segunda-feira, 29 de agosto de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. FRANCISCO COSTA CSsR(PADRE VIEIRA)

PE. FRANCISCO COSTA CSsR (PADRE VIEIRA)
+29 DE AGOSTO 1995 
Era mineiro de Jacutinga, onde nasceu a 18 de fevereiro de 1927, na Fazenda Bom Café. Eram seus pais David da Costa e Maria Vieira da Costa. Foi batizado em Jacutinga no dia 07 de maio do mesmo ano. Em sua cidade foi aprendiz de alfaiate, de sapateiro e também de mecânico. Nos timos tempos, antes de entrar para o Seminário, foi coroinha e auxiliar de sacristão. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, a 16 de junho de 1939. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, durante o ano de 1947, professando dia 2 de fevereiro do ano seguinte. O Seminário Maior foi em Tietê no Seminário Santa Teresinha. A em 1952, fez a Profissão Perpétua. Ordenou-se sacerdote em Tietê a 27 de dezembro de 1952 e cantou sua primeira missa solene em Jacutinga no dia 31 de dezembro. Deixou o seminário maior em janeiro de 1954, começando as atividades apostólicas como professor no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Era também prefeito de disciplina. Desempenhou essa função até 1957, quando, em janeiro de 1958, foi nomeado Diretor de Seminário Santo Afonso, onde ficou por um triênio. Transferido para o Seminário Maior de Santa Teresinha, em Tietê deu aulas de Sagrada Escritura, matéria de que gostava muito, iniciando entre os nossos jovens uma visão mais atualizada da Palavra de Deus. Com a transferência do Seminário Maior para o Alfonsianum, na Via Raposo Tavares, Pe. Costa veio junto como professor. Nos anos que aí morou foi também Prefeito dos estudantes. Tanto lá, como já antes no Seminário Santo Afonso, sua grande bondade e amor aos formandos, espírito alegre e brincalhão, bem como a competência didática sempre conquistaram os corações dos formandos. Em 1971 foi transferido para a Comunidade do Jardim Paulistano, em São Paulo. Nos anos que ali morou foi Vice-Superior Provincial, Consultor Provincial e Superior da Comunidade. Em 1975 e no ano seguinte foi membro da Equipe dos Mestres de Noviços. Em seguida fez parte da comunidade do Alfonsianum, no Ipiranga, em S. Paulo. Foi transferido para a Comunidade das Comunicações, em Aparecida, da qual foi membro até seu falecimento. Foi aí Superior da Comunidade e era da equipe da Editora Santuário. Inicialmente trabalhou na redação do Folheto Litúrgico "Deus Conosco". Em agosto de 1986 foi nomeado Diretor Geral da Editora Santuário, cargo que ocupou ata sua morte. Trabalhou para dar à Editora um porte empresarial. Durante esses anos, em Aparecida, dedicou-se também ao apostolado com os Cursilhos de Cristandade, Equipes de Nossa Senhora, além das atividades pastorais paroquiais. Nunca deixou suas aulas de Sagrada Escritura, seja para seminaristas seja para leigos. Há anos que Pe. Francisco Costa, carinhosamente apelidado de Pe. Chiquinho, não gozava e boa saúde. Fora operado do coração e tinha problemas no baço. E por fim surgiu ainda a leucemia. Era bastante impressionado com as dificuldades de saúde e contava muito com o apoio de seus confrades e de pessoas amigas. Em 1993 seu estado piorou muito, devido a uma prolongada pneumonia. Mas recuperou-se parcialmente. Daí em diante foi vivendo com as cada vez mais freqüentes transfusões de sangue, que no fim quase já não faziam efeito. Em começos de 1995 foi morar no convento da Basílica, para que o enfermeiro Ir. Gercino, pudesse cuidar dele melhor. Ali faleceu no dia 29 de agosto de 1995, no final da tarde. A missa de corpo presente na Basílica Nova teve cerca de 80 concelebrantes. A Editora Santuário estava presente em peso. "Fidelis vocationi suae..." (Pe. Victor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Meus caros, Eu era um seminarista meio arredio, principalmente com os padres, mas com o Padre Vieira eu me dava muito bem. Foi um grande amigo, como Prefeito, depois como Diretor, foi minha salvação, pois ele entrou no lugar do Padre Ribola, minha cruz. Eu gostava muito dele, me foi um pai, e educador. Ele declamava uma poesia que me lembro até hoje: 
"Por entre as alas de um jardim formoso,
Tendo na mente sonhos e quimeras
Eu caminhava, triste e vagaroso
Numa manhã de plena primavera

Ao ver-me assim, tristonho e desgostoso

Falou-me um florzinha em voz sincera
Porque sofre assim moço inditoso
Quando dentro a alegria nos impera?

Olhei sorrindo a delicada:

Perdão, meu Deus, eu não sabia quanto
Era grande e sublime o seu amor"

Ele dizia que era de um autor desconhecido, mas eu sempre achei que era de sua autoria, embora não seja aquela pérola.
Meu professor predileto, um dos padres com quem me dava muito bem. Abraços, Abner 

Eu gostava muito dele. era meu irmão mais velho. seu veio religioso era muito humano...fez-se homem. Obrigado padre vieira por tanto que levo de vc na minha vida. continue a sorrir-me na minha caminhada. Carlos Felício Gerente Administrativo Caelum | Ensino e Inovação SP (11) 5571-2751 RJ (21) 2220-4156 DF (61) 3039-4222 (11) 983358083
MINHA NOTA: Era conhecido e tratado como PADRE VIEIRA. Foi meu segundo diretor no Seminário Santo Afonso. Dele tenho uma lembrança "arrepiante", principalmente na época de provas e exames: Era meu professor de GREGO! Gostava muito dele: Alegre e, quando necessário, sério ao ponto. Estimado e saudoso mestre na minha formação religiosa e cultural. Mais uma nota interessante: Por que PADRE VIEIRA? De acordo com informação do nosso estimado Padre Clóvis Bovo, os religiosos da Congregação Redentorista deveriam ser tratados pelo sobrenome. Como já houvesse alguém com o sobrenome COSTA, nosso estimado Padre Vieira escolheu esse epíteto em base do sobrenome de sua mãe Da.Maria Vieira da Costa! DESCANSE EM PAZ, AMIGO PADRE! Antônio Ierárdi Neto
Quando o garotinho,Ierardi chegou no seminário, o nosso diretor, padre Vieira disse que o Toscanini tinha chegado. A garotada não gostou do Toscanini e o chamou carinhosamente de "Tampinha" apelido que tem até pelos mais antigos...Uma vez ele me chamou em sua sala e me disse sei que você anda imitando minha assinatura por aí, (pensei comigo, ele vai me mandar embora) assine aí para eu ver. Assinei. Ele pegou um monte de cartões de Natal e me disse. Senta ali e assine tudo para mim. (eu pensei, melhor assim) e assinei um monte de cartões! Abner

