terça-feira, 31 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTONIO LINO RODRIGUES CSsR

PE. ANTONIO LINO RODRIGUES CSsR
+31 DE MAIO 2011
Nasceu em São Paulo, capital, no Bairro da Penha, a 26.09.1927. Eram seus pais: Joaquim Augusto Rodrigues e Carlota dos Anjos Fernandes. Entrou para o Seminário Santo .Afonso, em Aparecida, a 08.08.1938, onde terminou seus estudos em dezembro de 1945. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba durante o ano de 1946, onde se consagrou a Deus pelos votos religiosos na Congregação a 02.02.1947. Os estudos de Filosofia e Teologia se realizaram no Seminário Santa Teresinha, em Tietê SP, onde fez a Profissão Perpétua a 02.02.1950. Foi Ordenado Sacerdote, em Tietê SP, a 27.12.1951, por D. José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. Em 1953 iniciou seu Apostolado como Vigário Cooperador em Aparecida. Em 1954 foi transferido como Vigário Cooperador, na Paróquia do Divino Pai Eterno, em Trindade GO. No segundo semestre de 1954, foi designado a trabalhar na Paróquia da Imaculada Conceição, em Campinas, Goiânia GO. Em 1958, voltou para a Paróquia da Penha, em São Paulo. No primeiro semestre de 1962, em Pindamonhangaba, fez o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. De 1962 até 1996, dedicou-se à Pastoral das Missões Populares, residindo sucessivamente em nossas comunidades de São João da Boa Vista SP (1962 a 1971); em Campinas GO (1971 a 1972). De 1973 a 1978, voltou a morar em Aparecida, trabalhando na pastoral dos Romeiros na Basílica. Depois prosseguiu sua jornada missionária, residindo em Sacramento MG (1979 e 1980); em Tietê SP (1981 a 1984); Araraquara SP (1985 a 1987); em São João da Boa Vista SP (1988 a 1993); em Tietê SP (1994 a 1996). Em 1996 deixou o trabalho Missionário direto e passou para um trabalho avulso de substituição em Paróquias, de pregação de novenas, tríduos, etc. Em 2008, foi residir no Convento do Santuário, em Aparecida, para tratamento de saúde. Em seus últimos dias, esteve entre a vida e a morte, em conseqüência de uma queda que lhe ocasionou um coágulo no cérebro. Internado no Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá, veio falecer no dia 31 de maio, às 23h30. Descanse em paz!
Pe. José Bertanha, C.Ss.R. 
Arquivista Provincial
Olá Ierardi! Esse meu conterrâneo, foi o único padre que, em toda minha vida, me disse que Deus estava muito contente comigo. Isso me tocou profundamente. Acredito que precisava ouvir aquilo naquele momento. Eu era adolescente e ele me disse após uma confissão que fiz com ele. Morelli

segunda-feira, 30 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. HÉLIO DE PESSATO LIBARDI CSsR

Pe. HÉLIO DE PESSATO LIBARDI CSsR
+30 DE MAIO DE 2011
               Nasceu a 09.04.1941, em Tietê SP. Seus pais: João Libardi e Hermínia de Pessato Libardi . Família numerosa: 13 filhos, dos quais dois são Religiosos. É o 8º filho do casal.Foi batizado em Saltinho e crismado em Laranjal Paulista. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, a 11.08.1952, onde terminou os estudos em 1959. Em 1960, fez o Noviciado em Pindamonhangaba e aí fez sua Profissão Religiosa na Congregação Redentorista, no dia 02.02.1961. Os estudos de Filosofia e Teologia foram feitos em Tietê e no Alfonsianum, em São Paulo, Capital. Fez a Profissão Perpétua na Congregação em Tietê, no dia: 02.02.1964.Foi Ordenado Sacerdote a 01.01.1967, em Tietê SP, na Igreja de S.Teresinha, por Dom José Melhado Campos, Bispo de Sorocaba SP.Começou sua vida apostólica em 1968, como professor e auxiliar do diretor do Seminário Menor de Santa Teresinha, em Tietê SP. Em dezembro de 1972, foi nomeado Diretor do Seminário, aí ficando até o fim de 1978, quando foi transferido para São João da Boa Vista, como missionário das Missões Populares.Foi Conselheiro Provincial, de 1982 a 1984. Por várias vezes foi membro do Capítulo Provincial. Trabalhou na preparação do Congresso Eucarístico Nacional de Aparecida, em 1985.No 2º semestre de 1987, foi fazer uma reciclagem pastoral em Roma, de onde voltou em julho de 1988. Continuou seu apostolado nas Missões Populares.No dia 08.06.1990 foi eleito Superior Provincial da Província Redentorista de São Paulo.No dia 17 de junho, tomou posse do cargo em solene Eucaristia, na Basílica Nova, em Aparecida.Terminado seu mandato, em 1997, foi transferido para Sacramento MG. m 1998, foi transferido para Araraquara, onde ficou, trabalhando nas Missões Populares.Grande missionário, é também escritor. Era muito procurado para aconselhamento e direção espiritual.Foi co-fundador da UNESER e diretor Espiritual por 15 anos. Internado por uma dissecação da aorta, foi submetido à cirurgia. Com problemas pela dificuldade de cicatrização, sofreu mais duas operações, vindo a falecer durante a operação, dia 30 de maio às 15 h, no hospital S. Lucas de Ribeirão Preto.
Pe. José Bertanha, C.Ss.R
Arquista Provincial
São Paulo, 30.05.2011

