sexta-feira, 31 de outubro de 2014

VIDA ILUSTRADA DO P. PELAGIO - IX- 19/20

19º. QUADRO – O POMAR DOS PADRES ERA UMA TENTAÇÃO 
Meninos empoleirados na mangueira do quintal dos padres, estão chupando manga às escondidas. Pe. Pelágio chega e fica rezando o Breviário, como se não os tivesse visto. Eles percebem e se escondem entre as ramagens. O tempo passa e o padre não vai embora. Quem iria desistir primeiro nesse jogo de paciência?Por fim um deles, não se agüentando mais na mesma posição, pediu suplicante: "Padre, deixe a gente descer". Pe. Pelágio tirou os olhos do Breviário, olhou para cima, e respondeu rindo marotamente: "Eu nem sabia que vocês estavam aí. Podem descer. Mas peçam licença quando quiserem chupar manga”. 
20. QUADRO – “A CRIANÇA VAI NASCER 
Dona Ranulfa, moradora no Ribeirão (hoje Guapó), ia ter nenê. A criança, porém, estava atravessada no seio e a parteira não sabia o que fazer. Jonas, irmão de dona Anita, veio buscar o Pe. Pelágio para lhe dar os sacramentos, pois o caso era fatal. Pe. Pelágio não podia ir, devido a uma festa de Padroeiro. Mas recomendou o seguinte: “Leve este vidro de água benta. Dê-lhe uma xícara entremeando com a oração do pai-nosso e três ave-marias. Na terceira vez, a criança vai nascer. Ao nascer, dar três salvas de foguete em louvor ao Divino Pai Eterno”. A criança nasceu sadia e os foguetes estouraram de alegria. (Continua)
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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ELES VIVERAM CONOSCO- PE. ARLINDO MAGNUS RAUPP THOMAZ CSsR

PE. ARLINDO MAGNUS RAUPP THOMAZ CSsR
+31 de OUTUBRO 1993 
Nasceu em Porto Alegre – RS, a 14 de agosto de 1917. Eram seus pais: Zacarias Thomaz e Emelina Raupp Thomaz. Era o primeiro dos 5 filhos do casal. Entrou para o Pré-Juvenato de Cachoeira do Sul - RS a 07 de janeiro de 1932. Em junho de 1932 veio para o Seminário de Santo Afonso, em Aparecida, onde completou seus estudos ginasiais. O Noviciado foi feito em Pindamonhangaba – SP, durante o ano de 1938, fazendo a profissão religiosa na C.Ss.R. a 02 de fevereiro de 1939. O Seminário Maior foi feito em Tietê. Foi ordenado sacerdote na Igreja de Nossa Senhora da Penha, em São Paulo, no dia 06 de janeiro de 1944. Em 1945 deixou o seminário maior, iniciando sua vida apostólica como coadjutor na paróquia da Penha, em São Paulo. Aí ficou 3 anos. No segundo semestre de 1952 fez o 2P º P noviciado em Pindamonhangaba, preparando-se para as missões populares. Foi missionário por vários anos, trabalhando em São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. Como gaúcho deveria pertencer à Província de Porto Alegre, quando esta ficou independente. Por motivos de saúde, pois não suportava mais o frio do Rio Grande do Sul, pediu para passar para a Província de São Paulo. Foi pároco em Roseira – SP, perto de Aparecida, onde construiu a original Capela de Nossa Senhora Aparecida. Foi superior e pároco de Garça – SP. Dedicou-se também, durante vários anos, ao apostolado com os romeiros, na Basílica de Aparecida. Em 1982, esteve quase o ano todo em Roma, dedicando-se a estudos sobre a História da Congregação Redentorista. Escreveu vários livros: “Faces de uma vida: Pe. Francisco Antônio Maria de Paula C.Ss.R”(1985) – “Dom Isidoro Léggio CssR, bispo de Umbriático”( 1992) – “Guardados de meu velho baú”(1992) – “Efemérides da Congregação Redentorista e da Província de São Paulo”( 1993) – Pelos 200 anos da morte de S. Afonso, escreveu sua biografia, com o título “Pedacinhos de uma Vida”, publicada em 68 capítulos no jornal “Santuário de Aparecida”(1987 e 1988). Escreveu ainda “Afonso, fino humorista e brincalhão”, opúsculo( 1987) – “Vidas, historietas jocosas e hilariantes de Redentoristas que já estão na casa do Pai...”(1993). A 02 de fevereiro de 1989 celebrou seu Jubileu de Ouro de profissão religiosa. Desde janeiro de 1987 morava na comunidade do Perpétuo, em São João da Boa Vista – SP. No dia 28 de outubro de 1993 Pe. Thomás foi internado na Santa Casa de São João da Boa Vista, com pneumonia. Não parecia coisa grave, mas pediu e recebeu os santos sacramentos. Pe. Thomás nunca teve boa saúde, tendo durante sua vida se sujeitado a várias operações. Infelizmente seu estado se agravou e ele não resistiu. Faleceu lúcido no fim da tarde de 31 de outubro de 1993, domingo, na Santa Casa. Na missa de corpo presente, em nossa igreja, estavam presentes Dom Dadeus, bispo de São João, Pe. Provincial, muitos confrades, padres diocesanos e dois irmãos do Pe. Thomás que vieram de Porto Alegre. Foi sepultado em São João da Boa Vista. No dia 06 de janeiro de 1994 iria celebrar seu jubileu de ouro de ordenação sacerdotal. Pe. Thomás estava com 76 anos de idade, 54 de Profissão Religiosa e quase 50 anos de sacerdócio.(*)(Arquivo Provincial) 
NOTA(*)Pe. Thomás era alegre, pastoralmente zeloso, muito dinâmico, cheio de iniciativa, agitado e falador. Era o “Thomazinho”, baixo e magricela, querido pelos confrades e pelo povo. (nota do editor)