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. OSCAR CHAGAS AZEREDO CSsR

PE. OSCAR CHAGAS AZEREDO CSsR
+29 de AGOSTO 1957 
Foi o primeiro juvenista da nossa Província. Nasceu em São Bento do Sapucaí, em 1888. Aos 10 anos, sua mãe o trouxe para o Juvenato, entregando-o ao Pe. Valentim Riedl. Que o garoto era inteligente prova-o um seu atestado de estudos, acusando suas notas com “Distinção” e “Plenamente aprovado” em todas as matérias (nada menos que doze). Em 1906 iniciou o seu noviciado, com os colegas: Orlando Morais, José Benedito da Silva e José Lopes Ferreira. O mestre, Pe. Lourenço Hubbauer, conhecido pelo seu rigor, quis saber (como o queriam também os Superiores) se brasileiro dava para redentorista. Os quatro foram realmente provados in fornace ignis; e provaram que brasileiro dava para redentorista, e daquele tempo. Após a profissão, Pe. Chagas fez seus estudos superiores na Alemanha. Os alemães aguardavam com muita curiosidade os primeiros brasileiros que iam conhecer. Seriam eles capazes de estudar Filosofia, Teologia, etc.? Os nossos quatro tupiniquíns mostraram que sim. Entre eles destacou-se Fr. Chagas, que logo aprendeu a língua, falando alemão correntemente. E, em matéria de inteligência, nada ficou devendo aos colegas alemães. Em 1913, já ordenado, Pe. Chagas voltou para o Brasil, sendo logo nomeado professor no Juvenato em Aparecida. Depois, iniciou sua vida de missionário, que durou 18 anos. Ótimo orador, prendia sempre o seu auditório, com uma voz clara e invejável memória. Como Superior e Vigário da Penha conseguiu quase o impossível. Com muita habilidade alcançou do Arcebispo licença para uma pequena reforma na igreja; e fez uma reforma total. Em Araraquara construiu o convento; em Campinas (GO) deu início à construção da nova casa; e em Aparecida, muito trabalhou pela Rádio, pelo início da nova Basílica, e construção da Vila Vicentina. Homem que não perdia tempo, dedicou-se ainda ao apostolado da pena, deixando-nos a tradução da Vida de Santo Afonso (Pe. Berthe) das Meditações do Pe. Bronchain, da Regra da C.Ss.R. bem como as biografias de São Clemente, de São Geraldo, Pe. Martinho Forner e Pe. Valentim Riedl. — Como superior ou simples confrade Pe. Chagas era sempre um homem alegre, atencioso, e disposto a uma boa prosa, que ele sabia perfumar com seu infalível cigarro de palha. Seu último reitorado foi em São João da Boa Vista, de onde saiu com a saúde já bastante abalada, para a incipiente comunidade do Jardim Paulistano. Daqui foi transferido para Araraquara, onde viveu até agosto de 1957, piorando sempre mais. Embora não escondesse seu medo pela morte, faleceu na Santa Casa, mostrando muita paz e tranqüilidade, a 29 de agosto de 1957.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 

domingo, 28 de agosto de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. SILVÉRIO NEGRI CSsR