domingo, 29 de maio de 2022

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR

Conheci pessoalmente o Pe.Libárdi(+) em um encontro de ex-seminaristas realizado em julho de 2007, o ENESER 12...
Isso porque foi a minha primeira participação em encontros da UNESER...
De repente, no retiro de fevereiro de 2008, lá estava de volta o Pe.Libárdi com o Pe.Toninho, dois missionários de peso dando uma força espiritual naquele encontro...
No encontro de julho de 2008, o ENESER 13, novamente a presença do Pe.Libárdi e autor:
DEUS É AMOR, JUSTIÇA E PAZ,
MINHA FORÇA E ESPERANÇA!
DEUS É AMOR
MINHA LIBERTAÇÃO,
MINHA ALEGRIA
E MINHA SALVAÇÃO!
E o Pe.Libárdi repetia e repetia esse som , ora soltando a voz, ora murmurando......DEUS É AMOR, JUSTIÇA E PAZ......
No décimo quarto encontro, em julho de 2009, o ENESER XIV, estava lá o Pe.Libárdi. Com São Clemente e o Pe.Vinicius surgia o belo refrão: AGORA VAI...
Retiro de fevereiro de 2010, e o Pe.Libárdi veio com a assiduidade de sempre, pontual, o elo dos antigos seminaristas junto à congregação redentorista, paterno, diretor e confessor espiritual....e lá estava com ele o Pe.Edgar e o tema surpreendente de Jonas...
Encontro em julho de 2010, no ENESER XV....Padre Libárdi agora assumia o programa que, por um forum dos presentes, busca o melhor caminho para a jornada do cristão.... 
No encontro da Pedrinha, em fevereiro deste 2011, juntamente com os acordes harmônicos no violão do Padre Anchieta, seu novo pupilo nas missões, Padre Libárdi, no seu quartinho em frente ao refeitório, aguardava-nos a todos para nossos desabafos e a sua bênção reparadora...Ele me deu orientação importante que buscava há 14 anos....
Que interessante...uma relação tão ditosa, inspirada, UNESER e PADRE LIBÁRDI CSsr...
Que ainda falar?...Autor de tantos livros que evangelizam o povo de toda idade?...Missionário redentorista...o chefe de equipe dedicada?... O provincial da época de formação e início da UNESER?...
Que Santo Afonso, ao lado da padroeira a Virgem de Aparecida, continuem intercedendo a Deus pela continuidade de sua obra...e todos estamos imensamente agradecidos ....
REQUIESCAT , PADRE AMIGO(+30/05/2011)!

sábado, 28 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO CSsR

PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO CSsR
*15 de agosto de 1926 
+28 de maio de 2021
Nasceu em Mogi Mirim, SP, em 15.8.1926. Seus pais: José Brandão e Maria Rahal Brandão. Entrou para o Seminário Santo Afonso, no dia 25.5.1937, onde terminou o Ensino Médio em dezembro de 1943. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba durante o ano de 1944, onde fez a Profi ssão Religiosa na C.Ss.R., no dia 2.2.1945. Os estudos de Filosofi a e Teologia se realizaram em Tietê, SP, no Seminário Santa Teresinha, onde fez a Profissão Perpétua, no dia 2.2.1948. Foi Ordenado Sacerdote a 23.7.1950, em Tietê, SP, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba. Começou sua Vida Apostólica como professor e auxiliar do Diretor do Seminário Santo Afonso, em Aparecida SP. De 1953 a 1954, residiu em São Paulo participando de curso universitário. Enviado para a Bélgica, cursou no Lumen Vitae,preparando-se para a Pastoral Missionária. Retornando ao Brasil, fez parte da Equipe Missionária, residindo em São João da Boa Vista, SP. Em junho de 1976, foi transferido para a Comunidade das Comunicações, em Aparecida, para trabalhar na Editora Santuário. Em 1980, passou para a Comunidade da Basílica, no trabalho pastoral com os romeiros. Em 1981, iniciou seu apostolado na Rádio Aparecida, evangelizando e catequizando. Em 1988, foi nomeado Vigário Paroquial da Paróquia de Aparecida, demonstrando muito amor e dedicação aos paroquianos, visitando doentes e consolando famílias enlutadas. Em 1997, foi transferido para Tietê, SP, auxiliando na pastoral da Igreja de Santa Teresinha. Em 2003, retornou para Aparecida, dedicando-se aos peregrinos do Santuário no atendimento das Confissões. Pe. Brandão foi um exemplo de vida missionária: formador dedicado, pregador zeloso, confrade alegre, educado e comunicativo, escritor de vários artigos em diversos periódicos, anunciador das glórias de Maria pela Rádio Aparecida, confessor paciente e orientador espiritual de muitas pessoas, incentivador das vocações pela oração e aconselhamento. No fim da vida, carregou com paciência e amor a cruz da idade avançada, da deficiência visual e auditiva e da doença do Alzheimer. Realizou em sua vida o projeto proposto nas Constituições Redentoristas, em que o missionário deve ser “forte na fé, alegre na esperança, fervoroso na caridade, inflamado no zelo, humilde e sempre dado à oração”. Residindo em Aparecida por muitos anos, em suas anotações deixou escrito: “Aqui ficarei até que Deus permita o contrário... Apesar de minhas falhas e pecados, estou muito contente de ser padre, redentorista, missionário de Nossa Senhora Aparecida. Quero morrer fiel à minha vocação cristã e redentorista. Assim seja!” No dia 28 de maio de 2021, Deus o chamou, da comunidade redentorista do Convento do Santuário de Aparecida, para viver eternamente na companhia do Pai amoroso, do Filho Redentor e do Espírito Santificador, com a Virgem Maria, São José, os santos, beatos e mártires redentoristas, que certamente fizeram um coro para o acolher cantando: “Vem servo bom e fiel!”. No dia 29/05/21, sábado, no altar central do Santuário, com transmissão pela Rádio e TV Aparecida, foi rezada missa de corpo presente em Ação de Graças pela vida do Pe. Brandão. Cerca de 60 confrades participaram para agradecer e se despedir do Pe. Brandão. O Santuário estava repleto de fi éis, que também agradeciam e clamavam: “Descanse em paz, Pe. Brandão!” Em seguida, o corpo foi levado ao Cemitério Municipal de Aparecida, onde o confrade aguarda o ditoso dia da Ressurreição. Com Deus para sempre, Pe. José Oscar Brandão, e do céu rogue por nós! 
Dados do Arquivo Provincial
Pe. Alberto Pasquoto, C.Ss.R. 