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

MEUS IRMÃOS REDENTORISTAS

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Foi no dia 9 de novembro de 1732, na Itália, na pequena cidade de Scala. O Pe. Afonso de Ligório, com alguns companheiros, deu início a uma congregação missionária. Ao seu redor juntaram-se, desde então, padres e leigos dispostos a anunciar o evangelho aos mais pobres e abandonados. Durante esses anos todos a Congregação dos Missionários Redentoristas espalhou-se pelo mundo e, apesar de suas falhas, tem ajudado muita gente a conhecer Jesus. Una-se a nós no agradecimento a Deus que nos chamou ao seu serviço, para o seguir como discípulos. Peça que o Redentor nos faça mais santos, mais aptos a evangelizar nosso mundo. Há mais de um século estamos também aqui em Aparecida para acolher você. Se não for pedir demais, recomende-nos à intercessão de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Parabéns por sua obra evangelizadora pela qual está unido ao carisma redentorista. Vamos em frente. Muita coisa temos a fazer nestes próximos 4 anos. Cada provincial tem sua parte na construção. Vamos ver agora para que lado o Espírito sopra. Pe.LuizCarlos
Caro amigo de tantos anos, Pe.Luiz Carlos! UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA ( Estimado e saudoso Padre Libárdi CSsR) Duas razões mantêm a vontade que para sempre tenho e irei conservar:
1-Nasci e aprendi a ser católico”
2-Minha escola de aprendizado foi o SRSA. (Aquele mesmo para que você um dia mencionou: Quem passar por Sto. Afonso e pelo Sto. Afonso, é como a onça: muda o pelo, mas não perde a pinta.”)
Há também um motivo que não devo numerar por que é obrigatório: Os redentoristas construíram tudo o que hoje tenho em espírito e matéria apenas pelo o ideal de Santo Afonso e os exemplos de São Geraldo e São Clemente....E de forma gratuita!!!!! Vi as eleiçoes provinciais no Brasil e comoveu-me muito a da Provìncia Goiana. Nosso idealista e estimado Pe.Robson!!! Oxalá o Espírito sopre para os nossos tempos e inspire a recriação dos SEMINÁRIOS MENORES, com muitos vocacionados tendo como mestres e orientadores os sacerdotes formados e consagrados, inclusive aqueles que estão escondendo nas clausuras dos conventos a sapiência tão preciosa que Deus lhes concedeu pelo Prof.Afonso de Ligório, a partir dos mesmos seminários. Um forte abraço! Ierárdi

VIDA ILUSTRADA DO PE. PELAGIO - VIII - 17/18


17º. QUADRO – ESTIMADO POR TODOS
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Nos trinta e tantos anos que Pe. Pelágio residiu em Trindade, formou-se entre ele e o povo, um laço sagrado que o tornou amado, respeitado e acatado. Nunca ocupou algum cargo na Igreja, mas todos o tinham como juiz de paz, delegado, prefeito, conselheiro e mestre. Chegou-se a dizer que no céu mandava o Divino Pai Eterno, e na terra o Pe. Pelágio.
Recebeu o título de cidadão trindadense, mais devido à sua popularidade do que por grandes obras e realizações. Também os adeptos de outras religiões o admiravam. Em 1961, alguns meses antes da sua morte, uma artista"evangélica" fez a pintura do Pe. Pelágio e a expôs em Goiânia, entre outras obras da sua autoria.

18º. QUADRO – HOMEM DE ORAÇÃO PROFUNDA
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Pe. Pelágio está recolhido em sua pobre cela e reza. Nunca dispensava a oração do Breviário. Quando viajava, mesmo estando a cavalo, ia desfiando as contas do terço. Gostava de entremear o dia com breves orações, chamadas “jaculatórias”.
Era homem de oração e fé muito profunda. Tão profunda que contagiava quem com ele se encontrava. Suas atitudes eram as de quem vivia na presença de Deus. Embora pisando na terra, não desviava os olhos do céu. Desse amor a Deus, brotava o amor ao próximo. Foi dialogando com Deus que ele aprendeu a falar com o povo. Foi um autêntico “homem de Deus” segundo a Bíblia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

VIDA DO PADRE PELAGIO - VII - 15/16

15º. QUADRO – MÚSICO E TEATRÓLOGO 
Quem olhasse para aquele homem de aparência humilde e sotaque estrangeiro, jamais imaginaria que no seu íntimo se escondiam grandes dotes artísticos. Conhecia todos os segredos da música. Dominava o harmônio e o órgão. Sabia tocar outros instrumentos, como bandolim, violino, gaita. Foi maestro e professor de música. Formou e acompanhou diversos corais e grupos de cantores. Ensinou muitos a tocar instrumentos musicais. Todos admiravam sua voz forte, sonora e afinada. O teatro foi outro carisma. Escreveu e ensaiou numerosos dramas, operetas e comédias, enriquecendo-os com letra e música de sua autoria. 
16º. QUADRO – TERNURA DE MÃE 
Certa ocasião, visitando a família do Zé Bento, Pe. Pelágio encontrou sua filha de 10 anos, chorando porque não dava conta de escrever as letras maiúsculas do alfabeto. “Não precisa chorar. Eu ajudo você”. Segurou a mão da menina, e foi guiando-a enquanto escrevia: Deus é um bom Pai. Ele me ensina a escrever. O Dr. Dario, quando menino, morou algum tempo com o Pe. Pelágio. Mas tinha medo de dormir sozinho. Altas horas da noite ia bater à porta do Pe. Pelágio, dizendo que estava com medo. O padre se levantava, conduzia o garoto até o seu quarto e ali ficava ao lado da cama, rezando com ele a oração ao Santo Anjo da Guarda, até ele adormecer. (Continua)
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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terça-feira, 28 de outubro de 2014

VIDA ILUSTRADA DO PELÁGIO - VI(11/12) e VII(13/14)

11º. Quadro- ABENÇOANDO OS ROMEIROS 
Quando falamos da festa de Trindade, naturalmente pensamos no Pe. Pelágio. O romeiro daquele tempo vinha a Trindade para ver o Divino Pai Eterno e o Pe. Pelágio. Parece-nos vê-lo ainda no meio daquele povo que conheceu e batizou, sorrindo para todos, e para todos dirigindo uma palavra amiga. Os romeiros sentiam-se felizes e realizados quando conseguiam três coisas em Trindade: Cumprir as promessas ao Divino Pai Eterno, cumprimentar o Pe. Pelágio e ajudar os “pobres do Divino”. Quando a festa terminava, os romeiros voltavam pesarosos, mas alimentando a esperança de voltar no ano seguinte. 
12º. Quadro- ARRISCANDO A VIDA PARA DEFENDER A VIDA 
Pe. Pelágio evitou conseqüências mais graves num tiroteio sangrento por volta de 1940. Tudo começou com um bate-boca entre os fazendeiros Paulo Pessoa Louzada e Filó Gomes.O conflito foi parar na delegacia de Trindade, gerou voz de prisão para o Paulo, três mortes e outras confusões. Haveria mais mortes se o Pe. Pelágio, chamado urgentemente, não interviesse. Dois rapazes, feridos na briga, tinham sido levados para um quintal vizinho, pois alguns amotinados queriam liquidá-los de vez. Deu-lhes a Unção dos enfermos e ficou barrando a entrada do portão: “AQUI VOCÊS NÃO ENTRAM!” Recuaram atemorizados, diante daquela figura veneranda. Em seguida providenciou a remoção deles para o hospital de Goiânia. 
13º. Quadro – O DIA-A-DIA NA PARÓQUIA 
Pe. Pelágio levantava-se muito cedo e ia para a igreja. Após o serviço religioso, tomava um café frugal, acompanhado de pão com manteiga. Depois lia revistas vindas da Alemanha, rezava o Breviário e o terço e ficava atento aos chamados. O sininho tilintava sempre: - Pe. Pelágio, venha visitar a vó Sebastiana. Está muito “perrengue”. - Pe. Pelágio, acabou o querosene da nossa lamparina... Junto à cadeira onde se assentava para ler e rezar o Breviário, tinha sempre à mão uma caixa com dinheiro miúdo e outra com cereais (arroz, feijão, farinha), para atender os pobres. Assim passava o dia, em Trindade, entre atendimentos e a oração. 
14º. Quadro – “A DOENÇA DELE É SAUDADE” 
Em março de 1946, os Superiores do Pe. Pelágio quiseram dar-lhe um agrado, transferindo-o para o Santuário de Aparecida, centro da devoção mariana e lugar de mais conforto. Enganaram-se, porém. Ele não se acostumou de jeito nenhum. Começou, inclusive, a adoecer. Mas não reclamou nem se queixou. Chegaram até a levá-lo ao médico, que o examinou e disse ao seu Superior: “A doença dele é saudade”. Seus Superiores reconsideraram o caso e o devolveram para Goiás. Dizem que o santo velhinho rejuvenesceu. Em outubro do mesmo ano, ele estava sendo recebido festivamente em Trindade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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ELES NOS PRECEDERAM e VIVERAM CONOSCO - PE. CONRADO (MARIA) KOHLMANN CSsR e IR. PLÁCIDO (JOSÉ SCHAFFLEITNER) CSsR

