias depois, apareceram algumas críticas sobre o diagnóstico do Dr. Sigaud e sobre o modo como ele cuidou do caso, justamente por seu um médico muito respeitado em Guaratinguetá e em Aparecida.

PADRE SILVÉRIO NEGRI CSsR+
Além de muito inteligente jogava muita bola. Infelizmente faleceu numa noite de grande tempestade, riacho transbordou e não conseguiu chegar à Santa Casa. Sebastian Baldi



ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JUVENAL MARTINS RATTO CSsR

PE. JUVENAL MARTINS RATTO CSsR 
+ 25 de NOVEMBRO 1982 
Era paulista de Mogí das Cruzes, onde nasceu a 13 de novembro de 1911. Aos doze anos ingressou no Seminário Santo Afonso, de Aparecida- SP. Em 1931 fez o seu noviciado em Pindamonhangaba, onde professou a 26 de abril do ano seguinte. Os estudos de Filosofia e Teologia ele os fez em Villa Allende (Argentina, sendo ordenado em Tietê a 24 de janeiro de 1937. Até 1941 trabalhou em Goiânia e Aparecida, como cooperador. Dedicou- se depois à vida missionária nos Estados de São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul, tendo pregado perto de 100 missões. Durante vários anos exerceu, com muita dedicação, o cargo de Procurador Provincial. De ótima saúde, Pe. Martins foi sempre um Redentorista de grande atividade. Como Procurador, atento e minucioso, nada esquecia, preocupado em tudo prever para o bem da Província. Como missionário não se poupava, e soube aproveitar bem de sua saúde e da força de sua voz nas pregações. Ótimo confrade, sempre alegre e disposto, tanto para o trabalho, como para as festas, passeios e recreações. Nos seus últimos anos pouco pôde trabalhar, devido à sua saúde que começou a cair quase de repente. Mesmo assim não descuidava suas notas e apontamentos. Basta lembrar que na sua ficha pessoal, do Arquivo Provincial, acrescentou ao formulário já de quatro páginas, outras quatro, anotando pormenores dos seus trabalhos de missionário e procurador.(*) Membro da comunidade de Sacramento-MG em 1982, embora não fosse homem de se preocupar muito com sua saúde, acabou convencendo-se da necessidade de um tratamento em São Paulo. Tudo foi feito para impedir que uma grave infecção continuasse a lhe minar as forças. Mas já era tarde. E no dia 25 de novembro ele faleceu repentinamente em nossa casa do Jardim Paulistano, em São Paulo. Estreou como primeiro redentorista sepultado no jazigo da Província, no Cemitério Getsêmani, em São Paulo. (Arquivo Provincial) 
(*)Pe. Juvenal Martins, por alguns anos dirigiu a Ed. Santuário e administrou o Hotel Recreio em Aparecida. (nota do editor)

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - ANTÔNIO BICARATO, OBLATO REDENTORISTA E ANTIGO SEMINARISTA

ANTÔNIO BICARATO, OBLATO REDENTORISTA 
E ANTIGO SEMINARISTA
+24 DE NOVEMBRO 2014
Morreu em 24/11/14, o Oblato Redentorista Antônio Bicarato, aos 74 anos. Seu Toninho, como era conhecido, trabalhava desde 2011 na sede da CNBB, em Brasília, inicialmente como auxiliar de administração e, em seguida, como revisor de textos. Em nota de pesar, o secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, destacou que "Toninho, oblato redentorista, dedicou sua vida e seus dons com generosa fidelidade à Igreja, na oração diária da Liturgia das Horas e do Rosário de Nossa Senhora, na dedicação aos mais pobres, na educação da família e na pronta disponibilidade para servir. Na CNBB, passaram por suas mãos boletins de notícias, documentos, comunicados e tantas importantes publicações que animaram e colaboraram com a ação evangelizadora da Igreja no Brasil". Toninho estava em tratamento contra um câncer no pâncreas, descoberto em outubro passado. O sepultamento ocorreu em São José dos Campos (SP). Viúvo, deixou cinco filhos e duas netas. Na Província de São Paulo, entre diversas colaborações, trabalhou na Editora Santuário.
29/01/2013
Chove a noite toda. “Acho que começou a estação das águas”, pensou. Até seria bom chover assim. Uma chuva mansa e criadeira. Chuva-mãe. Chuva-prenhe. É dessa chuva que nascem as flores e os pensamentos bons. É como se Deus lançasse um véu sobre a terra. Véu tipo véu mosquiteiro de berço. Véu que protege. Vou caminhando pelas ruas lavadas e as árvores como que agradecendo fazem tapetes amarelos, rosas, roxos, brancos…
Ah! como é preciso agradecer! Pelos tons da minha vida, pela rotina encantadora de Deus renascendo em mim e na natureza.”
O artigo acima é inspiração do nosso estimado Bicarato que nos deixou e foi viver na eternidade ao lado de sua sempre querida Benê!
Vejam a bela série de seus artigos, frutos de grande sensibilidade de alma pura!
Fique com Deus para sempre caro amigo e colega e receba nossas plenas orações para esse caminho que passou a trilhar!
DESCANSE EM PAZ! Antônio Ierárdi Neto
Uma das pessoas mais queridas que tinha no seminário. Ele me ensinou a desenhar e uso até hoje os seus ensinamentos e passo para frente. Ele plantou e deu frutos. Estou muito triste, minhas lágrimas tem um grande motivo. Perdemos um grande amigo, sem fanatismo, sem preconceito, e o ex que não deveria ser ex nunca. Mas na vontade de Deus, ninguém interfere. Ele está com sua esposa querida a Bene, ambos nos braços de Deus.Abner 
Fiquei sabendo as dezesseis horas e fui até o cemitério participei da missa de corpo presente celebrada pelo Pe Rogério das Neves (amigo particular do Bicarato) e concelebrada pelo Pe Ferdinando juntamente com o Diácono chanceler da Cúria Gerardo Paschoale. È mais um amigo que vai pra junto de Deus receber seu premio pois cumpriu sua missão com muito amor.José Hélio Reis 
Que pena pela perda da companhia dele; mas que bom, pois completou sua caminhada, e dignamente. Adeus.Antônio Cláudio Ferreira
Uma vez Redentorista sempre Redentorista, por ocasião de minha meu exame na filosofia o tema da redação foi: "Floresça onde Deus te colocou mesmo que seja sobre uma rocha". Muitos passaram pelo seminário mas quis Deus que florescessem em outros jardins. Abraços a todos. José Hélio dos Reis