Em 1957 lá estava ele esperando-me de braços abertos na bucólica casa da Pedrinha e, em meio a tantas dificuldades, que apenas conheci há muito pouco tempo, ele comandou discretamente a equipe de formadores e os alunos que, como me ocorre, eram mais de 90. Em 1962 foi meu diretor em Aparecida-SP, Seminário Santo Afonso, e acompanhou-me na minha despedida. Ficou perene na minha alma e mente o que ele nos dizia todos os dias: 
"Vocês aqui estão para tornarem-se PADRES, MISSIONÁRIOS, REDENTORISTAS, SANTOS!" Ele cumpriu todas as etapas, devemos reconhecer!Sou hoje imensamente grato ao Padre Brandão ad aeternum, pretendo que tenha a proteção divina e juntamente com todos os redentoristas na eternidade, desfrute a felicidade perene da vida eterna. Tenho sempre me manifestado, e com relação ao Padre Brandão, o faço agora de maneira especial: 
UMA VEZ REDENTORISTA, REDENTORISTA NO CÉU!
Antônio Ierardi Neto(Tampinha)
Foi colega de turma de meu pai no Seminário. Eu e dois irmãos fizemos a Primeira Comunhão com ele, na capela do Seminário Santo Afonso no início dos anos 60. Que seu corpo descanse em paz e seu espírito resplandeça na luz perpétua, nos iluminando na caminhada para seguirmos com tolerância, paciência, compassividade e respeito aos muitos diversos dons que o Espírito anima!Hélio Maddalena Jr.
Ah, esse foi um grande missionário, formador, programas de rádio, paróquias. Humano entendeu sua vocação. Fez igual São Paulo, cumpriu e viveu sua fé. Um aprendizado!Vicente de Paula Alves
Às vezes, acrescentava: CORINTHIANOS!!! kkkk Em suas palestras também gostava de falar de sua terra natal, Mogi Mirim, da qual se orgulhava muito. José Carlos Criado
Ficará para sempre na minha memória afetiva porque foi ele quem me recebeu na portaria do Seminário Santo Afonso, de Aparecida, em janeiro de 1963.João Aparecido de Oliveira 

PADRE LIBÁRDI - SAUDADES!!!!

SAUDADES
Eis o que o coração sente
hoje é um dia de amor
um dia bem diferente
de saudades e não de dor.
Mudamos nosso cotidiano

na verdade é alegria
apesar de fazer um ano
parece que faz um dia.
Hoje o dia surgiu sorridente
um brilho no coração
e livre de toda corrente
vivemos com muita emoção.
Começando puxando na memória
assistimos a entrevista de fé
que marcou a história
desde que surgiu o homem de Nazaré.
Nada, nada se acabou
tudo o que aqui fizemos
diz que o sonho não acabou
como irmãos aqui vivemos.
Lembranças, poetas, poesias
letras , músicas, canções
nos trouxeram a utopia
que marcou os corações.
Procissão, cemitério, oração
vida, paciência, doação,
felicidade, vida e união
aqui somos irmãos.
Libardi, saudade a cada momento
é encontro, não tormento
a Eucaristia é aqui pensamento
como velho amigo, nos fazemos instrumento.
Pe. Pereira C.Ss.R

sexta-feira, 27 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. CARLOS HOLLÄNDER CSsR

PE. CARLOS HOLLÄNDER CSsR
+27 de MAIO 1951 
Natural de Godramstein (Alemanha) nasceu a 15 de fevereiro de 1903. A 13 de setembro de 1927 fez sua profissão na C.Ss.R. sendo ordenado a 3 de fevereiro de 1929. Veio para o Brasil em 1934, iniciando seu apostolado como coadjutor na Penha. Logo depois foi para Aparecida, como prefeito do Juvenato, voltando em 1937 para a Penha. Em 1942 foi nomeado Superior de Araraquara, até 1946. Passou depois a trabalhar como coadjutor em Aparecida, indo em 1950 para Campinas (GO). Aqui ficou até maio de 1951, quando veio para São Paulo, onde faleceu aos 48 anos de idade. Pe. Carlos foi sempre ótimo confrade, alegre, caridoso, e disposto para qualquer trabalho. De uma atividade quase elétrica, não parava um momento sequer, como se adivinhasse que não iria viver muito. Foi em 1950 quando, em Goiás, começou a emagrecer rapidamente, experimentando uma acentuada fraqueza. Com suspeita de câncer, veio tratar-se no Hospital Santa Catarina, em São Paulo. Os exames confirmaram: câncer na espinha generalizado. Para o enfermo o sacrifício não podia ser maior, vendo sua vida terminar tão cedo. Aceitou, porém, a vontade de Deus com impressionante paciência, edificando as Irmãs e os confrades pela serenidade com que soube enfrentar a última prova. Poucos dias antes de morrer ele revelou, frisando que não estava dormindo, mas bem acordado, quando viu o Pe. Gaspar Stanggassinger que lhe disse: Deus não quer que você se restabeleça, mas que venha logo ficar conosco. Realmente, a 27 de maio de 1951, foi ele “transferido” para a eterna comunidade dos Anjos e dos Santos.
CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 26 de maio de 2022