PE. CONRADO (MARIA) KOHLMANN CSsR 
+28 de OUTUBRO 1944 
Outro grande missionário que muito realizou e sofreu pela nossa Província. Era da cidade de Seisling (Alemanha) onde nasceu a 5 de fevereiro de 1879. Desde criança mostrou desejo de ser Padre e, logo que pôde, ingressou no Juvenato da Província- Mãe, professando em 1903. Foi ordenado em 1908, vindo no ano seguinte para o Brasil. Era seu sonho dedicarse logo às missões; mas a obediência o colocou no Juvenato de Aparecida como Diretor e Professor. Mesmo assim, sempre que possível, lá estava ele na igreja, auxiliando nas confissões e batizados. Em 1921 foi para Campininhas, e, aliando sua ótima saúde a um zelo extraordinário, percorreu todo o sul de Goiás num contínuo apostolado. Não conhecia cansaço nem dificuldades; sempre a cavalo, fazia quantas léguas fossem necessárias para atender a um doente que o solicitasse. Os perigos que enfrentou pelo sertão: a fome, a sede que muitas vezes teve de suportar, o trabalho das contínuas pregações, as noites em claro, foram capítulos que só Deus conhece, escritos como foram “in libro vitae”. De 1936 a 1941 trabalhou nas Missões do Estado de São Paulo. Durante esse tempo foi também superior de Pindamonhangaba, onde muito fez para valorizar o terreno: o dia todo lá estava ele de enxada, picareta ou machado à mão, para dar ao noviciado a horta, o pomar, os caminhos ou avenidas que embelezariam a casa. Mas nem por isso se esquecia das missões; es264 tava em todas, sempre com o mesmo entusiasmo e piedade. No entanto, seu sonho era voltar para Goiás, onde se sentia melhor em meio ao povo simples. E era lá que ele desejava terminar os seus dias. Em 1942, todo feliz, regressou às missões em terras goianas. Sua saúde, porém, já não era a mesma. E quando notou que já não podia mais continuar como superior de Campinas, renunciou ao cargo, passando a viver no silêncio do seu quarto. Esse descanso forçado, com a certeza de que o fim se aproximava, foi uma dura penitência para o seu zelo; mas ele a aceitou, apegando-se à oração, no quarto ou na capela, e apoiando, com todo entusiasmo, o trabalho missionário de seus colegas. Com o coração bastante fraco, passava noites em claro, mal podia respirar. Assim foi que ele viveu seus últimos dias, entre a vida e a morte, recitando contínuas jaculatórias que bem revelavam a sua conformidade e grande esperança. Em 28 de outubro de 1944, ele rezou, com o Irmão que o assistia, das oito às onze horas da noite, quando entrou em agonia. Algumas horas depois expirou. Levava consigo para a eternidade o mérito alcançado de trinta e cinco anos de intenso apostolado.
IR. PLÁCIDO (JOSÉ SCHAFFLEITNER) CSsR
+28 de OUTUBRO 1953 
Era austríaco, nascido a 1º de maio de 1877. Ingressando na C.Ss.R. em 1901, fez os votos a 3 de maio de 1906 em Aparecida, três anos após sua chegada ao Brasil. Um Irmão que trabalhou em todas as nossas casas daquele tempo: Aparecida, Penha, Araraquara, Cachoeira do Sul e Campinas (GO). Alegre, piedoso, e muito dedicado ao trabalho, Irmão Plácido foi sempre muito estimado pelos confrades, pelo otimismo e felicidade que irradiava. Com uma certa facilidade para escrever, deixou-nos um interessante “Diário” da sua vida na Alemanha, desde que ingressou na C.Ss.R. e, no Brasil, até junho de 1905. Em outubro de 1931 renunciou (por escrito) a viagem-recreio que podia fazer à Alemanha, talvez com medo de não poder mais voltar para o seu querido Goiás. Numa carta ao Provincial, em 1935, ele diz alguma coisa da sua vida em Campininhas: “Graças a Deus, há 32 anos que estou no Brasil, sempre alegre e satisfeito. Além dos sofrimentos que todo mundo tem, já caí três vezes da escada, ao apanhar laranjas; tive maleita durante três anos e meio; por ocasião da festa em Trindade quase fui morto a pauladas; além disso fui picado por uma jararaca (1934) e, outra vez, picado por uma jaracuçu (1935). E, para encher as medidas, estou agora com uma úlcera no estômago. Como V.R. pode ver, o sofrimento é meu signo neste mundo miserável. Mas, apesar de tudo, vivo contente e feliz aqui em Campinas”. E, pressentindo a morte, ele diz ainda: “Será que vou logo para o cemitério? Isto seria para mim o fim deste mundo, e seria muito bom, tanto para mim, como para os outros, pois já não sirvo mais para muita coisa”. — E mostra-se consolado ao dizer: “Graças a Deus que vou morrer aqui, e já estou vendo que isso não vai demorar muito”. — Mas ainda demorou um pouco. E seus últimos anos foram de muito sofrimento. Sempre alegre, porém, conformado, esperou pela morte, até que ela chegou, a 28 de outubro de 1953, em Campinas como ele sempre desejara.

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 25 de outubro de 2014

VIDA ILUSTRADA DO P. PELAGIO - V


VAMOS PARA A DESOBRIGA 
Pe. Pelágio e João Dias estão saindo para uma desobriga. Era a visita que se fazia aos moradores da zona rural, para “se desobrigarem” do preceito da confissão e comunhão pascal. Foi o apostolado que mais encantou e apaixonou o Pe. Pelágio. Mas era preciso preparar muita coisa, pois a desobriga durava semanas: Primeiramente um “camarada” de confiança para mostrar o caminho e espantar os bichos ferozes. Depois, animais bem escolhidos, de preferência mulas ou burros. Bagagem completa com os pertences litúrgicos, couro de boi como colchão de emergência, rede, apetrechos para cozinhar, etc. Seus companheiros foram o Getúlio, o Tem-tem, o Hermínio e tantos outros.

QUASE UMA TRAGÉDIA 
Certa vez, por volta de 1940, Pe. Pelágio vinha voltando da visita a um doente, perto de Trindade, quando a mula Ruana caiu com ele, prendendo-lhe a perna. Ficou prensado em baixo do animal durante várias horas, em plena noite, sofrendo muitas dores, sem poder levantar-se. De madrugada passou um homem que ia para a moagem de cana. Viu o padre naquela situação dolorosa e o ajudou a se libertar do peso. Ficou mancando durante muito tempo. Quantas outras peripécias e aventuras o missionário viveu e sofreu! E as quedas de cavalo! Só Deus sabe quantas, porque muitas ficaram em segredo. (Continua).
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ELES VIVERAM CONOSCO - Gilberto dos Santos - Antigo Seminarista

Faleceu em 25/10/2013 em Aparecida aos 56 anos de idade, o ex Gilberto dos Santos. Gilberto foi seminarista redentorista na década de 70, era frequentador assíduo dos nossos encontros e retiros e era ele que todos os anos tanto no retiro como nos encontros em Aparecida que doava as imagens de Santo Afonso para serem sorteadas. A Uneser se entristece com a perda desde grande colega e que Deus o tenha em seus braços. A família de Gilberto enviamos as nossas condolências e nossas orações.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

VIDA ILUSTRADA DO PE. PELAGIO - IV

7º. Quadro – SONHANDO COM O BRASIL 
O Brasil exercia grande fascínio sobre os seminaristas da Alemanha. Era a terra dos papagaios e do pau Brasil, das bananeiras e frutas tropicais. Tão misteriosa e tão desconhecida, que um deles disse: - Chegando ao Brasil quero assentar-me num galho de bananeira e comer bananas até dizer chega. Mas era uma terra carente de operários para a vinha do Senhor. Os Redentoristas da Baviera haviam assumido desde 1894, a cura pastoral de dois grandes Santuários: Nossa Senhora Aparecida em Aparecida, e o Divino Pai Eterno em Trindade.Pe. Pelágio realizou finalmente o seu sonho. Veio para ficar. E para sempre 
8º. Quadro – NO MEIO DA EPIDEMIA 
Seu primeiro campo de trabalho foi o Santuário Nossa Senhora da Penha em São Paulo. Quando uma onda de gripe invadiu a capital paulista em 1918, Pe. Pelágio, desdobrou-se em atenções para com as vítimas Durante a epidemia, além de dar o socorro espiritual, aplicou seus conhecimentos práticos de enfermagem, em parceria com um estagiário de medicina. Mas não nasceu para trabalhar em cidade grande. Seu lugar seria Goiás: - Meu lugar é Goiás, no meio dos sertanejos. (Continua)
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

VIDA ILUSTRADA DO P. PELÁGIO - III

SEMINARISTA E NOVIÇO 
Pelágio tinha quase 17 anos quando começou a realizar seu sonho. Os recursos eram insuficientes para manter dois filhos no Seminário, pois seu irmão Gaspar havia entrado um ano antes. Mas uma bolsa de estudos e a complacência dos formadores ajudaram Não foram fáceis aqueles 12 anos passados no Seminário. Pelágio precisou esquentar bastante a cabeça para dar conta do recado. O sinal verde para prosseguir, foram as qualidades morais que superavam com vantagem as limitações da inteligência. O senso prático, aliado aos dons artísticos e carismáticos, compensaria as limitações nos estudos teóricos. 
BEIJANDO SUAS MÃOS UNGIDAS 
16 de junho de 1907 é a data inesquecível da sua ordenação sacerdotal. A primeira missa solene foi celebrada, na aldeia de Nordhausen, onde Pelágio passou a infância e a juventude. Todos queriam beijar suas mãos ungidas e receber a "bênção primicial" O primeiro da fila foi seu pai Matias.Sua sobrinha Pelágia, então com 5 anos, foi a "noivinha" que colocou na fronte do neo sacerdote a coroa de flores, conforme o costume daquele tempo. Mais tarde tornou-se freira e veio também trabalhar no Brasil.(Continua)
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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VIDA ILUSTRADA DO P. PELÁGIO - II

PADRE PELÁCIO SAUTER CSsR
E AGORA, SEM A MÃE! 
Fevereiro de 1886. A neve cobria as montanhas e os campos, os caminhos e as casas. Dona Maria tinha tido seu 15º filho. Mas enfraquecida pelos afazeres, desprovida de recursos médicos, foi juntar-se no céu com seu pequeno Francisco, que faleceu quatro dias antes dela. Ficaram órfãos 13 filhos, entre eles o Pelaginho com apenas 8 anos. Sem a presença da esposa, podemos imaginar as angústias e preocupações do esposo viúvo, rodeado por aquele bando de órfãos que choravam a ausência da mãe. Ana Elizabete, a filha mais velha das mulheres, assumiu corajosamente o trabalho doméstico e a educação dos irmãos. 
APRENDIZ DE SERRALHEIRO 
Desde pequeno Pelágio falava em ser padre. Gostava de imitar o vigário celebrando missa. Para isso confeccionou o cálice e as galhetas com pedaços de cera que recolhia na igreja. Seu irmão José fazia as vezes de coroinha.Aos 14 anos, mais para agradar o pai, foi ser aprendiz de serralheiro. Trabalhou apenas dois anos, pois viu que esta não era sua vocação. Houve uma noite em que não conseguia dormir, pensando naquela passagem do Evangelho: "O que adianta ao homem ganhar o mundo e se perder para sempre!" Ao levantar-se disse: Vou mesmo para o Seminário.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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VIDA ILUSTRADA DO P. PELÁGIO - I

Estamos iniciando uma série de quadros sobre a vida do Servo de Deus Padre Pelágio Sauter. Os desenhos são de autoria do desenhista Victor Filho com o texto do Pe. Clóvis de Jesus Bovo CSsR. Seguem aqui os dois primeiros quadros.
1º. Quadro – NESTA CASA NASCEU PELÁGIO 
Era o memorável dia 9 de setembro de 1878 na aldeia alemã de Hausen am Tann, lugarejo aprazível cercado de montanhas, coberto de neve nos meses mais frios do ano. Seus 400 moradores viviam a vida laboriosa e tranqüila do campo.Na casa do mestre escola Matias reinava grande expectativa. Eram quase 9 horas da noite quando se ouviu um choro de criança. Era o décimo filho do casal Maria Neher e Matias Sauter, que anunciava sua chegada no mundo. Três dias depois, foi batizado na igreja centenária da aldeia, na mesma pia batismal que se conserva até hoje. Recebeu o nome de Pelágio em memória do avô que chamava-se Pelágio 
2º. Quadro – “NÃO FALE MAIS ASSIM”
Quando Pelágio tinha dois anos a familia precisou mudar-se para Nordhausen, aldeia distante uns 200 kms. Aí nasceram mais filhos formando um pequeno batalhão. O tempo era repartido entre a escola, a casa, o pequeno sítio e a igreja. E todos os filhos colaboravam. O ambiente era de um lar verdadeiramente cristão. A missa dominical, um dever sagrado. Certa manhã friorenta o pequeno Pelágio acordou azedo e disse: “Hoje não vou à missa”. Dona Maria, atarantada com tanto filho para arrumar, deu-lhe um sonoro tapa na boca dizendo: “Meu filho, nunca mais repita uma coisa dessas”, Foi uma lição para o resto da sua vida. (Continua).
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE ALFREDO DA SILVA MORGADO CSsR

PADRE ALFREDO DA SILVA MORGADO CSsR 
+ 22 DE OUTUBRO 2009 
Nasceu a 03 de dezembro de 1915, em Araraquara (SP). Eram seus pais: José da Silva Morgado e Maria de Freitas. Entrou para o Pré-Seminário na Pedrinha a 25 de janeiro de 1928, onde ficou até agosto desse ano, passando então para o Seminário de Santo Afonso, em Aparecida. No ano de 1929, estudou no Pré-Seminário de Pindamonhangaba. Em 1930 voltou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Aí concluiu o curso em dezembro de 1934. Durante o ano de 1935, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, a 02 de fevereiro de 1936. O Seminário Maior foi feito em Tietê. Aí fez a Profissão Perpétua a 09 de fevereiro de 1940. Foi Ordenado Sacerdote, na Igreja Matriz de Tietê SP, a 22 de dezembro de 1940, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Araraquara, a 29 de dezembro de 1940. Iniciou sua Vida Apostólica em janeiro de 1942, como Vigário Coadjutor na Paróquia da Penha, em São Paulo SP. Em 1945, foi transferido para Aparecida, como Vigário Coadjutor. Em junho de 1946, foi transferido para São João da Boa Vista, trabalhando no Santuário de N. S. Perpétuo Socorro. Em 1947 voltou para a Paróquia da Penha, em São Paulo, como Vigário Coadjutor. De 1951 a abril de 1970, morou em Aparecida, no Convento da Basílica, como Redator do jornal “Santuário de Aparecida”, por 7 anos, e os outros como Diretor Geral das “Oficinas Gráficas Santuário de Aparecida”, a OGESA, hoje “Editora Santuário”. Quando podia, ajudava na Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Foi um verdadeiro Apóstolo da Boa Imprensa. A 28 de abril de 1970, deixando as Oficinas Gráficas, dedicou-se, em tempo integral, ao apostolado com os romeiros, em Aparecida. A 18 de maio de 1980 foi transferido para São João da Boa Vista, trabalhando no Santuário de N. Sra. do Perpétuo Socorro, até hoje. (Em 1986, celebrou seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa. Em 1990, celebrou seu Jubileu de Ouro de Sacerdócio. Em 1996, celebrou seus 60 anos de Profissão Religiosa. Em 2000, celebrou seus 60 anos de Sacerdócio.) Faleceu hoje, dia 22 de outubro/2009, às 14h30, em São João da Boa Vista (SP). No dia 03 de dezembro completaria 94 anos. Seu sepultamento realizou-se, às 10h, em São João da Boa Vista (SP).

ELES VIVERAM CONOSCO- Padre Roberto Alves Escudeiro CSsr

Padre Roberto Alves Escudeiro CSsr 
†22 de outubro/2007 
No dia 15 de maio de 1929, em Santo Amaro, na Grande São Paulo, nasceu o menino Roberto, filho de Cláudio Alves Escudeiro e Noêmia Borba. Logo que teve o desenvolvimento necessário começou a trabalhar na marcenaria do pai, tornando-se um profissional de qualidade. Mais tarde, como seminarista e mesmo como sacerdote, soube empregar sua competência em inúmeros trabalhos. Bom marceneiro e entalhador, tinha notável facilidade também para criar ferramentas e descobrir novos processos de atuação. Ele ingressou no Seminário Redentorista Santo Afonso em fevereiro de 1943, quando contava treze anos de idade. Terminados os estudos dessa etapa de formação, passou para o Noviciado em Pindamonhangaba, em 1º. de fevereiro de 1950. No dia 2 de fevereiro de 1951 fez sua consagração religiosa. Estudou Filosofia, Teologia e matérias afins no Seminário Santa Teresinha em Tietê. Foi ordenado presbítero por Dom José Carlos de Aguirre, bispo de Sorocaba, na igreja anexa ao seminário, no dia 25 de janeiro de 1956. Suas atividades pastorais desenvolveram-se primeiro como cooperador nos Santuários da Penha na cidade de São Paulo e em Aparecida e também em Araraquara. Passou em seguida para as atividades de magistério nos Seminários Menores de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, de Sacramento, no Triângulo Mineiro, de Aparecida e Tietê, em São Paulo. Depois de 12 anos como professor, foi designado para as atividades pastorais nas paróquias de Araguapaz e Cruzelândia, ambas na Diocese de Rubiataba em Goiás. Integrou aí outros 12 anos de vida, retornando em 1994 para a Província de São Paulo. Colaborou no atendimento aos romeiros de Aparecida até 1998, ano em que foi transferido para a comunidade do Seminário São Geraldo, no Potim. Lá continuava com a missão de colaborar com a equipe do Santuário Nacional de Aparecida. Nas horas vagas entretinha-se na marcenaria do Seminário ou viajava para o Mato Grosso do Sul para atividades pastorais e descanso. Celebrou o jubileu áureo de Vida Consagrada em 2001 e de sacerdócio em 2006. De temperamento calmo e pacífico, usou sempre sua privilegiada inteligência mais para as atividades práticas. Teve sempre ao seu redor um acúmulo de peças e de objetos que adquiria no comércio de bens de segunda mão, prevendo constantemente a hipótese de poder utilizá-los em algum projeto. Em dezembro de 2006 sofreu no Hospital Paulistano uma intervenção cirúrgica no cérebro. Medicamentos e radioterapias não conseguiram evitar a difusão do tumor maligno e das sequelas da perda progressiva dos movimentos e da consciência. Os cuidados possíveis e as atenções necessárias ele os recebeu nas Comunidades do Potim e do Santuário em Aparecida. Com 78 anos de idade, dia 22 de outubro de 2007 por volta das 19,00 horas cessou sua caminhada terrena. Foi sepultado na tarde do dia seguinte, depois da missa concelebrada pelos confrades no Santuário Nacional.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE.JOÃO CLÍMACO CABRAL CSsR