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - VENERÁVEL PE. PELÁGIO SAUTER CSsR

VENERÁVEL PE. PELÁGIO SAUTER CSsR
+23 de NOVEMBRO 1961 
“Canonizado” pelo povo goiano como o “apostolo de Goiás”, Pe. Pelágio nasceu na Alemanha a 9 de setembro de 1878. Tinha 15 irmãos, dos quais um, de nome Gaspar, também se fez redentorista. Professou em 1902, sendo ordenado em 1907; e em 1909 chegou ao Brasil. Sua vida foi então, quase toda em Goiás, onde trabalhou como missionário, vigário, distinguindo-se sempre por uma extraordinária dedicação aos pobres e doentes. Sua simplicidade no trato com todos, sua piedade sincera, aliada a uma grande caridade para com os necessitados, foram a causa da veneração com que era procurado e acolhido em toda parte, nos 49 anos que trabalhou em terras goianas. Como missionário foi realmente incansável, tendo percorrido quase todo o Estado de Goiás, sempre no lombo...da sua condução. Como Vigário de Trindade, deu grande impulso ao movimento religioso do Santuário; mas se ele se tornou tão popular e querido por todos, foi devido à dedicação com que atendia os mais pobres e sofredores. De grandes distâncias vinham os caboclos a procura de uma palavra sua, sempre acompanhada de uma benção que ninguém dispensava, como forte e até miraculosa. Na comunidade ele era o confrade que todos estimavam, principalmente quanto a idade já avançada o prendia mais em casa. Alegre e disposto, sabia animar os recreios ou uma prosa com velhas histórias, marcadas de saudade, das suas andanças pelo sertão goiano. Nos seus últimos cinco anos, seu apostolado foi sempre com os doentes que o solicitavam, atribuindo à sua bênção curas extraordinárias. Indo, certo dia, visitar um pobre, apanhou muita chuva pelo caminho, sobrevindo-lhe depois um resfriado muito forte. Com as forças já combalidas, esse foi apenas o início de outras complicações que o levariam à Santa Casa de Goiânia. Após uma semana de sofrimento, sempre rezando e assistido .pelos confrades, faleceu a 23 de novembro de 1961, levando para eternidade mais de 50 anos vividos para a gloria de Deus e bem das almas. Por ocasião da sua morte, houve em todo o Estado, luto oficial de três dias, e ponto facultativo em Goiana, no dia do seu enterro. Este foi acompanhado por umas trinta mil pessoas, todos querendo tocar seu corpo com objetos de devoção ou com flores. Com muito jeito, alguém chegou a lhe cortar um pedaço da batina — como preciosa relíquia.
NOTA:Desde 1997 está introduzido em Goiânia seu processo canônico de beatificação, cujo vice-postulador da causa é nosso estimado Padre Clóvis de Jesus Bovo, missionário redentorista, que mantém um portal diário em honra deste servo de Deus. No dia 7 do mês de novembro de 2014, o Papa Francisco reconhece pela Santa Sé o processo desde então deste Servo de Deus que passa ser VENERÁVEL. Parabéns, Padre Clóvis pela sua incansável luta. Em breve tempo veremos beato nosso venerável Pe.Pelágio e, principalmente Goiás que o consagrou seu APÓSTOLO, o terá logo logo em seus altares como SANTO!(Ierárdi)
Dia 7 de novembro de 2014 o Papa Francisco, assinou o decreto proclamando as virtudes heroicas do servo de Deus, Padre Pelágio Sauter, recebendo o título de Venerável. Este título é o resultado da fase mais importante, mais trabalhosa e mais exigente de uma causa de canonização. É como o alicerce de uma construção. Em cima dele vão se erguendo os outros andares: beato, santo, intercessor, modelo de virtudes, glorificado na terra e no céu. O milagre exigido pela Igreja é apenas para confirmar o que foi dito sobre suas virtudes. Esse título abre caminho para se continuar as pesquisas sobre sua vida. Qualquer profissão ou carreira neste mundo exige uma porção de etapas ou degraus da escada que leva até a formatura! Coisa semelhante acontece quando se quer canonizar alguém. Cabe-nos agora conhecer melhor este modelo de santidade que a Igreja nos propõe para ser imitado. Ao invocá-lo ou ao falar dele, acrescentemos sempre seu novo título de Venerável.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR

terça-feira, 22 de novembro de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Orlando Gambi CSsR

Pe. Orlando Gambi CSsR
22 de novembro de 2005
Pe. Orlando nasceu em Machado, MG, no dia 17 de maio de 1925, filho de Celso Gambi e Assunta Bartolomeu Gambi. 
Admitido ao Seminário Santo Afonso em 1937, aí concluiu o curso em dezembro de 1944. Durante o ano de 1945, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, a 02.02.1946. Foi Ordenado Sacerdote, na Igreja Matriz de Tietê SP, a 27.12.1950, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. 
Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Machado MG, a 07.01.1951. Deixou o Seminário Maior, em janeiro de 1952,
Iniciou seu ministério no Santuário de N. Sra. Aparecida. Depois de dois anos lecionando no Seminário Sto. Afonso, no primeiro semestre de 1957 fez, em São João da Boa Vista, o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. Depois de sete anos, de 1963 a 1965, dedicou-se a uma pastoral de vanguarda entre o operariado nas fábricas de S. Paulo. Em Roma e Lovaina fez um curso de Sociologia Pastoral.
Voltando ao Brasil, em 1967, iniciou seus trabalhos na Rádio Aparecida, cuja direção geral assumiu de 1970 a 1981. Sua atuação foi marcante na história da emissora: terminou a construção da nova sede, promoveu grande renovação técnica, conseguiu novas freqüências e aumentos de potência. De 1982 a 1987 dirigiu a Comunidade Redentorista e a Paróquia de N. Sra. do Perpétuo Socorro, em S. Paulo, SP. Desde então residiu em Aparecida, SP.
Poeta e músico, autor de muitas composições. Pregador, radialista e escritor de atividade incansável. Deixou muitas obras publicadas e sempre colaborou com revistas e jornais. Muitos de seus textos poéticos foram divulgados em CDs e na Internet, que lhe abriu um novo campo em seus últimos anos.
De personalidade rica, emotiva e entusiasta, conquistou inúmeros e fiéis amigos e admiradores. Na vida comunitária foi sempre uma presença marcante.
Sua saúde, nem sempre muito firme, debilitou-se nos últimos dois anos. Depois de longo calvário em consultórios e hospitais, encerrou sua peregrinação às 7,30h de 22 de novembro de 2005, aos oitenta anos de vida. Viva na Paz do seu Senhor.
OBRAS DO PE. ORLANDO GAMBI
Editora Salesiana:
De coração aberto 
Oração na simplicidade
Shalon:
Conversando sem segredos
Editora Santuário:
Como eu dizia, Senhor 
Criança 
Fique de bem com a vida 
Gosto que me falem amor 
Meu Natal para quem amo 
O Natal que te quero 
Paz e bem 
Porque somos amigos 
Quero dizer a Deus que... 
Um viva ao amor 
Ver a vida com amor 
Vida de Monsenhor Filippo 
Vida de Santa Teresinha 
Vida do Padre Luis Guanella
Vida do Pe. Gaspar Stanggassinger

TRADUÇÕES
Editora Santuário:
Do alemão:

José, escolhido de Deus
Maria, mãe querida

Do italiano:

A caminho com Jesus
Eles vivem na paz 
Via sacra dos idosos

Padre Gambi foi meu professor, a última vez que eu o vi foi em uma missa por ele celebrada numa comemoração de minha família. Na hora da saudação, ele sugeriu que trocássemos as palavras tradicionais por "Irmão, eu te amo", aproveitei o ensejo e dirigi-me ao meu irmão, ao meu lado, proferi as palavras e, nesse dia, reatamos relações um tanto estremecidas em nosso relacionamento.Alexandre Dumas Pasin

domingo, 20 de novembro de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR

IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR 
+20 de NOVEMBRO 1975 
Bávaro, nascido a 6 de maio de 1894. Ingressou na C.Ss.R. em 1912, professando em 1919. Trabalhou na Alemanha até 1931, ano em que veio para o Brasil. — Embora bom cozinheiro, Irmão José trabalhou em quase todas as Casas da Província de São Paulo e de Porto Alegre como marceneiro. A seu respeito escreveu o Provincial da Alemanha ao nosso Vice- Provincial: “Igual a ele dificilmente o Sr. poderá encontrar um outro. Firme na vocação, cuidadoso, econômico, prático, e trabalha por três; cedendo-o nós perdemos muito”. A Província de São Paulo lucrou muito. Incansável no trabalho, Irmão José sabia usar e aproveitar tudo, desde madeiras até ao último prego ou parafuso. Piedoso sem alarde; inteligente e observador, sabia caracterizar fatos ou pessoas com duas palavras, ou com alguma comparação original. Não era homem de falar muito; preferia ouvir e observar. Avaro do seu tempo, estava sempre ocupado. Na fundação do Seminário em Tietê, sem ajudante, fez todos os armários, estantes, carteiras, mesas, guarda-roupas, prateleiras para a biblioteca, enfim, tudo o que era do seu ofício. Em São João da Boa Vista deixou também a marca do seu trabalho, tomando para si o mais pesado, e deixando para o Irmão Simão já idoso, o mais leve e fácil na execução do forro da igreja. Nas suas observações, feitas em um Português todo seu, aparecia bem o marceneiro de plaina afiada, pronta para desempenar. Algumas foram destacadas: “Este de padres antigos, este de breviário debaixo do braço; este de padres modernos, este de máquina de retrato. — Este de padres antigos, este de muita meditação, este de padres modernos, este de muita televisão”. — Nos dias de festa em Pinheiro Marcado: ”Este de dia de três arroz: arroz de sopa, este de arroz de arroz, e este de arroz de doce”. — Na conferência aos irmãos, o padre encarregado lia um trecho em francês (!) e o traduzia para seus ouvintes. — Irmão José lhe disse: “Este de conferência este de grandes porq’ria; este de livro francês este de muito ofende alemão...” idoso, e com a saúde já abalada, está ele em Goiânia, ajudando nos trabalhos da Casa. Nunca se queixava sequer de um incômodo, e se teve alguma doença ninguém o soube, pois nada dizia a respeito. Com 81 anos, faleceu a 20 de novembro de 1975.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 19 de novembro de 2016

Por que a maioria dos jovens deveria entrar ao seminário

Precisamos de mais homens com sólida liderança moral – e um bom seminário proporciona a formação necessária para isso, mesmo que o jovem acabe não se tornando sacerdote .
Philip Kosloski é escritor e designer gráfico. Ele escreve uma variedade de tópicos em seu blogue . Ele é graduado pela Universidade de St. Thomas, St. Paul, com um diploma em filosofia e estudos católicos. 
16 DE NOVEMBRO DE 2016 
Quem deveria entrar num seminário? Somente os jovens que têm 100% de certeza de que vão ser padres? Ou será que todos os homens poderiam “tirar a prova” e passar um ano ou dois no seminário? Quando os jovens em discernimento vocacional pensam na possibilidade de entrar no seminário, os amigos e parentes frequentemente lhes perguntam: “Mas você tem 100% de certeza do chamado ao sacerdócio?”. Muitos jovens lidam com a dúvida durante anos e nunca entram no seminário porque nunca chegam a estar absolutamente certos de que Deus os chama a este caminho. Acontece que o seminário não precisa nem deve ser visto como uma “fábrica de sacerdotes”, na qual só entram jovens que não têm dúvida alguma nem medo nenhum e que, magicamente, saem ordenados padres no final de uma linha de produção. É verdade que a razão de ser dos seminários é formar sacerdotes, mas também é verdade que a formação humana, intelectual e espiritual que um homem recebe no seminário o beneficiará pelo resto da vida em qualquer vocação a que Deus o chame. Por isso é que eu digo que a maioria dos jovens deveria entrar no seminário, especialmente diante do tipo de “formação” confusa, desnorteada, relativista, leniente e permissivista que se recebe em grande parte das escolas e faculdades de hoje em dia. Se é verdade que ainda existem muitos seminários igualmente desnorteados, desviados e lenientes, também é verdade que muitos outros seminários preservam um modelo de formação incomparavelmente superior ao proposto pela sociedade egocêntrica, materialista e incoerente em que vivemos. Precisamos de mais homens capazes de liderança moral. Um bom seminário fornece com excelência a formação necessária para isso, mesmo quando grande parte dos seminaristas acaba descobrindo que o seu caminho não é de fato o sacerdócio – aliás, essa descoberta também é um fruto excelente, pois completa um caminho de discernimento que deixa as coisas bem mais claras na cabeça e no coração de quem o trilhou com abertura e generosidade. Afirmo tudo isso como um homem que entrou no seminário logo após o ensino médio e que, atualmente, é casado e pai de cinco filhos. Há quem me pergunte se eu me arrependo dos três anos que “perdi” no seminário quando, na verdade, Deus me chamava à vocação matrimonial. Não me arrependo nem lamento de modo algum! Quando entrei no seminário, imaginava um dia celebrar a Santa Missa, mas, ao mesmo tempo, tinha muitas dúvidas e medos – que fazem parte da nossa natureza humana. Entrei mesmo assim: afinal, eu sabia que, se não entrasse, aí sim é que me arrependeria pelo resto da vida por não ter enfrentado aquelas dúvidas e tirado a prova com a consciência limpa. Eu sabia que tinha de “experimentar” por mim mesmo, na plena confiança de que Deus me mostraria qual era o meu chamado e que o tempo vivido no seminário seria um extraordinário investimento no meu discernimento pessoal quanto ao propósito da minha vida. Se fosse o sacerdócio, ótimo; se não fosse, igualmente ótimo, pois eu teria mais certeza! Há quem olhe para histórias semelhantes à minha e as considere uma espécie de “fracasso”: o cara que “desistiu”, aquele da vocação que “não deu certo”, aquele que “abandonou a fábrica de padres”… Mas por que achar que é uma “desistência” ou “abandono” quando, em realidade, foi um percurso de discernimento trilhado com coragem até chegar à clareza sobre a verdadeira vocação? Que tipo de “fracasso” pode ser este, que é um verdadeiro sucesso na descoberta do próprio chamado? Eu, pelo menos, olho para os meus anos no seminário e vejo neles a preparação perfeita para me tornar um forte, sólido, consciente e capacitado líder espiritual e humano dentro da minha família e na sociedade em que vivo e atuo. Para ser franco, se eu não tivesse entrado no seminário, não sei o que estaria fazendo hoje. É bem provável que eu ainda fosse o menino tímido que jogava videogame o dia inteiro e que não tinha ideia do que queria na vida. Além disso, eu quase com certeza não teria desenvolvido o hábito diário da oração e da Santa Missa, que tornam os meus dias infinitamente mais ricos de sentido, significado e realização! É surpreendente ver como um bom seminário pode transformar um menino em um homem, dando-lhe as ferramentas necessárias para se tornar forte diante dos maiores desafios – e não me refiro apenas a desafios pontuais, mas ao maior de todos os desafios: descobrir sentido na vida, uma vida que a nossa cultura atual faz questão de afirmar que não tem sentido nem propósito algum, que é mero fruto de acasos e que não se destina a qualquer transcendência. Junto com tudo isso, devo reforçar, novamente, que nem todos e nem sempre os seminários foram ou são refúgios de santidade. Durante as turbulentas décadas de 1970, 1980 e 1990, aqui nos Estados Unidos, por exemplo, muitos homens que entravam nos seminários não recebiam a mesma formação de qualidade que se oferece nos seminários de hoje. Sim: depois das violentas turbulências enfrentadas (e vencidas), o estado atual dos seminários neste país melhorou de modo impactante e extremamente encorajador. A todos os jovens que estão fazendo o seu discernimento vocacional, o meu incentivo é a darem o salto de fé e entrarem no seminário. Nem todos querem ou acham que têm vocação para ser sacerdotes, mas querem fazer o esforço deliberado para discernir, num ambiente de oração, serenidade e fraternidade, qual é o caminho ao que Deus os chama. Acredito firmemente que o futuro da nossa cultura exige que muitos homens passem por essa experiência esclarecedora não apenas para se tornarem santos sacerdotes de Cristo, mas também santos maridos, pais, empreendedores, políticos etc. Em suma, líderes com clareza moral. 
EXCELENTE TEXTO DESTE EX-SEMINARISTA!!!! É EXEMPLO DE QUEM APROVA ONDE SE MINISTRA A MELHOR ORIENTAÇÃO RELIGIOSA E CULTURAL.... ACRESCENTO AINDA QUE ESSE PERÍODO DE APRENDIZADO DEVE COMEÇAR MAIS CEDO, OU SEJA, NO INÍCIO DO ENSINO SECUNDÁRIO E ORIENTADORES E PROFESSORES SACERDOTES É O IDEAL PARA A PERFEITA FORMAÇÃO DESSES PRÉ-JOVENS E JOVENS... FORMAÇÃO ESTA QUE SE NÃO LEVAR À CONSAGRAÇÃO SACERDOTAL, COM TODA CERTEZA PRODUZIRÁ EXCELENTES FAMÍLIAS!!!Ierárdi

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. DANIEL MARTI CSsR

PE. DANIEL MARTI CSsR
+19 de NOVEMBRO 1976 
Paulistano, nasceu a 10 de maio de 1904. Tomou o hábito C.Ss.R. em 1922, professando em 1926. Após seus estudos, na Alemanha, foi ordenado em 1928, ano em que voltou para o Brasil. Pe. Marti trabalhou em quase todas as Casas da Província, mas sempre em São Paulo. Em Cachoeira do Sul esteve apenas um ano, como missionário. Foi professor no Juvenato, Superior da Penha, de Araraquara, Tietê e São João da Boa Vista. Distinguiu- se nas missões como bom organizador e dirigente. Sabia prender seu auditório, com palavras simples, mas fluentes, às vezes vigorosas; tinha boa voz para falar, e era bem afinado para cantar. Tinha facilidade para entusiasmar e movimentar o povo nas missões e outras solenidades. Mérito seu, e muito grande, é a nossa Rádio Aparecida, fruto de seu trabalho persistente junto às autoridades religiosas e civis. Não era homem de desistir quando tomava alguma iniciativa; e era fino, jeitoso para conseguir o que desejava. Inteligente e vivo, não se deixava embrulhar, mas via logo uma saída em qualquer dificuldade. Tratando-se da Rádio foi o homem indicado para viajar continuamente, batendo em todas as portas, entrando, falando, convencendo, conseguindo despachos e assinaturas em repartições oficiais onde só os espertos conheciam êxito. Foi em São João da Boa Vista que ele passou seus últimos anos, auxiliando como pôde nos trabalhos da igreja. Mas a labirintite, já o estava levando a uma quase total inatividade. Outras complicações logo sobrevieram, e um enfarte pôs fim à sua vida; faleceu na Santa Casa a 19 de novembro de 1976.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

ELES NOS PRECEDERAM - PE. ANTÔNIO (DE LISBOA) FISCHHABER CSsR

PE. ANTÔNIO (DE LISBOA) FISCHHABER CSsR 
+17 de NOVEMBRO 1937 
Ao falecer em 1937, Pe. Antônio era o Padre mais velho da Vice- Província, chamado carinhosamente de “Vovô” pelos confrades. É que, além disso ele fora sempre um grande coração, cheio de bondade para com todos. Nascido a 7 de fevereiro de 1868, não pôde, quando menino, ingressar na vida religiosa como era seu desejo, pois, ficando órfão de pai, teve de trabalhar como serralheiro, ao lado de um seu padrinho. Somente aos 19 anos conseguiu um lugar no Juvenato da C.Ss.R. graças à caridade de um Padre seu amigo. Apesar da idade, ele se deu muito bem no meio dos colegas ainda crianças; todos o estimavam por seu tipo alegre e até bonachão. Professou a 18 de setembro de 1892, passando logo aos estudos superiores. Não foi nenhum prodígio em Filosofia ou Dogma; com muita aplicação, porém conseguiu sempre boas notas em Moral e Pastoral. Antes de terminar os estudos veio para o Brasil, e aqui continuou estudando, para ser ordenado a 29 de fevereiro de 1896, na antiga catedral de São Paulo. Seus primeiros anos de apostolado ele os passou em Goiás, como Vigário de Campininhas, atendendo a outras paróquias: Pouso Alto, Morrinhos, Caldas Novas, Palmeiras, entre outras, foram também seu campo de trabalho durante quase oito anos. Em 1904 foi transferido para Aparecida, onde foi Vigário de 1910 a 1913. Aí fundou a Pia União das Filhas de Maria, deu grande impulso à vida religiosa do Santuário, e foi incansável no confessionário, atendendo paroquianos e romeiros. Ótimo desenhista, conhecedor de estética, foi um hábil arquiteto que prestou grandes serviços à Vice-Província e a paróquias vizinhas. São trabalhos seus a igreja de São Benedito em Aparecida, as igrejas do Potim e Roseira (Nova e Velha) a Vila Vicentina e o antigo Asilo dos Velhos em Aparecida. Gostava de fiscalizar pessoalmente suas obras e tornou-se muito querido dos pedreiros e empregados que o tinham como um grande amigo e benfeitor. Já pelo ano de 1915 Pe. Antônio começou a ficar preso em casa, devido a uma inflamação nos pés, que depois lhe atacou também as pernas. Era com muito sacrifício que saia para fiscalizar suas obras; e ainda se arrastava todos os dias até a igreja, para passar horas no confessionário. Durante quase vinte anos ele viveu assim, dando a todos um impressionante exemplo de conformidade e de zelo. Seus males foram se agravando, até que, a 14 de novembro, não resistiu mais: teve de ficar de cama, para aguardar a morte que o levou logo, no dia 17, à uma hora da madrugada.

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOSÉ GARIBALDI BELTRAME (Pe. Waldemar)CSsR

PE. JOSÉ GARIBALDI BELTRAME (Pe. Waldemar)CSsR
*15 de maio 1926 - 
+14 de novembro 2016
Ele nasceu a 15.05.1926 em Santa Maria RS. Eram seus pais: Davi Beltrame e Catarina Copetti Beltrame.
Entrou para o Pré-Seminário de Pinheiro Marcado a 25.01.1939. A 31.01.1941 veio para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida.
Fez o Noviciado em 1946, em Pindamonhangaba SP, onde fez a Profissão Religiosa na C.Ss.R. a 02.02.1947. Fez os estudo de Filosofia e Teologia no  Seminário Santa Teresinha em Tietê. Aí fez a Profissão Perpétua a 02.02.1957.
Foi Ordenado Sacerdote a 27.12.1951, em Tietê, por D. José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP.
Atividades pastorais e outros tipos de trabalho:
Suas atividades missionárias e pastorais se iniciaram como professor no Seminário Menor de Pinheiro Marcado, no Rio Grande do Sul, e no Seminário São José, em Campinas, Goiás.
A partir de 1956, depois de fazer o segundo noviciado, dedicou-se à pregação das Missões Populares, nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Em 1965 e 1966  trabalhou no Serviço Social na Caritas da CNBB do Regional Sul III (SC e RS). De 1967 a 1970 foi pregador de Retiros para Religiosos na CRB Sul III. De 1970 a 1975 continuou pregando Retiros para Religiosos  agora independente da CRB.
A 24.04.1976 pediu adscrição definitiva à Província de São Paulo. Aqui se dedicou ao trabalho pastoral em diversas frentes como em Igrejas e Paróquias; foi pregador de retiros, foi ainda formador em nossos seminários e atuou no atendimento dos romeiros no Santuário de Aparecida, por vários períodos. Ele integrava a Comunidade do Santuário quando Deus o chamou para si.
Pe. Beltrame foi também Superior da Comunidade do Jardim Paulistano, em São Paulo.
Pe. Beltrame era um homem de grande espiritualidade e  muito dedicado à oração. Preparava com esmero suas pregações e retiros, dando assistência a diversos grupos e movimentos de Igreja. Procurava sempre estar atualizado, através de leituras e cursos esporádicos. Seu hobby predileto é a pintura.
Na madrugada do dia 14 de novembro Deus o chamou para a eternidade. Ele tinha 90 anos de vida, completados em maio; 69 anos de consagração religiosa e 65 anos de sacerdócio.
Que Deus lhe conceda, como prêmio, a eternidade.

                 
Pe. José Inácio Medeiros, CSsR

Secretário e Superior Provincial

ELES NOS PRECEDERAM - IR. RAFAEL (JORGE MESSNER)CSsR

IR. RAFAEL (JORGE MESSNER)CSsR
+14 de NOVEMBRO 1906 
Natural de Hellembach (Alemanha) Jorge Messner nasceu a 1º de abril de 1863. Distinguiu-se como soldado do exército alemão, chegando ao posto de sub-oficial. Mas abandonou a carreira militar, entrando na C.Ss.R. em 1888. Ainda noviço, veio para o Brasil com os primeiros redentoristas, em 1894. Estudou português com uma tenacidade realmente militar, podendo em pouco tempo ser nomeado porteiro em Aparecida. Em 1889 fez a sua Profissão, sendo transferido para Campinas, em Goiás. Tornou-se logo o companheiro inseparável de nossos missionários em suas viagens pelo sertão goiano, devido a sua disposição para cozinhar, preparar os cavalos e aprontar as bagagens. Muito dedicado, aprendeu diversos ofícios, chegando também a aprender canto gregoriano, para cantar com o povo da igreja. Após alguns anos adoeceu gravemente, e veio para a casa da Penha, para tratamento, merecendo sempre os cuidados do nosso Pe. Martinho Forner. Examinado, porém, por um especialista, constatou-se que o pobre Irmão estava tuberculoso. Em meio aos sofrimentos da sua doença e inatividade, ele só repetia: “Seja como Deus quiser, e por quanto tempo Ele o quiser”. Nunca se ouviu de seus lábios uma queixa sequer, falando sempre da morte com muita serenidade, e até com alegria. — “Como sou feliz — dizia ele — podendo morrer na Congregação!” Em seus últimos dias ainda, ofegante e com os pés inchados, arrastava-se até a Capela da casa, para rezar a Via Sacra e o terço. A 14 de novembro de 1906, após a última absolvição, ele expirou calmamente enquanto, a seu lado, o Pe. Valentim Riedl rezava a ladainha de São José, pelo qual Irmão Jorge tivera sempre uma grande devoção. De temperamento forte e um tanto irascível, todos que o conheceram afirmavam que, à custa de um grande esforço, ele chegara a ser modelo de mansidão, para os confrades e para os estranhos.
CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

domingo, 13 de novembro de 2016

SEMINÁRIOS MENORES


UMA GRANDE LIÇÃO SOBRE SEMINÁRIOS MENORES....

EIS TRÊS FOTOS, 

A PRIMEIRA DE 1958, NA PEDRINHA, 
A SEGUNDA DE 1960
E A TERCEIRA DE 1961 
MOSTRANDO OS SEMINARISTAS E PROFESSORES DO SEMINÁRIO SANTO AFONSO EM APARECIDA-SP. 

QUANTOS BONS SACERDOTES SURGIRAM DAÍ....

QUANTAS FAMÍLIAS CRISTÃS E CATÓLICAS FORAM FORMADAS E DESSAS QUANTAS OUTRAS ESTÃO SURGINDO....

ESSA É A GRANDE OBRA SOCIAL.....

ESTE É MELHOR CAMINHO PARA A EVANGELIZAÇÃO....

SEMINARISTAS NAQUELES BONS TEMPOS COMEÇAVAM CEDO, A PARTIR DE 11 ANOS....

NAQUELE TEMPO VIGORAVA SEMPRE, NESTES CASOS, A "PROVIDÊNCIA DIVINA"!!!!


Os Sacerdotes eram modelos, estampavam em suas vidas o Cristo e o Mundo os via, daí muitas vocações. Então se despiram da Túnica de Cristo, se REVESTIRAM DO HOMEM VELHO E ... tudo virou fumaça. Sebastian Baldi

Não, meu amigo Baldi, em Aparecida tudo virou Basílica de Tijolinhos, cúpula e campanário....bondinho e hotel para turistas....e TV que mostra nenhuma catequese católica....afinal...essa é a grande obra social!!!!Assim, fechem os SEMINÁRIOS MENORES!!!!.....Ierárdi

Seminário Santo Afonso virou Hotel, o Alfonsianum virou penitenciária, o Convento de Campinas (Go) virou paraíso da Boiolandia, Seminário S.José virou Secretaria da Prefeitura de Goiânia. RAIMUNDÃO só pensa em dinheiro, verdadeiro "flagelo de Deus!" Sebastian Baldi
Personagens dessas fotos, muitos se tornaram grandes missionários, muitos pais de famílias exemplares e cristãs, mas muitos dELES PETISTAS de carteirinha e para não dizer socialistas e comunistas, com grande tendência para isso. Melhor ficar por aqui. Obrigado Antônio Ierárdi Neto pelas memórias maravilhosas que você nos apresenta e ficamos pensando no tempo em que vivíamos numa comunidade quase ingênua e inocente.Abner
Amigo Abner, de fato sonho muito, até demais....e é tão frustrante quando estamos vendo condições precárias em nossas vidas, tanto religiosa como culturalmente e sempre tivemos o caminho e remédio!!!Que Deus ilumine melhor a sua gente!!!!Ierárdi
Quantas cabeças, tantas sentenças! Inclusive Jesus dizia: Amem seus inimigos, rezem por eles.... no entanto vejo que entre cristãos (pode ser comigo também) acontece o contrário... Se fosse possível, acabaria (matando) os inimigos...Pe.Maurício Brandolize
Caro padre, admira-me este seu comentário que deveria, como sacerdote, pregar o amor ao inimigo segundo o evangelho...por outro lado por que considerar inimigo quem pensa o contrário ao invés de debater um bom debate????isso é uso limitado e parcial de opinião!!! Ierárdi
É acalentador olhar estas fotos, pois o espírito de entrega se renova, e do fundo do meu ser eu posso afirmar com toda a convicção, "quero gastar os meus dias em prol da Copiosa Redenção"....! Obrigado a todos os genuínos Redentoristas que nos precederam que não tiveram medo de consumirem-se em prol do Redentor e de sua Redenção....!!!Paulo Afonso Tavares
Seria uma bênção o retorno dos SEMINÁRIOS MENORES.....que tempos, que COPIOSA REDENÇÃO, gerando sacerdotes e famílias REDENTORISTAS NO TODO, pois UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA.Nelson Duarte
Quase todas as Unidades Redentoristas do Brasil têm seminários menores, a partir do ensino médio, o bom que seja assim...!Paulo Afonso Tavares
Referi-me à desativação por exemplo, dos seminários menores do SANTISSIMO REDENTOR em PONTA GROSSA, do SEMINÁRIO DE SANTO AFONSO em APARECIDA.....Nelson Duarte
Mas o Santo Afonso de Aparecida, ainda funciona como Seminário Menor, só que a partir do ensino médio, o de Ponta Grossa eu desconheço!Paulo Afonso Tavares
Paulo Afonso Tavares Por que é bom só a partir do ensino médio? Por que não iniciar mais cedo? E acrescento ainda por que não utilizar como mestres, professores e orientadores os sacerdotes e religiosos hoje esquecidos em clausuras? Isso funcionou muito bem em nosso tempo nos anos anteriores a 1980....Ierárdi
Antigamente se andava de fusquinha, hoje são carros importados, o mundo evoluiu...temos que ter a mente mais aberta. Jesus também no enviou um novo testamento. O velho tinha que ser atualizado...Natanael Criado
Boa noite querido NATANAEL....confere, so acho que esses jatinhos que nossos irmãos estao usando hoje tambem têm muito de afastamento do que nosso SANTO AFONSO pregou... pobreza, castidade e obediência.... não vai critica, mas que o SALDO de nosso SEMINARIO MENOR VIVIDO, aih está em LINDAS FAMILIAS PRATICANTES E VERDADEIROS APOSTOLOS DE CRISTO SAO REMANESCENTES DOS TEMPOS DO VELHO FUSQUINHA...mesmo no que diz respeito a carros....mesmo...kkkkkkk até hoje nao fizeram nada melhor que o FUSQUINHA...kkkkkkkkkkkkkk ABRAÇOS NATANAEL. Sua familia é um EXEMPLO E TANTO. AMEM.Nélson Duarte
Amigo Ierardi, talvez eu não tenha sido claro... penso que eu prego o amor aos inimigos como está no evangelho.....por isso eu questionava os cristãos que não seguem o pensamento de Jesus..... Eu queria escrever "Se fosse possível acabariam (matando) com os inimigos"... Eu me referia a certos cristãos, inclusive alguns  ex-seminaristas nas conversas/escritos... Outra coisa: debater o quê? sempre procuro dizer que não concordo , não vivo, não vamos viver na Igreja de hoje certas ideias do passado, que alguns propagam como viáveis para o dia de hoje... A linguagem que alguns usam para falar da Pastoral de Aparecida, sim, esta é muito parcial... alguns nos acusam que nosso trabalho em Aparecida é só para ganhar dinheiro... "tenha a santa paciência!!!!!".... (alguém publicou isso, você Antônio Ierárdi Neto, é claro: em Aparecida tudo virou Basílica de Tijolinhos, cúpula e campanário.... bondinho e hotel para turistas....e TV que mostra nenhuma catequese católica....afinal...essa é a grande obra social!!!! Assim, fechem os SEMINÁRIOS MENORES!!!!....)."Pe.Maurício Brandolize
FECHEM OS SEMINÁRIOS MENORES.... Pois é, Padre Maurício, com muito discernimento e santa paciência mostro que hoje se emprega muito mal a contribuição de campanhas na Igreja, principalmente na Basílica de Aparecida-SP, considerando que o investimento nos seminários menores, tirando das clausuras os religiosos redentoristas para torná-los orientadores e mestres dos pequenos seminaristas, os juvenistas de minha época, deixando de lado o preconceito de que apenas os consagrados foram devidamente encaminhados, ainda que em menor número, é a aplicação mais salutar quando se queira formar pré-jovens na preparação ao caminho do evangelho, liturgia e tradição cristãs e católicas...("De pequenino se acerta o pepino!")Vivi 6 anos no SRSA, onde recebi profundas orientações religiosas e culturais que apliquei em minha vida...formei uma família e desta surgiram outras três....todos conhecedores do melhor caminho de Deus...( e estão surgindo outras pelos meus netos!!!) isso devo ao tempo importante de meu SEMINÁRIO MENOR, onde recebi de graça tudo aquilo que de graça hoje pretendo retribuir....E vejo que tantos outros colegas daquele tempo acompanham positivamente esse pensamento...Por fim, desculpe-me por não ter entendido melhor sua posição sobre o amor aos inimigos! Ierárdi