PE. SILVÉRIO NEGRI CSsR
+28 de AGOSTO  2003 
Nasceu na Fazenda da Barrinha, em Jacutinga, MG, no dia 20 de junho de 1928. Seus pais eram Ângelo Negri e Josefina Recchia Negri. Entrou para o Seminário S.Afonso, em Aparecida SP, em 14.04.1941, terminando o estudo de humanidades em 1947. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, no ano de 1948, onde fez a Profissão Religiosa na CssR, dia 02.02.1949. O Seminário Maior foi feito em Tietê SP, de 1949 a 1954. Ali fez a Profissão Perpétua dia 02.02.1952. Foi Ordenado Sacerdote no dia 27.12.1953, em Tietê por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba. Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Jacutinga, dia 06.01.1954. Em dezembro de 1954, deixou o Seminário Maior, iniciando sua vida apostólica, como Prefeito e Professor no Seminário S.Afonso, em Aparecida. No primeiro semestre de 1956, esteve no Pré Seminário da Pedrinha, como Diretor. No 2º semestre foi transferido para a Basílica, como Vigário cooperador. Trabalhava também na Paróquia. Em 1962 foi nomeado Diretor do Pré Seminário da Pedrinha. Em 1964, foi nomeado Diretor do Seminário Santo Afonso, cargo que ocupou até fins de 1970. Em 1971 foi Mestre de Noviços coristas, em Aparecida, no Seminário S.Afonso. Em dezembro de 1971, foi transferido para a Vice-Província de Brasília, como Pároco da Paróquia de N.S. da Conceição, em Campinas, Goiânia, e Superior da Comunidade, onde ficou até 1975. No 1º semestre de 1976, fez no Rio de Janeiro, o curso do IBRADES. Terminado o curso, retornou a Goiás, como missionário das Missões Populares. Em dezembro de 1976, foi nomeado Diretor do Seminário Redentorista S. José em Goiânia, na Vila Aurora, onde ficou até meados de 1983. Em setembro de 1983, foi nomeado Vigário Cooperador da Paróquia de N.S. da Conceição, Campinas, Goiânia. Em fevereiro de 1984, foi nomeado Superior e Pároco da Paróquia do Divino Pai Eterno, em Trindade GO. Em 1984, pediu a adscrição definitiva à Vice-Província de Brasília. No dia 17.05.1987, foi nomeado Vice-Provincial da Vice-Província de Brasília. Em fins de 1989, terminando seu mandato de Vice- Provincial, foi transferido para a Igreja de N.S. da Guia, no Parque Buriti, periferia de Goiânia. Dia 16.04.1991, Pe. Negri foi operado do coração, na Beneficência Portuguesa, em S. Paulo. Voltando para Goiás, continuou no Parque Buriti, em Goiânia. Em fins de 1995, pediu para retornar à Província de S. Paulo, sendo adscrito à comunidade da Basílica, em Aparecida, onde morou até seu falecimento. Dia 02.02.1999, celebrou seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa. Faleceu de problemas cardíacos, na noite de 28 de agosto de 2003, na Santa Casa de Guaratinguetá. Sepultado em Aparecida, na tarde do dia 29 de agosto de 2003. Estava com 75 anos de idade, 54 anos de Profissão Religiosa e quase 50 anos de Sacerdócio, que iria celebrar dia 27 de dezembro de 2003.
Com imensa REVERÊNCIA, tive o orgulho de ser aluno do SANTO AFONSO durante a gestão do PE. SILVERIO NEGRI, ou NEGREIS , como os seminaristas falavam Um exemplo de HUMILDADE e DEDICAÇÃO....não dava instruções para FAZER... FAZIA e puxava a renca de seminaristas para o seu lado. Em circunstância especial, pegou a enxada e foi carpir sozinho...no que foi seguido. Tive uma experiência única com PE. NEGRI. Dentro de meus erros, e não foram poucos, procurei à noite o PE. NEGRI em seu quarto, já mais de meia noite, e pelo que confessei achei que iria mandar-me embora, pois tínhamos viajado a SÃO ROQUE e na volta tomei vinho escondido no ônibus...os seminaristas para não deixarem aparecer, me deram banho e fui dormir....Como a consciência não deixava dormir mesmo assim, levantei e fui ao PE. NEGRI contar tudo....e certo que iria mandar preparar a mala, ou coisa assim, no meu entender.....A SUPERIORIDADE E SANTIDADE DELE era maior. Perguntou-me se eu havia aprendido alguma coisa com esse porre e que rezasse 3 AVE-MARIAS e um PAI NOSSO e fosse dormir. Tomei outro banho, e fui à CAPELA no andar de cima rezar... e qual minha surpresa... passava de uma da MADRUGADA e o PE. NEGRI estava lá embaixo de joelhos diante do SACRÁRIO rezando.... Cambaleava um pouco e acordava, e cambaleava outra vez.... MEU DEUS, eu estava presenciando no silêncio da noite toda aquela SANTIDADE. OBRIGADO, PE. SILVERIO NEGRI, UM PAI, UM SANTO PAI....PARA MIM, NÃO TENHO DÚVIDAS É SANTO.Nélson Duarte
Padre Negri foi para o Santo Afonso no início de 1955, tomou posse como segundo prefeito, eu estava na sétima série. Certa ocasião, me indicou para acolitar missa solene na basílica, ponderei que nossas batinas estavam muito velhas e algumas até rasgadas, mandou que pegasse uma de seu uso, a mais nova, não questionei e apressadamente a vesti com direito ao cinturão, me senti privilegiado e desfilei para os colegas invejosos, a outra batina a mim destinada para o noviciado cheguei a provar na alfaiataria do irmão Paulo, mas não tive a felicidade de tomá-la, saí alguns dias antes. Alexandre Dumas
Saudades....para mim um exemplo, humano como todos, passível de possíveis erros..quem nao erra? Conversamos muito, jamais vou esquecer do episodio das pedras no feijao: RECLAMARAM QUE TINHA PEDRAS NO FEIJÃO, e ELE DISSE...FILHOTÕES DE PAPAI..PEGUEM ESSES GRÃOS DE FEIJÃO QUE EU COMO TODOS.....NO DIA SEGUINTE NO REFEITÓRIO, SEMINARISTAS FAZIAM CHOCALHOS COM AS PEDRAS ENCONTRADAS...E PE. NEGRI, NÃO PERDEU O REBOLADO...DISFARÇOU UM POUCO E MEIO SORRISO BAIXOU A CABEÇA...kkkkkkkk  AGRADEÇO O QUE VIVI COM ELE NO SANTO AFONSO. SEI QUE OUTROS COM RAZÃO O CRITICAM, FATOS E VERDADES, MAS...PEÇO E SEI , ELE TEM A GLORIA NO CÉU. AMEM - NÉLSON DUARTE

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. WILIBALDO (THOMAZ MANHART)CSsR

IR. WILIBALDO (THOMAZ MANHART)CSsR
+25 de AGOSTO 1992 
Ir. Wilibaldo, tendo sido o último confrade alemão entre nós, encerrou a meritória presença de missionários vindos da Baviera para a Vice-Província de São Paulo. Nascido em Wasserburg, na Alemanha, dia 01 de janeiro de 1907, emitiu seus votos religiosos em 1925. Ele havia entrado como seminarista menor em Gars, na Baviera, mas foi aconselhado a fazer-se Irmão, por dificuldades nos estudos. Veio para o Brasil em 1928. Começou seus 64 anos de Brasil em Campinas de Goiás. Cozinheiro, hortelão, porteiro, sacristão, prefeito de hóspedes, era homem dos sete instrumentos colocados a serviço dos confrades e do povo. Pindamonhangaba, Araraquara, Penha, Aparecida, Tietê, Cachoeira do Sul, Pinheiro Marcado, Porto Alegre, onde não esteve nosso Irmão? Homem de oração e do trabalho, estava sempre a procurar o que fazer, o que organizar, o que arrumar. Ou, então, na capela da comunidade, em longas presenças diante de Jesus sacramentado. No tempo de Natal era um exímio construtor de presépios, tanto da comunidade como da igreja. Como porteiro em Aparecida foi constantemente atencioso e caridoso com os romeiros. Amável e dedicado também com os confrades, sincero e humilde, foi realmente um homem de Deus entre nós. As anotações de seu diário espiritual traçam os passos místicos que lhe nortearam a existência. Lá estava anotado: “Devo tornar-me um santo, custe o que custar...” E quem com ele conviveu os últimos anos pode tranqüilamente testemunhar que Ir. Wilibaldo era um santo de Deus. Mas ele não foi um santo desencarnado. Seu lado humano de homem de gênio forte e de vontade decidida, marcado ainda pelo seu gosto de viver, era notório. Não admitia que em sua presença se falasse mal de ninguém; fechava a cara, sacudia a cabeça e, se necessário, dava um basta. Mostrava também sua reprovação diante do malfeito, principalmente diante dos omissos e dos relaxados. E sabia nosso irmão curtir o lado bom da convivência em comunidade: cuidava com carinho da sauna da comunidade, da qual era assíduo freqüentador; quando um grupo ia para a praia, lá estava o Wili como o cozinheiro que corria para o mar logo que houvesse uma folga; em casa, depois do dia de trabalho e da oração, tinha seus momentos diante da TV, entretido com as novelas que muito apreciava. Nos últimos anos seu coração foi enfraquecendo, obrigando o Irmão a diminuir o ritmo intenso de atividades. Esse mesmo coração parou repentinamente, por efeito de um edema pulmonar, na manhã do dia 25 de agosto de 1992, na casa da Pedrinha, quando se preparava para mais um dia de retiro com a comunidade. Perdia a Província um santo em suas comunidades para ganhar um confrade no céu! (Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

CASEBRE ABANDONADO - DA CRÔNICA DIÁRIA DO THOZZI

O casebre assombrado existiu, não era imaginação. Agora que o querido padre Brandão já morreu posso contar! Era 1960. Férias de julho. Um frio congelante lá na Pedrinha. Do prédio do seminário nós avistávamos a imensidão da Serra da Mantiqueira: Os Campos, a Pedrona, a Pedrinha, lá em baixo no pé do Morro do Gigante corria barulhento Ribeirão: gelado! Nosso lugar de banho cotidiano, qualquer tempo! No entanto, do outro lado da casa, um Morro quase pelado... Muito capim gordura, sapê e muitas moitas de gravatá. No meio da encosta um casebre abandonado ! Dois cômodos, de barro e capim...chão cheio de bosta de vaca... As vacas que pastavam ali transformaram o casebre em banheiro... De repente, à noite, algumas noites, havia luz no casebre! Não havia luz elétrica na região! O seminário tinha um pequeno gerador: luz por duas ou três horas: do escurecer até a hora de dormir, às 21 horas! E a luz no casebre? Assombração? Até que Bicicleta, Mazzaropi ( alguém lembra os nomes?) e eu( eu tinha uma lanterna) resolvemos desvendar o mistério ! Um pedaço de pau, um canivete, uma lanterna e um crucifixo "emprestado " da capela... E fomos.. Luz fraca, bruxuleante... Subimos o morro... Descalços... Cortei o pé no sapê... Mazzaropi pisou num monte de bosta de vaca... Chegamos perto... Um preto de metro e meio, bêbado, sai ao nosso encontro com um bambu na mão... Sem brigas, mistério desfeito, voltamos! Era Expedito... Bebia, brigava com a mulher, ia se esconder no casebre! Pra aquecer queimava a bosta de vaca já seca! A luz tênue e bruxuleante ! Limpamos os pés no capacho da entrada e nuns trapos(não eram trapos, eram toalhas secando, mas fazia uma escuridão!) Confesso, 60 anos depois! Mas não fui sozinho, não teria essa coragem toda! Expedito sumiu... Boa noite gente amiga querida, menos frio mas ainda frio... Hoje é canja de galinha. Meu amigo Maurício Ferreira sugere merlot que não passou por barrica ou, se seu bolso permitir, um Dolcetto italiano... Vou de merlot chileno 30 reais! Beijos e bênçãos pra todos nós especiais para você que lê minhas crônicas ! Prof.Antônio João Thozzi
Caro amigo e colega daqueles bons tempos. Estive na casa ainda bucólica da Pedrinha em 1957! Lembram-me: Padre Brandão(+), Padre Borges(+), Padre Furlani, Padre Fernandes(+)! "Seu" Zoza, Dona Alzira, o Ico, a Ica! Falando em gerador, suplício dos Caltabiano (retinha em conjunto com a piscina a água que ia para sua fazenda!) tenho boas recordações em se lembrando o frio daquela região. Acordávamos as 05:30h, seguíamos em corrida para a piscina, ao chegar, jogávamos ao lado a trouxa da nossa roupa do dia e mergulhávamos sem considerar o baixo grau de temperatura daquele momento. Depois, em camisas de manga curta estávamos prontos para o dia que sempre se iniciava com uma missa naquela saudosa capelinha! Bons tempos aqueles! Passeios, histórias do Joaquim Bentinho de Cornélio Pires lidas pelo Padre Fernandes(+) nos recreios e sem dúvidas o famoso mata-fome, pudim de pão amanhecido do "Seu"Zoza! Um abraço! Antônio Ierárdi
Estive antes de vocês, 1949, o dormitório tinha um nome sugestivo, purgatório. Alexandre Dumas
Ierárdi Neto Lembrei do mata-fome. O pudim ruim que era aquilo, se é que se pode chamar mesmo de pudim. Só passei um período de férias na Pedrinha. Lembro de pouca coisa. Hum... acho que ainda tem coisa para se contar dessa aventura. O que aconteceu quando descobriram as toalhas?
Bela crônica, jovem Thozzi. Abraço Hércio Afonso
Hércio Afonso
, nunca descobriram os autores!
Agora me confessei! Thozzi

domingo, 21 de agosto de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO- IRMÃO ANTÔNIO BALTAZAR SANT'ANNA, RELIGIOSO REDENTORISTA

Irmão Antônio Baltazar Sant'anna
  +21 de agosto 2018

O missionário redentorista Ir. Antônio Baltazar Sant’anna, ou Irmão Santana, como era conhecido na Vida Religiosa, faleceu nesta terça-feira (21), no Hospital HCor, em São Paulo, onde estava internado após uma cirurgia. Há 13 anos, Irmão Santana se submeteu a uma cirurgia cardíaca para colocação de uma válvula no coração. No dia 16 de agosto foi submetido a uma nova cirurgia para substituição da válvula, mas seu quadro clínico agravou-se no pós-operatório. Seu sepultamento será em Aparecida (SP), após a missa de corpo presente no Santuário Nacional. Irmão Santana tinha 69 anos de idade e 37 anos de vida religiosa. Ir. Antônio Baltazar Sant’anna - Nasceu no município paulista de Guapiaçu, na região de São José do Rio Preto (SP), no dia 6 de janeiro de 1949. Era filho de Marcílio Eleotério Sant’anna e Geralda Coelho Sant’anna, e membro de uma família de oito irmãos. Foi batizado no dia 26 de junho de 1949, na Paróquia São Sebastião, em Guapiaçu. Sentindo-se chamado à vida religiosa, com quase 20 anos de idade entrou para o Seminário São Geraldo, localizado na cidade de Potim (SP), em 20 de agosto de 1968. Depois dos anos de formação, fez a sua Profissão Religiosa em 01 de fevereiro de 1975, no Jardim Paulistano, em São Paulo, continuando a residir nessa comunidade como religioso e ali cuidando dos serviços gerais e da manutenção da casa até 1983. No dia 1º de agosto de 1981, realizou sua Profissão Perpétua no Santuário Nacional de Aparecida. Em sua vida e caminhada de religioso, residiu nas seguintes comunidades redentoristas da Província de São Paulo: De 1984 a 1987, residiu no Seminário São Geraldo, em Potim (SP), onde cuidava dos serviços gerais e atuava na manutenção da Rádio Aparecida. De 1988 a 1994, morou em Sacramento (MG), cuidando também dos serviços gerais do Educandário Santíssimo Redentor. De 1995 a 2004, voltou a morar na casa do Jardim Paulistano, em São Paulo, onde também atuava como motorista do Superior Provincial. De 2005 a 2007, viveu em Tietê (SP), na Casa de Noviciado Santa Teresinha. De 2007 a 2010, esteve em São João da Boa Vista (SP), mudando-se em 2011 para a cidade de Araraquara (SP), integrando a Comunidade Santa Cruz. Voltou em 2013 para a Casa de Potim, onde hoje está a Comunidade Redentorista Irmão Bento e, por fim, a partir de 2015, voltou para São Paulo e, morando na Casa Provincial, atuava como motorista do Superior Provincial. Irmão Santana era daqueles religiosos da velha estirpe, sempre ocupado, gastando bem o seu tempo - era muito habilidoso no cuidado de nossas casas - como encanador, eletricista, fazendo compras e abastecendo as comunidades. Entendia de mecânica e vários outros ofícios, além de ser um ótimo motorista. E, sobretudo, nas horas livres ao cair da tarde, estava com o terço em suas mãos, pois era um homem que rezava muito. Uma qualidade que não pode ser esquecida é a de ser o confeccionador dos rosários que serviam para compor o hábito dos confrades redentoristas da Província, de outras Unidades Redentoristas do Brasil e até mesmo da América Latina. “Servo bom e fiel, entra na alegria do seu Senhor”!