ALEXANDRE DUMAS E O MARTIM PESCADOR

No seminário, aconteciam sempre comemorações, tal como homenagem ao padre diretor, dia de Santo Afonso, formaturas, inaugurações, etc. As mais importantes revestiam-se de pompas, missas solenes , apresentações musicais e peças teatrais, tudo antecipadamente preparado. As peças teatrais eram dramas, comédias ou óperas e operetas.
Entre as últimas, lembro-me do Yang-Yoto e Martim Pescador. No Martim Pescador, o ator-cantor principal foi o Dito Siqueira que tinha uma bela voz e representava muito bem. Até mais recentemente, encontrava-me com ele em nossas reuniões de ex-seminaristas e o chamava por "Martim Pescador". O Siqueira saiu do seminário e , entre outras peripécias, trabalhou num circo como ator. Graças a Deus, o circo faliu e ele reapareceu em nosso meio lá em São Paulo. Ele se formou advogado, aposentou-se no Banespa, foi presidente de sindicato e vereador em São José dos Campos. Guardei em minha lembrança esse nome como se fosse o nome do personagem da ópera e somente mais tarde fiquei sabendo que martim-pescador identificava uma ave que vivia na beira de rios a espera de peixes, excelente pescadora. O tempo passou, nunca encontrei essa espécie , tinha-a como uma ave européia. Pois bem, hoje, fui fazer minha caminhada no parque que fica lá no alto, próximo ao Portal das Colinas. Tem uma lagoa com nascente própria que antigamente servia de bebedouro para o gado da Fazenda Byghton. Posteriormente, construiu-se uma barragem e a lagoa virou um grande lago. Ali, fez-se um criadouro de peixes que atraem garças e biguás, tem também patos, marrecos e tartarugas . Dando a primeira volta ao redor do lago, eis que visualizo um enorme pássaro com asas cinza- azuladas, garganta branca, bico enorme, 50 cm de envergadura, um show. Informei-me com um serventuário do local e ele me informou que era um martim-pescador que ali apareceu e encontrou comida farta. Tomara que goste do lugar e eu o veja mais vezes. Chegando em casa, fui consultar a internet, seu nome científico "MEGACERYLE TORQUATA" (grande ave mitológica com colar), citada na antiguidade por Aristóteles , "colar", talvez pelo pescoço branco. Vivendo, se aprende, conheci "in persona" o martim-pescador, lembrei-me do Dito Siqueira, grande ator, meu colega de seminario a quem apelidei de Martim Pescador.Alexandre Dumas 
Saudades do Dito Siqueira. Éramos grandes amigos. Ele esteve num dos encontros dos ex-seminaristas, tenho fotos desse dia, lá no Santo Afonso, nós três na mesma mesa : ele, a minha falecida esposa Emília e eu. Foi um encontro maravilhoso, muita alegria, profundas emoções... Dumas, adorei tua postagem. Grande abraço. João de Deus Rezende Costa
Dumas, que belo texto! Como me empolga ver o relatório pessoal dessas suas andanças. Consiga-me, se puder, uma foto do dito Dito Siqueira! O que ainda admiro é, além da linda recordação, a dedicação que tem para com todos os que um dia surgiram no seu caminho... Por isso que me animo, pois já passei na sua trilha um dia!!! Sempre obrigado, amigo! Ierárdi

ELES VIVERAM CONOSCO-PE.ALEXANDRE MONTEIRO CÉSAR MINÉ CSsR

PE.ALEXANDRE MONTEIRO CÉSAR MINÉ CSsR
+26 de MAIO 1981 
Era de Taubaté - SP, onde nasceu a 25 de agosto de 1904. Em 1916 ingressou no Juvenato de Aparecida, professando a 11 de maio de 1923. Nesse mesmo ano foi para a Baviera (Alemanha) onde fez os estudos superiores, ordenando-se, com dispensa de idade, a 29 de julho de 1928. Voltando para o Brasil, permaneceu na Penha, como cooperador; indo, em 1931 para Campininhas - GO onde trabalhou até 1945, como missionário. Passou então a dirigir a Paróquia de Trindade, lecionando também Moral no Seminário Diocesano, até 1955. Foi por esse tempo que começaram a aparecer os primeiros sintomas da doença que, após 26 anos, o iria levar à morte. Com certa dificuldade para movimentar os braços, voz enfraquecida e aparência de cansaço, em 1956 veio para a Comunidade de São João da Boa Vista. Queria trabalhar, prontificando-se a visitar alguma capela rural, ou a ajudar na igreja. Mas, aos poucos, foi se convencendo de que não tinha mais condições. A doença se agravou, com escrúpulos, alucinações, mania de perseguição que não o deixavam dormir. E os exames acabaram revelando que se tratava de “Mal de Parkinson”. Incurável, a enfermidade foi tolhendo ao pobre enfermo os movimentos dos braços, das pernas, e até mesmo da cabeça. Por felicidade teve sempre a seu lado um confrade extremamente dedicado e paciente, o Irmão Estanislau, que o acompanhava sempre, ajudando-o em tudo. Apesar de praticamente imobilizado em seus últimos anos, Pe. Miné se mostrava alegre com os confrades, e não se queixava de nada. E, o que era edificante: Fazia questão de, sempre que possível, participar dos exercícios comuns, embora apoiando- se com dificuldade no seu “anjo da guarda” o irmão enfermeiro. Em julho de 1978 pôde ainda celebrar seus 50 anos de sacerdócio, concelebrando na Basílica de Aparecida com seus colegas de curso: Dom Macedo, padres Daniel Marti e Artur Bonotti. Missionário zeloso, de voz clara e ótima dicção, bom cavaleiro e exímio atirador em seus tempos de Goiás, ele foi para a Província, um modelo de paciência e conformidade. A 26 de maio (1981) na Casa do Potim, entregou tranqüilamente sua vida terrena ao Pai, para receber a recompensa eterna. (Arquivo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 25 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. GERALDO PIRES DE SOUZA CSsR