PE.JOÃO CLÍMACO CABRAL CSsR 
21 DE OUTUBRO 2009 
Padre João Clímaco Cabral, filho de Clímaco Cabral e Maria Júlia Sandi Cabral, nasceu na cidade de São Sebastião da Bela Vista-Mg, no dia 22 de março de 1930.Viveu sua infância na cidade de Itajubá – MG. Entrou para Seminário Santo Afonso em Aparecida-SP no dia 20 de julho de 1942. Fez o Seminário maior na cidade de Tietê e os estudos universitários de Filosofia, Teologia, Psicologia e Parapsicologia.Ordenou-se Sacerdote no dia 28 de Outubro de 1956. Entre outros trabalhos foi Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano em São Paulo, de 1963 a 1975. Foi Superior da Comunidade Redentorista e mestre de noviços, em São João da Boa Vista-SP de 1975 a 1985. Foi diretor da Rádio Aparecida de 1991 a 1997.Em 1992 a Rádio Aparecida passou a gerar sua programação para uma rede de rádios via satélite e mais tarde foi fundada a RCR, Rede Católica de Rádio. Nesta ocasião foram compradas para a Rádio Aparecida as Emissoras de Fernandópolis e de Monte Aprazível. Atualmente trabalhava no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida-SP. No seu tempo de diretor da Rádio Aparecida, ajudou a adquirir a FM da cidade de Rubiataba-GO. Pe. João Clímaco Cabral nasceu em São Sebastião da Bela Vista-MG, no dia 22 de março de 1930. Eram seus pais: Clímaco Cabral e Maria Júlia Sandy Cabral. Ainda criança seus pais mudaram-se para Itajubá-MG. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, em 20 de junho de 1942, onde terminou o curso em dezembro de 1949. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, no ano de 1950, onde fez a Profissão Religiosa na C.Ss.R., no dia 2 de fevereiro de 1951. O Seminário Maior foi feito em Tietê-SP. Aí fez a Profissão Perpétua em 2 de fevereiro de 1954. No segundo semestre de 1955, ficou gravemente doente, com colite ulcerosa aguda. Assim mesmo foi Ordenado Diácono dia 30 de outubro de 1955. Esteve internado na Santa Casa, em São Paulo. Em dezembro foi para Itajubá, para junto da família, lutar por sua recuperação. Recuperou-se lentamente, graças principalmente aos cuidados maternos. Foi Ordenado Sacerdote em 28 de outubro de 1956, em Itajubá, por Dom Oscar de Oliveira, Bispo Auxiliar de Pouso Alegre-MG. Começou sua Vida Apostólica, em fins de 1956, como Coadjutor na Paróquia do Jardim Paulistano. De 1957 a 1960 trabalhou como Coadjutor na Paróquia da Penha, em São Paulo. De 1961 a 1963 trabalhou em São João da Boa Vista. De 1964 a 1967 morou no Jardim Paulistano, como Coadjutor da Paróquia. Em 1967 foi nomeado Pároco, aí ficando até 1974. Em 1975 foi transferido para São João da Boa Vista. Foi Superior de 1975 a 1981. De 1983 a 1984 foi Mestre de Noviços. Em 1985 ausentou-se da vida religiosa. Em fevereiro de 1987 voltou, morando no Seminário Santo Afonso. Em abril de 1987 foi transferido para a Basílica. De 1991 a 1996 foi Diretor da Rádio Aparecida. Era psicólogo e pintor. No primeiro dia de 2009 mudou-se para São Paulo, residindo no Convento Redentorista do Jardim Paulistano, junto da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde foi pároco na década de 70. Sentindo fortes dores na perna, foi internado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo-SP, na noite do domingo, dia 18 de outubro 2009. Faleceu na manhã de 21 de outubro de 2009. Foi sepultado em Aparecida. Descanse na paz do Senhor! 
(Arquivo Provincial)

PADRE CABRAL DE PARAPSICÓLOGO A PINTOR

Padre parapsicólogo, palestrante de Psicologia do Unifae “Psique é alma. Se eu não entender de alma meu sacerdócio é falho. “Essas palavras foram o ponto alto na entrevista que o Pe. João Clímaco Cabral concedeu aos alunos da Agência de Comunicação do Unifae, logo após sua palestra ao Curso de Psicologia, no dia 09 de junho. O padre, que pertence à Congregação Redentorista (CSSR) e residia na cidade de Aparecida do Norte, foi parapsicólogo, escritor e pintor. Durante a palestra, realizada no auditório do Unifae o conferencista, realizou experiências com alunos e conseguiu, inclusive, fazer com que alguns alunos entrassem em hipnose e chegassem a dormir profundamente. “Para dormir a pessoa precisa querer. Se ela tentar reagir, não consegue”, explicou. O parapsicólogo afirma que partiu para o estudo da hipnose para chegar a regressão de idade, a qual afirma ser um sucesso. “Quando a psicologia descobre que o problema está lá em baixo, dentro do útero materno ou na primeira infância, não consegue tirar, porque é limitada. E a parapsicologia, por meio da regressão de idade, consegue." 
Pe. Cabral e São João da Boa Vista 
Quando morou em São João da Boa Vista, em 1985, Cabral já atuava como psicólogo há 12 anos. O padre tinha seu consultório na torre da Basílica, em Aparecida, no 7º andar, e comentava que “a fila de pacientes era muito grande”. Como escritor já lançou cinco livros ligados à Psicologia, que são: 
Família e Psicologia; 
Depressão tem Cura, 
Liberte-se o Quanto Antes; 
Aprenda a Viver Para Ser Feliz; 
Jovem Livre e para Frente
e seu mais recente lançamento: 
Regressão da Idade. 
Durante a palestra, Pe. Cabral foi acompanhado da sensitiva Alda Mathias, com quem trabalhou há quase 15 anos. Alda explicou que todos temos um grau de sensibilidade, uns menos, outros mais, só que nem todo mundo sabe trabalhar com isso.“Tem pessoas que nem sentem e nem percebem essa sensibilidade”, disse. Alda, que também é pintora, veio a São João para acompanhar o padre Cabral na palestra e na exposição de quadros que ocorreu no Clube Palmeiras.
Desde criança a pintura serve ao padre Cabral como terapia. Segundo ele foi um gosto herdado da mãe, que também pintava.