http://www.a12.com/redentoristas/noticias/irmao-santana-missionario-redentorista-falece-aos-69-anos

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO ARNO WERNER CSsR

PE. JOÃO ARNO WERNER CSsR
+21 de AGOSTO 1987 
Nasceu em Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, a 13 de fevereiro de 1921. Professou em Pidamonhangaba, dia 02 de fevereiro de 1943. Fez o Seminário Maior em Tietê-SP. Ordenado sacerdote dia 04 de janeiro de 1948, na sua juventude integrou as equipes missionárias da Província, trabalhando principalmente em seu Estado natal. Ao ser criada a Província de Porto Alegre, em 1965, foi seu primeiro Provincial. (Pe. Víctor Hugo C.Ss.R.)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR

Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

UM CAFÉ, UMA PROSA

SIMÃO PEDRO CHIOVETTI
Olha que privilégio chegar em casa hoje e pegar na caixa de Correios o livro do querido amigo Professor Tozzi, que eu aguardava ansioso pela publicação. Já comecei a devorar a leitura, se bem que já tinha lido algumas das crônicas pelo Facebook e que contém deliciosas histórias. Dia 28/08 haverá o lançamento no Bar e Espaço Cultural República, no Tatuapé. Tozzi é uma grande figura muito amiga que mora em Ermelino Matarazzo tendo quase toda sua vida ligada à educação pública. Mas ele adora outros variados assuntos como ele mesmo diz: “...Aceito conversar sobre política, saúde, preços, dar conselhos a casais desajustados, falo de futebol, qualidade de carros, beleza de jardins, futebol, religião... Não, não sou expert em Tudo. Mas sou bom ouvinte.” Reproduzo aqui a sua biografia escrita pelo poeta Luka Magalhães na orelha do livro. Parabéns, Tozzi e obrigado por nos brindar com essa preciosidade!
“Antonio João Thozzi, ou melhor, Professor Thozzi, veio de Macaubal para São Paulo ainda pequeno. Foi seminarista, mas não se tornou padre... Casou-se com dona Marisa. Lecionou, esteve Diretor de Escola, esteve Delegado de Ensino... Aposentou-se. É marido, pai, avô... Sempre foi família. Entre um café aqui ou um vinho acolá, uma boa conversa... Uma história. Entre uma conversa aqui e uma história acolá... Uma crônica. Em meio a várias crônicas... Sua vida. Onde mora ninguém conhece o Antônio João Thozzi... Conhecem o professor Thozzi. Ali, quem não foi seu aluno, é pai ou é filho de um de seus alunos. Aliás, todos somos alunos do Professor Thozzi, pois ele sempre tem algo a nos ensinar.”

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

ELES NOS PRECEDERAM - IR. AFONSO (MIGUEL HOEFER)CSsR

IR. AFONSO (MIGUEL HOEFER)CSsR
+17 de AGOSTO 1923 
Natural de uma aldeia perto de Würzburg (Alemanha), Ir. Afonso nasceu a 29 de março de 1848. Fez os estudos primários em sua aldeia; e quando o pai já pensava colocá-lo nalgum Seminário para ser padre, o garoto antecipou- se, resolvendo ser irmão leigo redentorista. Esteve varias vezes em Gars, para melhor conhecer a C.Ss.R. que o recebeu em 1867, professando em 1876. Dono de uma boa fortuna que herdara, preferiu viver pobre e humilde na Congregação, exercendo sempre o ofício de chacareiro, e jardineiro apaixonado pelas flores. Embora sem muito estudo, era de inteligência viva; escrevia muito bem, exprimindo-se com facilidade ao falar e escrever. Trabalhou vários anos na Alemanha, e garantiu sempre a verdura e as frutas para as Comunidades a que pertencia. Ouvindo falar da Vice-Província no Brasil, ofereceu-se para vir também, aqui chegando em 1895. Viveu sempre em Aparecida, onde iniciou a antigamente chamada “chácara dos Padres”. Muito dedicado ao trabalho, preparou grande parte do terreno, hoje ocupado pelo S.R.S.A. pelas “Oficinas” e Via Dutra. Na sua horta não havia somente verduras, mas também flores em profusão. Frutas era o que não faltava na sua chácara, atraindo sempre os moleques da vizinhança, que não pouco trabalho deram para a sua paciência. Plantou também uma vinha, encarregando-se da fabricação de vários tipos de vinho, inclusive para as Missas. Durante anos foi esse o trabalho daquele Irmão que não quis ser Padre, e renunciou ser “gente de bem” no mundo. Diariamente, após a missa e o café da manhã no convento, lá ia o Irmão para o seu trabalho. Da rua até perto do atual S.R.S.A. havia o celebre zig-zag, que muito ajudava nas descidas, principalmente quando chovia, mas que muito complicava para quem subia com cestas e sacos de verduras ou frutas às costas. Às 11 horas já estava o Irmão em casa, para o Exame particular, almoço, e recreio comum. À tarde, outra vez no seu trabalho, voltando pontualmente para a meditação e jantar. Os domingos, Ir. Afonso os passava na capela, rezando ou fazendo leitura espiritual. A um padre recém-ordenado, ele disse um dia: “Com certeza o Sr. será muito útil à Congregação, mas reze, e reze muito; pelo amor de Deus não abandone a oração”. Já idoso, e sentindo fraqueza nas pernas, ao subir as escadas do convento, fraturou um dos pés, ao cair de mau jeito. Com isso não pôde mais trabalhar, penitência que ele aceitou sem se queixar. Sofrendo do estômago, não podendo alimentar-se, Irmão Afonso foi se enfraquecendo cada vez mais, falecendo em Aparecida, a 17 de agosto de 1923.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Pe. Gil Barreto Ribeiro. Um sonho se torna realidade

A primeira ideia de transformar a Igreja Matriz em Basílica nasceu em 1972, após a inauguração de uma grande obra de reforma do templo, quando foram retiradas as colunas internas da igreja e construído um novo presbitério. O então vigário, Pe. Gil Barreto Ribeiro, primeiro redentorista a assumir a Paróquia, após a aposentadoria de Mons. Saul Amaral, do clero diocesano, foi quem coordenou a empreitada, tendo como projetista, o engenheiro uberabense, Antônio Celso e, também, o apoio do prefeito da época, José Alberto Bernardes Borges. Vindo especialmente de Goiânia (G0) para participar das cerimônias, o ainda hoje, sempre recebido carinhosamente pela comunidade como 'Padre' Gil, não pode estar presente na Basílica. Na véspera, foi acometido de uma pneumonia e foi internado na Santa Casa local.

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE GIL BARRETO RIBEIRO-REDENTORISTA

Nosso amado Gil Barreto Ribeiro faleceu na madrugada de hoje, 15 DE AGOSTO DE 2021. O velório será na Fênix a partir das 9h. O endereço : rua São Domingos número 202, Setor Gentil Meireles, Goiânia, ponto de referência em frente ao cemitério Parque. Após o velório seguiremos em cortejo para o sepultamento no cemitério Vale da Paz. 
GIL BARRETO RIBEIRO 
Currículo Prof.Gil Presidente conselho editorial . 
Formação Acadêmica: 
– Graduado em Filosofia e Teologia (ITESP-SP 1967) 
– Pós Graduado em Administração Recursos Humanos (FGV/UCG-GO 1989) 
– Especialização em Editoração de Livros e Revistas Científicas (UCG-GO 1990) 
– Mestrado em Comunicação Social (UNB 1984) Atuação Profissional: 
– 32 anos como Professor no Ensino Superior (Universidades: Católica de Brasília, Católica de Santos SP, PUC GO). 
– Fundador e primeiro Diretor do Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás– IFITEG (Faculdade). 
– Fundador e Editor da Revista Científica Fragmentos de Cultura (IFITEG/PUC GO). 
– Editor das Revistas Científicas da PUC GO de 1992 a 2012 (Estudos 
– Fragmentos de Cultura – Educativa – Caminhos – Hábitos – Guará – Panorama). 
– Coordenador Geral e Editor da Editora da PUC GO de 2002 a 2012. 
– Diretor Editorial da Editora América de 2012 a 2014. 
– Fundador e Diretor Editorial de sua Editora Espaço Acadêmico em 2015.
Autor de vários livros: 
1- DIREITOS HUMANOS E PROMOÇÃO SOCIAL (Editora Espaço Acadêmico, 2016) 
2- MATRIMÔNIO LOTERIA DO AMOR (edições Paulinas) 
3- EVANGELHO POLÍTICO (editora UCG) 
4- PENSANDO SOBRE AIDS (editora Santuário de Aparecida) 
5- IGREJA PATRIMÔNIO SOCIAL (editora Kelps e PUC GO) 
6- CIÊNCIA E FÉ NO ESPAÇO ACADÊMICO (editora Kelps e PUC GO) 
7- El MATRIMONIO, AMOR DE PAJERA (edições Paulinas Argentina) Fundou a Editora Espaço Acadêmico juntamente com sua filha Engª Larissa em 2014. 
Especializou-se na edição de livros acadêmicos/científicos tendo editado inúmeros livros de professores universitários. Como editor da PUC GO publicou mais de 1000 livros e revistas científicas.

domingo, 14 de agosto de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MARTINHO (LUDOVICO MAYER)CSsR e PE. MAURÍLIO CORREA DE FARIA CSsR

IR. MARTINHO (LUDOVICO MAYER)CSsR
+14 de AGOSTO 1957 
Nascido na Alemanha, Irmão Martinho professou na C.Ss.R. em 1909. Trabalhou em diversas casas da Província- Mãe, antes de vir para o Brasil. Aqui chegou em 1920, tendo vivido e trabalhado quase sempre em Campinas (GO). Cozinheiro, ou ajudando no trabalho de casa, era Irmão sempre disposto e prestimoso. Mas foi em 1953 que começou a ficar nervoso, irrequieto, e mesmo violento, passando depois a sofrer das faculdades mentais. Com todo empenho procuraram os superiores uma solução para o caso, tentando internar o pobre Irmão em algum Sanatório. Não conseguiram, porém. E, na falta de um recolhimento, enquanto possível, decente, Irmão Martinho permaneceu recluso numa cela apropriada, no Juniorato de Campinas. Nos dias em que se mostrava calmo, e quase lúcido, seu enfermeiro, Irmão Joaquim, o levava para visitar a Casa ou o jardim. Mas a enfermidade continuou e, aos 77 anos de idade, ele faleceu, no dia 14 de agosto de 1957. 
PE. MAURÍLIO CORREA DE FARIA CSsR
+14 de AGOSTO 1983 
Natural de Tietê, nasceu a 20 de outubro de 1925. Ingressou no então Juvenato de Aparecida a 31 de janeiro de 1937, onde fez o curso ginasial. A 1.º de fevereiro de 1944 tomou o hábito da C.Ss.R. em Aparecida; e, tendo feito o seu noviciado em Pindamonhangaba, professou a 2 de fevereiro de 1945. O Seminário Maior ele o fez em Tietê, onde foi ordenado a 27 de dezembro de 1949. Seus primeiros anos de sacerdócio, Pe. Faria os passou como cooperador em Aparecida, Penha e Goiânia. Em 1954 fez o seu noviciado pastoral, trabalhando depois nas missões, durante 2 anos. Em 1957 sua saúde já se mostrava abalada, pelo que precisou de um longo tratamento (pulmões) em São José dos Campos. Já restabelecido, em 1958 foi designado para a Rádio Aparecida. Mas precisou de um novo período de descanso, no Potim, para voltar a trabalhar na Rádio em 1964; teve, porém, que desistir, e passou uns três anos como auxiliar, na nossa igreja de Araraquara, e cooperador na Penha. Voltando a trabalhar na R. A. ali permaneceu até 1972, ano em que foi transferido para a Rádio Difusora de Goiânia. De lá voltou, para trabalhar como auxiliar, na Basílica de Aparecida. Aí estava trabalhando, quando a morte o colheu, com 57 anos, e em plena atividade. Às vezes impetuoso, até explosivo, Pe. Faria sabia ser também calmo e atencioso com os confrades, principalmente com os enfermos, aos quais soube dar sempre toda a sua dedicação. Disposto para o trabalho, estava sempre pronto a colaborar, tanto em casa, como nos trabalhos externos. Um grande mérito seu: conseguiu entregar a um eminente jurista, o processo que já se arrastava durante anos, contra nosso confrade Pe. André Lentz. Não foi fácil; mas, afinal, o processo terminou com resultado favorável ao acusado, o que foi um grande alívio para os últimos anos do nosso Pe. André. Tendo ido encontrar-se com alguns dos nossos, em Caraguatatuba, Pe. Faria teve um derrame cerebral, em casa. Levado logo para São Paulo, não resistiu, vindo a falecer no dia 14 de agosto (1983) à uma e meia da madrugada. Certamente pôde celebrar a festa da Assunção, no dia seguinte, cum Angelis et Archangelis. (Comunicado do Governo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - CARLOS BARBOSA DE CARVALHO (Padre e antigo seminarista do Santo Afonso)

                   

CARLOS BARBOSA DE CARVALHO 
(Padre e  antigo seminarista do Santo Afonso)
+12 DE AGOSTO DE 2010
Nota de falecimento - Por estes dias noticiamos que Carlos Barbosa de Carvalho, ex-missionário redentorista, estava nas últimas. Recebemos a notícia de seu falecimento no dia 12 de agosto/10. Relata-nos Carlos Felício da Silveira que, uma hora antes de perder totalmente a consciência, sua esposa disse-lhe: "Você está bem, não é?". Ele respondeu, já um tanto enrolado: "Graças a Deus, graças a Deus!" Foram uma de suas últimas palavras. Treze horas depois, ele se apresentou ao Pai e pessoalmente cantou seu 'Deo gratias'. Foi sepultado em sua cidade natal, Volta Redonda (RJ).
"Estando eu ao lado da cama do ex-padre Carlos Barbosa de Carvalho, que serenamente enfrenta os últimos momentos, tentei aliviá-lo falando do padre Nodari a ele, que também gosta de música. E falei da história do absoluto! Meu filho escutou também, procurou os parentes dele na internet e recontou a história. Assim termina o relato do meu filho Paulo à irmã do Nodari: "...eles comentaram que o Nodari ponderava seu dom musical para que isso não subisse à sua cabeça e para que ele pudesse servir aos homens!" Nesse momento, me vi rodeado de grandes homens: o Nodari, o Carlos Barbosa, o meu filho Paulo. O trigo! Abraços. Carlos Felício da Silveira, São Paulo (SP"
Ouvi(o Dulcíssima), gostei, me emocionei. Que o carioca descance em paz. Lá no céu ele encontrará o autor da música e fará com ele um dueto na presença daquela que tranformou a Esperança em doce realidade.
Alexandre Dumas Pasin
Poucas vezes a notícia do falecimento de alguém (não parente) me deixou tão triste como o do Carioca (Carizo, para os mais íntimos), porque ele foi um dos mais chegados amigos meus, do núcleo de garotos pioneiros do pré-seminário da Pedrinha - Ney, Márcio Fabri, Pelaquim, Ulysses, Luis Marcos Macedo,Felício, Croon, os que me lembro agora...Moleque (deu trabalho para o Pe. Sônego, Pe. Chiquinho Costa, Pe. Peixoto, Dom Rodrigues!!!) espontâneo, criativo, artista, esportista,músico. Não dá para esquecer o Carioca. Que bom que sua lembrança ficou na sua voz e ao cantar a belíssima canção de Sto. Afonso "Dulcíssima Esperança". A lembrança do Carioca tinha que ser mesmo artística, emotiva, doce quase infantil...pura, suave. E suave e doce, porém animada e bela deve estar sendo sua vida LÁ...aonde todos sonhamos chegar, com a graça de Deus e o amparo de Maria, nossa Co-Redentora.
Abraços à esposa e à filha, Carla, para recordar sempre do Carlos Barbosa, nosso Carizo...Paulo de Oliveira (Paulinho)

Olá ,
Sou Léia esposa do Carlos, e queria agradecer a todos pelas manifestações de solidariedade, carinho, e lembranças que temos recebido neste momento tão especial de nossas vidas.
Na vida dele, porque fez do seu período de fragilidade humana um período de preparação para sua passagem , para o que acreditamos ser, uma vida de esplendor, sem no entanto deixar de lutar pela vida com com muita aceitação, resignação e alegria, sempre achando forças para amenizar a dor de quem estava no mesmo caminho .
Na nossa vida, minha e de minha filha, pelo exemplo de força, fé, bondade e paz interior, de quem parte, deixando rastros de ter vivido com muito amor e muita humildade.
Agradeço à "família" Redentorista pela belíssima celebração, o carinho dos amigos "ex",e de todos que puderam desfrutar um pouquinho do convívio de tão grande pessoa, afinal, todos vocês contribuíram um pouco para isso.
Muita paz para todos.Obrigada.Léia

De um colega do tempo, Antônio Bicarato:
Longe do computador desde o início de julho por ter passado por uma cirurgia de descolamento da retina que, entre muitas outras coisas, me impediu de ler esse tempo todo, abri hoje meu e-mail e deparei com a notícia do falecimento do Carlos Barbosa, o Carioca. Pela bondade e misericórdia o Pai, com toda certeza a estas alturas jé é mais um que está entre Afonso, Geraldo, Clemente e inúmeros outros que Deus já chamou para a VIDA.
Aguardo ansiosamente que seja restabelecido o som no meu computador para ouvir, na sua voz e interpretação, o Dulcíssima esperança. Até porque não conhecia esse dom do colega. Já imaginou, ter uma bela voz, como vocês disseram que ele tinha, e estar LÁ, agora, frente a frente com ELA, a Mãe, engrossando o coro dos redentoristas e cantando aquela que considero uma melodia que Afonso "roubou" do céu!
Obrigado, mais uma vez, por suas oportunas notícias. Grande abraço.Bicarato.(+)
Do professor de português, Padre Clóvis de Jesus Bovo CSsR:
- Devido à falta de tempo, pois sou vigário paroquial na paróquia mais movimentada de Goiânia, quase não tenho tempo de ver seus sites e blogs, aliás muito ricos em informações redentoristas. Soube por eles, da morte do Barbosa, meu aluno de Português no Seminário Santo Afonso, por volta de 1956. Ainda tenho na imaginação seu jeitinho de aluno esforçado. Só a caligrafia dele, enquanto me lembro, não era das melhores. Rezemos pelo seu descanso eterno.
Abraço bem redentorista - Pe. Clóvis CSsR

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

ELES NOS PRECEDERAM - IR. CASIMIRO (JAKOB PFLÜGL) CSsR

IR. CASIMIRO (JAKOB PFLÜGL) CSsR
+11 de AGaOSTO 1911 
Deste Irmão podemos dizer que, tendo vivido pouco neste mundo, realizou muito para a eternidade. Era de família pobre, e nasceu perto de Ratisbona, a 14 de fevereiro de 1877. Dos seis aos quatorze anos freqüentou a escola da sua terra natal e, se nunca esteve entre os melhores alunos, ele mesmo dizia sentir-se feliz sendo o ultimo entre eles. Trabalhou depois em Straubing, numa selaria, durante alguns anos; e varias vezes tentou ser admitido entre os “Irmãos da Caridade”, mas não foi aceito por ser ainda muito moço. Procurou então os Redentoristas que o receberam, em 1896. Durante o noviciado, embora muito observante e piedoso, teve de lutar muito contra o sono que o atormentava nas meditações e leituras. Certa vez, durante uma conferência, ficou de pé para não dormir; ainda assim acabou dormindo, e caiu sentado no chão... Hilaridade geral. — Após o noviciado trabalhou algum tempo no Juvenato da Província, até que, em setembro de 1902, veio para o Brasil. Escalado para trabalhar no “Colégio Santo Afonso”, mostrou-se um Irmão muito ordeiro, cuidando de tudo, e pondo em toda a casa um tom de esmerada limpeza. Transferido para Goiás, tornou-se a alegria da casa, devido à sua simplicidade, sua prontidão para o trabalho e profunda piedade. Picado, certo dia por um inseto venenoso, nada revelou, achando que ele mesmo poderia medicar-se. Mas no lugar da picada formou-se logo uma enorme chaga maligna, pelo que o Irmão precisou ser transferido para a Penha. Tratado no Sanatório Santa Catarina, restabeleceu-se, e foi para Aparecida. Mas a sua melhora durou pouco. A chaga voltou a abrir-se em sua perna, com dores horríveis. Sangue envenenado. Sofrendo muito em seus últimos meses, o Irmão apenas rezava, achando ainda disposição para fazer Terços. Com apenas 35 anos acabou falecendo em Aparecida, a 11 de agosto de 1911, deixando aos confrades um exemplo de grande amor ao trabalho e a oração.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

JOSÉ MAYER, ATOR, ANTIGO SEMINARISTA

JOSÉ MAYER
11 de agosto de 2015 · 
Bom dia! 
Ontem, 10/08/15, o ator Jose Mayer, da Rede Globo, contou sua vida num programa desses canais abertos. Para quem ainda não sabe, ele também é um ex-seminarista redentorista, frequentou o Seminário de Congonhas do Campo durante sete anos, período de 1959/1966, onde descobriu seu talento de ator e iniciou seus primeiros passos na carreira. Embora tenha dito que considera esses sete anos como se fosse um tempo de exílio, pois não pretendia ser padre e quis apenas aproveitar os estudos, "enganando os padres", é inegável que esse" exílio" norteou todo o seu futuro. Então podemos afirmar sem medo de mentir, que esses anos valeram-lhe a pena. Meu amigo, julgo que ele está certo.., não importa como vc foi viver e conhecer a família redentorista....conheço gente que usou o seminário como fuga e terminou padre, outros ótimos país de família...os meios de chamamento do Redentor são imprevisíveis. O Senhor usou do seminário para chamar o José Mayer para sua vocação de ator...o seminário não é um lugar em que se coloca um cabresto no ser humano, mete-lhe dentro de uma forma e exige-lhe que seja padre....Deus não escolhe escravos mas homens livres...Parabéns ao seminário de Congonhas que cumpriu seu papel colocando mais um profissional responsável na TV. ...e olha que o José Mayer não fez escola de Teatro...ele é fruto dos sete anos e de experiências no meio após sair do seminário. Neri Pereira da Silva
Ninguém fica no seminário por tanto tempo e diz não ter vocação, ainda mais quando a vida seminarística era das mais difíceis, não como hoje, que tudo é mais fácil. Se foi assim, enganou-se a si próprio. Tornou-se um bobo da corte. Adilson Jose Cunha
O ator, que entrou a um seminário aos 10 anos, fala sobre a época: “Torrei minha adolescência e juventude ali, estudando e enganando os padres, fingindo que queria ser como eles. Mas eu precisava dos estudos. Talvez o meu primeiro grande desempenho tenha sido esse, de suportar exílio de 7 anos e meio em função de um desejo de ser outra coisa que não religioso. Era um fingimento que durou muito tempo”. Vejo franqueza total... Ainda na infância, mudou-se para a cidade de Congonhas, onde passou sua adolescência e parte da vida adulta. No município estudou num seminário católico, onde sua mãe sonhava que em algum dia seria padre. No seminário Mayer, ficou dos onze aos dezoito anos. Isso aconteceu comigo que também fiquei 6 anos no Seminário Santo Afonso em Aparecida-SP onde tive a oportunidade de receber a valiosa orientação religiosa e cultural que foram muito importantes na minha vida. Minha mãe era viúva, operária, e não podia ficar comigo na época... mas conseguiu encontrar um lugar onde eu pudesse preparar-me para a vida. No SRSA assimilei o espírito sacerdotal pelas mãos principalmente do nosso sempre estimado, saudoso e inesquecível Diretor Padre Brandão que repetia e repetia: "Vocês aqui estão para tornarem-se PADRES, MISSIONÁRIOS, REDENTORISTAS, SANTOS!" Entretanto, após 6 anos de franca conversa com meu confessor espiritual Padre Azevedo e, pela sugestão de confessionário com ele, saí do seminário pela mesma porta por onde entrei! Deveria, como ocorreu, fazer uma família... era a minha vocação e tive sucesso considerando que surgiram outras 3 famílias pelos meus filhos e já em projeto outras 4 pelos meus netos...Antônio Ierárdi Neto
Caros amigos, vejam essa matéria publicada aqui em 11 de agosto de 2015= 
https://tavolaseminarios.blogspot.com/2015/08/sobre-o-ator-jose-mayer-antigo.html