PE. GERALDO PIRES DE SOUZA CSsR
+25 de MAIO 1969 
Um confrade ao qual nossa Província muito ficou devendo, como missionário, superior, formador, e dono da pena mais fecunda que a província até hoje conheceu. Era de Guaratinguetá, onde nasceu a 22 de maio de 1895. Ingressou no Juvenato (Aparecida) em 1904, professando em 1911. Estudou, depois na Alemanha, e após a sua ordenação em São Paulo (1917) foi designado professor, e mais tarde, Prefeito do Juvenato. Em 1926 iniciou sua vida de missionário, distinguindo-se como exímio pregador de Retiros. No triênio 1947-1950 foi Vice e depois Provincial.P 1 P Deixando o cargo foi ainda Superior de São João da Boa Vista, casa que fundou,P 2 P e depois, mestre do segundo noviciado até 1964. Alegre, às vezes brincalhão, Pe. Pires sabia tratar com os mais simples e ignorantes, devido a sua bondade e compreensão. Mas era fino, delicado e vivo, quando devia tratar com autoridades ou pessoas mais graduadas. Como fundador, e, mais tarde, superior de São João da Boa Vista, soube desde o inicio, ganhar a amizade e simpatia do povo para a nossa obra. Como missionário não era orador de arrebatar multidões; era mais conferencista, falando às inteligências numa linguagem fluente, colorida e atraente. Como pregador de Retiros, principalmente para a juventude, era simples e claro na exposição dos temas, sem nunca abandonar a elegância e delicadeza do seu estilo. Bom observador, sabia colorir suas pregações e conferências com exemplos e comparações originais. Foi sempre um apaixonado pelos livros, e vivia vasculhando bibliotecas, lendo ou escrevendo por toda a parte. É de se admirar que em meio a toda a sua atividade como missionário, Superior e Formador, encontrasse tempo para escrever tanto como escreveu. Além de diversas traduções, mais de 13 obras originais, artigos para a “REB”, inúmeros programas para o rádio, diversos trabalhos para o segundo noviciado, contos e traduções para os Ecos Marianos. Um trabalho imenso que somente um grande zelo redentorista pôde realizar. Em sua ficha pessoal ele anotou: “Honra que reivindico (si tamen licet): com o falecido Pe. Nestor de Souza, escrevi o primeiro número do Almanaque de Nossa Senhora, depois mudado para Ecos Marianos. Isso no ano de 1926, em Cachoeira do Sul”. — Cheios, certamente, e bem aproveitados para as almas foram os 74 anos vividos pelo nosso Pe. Pires. Em 1968 ele ainda estava em São João da Boa Vista como simples auxiliar da Casa. Mas, por motivo de saúde, foi transferido para a casa do Potim. Durante muitos anos ele já vinha sofrendo de uma anormalidade na espinha. Não foi pequeno o seu martírio, embora continuasse trabalhando em seus escritos, ou como mestre do segundo noviciado. Nos últimos meses agravou-se o seu estado, com distúrbios cardíacos e circulatórios. Para tratamento foi internado na Santa Casa de Aparecida. Embora prevendo a morte, não se deixou impressionar: continuou, como sempre, calmo e até de bom humor. Mas a 25 de maio de 1969 sua vida chegou ao fim. Um colapso o deixou inconsciente por algumas horas. Foi quando a morte chegou, para levá-lo sem um gemido sequer. Antes de morrer quis ainda anotar um pedido ao Provincial: “Doar os restos de minha espinha doente a um ortopedista católico, para ele mostrar a seus clientes a anormalidade da espinha enferma.” 
P 1 P - Pe. Pires foi Vice Provincial de 1939 a 1944 e Superior Provincial de 1944 a 1947. Foi o primeiro brasileiro a ocupar esses cargos. (nota do editor) 
P 2 P - Pe. Pires foi também prefeito dos estudantes, em Tietê, por quase dois anos. Embora idoso, ainda soube conviver com nossos jovens. ( nota do editor)
CERESP-Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Padre Pires era provincial em 1946 quando foi lançada a pedra fundamental da nova basílica, esteve presente e aparece em uma das fotografias que ilustram meu artigo sobre o evento, cheguei a ajudar missa celebrada por ele na basílica velha, eu tinha então 9 anos de idade. Alexandre Dumas
Quando o mundo vivia o flagelo da Segunda Guerra Mundial, o Governo Geral tornou a sede dos Missionários Redentoristas em São Paulo, a primeira província redentorista brasileira. Com esse fato, surgia a figura do primeiro superior provincial brasileiro que teria sobre si a responsabilidade de administrar de forma autônoma a representação de uma congregação religiosa em um país de grandes proporções e em meio a grandes dificuldades. Quem assumiu essa missão foi o padre Geraldo Pires de Souza e é sobre ele que queremos lembrar um pouco mais nesta publicação. Conheça mais sobre esse missionário alegre, bondoso e dono de uma inteligência que sabia dialogar com os simples e cultos logo abaixo da imagem. Quem chega ao Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP), encontra um auditório que homenageia o nome do padre Geraldo. É um espaço moderno que serve para os encontros dos missionários da província e de outras unidades em eventos de grande importância. Uma homenagem sutil para perpetuar a história e o papel relevante que esse missionário teve no desenvolvimento da nova província redentorista. A missão recebida pelo padre Geraldo aconteceu naturalmente porque ele já era o vice provincial de São Paulo. Padre Victor Hugo Lapenta ao relembrar o dia em que padre Geraldo comunicou a novidade para os confrades em 28 de outubro de 1944, durante as comemorações dos 50 anos de fundação da vice província, ele destaca que o superior a fez em tons emocionados, demonstrando ali o seu entusiasmo diante do novo desafio. Um gesto simbólico do padre Geraldo foi colocar o telegrama com a notícia da província alemã aos pés da imagem original de Nossa Senhora Aparecida que ainda ficava no altar da Basílica Velha, para que no momento oportuno fosse retirado e lido em frente de todos 
Ontem e hoje na Província Redentorista de São Paulo 
15 de outubro de 1944: nasce a Província Redentorista de São Paulo Províncias Redentoristas do Rio, Bahia e São Paulo unidas até 2022 Sobre si, padre Geraldo tomou a responsabilidade de conduzir os 64 padres, 37 irmãos, 60 clérigos, 20 noviços e 200 seminaristas menores que integravam a província. Um agradecimento foi feito aos missionários alemães que trouxeram consigo o dinamismo missionário herdado de Santo Afonso para essas terras. A história conta ainda mais fatos da vida de Padre Geraldo. Tido como um homem alegre e até brincalhão, ele possuía uma inteligência capaz de fazê-lo falar na linguagem de cultos, mas também do povo simples, sem muita instrução. Assim descrevem as crônicas históricas que preservam de forma muito viva a memória dos Missionários Redentoristas: “Como missionário não era orador de arrebatar multidões; era mais conferencista, falando às inteligências numa linguagem fluente, colorida e atraente. Como pregador de retiros, principalmente para a juventude, era simples e claro na exposição dos temas, sem nunca abandonar a elegância e delicadeza do seu estilo. Bom observador, sabia colorir suas pregações e conferências com exemplos e comparações originais”. 
Capelão na Revolução 
Padre Geraldo esteve nos campos de batalha durante a Revolução Constitucionalista de 1932 atuando como capelão militar. Seu capacete hoje está no Museu Nossa Senhora Aparecida. O missionário também foi um determinado escritor. Deixou muitas publicações escritas, entre elas, uma que ele recorda em suas anotações pessoais como uma grande conquista, a de ter escrito junto com o padre Nestor de Souza, o primeiro número do Almanaque de Nossa Senhora, em 1926. Depois de viver 74 anos, bem aproveitados, ele faleceu em 25 de maio de 1969, em Aparecida. Um gesto final curioso e generoso que ele deixou por escrito ao seu superior: “Doar os restos de minha espinha doente a um ortopedista católico, para ele mostrar a seus clientes a anormalidade da espinha enferma”.

domingo, 22 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO BIBIANO DE SIQUEIRA CSsR

PE. ANTÔNIO BIBIANO DE SIQUEIRA CSsR
+22 de MAIO 1991 
Era mineiro de Lambari, em Minas Gerais. Nasceu a 9 de outubro de 1910. Entrou para o então "Colégio Santo Afonso" (hoje Hotel Recreio) a 10 de agosto de 1922. "O Mineiro" - foi esse o seu apelido durante todo o tempo de Seminário Menor - era inteligente, vivo, brincalhão, e ... cavador que sempre saía ganhando. Durante os anos de estudo, foi um dos melhores do curso. Iniciou seu Noviciado em Aparecida, continuando-o depois em Pindamonhangaba, cuja casa ainda estava em construo. Professou a 26 de abril de 1930, indo fazer seus estudos superiores na Alemanha (Província Mãe) já que ainda não tínhamos o nosso Seminário Maior. A 5 de maio de 1935 foi ordenado, voltando para o Brasil em janeiro de 1936. Seus timos meses de estudos, ele os fez em Tietê cujo Seminário estava ainda em construo. Em maio de 1936, iniciou a sua vida apostólica. Para começar, foi nomeado professor do nosso Seminário Menor de Aparecida, passando depois a lecionar no nosso Seminário de Pinheiro Marcado, no Rio Grande do Sul. De lá voltou, indo para Campinas de Goiás como Cooperador; e em 1941 fez o seu segundo Noviciado em Aparecida, para iniciar a sua vida que foi sempre missionária. Durante os quase cinqüenta anos seguintes (1941 - 1991) Pe. Siqueira foi sempre o Missionário da ativa. Tinha verdadeiro carisma para tratar com o povo: seu porte, sua voz, seu desembaraço e disposição, tudo o convidava para a atividade das Missões. Daí porque não se tenha dedicado à pregação de Retiros e semelhantes. Trabalhar fechado em casa não era para ele; motivo pelo qual os superiores logo perceberam que ele não era homem para ocupar cargos na Província. Foi Superior apenas duas vezes: em Porto Alegre e em Tietê e, mesmo assim, sempre que possível não dispensava uma saída para alguma missão. Sem dúvida, um dos maiores Missionários que a Província conheceu, após as figuras de um Pe. Pelágio, Pe. Afonso, ou Pe. Conrado. Sem exagero: Se admitirmos uma média de 8 a 10 missões por ano, em quase 50 anos... que o digam os "Livros das Missões" de nossas Casas.P 1 P
Nos últimos anos, não podendo mais trabalhar diretamente nas missões, continuou ocupado com Novenas, Tríduos paroquiais, e principalmente com as famosas Novenas Missionárias. E, durante esses anos já estava usando marca-passo. Em 1988 foi transferido para Aparecida, onde celebrou o Jubileu Áureo de sua Ordenação; e em 1960 ainda celebrou os 60 anos de sua Profissão religiosa. Embora sempre cuidadoso da própria saúde, a princípios de 1981 foi surpreendido por um câncer nos rins. Operação. Tratamentos pareciam acender a esperança do doente. Mas tudo foi inútil. Internado no Hospital Frei Galvão de Guaratinguetá, Pe. Siqueira viu chegar a morte que o levou para a Casa do Pai, na tarde do dia 22 de maio de 1991. Foi sepultado em Aparecida, no dia seguinte. RI.P. (Pe. Isac Lorena) 
P 1 P Pe. Siqueira liderou por muitos anos as equipes missionárias da Província. Era organizado e se dedicava com muito amor às missões, esperando sempre e cobrando dos companheiros o mesmo zelo missionário. Tinha brilhantes dotes oratórios e encantava os auditórios, tanto nos sermões, como nas conferências e até nos avisos ao povo. A voz muito clara e metálica modulava as palavras numa pronúncia interiorana cheia de graça e de vibração. Sabia como ninguém manipular e empolgar as multidões. Concentrações nas praças, procissões e passeatas eram magníficas quando contavam com o toque do "Siqueirão". Outro nome pelo qual era conhecido e do qual gostava muito foi "Dom Camilo". Ganhou-o pela semelhança com a figura do ator que nas comédias cinematográficas desempenhava o papel do cura italiano que vivia às turras com o Pepone, o prefeito comunista da aldeia. (Vejam a seguir!)(nota do editor)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

PADRE SIQUEIRA, O “DOM CAMILO”!

PADRE SIQUEIRA
Neste 22 de maio, rememoramos o dia final neste mundo do PADRE SIQUEIRAo redentorista que teve o apelido de DOM CAMILO, por ter a mesma aparência do ator FERNANDEL que viveu nas telas do cinema o papel do solerte pároco em constante pugna com o Prefeito Sr.Peppone da Aldeia de Reggio, na Itália.
Ao repassar os artigos publicados no Site Zenit, surgiu-me a história, relatada pela articulista Elizabeth Lev, sobre o livro de contos de Giovannino Guareschi que nos traz as peripécias dos dois rivais, um, católico e outro, comunista em uma região onde todos participavam de tudo... Lembrei-me ainda que esse livro era "deglutido" no silêncio das refeições que fazíamos no seminário.... Aproveitem e relembrem...

SUPERANDO AS DIFERENÇAS
O mundo de Don Camillo, de Giovannino Guareschi
ROMA, quinta-feira, 6 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- O poeta romano Horácio registrou em sua lírica o tempo mágico do “otium”, um período de pacífica ociosidade e descanso que permite o fortalecimento espiritual para o dia-a-dia. Pretendo usar este tempo de tranquilidade para a leitura, e, nestas férias de verão europeu, eu felizmente abri o primeiro livro que despertou minha paixão pela Itália.Por Elizabeth Lev
ATOR FERNANDEL
“Don Camillo e o seu pequeno mundo”, escrito pelo italiano Giovannino Guareschi, oferece uma refrescante perspectiva da política, religião e amizade em uma idade em que estes três campos parecem irreconciliáveis. As histórias de Guareschi, escritas quando as paixões eram fortes e as barreiras eram mais altas do que hoje, refletem a forma como o direito somado à esperança, à humanidade e ao humor pode vencer qualquer ideologia.
Guareschi nasceu na região italiana da Emilia Romagna, no início do século XX. Sua vida atravessou as duas Guerras Mundiais, assim como a ascensão do comunismo e do fascismo. Foi um provocador. Suas críticas ao governo Mussolini lhe renderam o ingresso forçado no exército italiano e três anos em uma prisão polonesa.
Retornou ao norte da Itália justamente no ápice dos embates entre os comunistas e os democrata-cristãos pelo controle da Itália. As tensões eram fortes entre as duas partes, os democrata-cristãos afirmando que os filhos dos comunistas tinha sido apropriados pelo Estado, enquanto os extremistas da esquerda atacavam os sacerdotes e proprietários de terra, seus maiores inimigos de classe.
Nesse clima volátil, Guareschi lançou suas sátiras tanto ao primeiro grupo quanto ao segundo, expondo os pontos fracos de ambos lados. Com isso, ajudou a diminuir as tensões entre as violentas oposições. As obras de Guareschi foram vitais para a derrota do Partido Comunista na histórica eleição de 1948. Essas histórias se tornaram extremamente populares e beneficiaram ensinamentos como os do Papa João XXIII, cujo tom pastoral refletia uma presença paternal amorosa em um mundo repleto de ódio.
As mais famosas histórias de Guareschi foram as de Don Camillo, um pároco na pequena aldeia de Reggio, em Emilia Romagna, e seu rival Peppone, o prefeito comunista da cidade. Este contraste é o ambiente de confrontos políticos e calorosos momentos de cumplicidade guiados pelo Cristo crucificado que do altar serve de moderador de consciência para Don Camillo e o tolo Peppone.
DOM CAMILO E O PREFEITO PEPPONE
Don Camillo e Peppone formam a profunda fronteira do movimento da resistência italiana durante a Segunda Guerra. Peppone representa os "partigiani", enquanto Don Camillo encarna o capelão. O ódio pós-guerra contra os fascistas (Mussolini foi de Emilia Romagna) empurraram a região para um triângulo comunista entre Parma, Bolonha e Ferrara. Don Camillo e Peppone chocam-se constantemente, em confrontos que às vezes escapam do verbal para o físico. Mas apesar das suas diferenças, quando confrontados com questões fundamentais como a vida e a morte, o verdadeiro e o falso, eles acabam ficando do mesmo lado.
Giovannino Guareschi
Don Camillo é frequentemente tentado pelo orgulho de permitir que a política possa ultrapassar o seu dever com as almas, mas, felizmente, Cristo está sempre lá para chamá-lo de volta ao caminho certo. Em um memorável episódio, Don Camillo tenta justificar o seu comportamento pecaminoso, usando uma inteligente retórica familiar com muitos políticos. Cristo o repreende dizendo: "Estas são as sutilezas dos sofistas... sem você perceber o diabo ganhou vida em ti e mistura suas palavras com as dele". Um breve período de jejum restaura a saúde espiritual de Don Camillo.
Minha história favorita está próxima do final do livro. No Natal que se aproxima, os comunistas estão-se tornando mais intolerantes com Don Camillo, que acaba de escapar de um atentado a bala. A frágil fronteira respeitosa entre ambos lados parece estar prestes a ruir. Na véspera de Natal, um oprimido Peppone, sem saber para onde se dirigir, acaba por se encaminhar à casa de Don Camillo. Os dois homens sentam-se em lados opostos da mesa, as fortes mãos ocupadas ternamente com as figuras do presépio. Esta simples mas eficaz atividade lentamente cura as feridas entre os dois homens e pacifica os caminhos na pequena aldeia do rio Pó, trazendo esperança a todos aqueles que seguem o Príncipe da Paz.

Bons tempos das leituras de Dom Camilo às turras com o prefeito comunista Peppone... Olavo Caramori Borges
No silêncio das nossas refeições no Santo Afonso, acompanhávamos as histórias de GIOVANNINO GUARESCHI e as peripécias de Dom Camilo e o político Peppone....Atente que essas histórias mostram o debate entre Igreja e Comunistas....hoje eles estão de braços dados!!!! Ierárdi
Aquelas leituras era boas, eu gostava. Uma vez eu fui escalado para a leitura, mas o melhor é que a gente comia depois e sempre sobrava um pouco daquela cerveja que o padre tomava na refeição dele, Quando foi a minha vez de leitor, eu mudava palavras do texto para que o pessoal risse. Eu trocava "jubiloso" por "furiosos" que dava um sentido diferente na história e o pessoal ria muito,. Então eu ia mudando até que o Padre que presidia a refeição tocava o sininho e falava "É melhor você parar com essa leitura, toda errada" Eu descia do púlpito e esperava até que o almoço terminasse para eu almoçar. lembranças boas.Abner

sábado, 21 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. AGENOR MATHIAS PESSOA CSsR

PE. AGENOR MATHIAS PESSOA CSsR
+21 de MAIO 1992 
Nasceu em Quatá - SP, no dia 17 de maio de 1940,mas cresceu e formou- se em Presidente Prudente - SP. Eram seus pais Cândido Mathias Pessoa e Joaquina Maria de Jesus. Com 6 anos de idade perdeu a mãe e com 9 anos, o pai. Fez seus estudos primários, ginasiais e clássicos em Presidente Prudente. Trabalhava e estudava. Formou-se em 1966, quando começou a lecionar. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida-SP, no dia 30 de janeiro de 1970. O noviciado foi feito em 1971, em Sacramento- MG, onde fez a profissão religiosa na Congregação Redentorista a 05 de fevereiro de 1972. Fez a profissão perpétua no dia 30 de janeiro de 1977, em Tietê-SP. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de dezembro de 1977, em Presidente Prudente, por Dom Antônio Agostinho Marochi, bispo daquela diocese. Antes da ordenação trabalhou como diácono na Basílica de Aparecida. Seu primeiro campo de apostolado, depois de padre, foi a formação no Seminário Santo Afonso, em Aparecida, onde ficou até fim de 1981. No ano seguinte foi nomeado diretor do Seminário de Santa Teresinha, em Tietê, onde ficou por um ano. Em 1983 foi transferido para Aparecida, dedicando-se ao trabalho pastoral com os romeiros, na Basílica de Nossa Senhora. Dois anos depois foi nomeado superior da comunidade e diretor do Seminário do Santíssimo Redentor, em Sacramento-MG. Em janeiro de1985 teve seu primeiro problema cardíaco. Veio para São Paulo e no Hospital da Beneficência Portuguesa foi operado do coração. Lá esteve internado de fevereiro a fim de maio. Em recuperação voltou para a comunidade da Basílica, em Aparecida. Em 1991 foi nomeado mestre de noviços, no Seminário Santa Teresinha, em Tietê. Em 1992 cuidava de sua segunda turma de noviços: 15. Em começo de maio, estando os noviços na missão de Atibaia - SP, Pe. Agenor, a conselho do Pe. Provincial, saiu para uns dias de férias. Depois de passar por Aparecida, foi a Três Pontas - MG, à casa de seu amigo Antônio Brito. Lá no dia 5 de maio, à noite, sentiu-se mal, com dores muito fortes no peito. Foi trazido de avião para São Paulo, onde foi internado na Beneficência Portuguesa. Foi operado no dia 12: grande dilatação da aorta. Não saiu mais da UTI. Seu estado foi piorando: infecção pulmonar, depois bloqueio renal. Na UTI completou 52 anos de idade. Faleceu às 1,20 h. da madrugada do dia 21 de maio de 1992, no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Seu corpo foi levado para Tietê, sua comunidade. A missa de corpo presente foi às 16 horas desse mesmo dia. 54 foram os concelebrantes, 4 diáconos, além dos Irmãos, teólogos, filósofos, noviços e seminaristas. Foi sepultado no mesmo dia, em Tietê. Pe. Agenor estava com 52 anos de idade, 20 anos de profissão religiosa e quase 15 anos de sacerdócio. Pe. Agenor era um padre e religioso simples, sorridente, alegre e muito piedoso. Era um homem de oração. Por onde passou deixou incontáveis amigos. Estava sendo um mestre de noviços muito bom. Seu falecimento foi verdadeiramente uma perda para a Província. (Arquivo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 20 de maio de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE LUIZ GONZAGA WEISS CSsR

PADRE LUIZ GONZAGA WEISS CSsR
+20 de MAIO 1959 
De pequena estatura, um tanto infantil em suas maneiras, ele era, para muitos, o Pe. Luizinho. Nasceu em 1881 na Alemanha, e, professando em 1902, foi ordenado em 1907. No ano seguinte veio para o Brasil, permanecendo em Aparecida uns dois anos. Trabalhou depois, em diversos triênios, em Goiás, Aparecida e Penha. Foi Superior em Perdões, Araraquara e Cachoeira do Sul. Pe. Luizinho era um homem simples, alegre e atencioso com todos. Zeloso da observância, sua piedade não conhecia complicações. Foi Mestre de Noviços durante 10 anos seguidos, em Pinda; e seus pupilos guardaram a lembrança de um pai, ou vovô de coração aberto e compreensivo. Caridoso, sabia interessar- se pelo bem dos confrades que o estimavam pela sua sinceridade em tudo. Sempre alemão, mesmo em seus últimos anos, não dispensava a sua cervejinha, que ele dizia o leite dos velhos. Transferido para Cachoeira do Sul, pouco pôde trabalhar, devido a sua idade. Faleceu em Cachoeira do Sul, a 20 de maio de 1959.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR