segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A PRIMAVERA QUE PREFIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Em outras terras, a diferença entre inverno e primavera é contundente. Principalmente pela ausência triste de flores no inverno, e sua explosão em cores na primavera. Prefiro nosso inverno e nossa primavera, que quase não se distinguem, porque o frio quase nunca vem e as flores nunca se vão. Talvez por isso não sejamos muito dados a grandes esforços e extremados heroísmos. Podem dizer que isso depõe contra nós. Mas, quem sabe, talvez seja isso que nos ajuda a nos equilibrar nas ondas do dia a dia, a não desesperar, nem arriscar demais. Parece que é, no bom sentido, o que Jesus nos ensina ao falar dos passarinhos do céu e do esplêndido vestido das flores. Do não carregar hoje os fardos de amanhã, e do confiar em Deus, para quem somos muito mais importantes do que os pardais.

sábado, 29 de agosto de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. FRANCISCO COSTA CSsR(PADRE VIEIRA)

PE. FRANCISCO COSTA CSsR( PADRE VIEIRA)
+29 DE AGOSTO 1995 
Era mineiro de Jacutinga, onde nasceu a 18 de fevereiro de 1927, na Fazenda Bom Café. Eram seus pais David da Costa e Maria Vieira da Costa. Foi batizado em Jacutinga no dia 07 de maio do mesmo ano. Em sua cidade foi aprendiz de alfaiate, de sapateiro e também de mecânico. Nos timos tempos, antes de entrar para o Seminário, foi coroinha e auxiliar de sacristão. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, a 16 de junho de 1939. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, durante o ano de 1947, professando dia 2 de fevereiro do ano seguinte. O Seminário Maior foi em Tietê no Seminário Santa Teresinha. A em 1952, fez a Profissão Perpétua. Ordenou-se sacerdote em Tietê a 27 de dezembro de 1952 e cantou sua primeira missa solene em Jacutinga no dia 31 de dezembro. Deixou o seminário maior em janeiro de 1954, começando as atividades apostólicas como professor no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Era também prefeito de disciplina. Desempenhou essa função até 1957, quando, em janeiro de 1958, foi nomeado Diretor de Seminário Santo Afonso, onde ficou por um triênio. Transferido para o Seminário Maior de Santa Teresinha, em Tietê deu aulas de Sagrada Escritura, matéria de que gostava muito, iniciando entre os nossos jovens uma visão mais atualizada da Palavra de Deus. Com a transferência do Seminário Maior para o Alfonsianum, na Via Raposo Tavares, Pe. Costa veio junto como professor. Nos anos que aí morou foi também Prefeito dos estudantes. Tanto lá, como já antes no Seminário Santo Afonso, sua grande bondade e amor aos formandos, espírito alegre e brincalhão, bem como a competência didática sempre conquistaram os corações dos formandos. Em 1971 foi transferido para a Comunidade do Jardim Paulistano, em São Paulo. Nos anos que ali morou foi Vice-Superior Provincial, Consultor Provincial e Superior da Comunidade. Em 1975 e no ano seguinte foi membro da Equipe dos Mestres de Noviços. Em seguida fez parte da comunidade do Alfonsianum, no Ipiranga, em S. Paulo. Foi transferido para a Comunidade das Comunicações, em Aparecida, da qual foi membro até seu falecimento. Foi aí Superior da Comunidade e era da equipe da Editora Santuário. Inicialmente trabalhou na redação do Folheto Litúrgico "Deus Conosco". Em agosto de 1986 foi nomeado Diretor Geral da Editora Santuário, cargo que ocupou ata sua morte. Trabalhou para dar à Editora um porte empresarial. Durante esses anos, em Aparecida, dedicou-se também ao apostolado com os Cursilhos de Cristandade, Equipes de Nossa Senhora, além das atividades pastorais paroquiais. Nunca deixou suas aulas de Sagrada Escritura, seja para seminaristas seja para leigos. Há anos que Pe. Francisco Costa, carinhosamente apelidado de Pe. Chiquinho, não gozava e boa saúde. Fora operado do coração e tinha problemas no baço. E por fim surgiu ainda a leucemia. Era bastante impressionado com as dificuldades de saúde e contava muito com o apoio de seus confrades e de pessoas amigas. Em 1993 seu estado piorou muito, devido a uma prolongada pneumonia. Mas recuperou-se parcialmente. Daí em diante foi vivendo com as cada vez mais freqüentes transfusões de sangue, que no fim quase já não faziam efeito. Em começos de 1995 foi morar no convento da Basílica, para que o enfermeiro Ir. Gercino, pudesse cuidar dele melhor. Ali faleceu no dia 29 de agosto de 1995, no final da tarde. A missa de corpo presente na Basílica Nova teve cerca de 80 concelebrantes. A Editora Santuário estava presente em peso. "Fidelis vocationi suae..." (Pe. Victor Hugo)

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

MINHA NOTA:
Era conhecido e tratado como PADRE VIEIRA. Foi meu segundo diretor no Seminário Santo Afonso. Dele tenho uma lembrança "arrepiante", principalmente na época de provas e exames: 
Era meu professor de GREGO
Gostava muito dele: Alegre e, quando necessário, sério ao ponto. Estimado e saudoso mestre na minha formação religiosa e cultural.
DESCANSE EM PAZ! Antônio Ierárdi Neto

Meus caros, Eu era um seminarista meio arredio, principalmente com os padres, mas com o Padre Vieira eu me dava muito bem. Foi um grande amigo, como Prefeito, depois como Diretor, foi minha salvação, pois ele entrou no lugar do Padre Ribola, minha cruz. Eu gostava muito dele, me foi um pai, e educador. Ele declamava uma poesia que me lembro até hoje: 
"Por entre as alas de um jardim formoso,
Tendo na mente sonhos e quimeras
Eu caminhava, triste e vagaroso
Numa manhã de plena primavera

Ao ver-me assim, tristonho e desgostoso
Falou-me um florzinha em voz sincera
Porque sofre assim moço inditoso
Quando dentro a alegria nos impera?

Olhei sorrindo a delicada:
Perdão, meu Deus, eu não sabia quanto
Era grande e sublime o seu amor"

Ele dizia que era de um autor desconhecido, mas eu sempre achei que era de sua autoria, embora não seja aquela pérola.
abraços abner 

Eu gostava muito dele. era meu irmão mais velho. seu veio religioso era muito humano...fez-se homem. Obrigado padre vieira por tanto que levo de vc na minha vida. continue a sorrir-me na minha caminhada. Carlos Felício Gerente Administrativo Caelum | Ensino e Inovação SP (11) 5571-2751 RJ (21) 2220-4156 DF (61) 3039-4222 (11) 983358083

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. OSCAR CHAGAS AZEREDO CSsR

PE. OSCAR CHAGAS AZEREDO CSsR
+29 de AGOSTO 1957 
Foi o primeiro juvenista da nossa Província. Nasceu em São Bento do Sapucaí, em 1888. Aos 10 anos, sua mãe o trouxe para o Juvenato, entregando-o ao Pe. Valentim Riedl. Que o garoto era inteligente prova-o um seu atestado de estudos, acusando suas notas com “Distinção” e “Plenamente aprovado” em todas as matérias (nada menos que doze). Em 1906 iniciou o seu noviciado, com os colegas: Orlando Morais, José Benedito da Silva e José Lopes Ferreira. O mestre, Pe. Lourenço Hubbauer, conhecido pelo seu rigor, quis saber (como o queriam também os Superiores) se brasileiro dava para redentorista. Os quatro foram realmente provados in fornace ignis; e provaram que brasileiro dava para redentorista, e daquele tempo. Após a profissão, Pe. Chagas fez seus estudos superiores na Alemanha. Os alemães aguardavam com muita curiosidade os primeiros brasileiros que iam conhecer. Seriam eles capazes de estudar Filosofia, Teologia, etc.? Os nossos quatro tupiniquíns mostraram que sim. Entre eles destacou-se Fr. Chagas, que logo aprendeu a língua, falando alemão correntemente. E, em matéria de inteligência, nada ficou devendo aos colegas alemães. Em 1913, já ordenado, Pe. Chagas voltou para o Brasil, sendo logo nomeado professor no Juvenato em Aparecida. Depois, iniciou sua vida de missionário, que durou 18 anos. Ótimo orador, prendia sempre o seu auditório, com uma voz clara e invejável memória. Como Superior e Vigário da Penha conseguiu quase o impossível. Com muita habilidade alcançou do Arcebispo licença para uma pequena reforma na igreja; e fez uma reforma total. Em Araraquara construiu o convento; em Campinas (GO) deu início à construção da nova casa; e em Aparecida, muito trabalhou pela Rádio, pelo início da nova Basílica, e construção da Vila Vicentina. Homem que não perdia tempo, dedicou-se ainda ao apostolado da pena, deixando-nos a tradução da Vida de Santo Afonso (Pe. Berthe) das Meditações do Pe. Bronchain, da Regra da C.Ss.R. bem como as biografias de São Clemente, de São Geraldo, Pe. Martinho Forner e Pe. Valentim Riedl. — Como superior ou simples confrade Pe. Chagas era sempre um homem alegre, atencioso, e disposto a uma boa prosa, que ele sabia perfumar com seu infalível cigarro de palha. Seu último reitorado foi em São João da Boa Vista, de onde saiu com a saúde já bastante abalada, para a incipiente comunidade do Jardim Paulistano. Daqui foi transferido para Araraquara, onde viveu até agosto de 1957, piorando sempre mais. Embora não escondesse seu medo pela morte, faleceu na Santa Casa, mostrando muita paz e tranqüilidade, a 29 de agosto de 1957.

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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. SILVÉRIO NEGRI CSsR

PE. SILVÉRIO NEGRI CSsR
+28 de AGOSTO  2003 
Nasceu na Fazenda da Barrinha, em Jacutinga, MG, no dia 20 de junho de 1928. Seus pais eram Ângelo Negri e Josefina Recchia Negri. Entrou para o Seminário S.Afonso, em Aparecida SP, em 14.04.1941, terminando o estudo de humanidades em 1947. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, no ano de 1948, onde fez a Profissão Religiosa na CssR, dia 02.02.1949. O Seminário Maior foi feito em Tietê SP, de 1949 a 1954. Ali fez a Profissão Perpétua dia 02.02.1952. Foi Ordenado Sacerdote no dia 27.12.1953, em Tietê por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba. Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Jacutinga, dia 06.01.1954. Em dezembro de 1954, deixou o Seminário Maior, iniciando sua vida apostólica, como Prefeito e Professor no Seminário S.Afonso, em Aparecida. No primeiro semestre de 1956, esteve no Pré Seminário da Pedrinha, como Diretor. No 2º semestre foi transferido para a Basílica, como Vigário cooperador. Trabalhava também na Paróquia. Em 1962 foi nomeado Diretor do Pré Seminário da Pedrinha. Em 1964, foi nomeado Diretor do Seminário Santo Afonso, cargo que ocupou até fins de 1970. Em 1971 foi Mestre de Noviços coristas, em Aparecida, no Seminário S.Afonso. Em dezembro de 1971, foi transferido para a Vice-Província de Brasília, como Pároco da Paróquia de N.S. da Conceição, em Campinas, Goiânia, e Superior da Comunidade, onde ficou até 1975. No 1º semestre de 1976, fez no Rio de Janeiro, o curso do IBRADES. Terminado o curso, retornou a Goiás, como missionário das Missões Populares. Em dezembro de 1976, foi nomeado Diretor do Seminário Redentorista S. José em Goiânia, na Vila Aurora, onde ficou até meados de 1983. Em setembro de 1983, foi nomeado Vigário Cooperador da Paróquia de N.S. da Conceição, Campinas, Goiânia. Em fevereiro de 1984, foi nomeado Superior e Pároco da Paróquia do Divino Pai Eterno, em Trindade GO. Em 1984, pediu a adscrição definitiva à Vice-Província de Brasília. No dia 17.05.1987, foi nomeado Vice-Provincial da Vice-Província de Brasília. Em fins de 1989, terminando seu mandato de Vice- Provincial, foi transferido para a Igreja de N.S. da Guia, no Parque Buriti, periferia de Goiânia. Dia 16.04.1991, Pe. Negri foi operado do coração, na Beneficência Portuguesa, em S. Paulo. Voltando para Goiás, continuou no Parque Buriti, em Goiânia. Em fins de 1995, pediu para retornar à Província de S. Paulo, sendo adscrito à comunidade da Basílica, em Aparecida, onde morou até seu falecimento. Dia 02.02.1999, celebrou seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa. Faleceu de problemas cardíacos, na noite de 28 de agosto de 2003, na Santa Casa de Guaratinguetá. Sepultado em Aparecida, na tarde do dia 29 de agosto de 2003. Estava com 75 anos de idade, 54 anos de Profissão Religiosa e quase 50 anos de Sacerdócio, que iria celebrar dia 27 de dezembro de 2003.

Com imensa REVERENCIA, tive o orgulho de ser aluno do SANTO AFONSO durante a gestão do PE. SILVERIO NEGRI, ou NEGREIS , como os seminaristas falavam Um exemplo de HUMILDADE e DEDICAÇÃO....não dava instruções para FAZER...FAZIA e puxava a renca de seminaristas para o seu lado. Em circunstancia especial, pegou a enxada e foi carpir sozinho...no que foi seguido. Tive uma experiencia única com PE. NEGRI. Dentro de meus erros, e não foram poucos, proucurei a noite o PE. NEGRI em seu quarto, já mais de meia noite, e pelo que confessei achei que iria mandar-me embora, pois tínhamos viajado a SAO ROQUE e na volta tomei vinho escondido no ônibus...os seminaristas para não deixarem aparecer, me deram banho e fui dormir....Como a consciencia não deixava dormir mesmo assim, levantei e fui ao PE. NEGRI contar tudo....e certo que iria mandar preparar a mala , ou coisa assim, no meu entender.....A SUPERIORIDADE E SANTIDADE DELE era maior. Perguntou-me se eu havia aprendido alguma coisa com esse porre e que rezasse 3 AVE-MARIAS e um PAI NOSSO e fosse dormir. Tomei outro banho, e fui a CAPELA no andar de cima rezar..e qual minha surpresa...passava de uma da MADRUGADA e o PE. NEGRI estava lá embaixo de joelhos diante do SACRÁRIO rezando....Cambaleava um pouco e acordava, e cambaleava outra vez....MEU DEUS, eu estava presenciando no silêncio da noite toda aquela SANTIDADE. OBRIGADO , PE. SILVERIO NEGRI, UM PAI, UM SANTO PAI....PARA MIM, NÃO TENHO DÚVIDAS É SANTO.Nélson Duarte
Quanta saudade do meu querido Pai Negri. Era assim que eu o chamava pelos inúmeros benefícios com que me agraciou durante o tempo em que tive a honra de te-lo como meu diretor. Que Deus o tenha num cantinho num cantinho especial do seu Paraíso. Joaquim Manoel Ferreira

terça-feira, 25 de agosto de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. WILIBALDO (THOMAZ MANHART)CSsR

IR. WILIBALDO (THOMAZ MANHART)CSsR
+25 de AGOSTO 1992 
Ir. Wilibaldo, tendo sido o último confrade alemão entre nós, encerrou a meritória presença de missionários vindos da Baviera para a Vice-Província de São Paulo. Nascido em Wasserburg, na Alemanha, dia 01 de janeiro de 1907, emitiu seus votos religiosos em 1925. Ele havia entrado como seminarista menor em Gars, na Baviera, mas foi aconselhado a fazer-se Irmão, por dificuldades nos estudos. Veio para o Brasil em 1928. Começou seus 64 anos de Brasil em Campinas de Goiás. Cozinheiro, hortelão, porteiro, sacristão, prefeito de hóspedes, era homem dos sete instrumentos colocados a serviço dos confrades e do povo. Pindamonhangaba, Araraquara, Penha, Aparecida, Tietê, Cachoeira do Sul, Pinheiro Marcado, Porto Alegre, onde não esteve nosso Irmão? Homem de oração e do trabalho, estava sempre a procurar o que fazer, o que organizar, o que arrumar. Ou, então, na capela da comunidade, em longas presenças diante de Jesus sacramentado. No tempo de Natal era um exímio construtor de presépios, tanto da comunidade como da igreja. Como porteiro em Aparecida foi constantemente atencioso e caridoso com os romeiros. Amável e dedicado também com os confrades, sincero e humilde, foi realmente um homem de Deus entre nós. As anotações de seu diário espiritual traçam os passos místicos que lhe nortearam a existência. Lá estava anotado: “Devo tornar-me um santo, custe o que custar...” E quem com ele conviveu os últimos anos pode tranqüilamente testemunhar que Ir. Wilibaldo era um santo de Deus. Mas ele não foi um santo desencarnado. Seu lado humano de homem de gênio forte e de vontade decidida, marcado ainda pelo seu gosto de viver, era notório. Não admitia que em sua presença se falasse mal de ninguém; fechava a cara, sacudia a cabeça e, se necessário, dava um basta. Mostrava também sua reprovação diante do malfeito, principalmente diante dos omissos e dos relaxados. E sabia nosso irmão curtir o lado bom da convivência em comunidade: cuidava com carinho da sauna da comunidade, da qual era assíduo freqüentador; quando um grupo ia para a praia, lá estava o Wili como o cozinheiro que corria para o mar logo que houvesse uma folga; em casa, depois do dia de trabalho e da oração, tinha seus momentos diante da TV, entretido com as novelas que muito apreciava. Nos últimos anos seu coração foi enfraquecendo, obrigando o Irmão a diminuir o ritmo intenso de atividades. Esse mesmo coração parou repentinamente, por efeito de um edema pulmonar, na manhã do dia 25 de agosto de 1992, na casa da Pedrinha, quando se preparava para mais um dia de retiro com a comunidade. Perdia a Província um santo em suas comunidades para ganhar um confrade no céu! (Pe. Víctor Hugo)

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO ARNO WERNER CSsR

PE. JOÃO ARNO WERNER CSsR
+21 de AGOSTO 1987 
Nasceu em Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, a 13 de fevereiro de 1921. Professou em Pidamonhangaba, dia 02 de fevereiro de 1943. Fez o Seminário Maior em Tietê-SP. Ordenado sacerdote dia 04 de janeiro de 1948, na sua juventude integrou as equipes missionárias da Província, trabalhando principalmente em seu Estado natal. Ao ser criada a Província de Porto Alegre, em 1965, foi seu primeiro Provincial. (Pe. Víctor Hugo C.Ss.R.)
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

ELES NOS PRECEDERAM - IR. AFONSO (MIGUEL HOEFER)CSsR

IR. AFONSO (MIGUEL HOEFER)CSsR
+17 de AGOSTO 1923 
Natural de uma aldeia perto de Würzburg (Alemanha), Ir. Afonso nasceu a 29 de março de 1848. Fez os estudos primários em sua aldeia; e quando o pai já pensava colocá-lo nalgum Seminário para ser padre, o garoto antecipou- se, resolvendo ser irmão leigo redentorista. Esteve varias vezes em Gars, para melhor conhecer a C.Ss.R. que o recebeu em 1867, professando em 1876. Dono de uma boa fortuna que herdara, preferiu viver pobre e humilde na Congregação, exercendo sempre o ofício de chacareiro, e jardineiro apaixonado pelas flores. Embora sem muito estudo, era de inteligência viva; escrevia muito bem, exprimindo-se com facilidade ao falar e escrever. Trabalhou vários anos na Alemanha, e garantiu sempre a verdura e as frutas para as Comunidades a que pertencia. Ouvindo falar da Vice-Província no Brasil, ofereceu-se para vir também, aqui chegando em 1895. Viveu sempre em Aparecida, onde iniciou a antigamente chamada “chácara dos Padres”. Muito dedicado ao trabalho, preparou grande parte do terreno, hoje ocupado pelo S.R.S.A. pelas “Oficinas” e Via Dutra. Na sua horta não havia somente verduras, mas também flores em profusão. Frutas era o que não faltava na sua chácara, atraindo sempre os moleques da vizinhança, que não pouco trabalho deram para a sua paciência. Plantou também uma vinha, encarregando-se da fabricação de vários tipos de vinho, inclusive para as Missas. Durante anos foi esse o trabalho daquele Irmão que não quis ser Padre, e renunciou ser “gente de bem” no mundo. Diariamente, após a missa e o café da manhã no convento, lá ia o Irmão para o seu trabalho. Da rua até perto do atual S.R.S.A. havia o celebre zig-zag, que muito ajudava nas descidas, principalmente quando chovia, mas que muito complicava para quem subia com cestas e sacos de verduras ou frutas às costas. Às 11 horas já estava o Irmão em casa, para o Exame particular, almoço, e recreio comum. À tarde, outra vez no seu trabalho, voltando pontualmente para a meditação e jantar. Os domingos, Ir. Afonso os passava na capela, rezando ou fazendo leitura espiritual. A um padre recém-ordenado, ele disse um dia: “Com certeza o Sr. será muito útil à Congregação, mas reze, e reze muito; pelo amor de Deus não abandone a oração”. Já idoso, e sentindo fraqueza nas pernas, ao subir as escadas do convento, fraturou um dos pés, ao cair de mau jeito. Com isso não pôde mais trabalhar, penitência que ele aceitou sem se queixar. Sofrendo do estômago, não podendo alimentar-se, Irmão Afonso foi se enfraquecendo cada vez mais, falecendo em Aparecida, a 17 de agosto de 1923.
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MARTINHO (LUDOVICO MAYER)CSsR e PE. MAURÍLIO CORREA DE FARIA CSsR

IR. MARTINHO (LUDOVICO MAYER)CSsR
+14 de AGOSTO 1957 
Nascido na Alemanha, Irmão Martinho professou na C.Ss.R. em 1909. Trabalhou em diversas casas da Província- Mãe, antes de vir para o Brasil. Aqui chegou em 1920, tendo vivido e trabalhado quase sempre em Campinas (GO). Cozinheiro, ou ajudando no trabalho de casa, era Irmão sempre disposto e prestimoso. Mas foi em 1953 que começou a ficar nervoso, irrequieto, e mesmo violento, passando depois a sofrer das faculdades mentais. Com todo empenho procuraram os superiores uma solução para o caso, tentando internar o pobre Irmão em algum Sanatório. Não conseguiram, porém. E, na falta de um recolhimento, enquanto possível, decente, Irmão Martinho permaneceu recluso numa cela apropriada, no Juniorato de Campinas. Nos dias em que se mostrava calmo, e quase lúcido, seu enfermeiro, Irmão Joaquim, o levava para visitar a Casa ou o jardim. Mas a enfermidade continuou e, aos 77 anos de idade, ele faleceu, no dia 14 de agosto de 1957. 
PE. MAURÍLIO CORREA DE FARIA CSsR
+14 de AGOSTO 1983 
Natural de Tietê, nasceu a 20 de outubro de 1925. Ingressou no então Juvenato de Aparecida a 31 de janeiro de 1937, onde fez o curso ginasial. A 1.º de fevereiro de 1944 tomou o hábito da C.Ss.R. em Aparecida; e, tendo feito o seu noviciado em Pindamonhangaba, professou a 2 de fevereiro de 1945. O Seminário Maior ele o fez em Tietê, onde foi ordenado a 27 de dezembro de 1949. Seus primeiros anos de sacerdócio, Pe. Faria os passou como cooperador em Aparecida, Penha e Goiânia. Em 1954 fez o seu noviciado pastoral, trabalhando depois nas missões, durante 2 anos. Em 1957 sua saúde já se mostrava abalada, pelo que precisou de um longo tratamento (pulmões) em São José dos Campos. Já restabelecido, em 1958 foi designado para a Rádio Aparecida. Mas precisou de um novo período de descanso, no Potim, para voltar a trabalhar na Rádio em 1964; teve, porém, que desistir, e passou uns três anos como auxiliar, na nossa igreja de Araraquara, e cooperador na Penha. Voltando a trabalhar na R. A. ali permaneceu até 1972, ano em que foi transferido para a Rádio Difusora de Goiânia. De lá voltou, para trabalhar como auxiliar, na Basílica de Aparecida. Aí estava trabalhando, quando a morte o colheu, com 57 anos, e em plena atividade. Às vezes impetuoso, até explosivo, Pe. Faria sabia ser também calmo e atencioso com os confrades, principalmente com os enfermos, aos quais soube dar sempre toda a sua dedicação. Disposto para o trabalho, estava sempre pronto a colaborar, tanto em casa, como nos trabalhos externos. Um grande mérito seu: conseguiu entregar a um eminente jurista, o processo que já se arrastava durante anos, contra nosso confrade Pe. André Lentz. Não foi fácil; mas, afinal, o processo terminou com resultado favorável ao acusado, o que foi um grande alívio para os últimos anos do nosso Pe. André. Tendo ido encontrar-se com alguns dos nossos, em Caraguatatuba, Pe. Faria teve um derrame cerebral, em casa. Levado logo para São Paulo, não resistiu, vindo a falecer no dia 14 de agosto (1983) à uma e meia da madrugada. Certamente pôde celebrar a festa da Assunção, no dia seguinte, cum Angelis et Archangelis. (Comunicado do Governo Provincial)

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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - CARLOS BARBOSA DE CARVALHO (Padre e antigo seminarista do Santo Afonso)


CARLOS BARBOSA DE CARVALHO (Padre e  antigo seminarista do Santo Afonso)
+12 DE AGOSTO DE 2010
Nota de falecimento - Por estes dias noticiamos que Carlos Barbosa de Carvalho, ex-missionário redentorista, estava nas últimas. Recebemos a notícia de seu falecimento no dia 12 de agosto/10. Relata-nos Carlos Felício da Silveira que, uma hora antes de perder totalmente a consciência, sua esposa disse-lhe: "Você está bem, não é?". Ele respondeu, já um tanto enrolado: "Graças a Deus, graças a Deus!" Foram uma de suas últimas palavras. Treze horas depois, ele se apresentou ao Pai e pessoalmente cantou seu 'Deo gratias'. Foi sepultado em sua cidade natal, Volta Redonda (RJ).
"Estando eu ao lado da cama do ex-padre Carlos Barbosa de Carvalho, que serenamente enfrenta os últimos momentos, tentei aliviá-lo falando do padre Nodari a ele, que também gosta de música. E falei da história do absoluto! Meu filho escutou também, procurou os parentes dele na internet e recontou a história. Assim termina o relato do meu filho Paulo à irmã do Nodari: "...eles comentaram que o Nodari ponderava seu dom musical para que isso não subisse à sua cabeça e para que ele pudesse servir aos homens!" Nesse momento, me vi rodeado de grandes homens: o Nodari, o Carlos Barbosa, o meu filho Paulo. O trigo! Abraços. Carlos Felício da Silveira, São Paulo (SP"
Ouvi(o Dulcíssima), gostei, me emocionei. Que o carioca descance em paz. Lá no céu ele encontrará o autor da música e fará com ele um dueto na presença daquela que tranformou a Esperança em doce realidade.
Alexandre Dumas Pasin
Poucas vezes a notícia do falecimento de alguém (não parente) me deixou tão triste como o do Carioca (Carizo, para os mais íntimos), porque ele foi um dos mais chegados amigos meus, do núcleo de garotos pioneiros do pré-seminário da Pedrinha - Ney, Márcio Fabri, Pelaquim, Ulysses, Luis Marcos Macedo,Felício, Croon, os que me lembro agora...Moleque (deu trabalho para o Pe. Sônego, Pe. Chiquinho Costa, Pe. Peixoto, Dom Rodrigues!!!) espontâneo, criativo, artista, esportista,músico. Não dá para esquecer o Carioca. Que bom que sua lembrança ficou na sua voz e ao cantar a belíssima canção de Sto. Afonso "Dulcíssima Esperança". A lembrança do Carioca tinha que ser mesmo artística, emotiva, doce quase infantil...pura, suave. E suave e doce, porém animada e bela deve estar sendo sua vida LÁ...aonde todos sonhamos chegar, com a graça de Deus e o amparo de Maria, nossa Co-Redentora.
Abraços à esposa e à filha, Carla, para recordar sempre do Carlos Barbosa, nosso Carizo...Paulo de Oliveira (Paulinho)

Olá ,
Sou Léia esposa do Carlos, e queria agradecer a todos pelas manifestações de solidariedade, carinho, e lembranças que temos recebido neste momento tão especial de nossas vidas.
Na vida dele, porque fez do seu período de fragilidade humana um período de preparação para sua passagem , para o que acreditamos ser, uma vida de esplendor, sem no entanto deixar de lutar pela vida com com muita aceitação, resignação e alegria, sempre achando forças para amenizar a dor de quem estava no mesmo caminho .
Na nossa vida, minha e de minha filha, pelo exemplo de força, fé, bondade e paz interior, de quem parte, deixando rastros de ter vivido com muito amor e muita humildade.
Agradeço à "família" Redentorista pela belíssima celebração, o carinho dos amigos "ex",e de todos que puderam desfrutar um pouquinho do convívio de tão grande pessoa, afinal, todos vocês contribuíram um pouco para isso.
Muita paz para todos.Obrigada.Léia

De um colega do tempo, Antônio Bicarato:
Longe do computador desde o início de julho por ter passado por uma cirurgia de descolamento da retina que, entre muitas outras coisas, me impediu de ler esse tempo todo, abri hoje meu e-mail e deparei com a notícia do falecimento do Carlos Barbosa, o Carioca. Pela bondade e misericórdia o Pai, com toda certeza a estas alturas jé é mais um que está entre Afonso, Geraldo, Clemente e inúmeros outros que Deus já chamou para a VIDA.
Aguardo ansiosamente que seja restabelecido o som no meu computador para ouvir, na sua voz e interpretação, o Dulcíssima esperança. Até porque não conhecia esse dom do colega. Já imaginou, ter uma bela voz, como vocês disseram que ele tinha, e estar LÁ, agora, frente a frente com ELA, a Mãe, engrossando o coro dos redentoristas e cantando aquela que considero uma melodia que Afonso "roubou" do céu!
Obrigado, mais uma vez, por suas oportunas notícias. Grande abraço.Bicarato.(+)
Do professor de português, Padre Clóvis de Jesus Bovo CSsR:
- Devido à falta de tempo, pois sou vigário paroquial na paróquia mais movimentada de Goiânia, quase não tenho tempo de ver seus sites e blogs, aliás muito ricos em informações redentoristas. Soube por eles, da morte do Barbosa, meu aluno de Português no Seminário Santo Afonso, por volta de 1956. Ainda tenho na imaginação seu jeitinho de aluno esforçado. Só a caligrafia dele, enquanto me lembro, não era das melhores. Rezemos pelo seu descanso eterno.
Abraço bem redentorista - Pe. Clóvis CSsR

terça-feira, 11 de agosto de 2015

SOBRE O ATOR JOSÉ MAYER, ANTIGO SEMINARISTA!

JOSÉ MAYER
Ontem, 10/08/15, o ator Jose Mayer, da Rede Globo, contou sua vida num programa desses canais abertos. Para quem ainda não sabe, ele também é um ex seminarista redentorista ,frequentou o Seminário de Congonhas do Campo durante sete anos, período de 68(?) onde descobriu seu talento de ator e iniciou seus primeiros passos na carreira. Embora tenha dito que considera esses sete anos como se fosse um tempo de exílio, pois não pretendia ser padre e quis apenas aproveitar os estudos, "enganando os padres", é inegável que esse" exílio" norteou todo o seu futuro.Então podemos afirmar sem medo de mentir, que esses anos valeram-lhe a pena. Meu amigo, julgo que ele está certo..,não importa como vc foi viver e conhecer a família redentorista....conheço gente que usou o seminário como fuga e terminou padre, outros ótimos país de família...os meios de chamamento do Redentor são imprevisíveis. O Senhor usou do seminário para chamar o José Mayer para sua vocação de ator...o seminário não é um lugar em que se coloca um cabresto no ser humano, mete-lhe dentro de uma forma e exige-lhe que seja padre....Deus não escolha escravos mas homens livres.,,Parabéns ao seminário de congonhas que cumpriu seu papel colocando mais um profissional responsável na TV. ...e olha que o Jose Mayer não fez escola de Teatro...ele é fruto dos sete anos e de experiências no meio após sair do seminário. NERI PEREIRA DA SILVA 
Conheci bem o pai e a mãe do José Mayer - eram pessoas ótimas e humildes. São de Jaguaraçu, perto de Timóteo. BENEDITO FRANCO 

José Maia? Kkkk eu sabia q estava escrevendo errado...kkkk que, mico!NERI PEREIRA DA SILVA 
Mas tds entenderam Neri.DIVA MARIA HERNANDES 
Nada de errado...um lapso...
Todos entendemos.
BENEDITO FRANCO 

Eu penso que ninguém fica no seminário enganado. Como diziam o padres: é um tempo de estudo da vocação. Não se aguenta um tempo para não ficar padre. Fica-se pensando em ser padre e , santo. Alguns saem e nunca mais querem saber de seminário e nem de religião, tornam-se ateus. Outros voltam e agradecem o tempo vivido enclausurado. Tiveram a oportunidade de estudos e de estudos sérios, com boa bagagem. Todos, indistintamente, deveriam agradecer a Deus e aos padres esse tempo precioso. Deo gratias.ADILSON JOSÉ CUNHA 
Concordo com você... principalmente na sua última frase, aquela antes do Deo Gratias. Lamento muito que os nossos padres, até algum redentorista que vibra em ser bispo, ao invés de promover o investimento monetário em seminários menores, eficiente obra social e de caridade, com mestres e orientadores redentoristas consagrados(hoje esquecidos em conventos!), desvia tudo para o próprio holofote, aspiração de vaidade e poder....A questão é que se compreenda que em 10% de seminaristas formados sacerdotes, outros 90% formam famílias cristãs, católicos genuinos e profissionais cultos e de excelente uso de consciência. (Vejam nossos antigos seminaristas!) Oxalá, nesta época de Papa Francisco, haja reflexão e ação melhor para este assunto! ANTÔNIO IERÁRDI NETO 
O poder. .vaidade das vaidades.....é o verme que destrói a base de t::odo ser..você foi fundo e objetivo Antonio.NERI PEREIRA DA SILVA 
Da minha turma só tem um padre. Eu já expus a ele a situação dos seminários. Falei do seminário menor, da necessidade em investir nos garotos menores. Sabem que existem padres na CSSr que pensam como nós pensamos, mas são grãozinhos de areia no deserto. De repente fazem do SRSA uma casa , não um CERESP, mas uma espécie de hotel. Lá tem , não mais que dez rapazes. Não falam e não escrevem como os de antigamente.ADILSON JOSÉ CUNHA 
Pois é, meu amigo, a formação de sacerdotes hoje é precária.Dois pontos extremamente negativos da época de agora: PRIMEIRO: Hoje, em termos de religião, é fazer tudo de forma mais fácil e prática, enfatizando esta vida. No nosso tempo, ainda pré-jovens, aprendíamos sempre fazer pela maneira mais difícil, considerando que o mais fácil virá na próxima vida! Até católicos praticam a famosa teologia da prosperidade!!! SEGUNDO: Hoje, em termos de religião, tudo se pratica no PROFANO. Em nosso tempo, havia a única definição do SAGRADO para prática da religião católica...A consagração eucarística hoje deixou de ser divina....O profano, quando hoje é natural, nos tempos anteriores era perverso. Quanto ao sagrado em nossos dias é um uso difícil e complicado....Ninguém se interessa por modelo de vida de santos e mártires!!!!ANTÔNIO IERÁRDI NETO 
Tudo é polêmico, o mundo de ex-seminaristas é muito grande e diverso, grande parte é revoltada, outros se tornaram ateus, mas a maioria carrega no coração a nostalgia de um tempo em que somente uma meta norteava suas vidas, tornar-se padre redentorista. Eu, particularmente, entrei no seminário sem muita consciência do que estava fazendo, com o tempo, fui me entusiasmando e abracei a vocação, no final, vivi o drama de mudar o rumo sem saber o que me esperava, podia me acomodar e tornar-me um padre sem muita convicção como muitos que andam por aí, mas arrisquei, fui à luta, venci. Hoje, não me gabo de ter enganado ninguém, dou valor a tudo o que aconteceu na minha vida, tenho orgulho de minha trajetória e me sinto um privilegiado e escolhido por Deus para constituir uma família especial, todos meus filhos sabem que sou ex-seminarista e divulgam isso a quem queira saber. Salve Regina !!!ALEXANDRE DUMAS PASIN DE MENEZES 
Eu, saí convicto com a decisão, e rezei muito pelos que ficaram sem grande convicção, nunca me revoltei e gostaria muito de encontrar um desses revoltados e dar-lhes umas palmadas para aprender a ser gente e deixar de ser filhinhos do papai...talvez por eu continuar na igreja e ter visto a viola em cacos ...no fundo sei que meu pai sempre me deu um exemplo de fé inabalável com todas as suas deficiencias...como nos diz o Papa Francisco, " somos uma familia imperfeita sim, e por isso temos que aprender a perdoar", mas que dá uma vontade de meter o chinelo na bunda desses caras, isso dá, depois peço perdão.NERI PEREIRA DA SILVA 
Amigos Neri, Dumas,Adilson, saí do SRSA por recomendação do meu confessor, Padre Azevedo Tofuli, que, considerando 5 anos de colóquio mensal, entendeu que a minha melhor vocação seria a formação de uma família. Acertou completamente. Tenho hoje 3 filhos resolvidos e quatro netos. Portanto, surgiram dessa decisão pelo menos 4 famílias e naturalmente virão outras dentro do espírito cristão!ANTÔNIO IERÁRDI NETO 
Sou e sinto-me a cada instante privilegiado e considero-se um homem iluminado, por tudo e pelos anos que passei no seminário, foram momentos sublimes e grandiosos de aprendizado e crescimento pessoal, espiritual e humano; não apenas conhecimento acadêmico, que me deu base para ser o que sou, inclusive educador e homem de fé inabalável na vida e na dimensão universal do cosmo. Aprendi muito com cada pessoa, seja padre ou colega, seja professor ou funcionário, aprendi quebrando pedras à marreta para construir o muro de nosso amado campo de futebol em Tietê, sob a supervisão de nosso eterno Libardão, aprendi muito lavando prato e banheiro, limpando quarto e corredores, aprendi muito pintando paredes da Igreja Santa Terezinha e demais dependência, assim como, com nosso querido Padre Pelaquim no Santo Afonso, mais ainda pitando o painel na parede do refeitório em Aparecida. Logo depois de terminarmos o painel, todos saíram de férias e naquele ano eu fiquei no Santo Afonso, aí de surpresa um dos padres da basílica, que não me lembro o nome me procurou e disse: "você pitou o refeitório e vai pintar nosso painel de Natal ou final de ano. Não me recordo direito porque fiquei tão desesperado que este desespero me embotou a lembrança. Pois bem, fui com ele para a Basílica Nova e lá estava ele imponente. Naquele momento pareceu à mim que tinha mais de 100 metros de altura de tão medonho era. Fiquei petrificado e gélido olhando extasiado sem dizer palavra, parecia que somente eu estava naquela imensidão. Parei, fiquei olhando e pensei: nunca desisti de nada e nada me detonou ou me fez cair, nem mesmo a Matemática (kkkk), meu terroro na sala de aula. O padre me perguntou: "está tudo bem", e eu como um autômato respondi: "sim, tudo bem, estava pensando como fazer o painel, imaginando com farei e se o Sr. vai gostar. Ele me deu um tapa nas costas, se virou e disse: está tudo aí, as tintas o andaime (12 patamares, para se ter uma idéia da altura. Bem, la´fui eu, corri no seminário, peguei uma roupa e voltei apressado. Resumindo: depois de três dia e meio estava pronto, um dia antes do prazo que eu tinha. Neste dia e naquele momento que eu terminei, eu me percebi invencível e poderoso, na condição de fazer o que eu quisesse fazer, sozinho ou com ajuda de alguém. E assim vivo até hoje, nada me abala, nada me faz desistir ou esmorecer, principalmente porque eu sozinho no primeiro dia, já a noite, disse à Deus: "Você colocou esta bomba em minhas mãos, então se vira e me ajuda, me faz a dar conta do recado". Hoje sei que fui impertinente e indelicado com o todo poderoso, no entanto, hoje, sei que foi minha válvula de escape. Agradeço a cada um de vocês, colegas de seminário, à cada professor, à cada padre e funcionário, que me possibilitaram aprendizado poderoso que trago para cada momento de minha vida. Amo cada um de vocês. Para falar de tudo, seriam dias escrevendo, cada um tem suas histórias e vivências e são perfeitas na sua essência e individualidade.FRANCISCO VITARELLI 
Belas palavras Francisco Vitarelli!!!!! DIVA MARIA HERNANDES

Heim Vitarelli, caramba,gostei, conta mais, faz bem ouvir esses testemunhos. ..,NERI PEREIRA DA SILVA 
É muito bom mesmo meu caro. São tantas histórias... vamos atualizando sim. Qualquer hora contarei mais alguns detalhes.FRANCISCO VITARELLI
Vita, faço minhas suas palavras. Diferem os exemplos e as situações, que sempre são especificas e pessoais, mas o espírito e nosso legado é o mesmo. Todos temos um "time' na vida que é unico e intransferível. Creio muito nisto e tenho aprendido convivendo com os mais variados tipos de pessoas, de raças, culturas e formação diversas. A compreensão e o compromitimento com a vida estão intrinsecamente ligados de uma forma umbelical com a individualidade de cada ser em particular. Talvez uns demorem mais do que outros para entenderem e aceitarem suas experiências e as situações que enfrentaram na vida. Alguns captam isto de imediato (penso que estamos neste time, você, eu e outros tantos que conhecemos). Convivo com amigos nossos em Campinas, ex-seminaristas que até agora não entenderam porque estiveram no seminário, muito menos porque sairam. No princípio achava esta postura incompreensível. Hoje, continuo achando mas convivo sem constestar. Rezo e torço para que encontrem-se e, como bem dizestes, que compreendam aqueles que "possibilitaram o aprendizado poderoso que trago para cada momento de minha vida". Abraços amigo. Mais do que uma pintura de um painel de Final do Ano na Basílica, você não se vergou a um desafio e não se permitiu sequer pensar em recusar o convite. Com certeza a vida já te colocou diante de vários "painéis" desafiadores tanto quanto já o fez comigo. Pois que venham e encontraram um lutador. Parabéns amigo, que seu sucesso se fortaleça em cada escorregada e se solidifique em seu levantar. Abraços.ANTÔNIO GALVÃO DOS SANTOS IVO
Nunca fui bom ou como alguns dizem eu eu tenho preguiça de escrever. Uma vez eu queria impressionar nosso professora de português no Santo Afonso o Roberto Malvezzi (gogó) eu escrevi um pouco a mais. Quando ele devolveu as redações na minha estava escrito prolixo. Ele ficou muito bravo comigo pois na mesma hora eu amassei e joguei no Lixo ao lado. De qualquer forma Francisco Vitarelli e Antonio Galvao Dos Santos Ivo estão reproduzindo a minha história também.Aliás estamos escrevendo abaixo da nossa História escrita pelo Neri Pereira da Silva.MARCOS ESCUDEIRO
Lili, você também tem lindas estórias para contar. Divida-as conosco. 
Abraços. ANTÔNIO CLÁUDIO FERREIRA
Caros Galvão e Escudeiro, fico muito feliz com vosso entendimento, e mais alegre ainda em partilhar estas experiencias depois de tantos anos, pois, forma experiencias maravilhosas, enriquecedoras e que deram um norte para minha vida e para eu ser o que sou hoje, assim como, percebo, vocês e tantos outros também. Creio que não existe revoltados, nem inconformados, nem aqueles que aceitaram de bom grado o que passaram, o que vejo é a individualidade indelével de cada um, este tem que ser respeitada e aplaudida de pé, até porque ela é única e mais que isto, ela foi, é e será definida e conduzida pelos desígnios de Deus. Portanto, minha humilde opinião é que acrescentou muito, mesmo para os supostos revoltados ou inconformados, e à cada um de nós, cabe aplaudir e fazer o que nos cabe para nosso desenvolvimento e de cada ser humano, em especial, aqueles que conosco conviveram. Bjs à todos.FRANCISCO VITARELLI
Aqui bem no alto da Serra da Cantareira, os Arautos do Evangelho, (pagando multas altíssimas por interferir no meio ambiente) construíram dois ou três seminários de porte duas vezes maior q o Sto Afonso p menores e universitários além de conventos. Lembram os castelos e catedrais, estão lotados de seminaristas e administram várias paróquias e dezenas de capelas. Suas missas com cantos gregorianos e inclusive de Sto Afonso, atraem e lotam as igrejas...proíbem festas paroquiais para arrecadar fundos, aceitam dízimos e doações....mas o trabalho dos leigos é limitado pois todos os seminaristas cantam nos corais nas capelas e nas peças de teatro que apresentam em datas especiais. ..suas missas despertam sobre o povo um profundo respeito ao sagrado.NERI PEREIRA DA SILVA 

ELES NOS PRECEDERAM - IR. CASIMIRO (JAKOB PFLÜGL) CSsR

IR. CASIMIRO (JAKOB PFLÜGL) CSsR
+11 de AGOSTO 1911 
Deste Irmão podemos dizer que, tendo vivido pouco neste mundo, realizou muito para a eternidade. Era de família pobre, e nasceu perto de Ratisbona, a 14 de fevereiro de 1877. Dos seis aos quatorze anos freqüentou a escola da sua terra natal e, se nunca esteve entre os melhores alunos, ele mesmo dizia sentir-se feliz sendo o ultimo entre eles. Trabalhou depois em Straubing, numa selaria, durante alguns anos; e varias vezes tentou ser admitido entre os “Irmãos da Caridade”, mas não foi aceito por ser ainda muito moço. Procurou então os Redentoristas que o receberam, em 1896. Durante o noviciado, embora muito observante e piedoso, teve de lutar muito contra o sono que o atormentava nas meditações e leituras. Certa vez, durante uma conferência, ficou de pé para não dormir; ainda assim acabou dormindo, e caiu sentado no chão... Hilaridade geral. — Após o noviciado trabalhou algum tempo no Juvenato da Província, até que, em setembro de 1902, veio para o Brasil. Escalado para trabalhar no “Colégio Santo Afonso”, mostrou-se um Irmão muito ordeiro, cuidando de tudo, e pondo em toda a casa um tom de esmerada limpeza. Transferido para Goiás, tornou-se a alegria da casa, devido à sua simplicidade, sua prontidão para o trabalho e profunda piedade. Picado, certo dia por um inseto venenoso, nada revelou, achando que ele mesmo poderia medicar-se. Mas no lugar da picada formou-se logo uma enorme chaga maligna, pelo que o Irmão precisou ser transferido para a Penha. Tratado no Sanatório Santa Catarina, restabeleceu-se, e foi para Aparecida. Mas a sua melhora durou pouco. A chaga voltou a abrir-se em sua perna, com dores horríveis. Sangue envenenado. Sofrendo muito em seus últimos meses, o Irmão apenas rezava, achando ainda disposição para fazer Terços. Com apenas 35 anos acabou falecendo em Aparecida, a 11 de agosto de 1911, deixando aos confrades um exemplo de grande amor ao trabalho e a oração.

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR