quinta-feira, 30 de abril de 2020

NOSSA SENHORA APARECIDA,

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Nossos dias estão difíceis, como quase sempre eles são nesta nova vida inconstante. Recorremos a vossa intercessão, pois sois a Senhora da Esperança, dos Remédios, da Saúde, da Consolação, da Guia, do Perpétuo Socorro. Olhai por nós, por nossas famílias por todo vosso povo. Iluminai os governantes e dai-lhes compaixão, guardai os que cuidam de nossa saúde, ou pesquisam nos laboratórios. Ajudai-nos a conservar a alegria e orai pelos enfermos e pelos que perderam entes queridos. Pedi a vosso Filho que o egoísmo não nos escravize nem nos feche o coração. Senhora da Esperança, estamos aprendendo a reconhecer nossas pobrezas, mas queremos como vós não perder a coragem, mas continuar na esperança, que nos traz vosso filho Jesus.

ELES NOS PRECEDERAM - PE. NESTOR TOMÁS DE SOUZA CSsR

PE. NESTOR TOMÁS DE SOUZA CSsR
+30 de ABRIL 1945 
Nasceu em Miracema - RJ a 29 de abril de 1891. Era coroinha da Matriz, quando os nossos pregaram as Missões na sua cidade. Entusiasmado, o garoto pediu aos missionários que o levassem para Aparecida; queria também estudar para Padre. Vivo, inteligente, foi sempre um dos melhores alunos do seu tempo. Iniciou o noviciado em 1909 e professou no ano seguinte. Seus estudos superiores ele os fez na Alemanha, suportando, as agruras da guerra mundial de 1914. Ordenado em 1915, voltou para o Brasil, sendo logo designado para professor no Juvenato. Mas, feito o segundo noviciado iniciou sua vida de missionário que durou uns trinta anos, em sucessivas Missões e Retiros, em cidades de São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Goiás. De temperamento colérico, Pe. Souza era exigente em matéria de ordem e disciplina em tudo. Sua firmeza, às vezes um tanto dura, principalmente com seus súditos, causou-lhes não poucos aborrecimentos como superior que foi em Araraquara e Cachoeira do Sul. Isso ele reconheceu e lamentou mais tarde, penitenciando- se das suas fraquezas. Se nas missões não se poupava, em casa era o homem do seu quarto, lendo, escrevendo, estudando sempre. Conhecia muito bem as bibliotecas de nossas casas, em matéria de livros e revistas. Seus sermões e conferências primavam pela clareza e conteúdo; em linguagem fácil, cheia de vida e colorido, prendiam os auditórios mais exigentes. Ótimo escritor, devido às suas atividades missionárias, pouco pôde realizar no apostolado da pena. Mesmo assim, ainda nos deixou a tradução de “Os Exercícios da Missão”, de Santo Afonso e, em manuscrito, um alentado trabalho sobre nossas fundações em Goiás, Araraquara, Pinda e Rio Grande do Sul, bem como doze cadernetas, com um Diário das suas missões. Durante a última missão que pregou, feriu com a unha uma espinha que lhe saíra no rosto. No momento pareceu-lhe coisa sem importância. Mas a espinha arruinou. Mesmo assim, ele não deu muita atenção ao caso, recorrendo, como remédio, a uma simples pomada. Afinal, instado pelo superior, foi ao médico que constatou tratar-se de séria infecção. Esta foi logo envenenando o sangue, e Pe. Souza, antes no vigor de suas forças, percebeu a gravidade do caso. Aceitou aquela situação de total imobilidade, em meio a dores horríveis. Com a coragem que sempre o caracterizou, e com uma calma admirável, esperou pela morte. E esta chegou, levando-o para a vida eterna, a 30 de abril de 1945.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 29 de abril de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JOSÉ MARIA PRADA CSsR

PADRE JOSÉ MARIA PRADA CSsR 
+29 DE ABRIL 1991 
O Pe. José Maria Prada era missionário redentorista da Província de S. Paulo. Ele nasceu em Portugal, em 1928 e foi ordenado em 1953. Trabalhou em Angola, África, até 1975, quando veio para o Brasil. Morou em Garça – SP, em Exu – PE e depois foi nomeado Pároco de Salgueiro – PE. Em Salgueiro, um dia, um senhor muito influente e rico na cidade o procurou, junto com a sua noiva, querendo se casar na Igreja. Ele dizia que morou com uma mulher em outra cidade distante dali, mas sem se casar na Igreja. Pe. Prada entrou em contato com a Paróquia daquela cidade e esta lhe mandou a certidão de casamento dele. O padre lhe mostrou e disse que não poderia fazer o casamento.  O homem, primeiro prometeu dar muito dinheiro para o padre se ele fizesse o casamento, mas este não quis. Então o homem ameaçou e disse que mataria o padre, se ele não fizesse o casamento. Pe. Prada foi inflexível, disse que morreria, mas não faria o casamento. Então o homem foi a sua casa, pegou um revólver, veio e deu cinco tiros no Pe. Prada, que morreu na hora. Eram onze horas do dia 29/04/1991. Na Missa de corpo presente, presidida pelo Sr. Bispo da Diocese, que é Petrolina, e concelebrada por todo o clero da diocese, estavam presentes uma enorme multidão. No enterro, levaram, em uma cruz, a camisa ensanguentada do Pe. Prada.

terça-feira, 28 de abril de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. LUÍS PESSI CSsR

PE. LUÍS PESSI CSsR
+ 28 de ABRIL 1984 
Nasceu a 20 de janeiro de 1908, em Jaguari - RS, filho de Giácomo Pess e Marcolina Della Pieve Pess. Estudou no Seminário de São Leopoldo - RS, de 1924 a 1929, entrando para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida-SP, a 04 de fevereiro de 1930. Recebeu o hábito redentorista em Aparecida, a 25 de abril de 1931, iniciando assim seu noviciado, que foi feito em Pindamonhangaba. Aí fez a profissão religiosa na C.Ss.R. a 26 de abril de 1932. O Seminário Maior foi feito na Argentina, em Manoel Ocampo e Villa Allende. Foi ordenado sacerdote em Jaguari - RS, a 06 de janeiro de 1937, por Dom Antônio Reis, Bispo de Santa Maria - RS. Após a ordenação sacerdotal continuou seus estudos no recém fundado Seminário de Santa Teresinha, em Tietê-SP. Deixou o Seminário Maior dia 20 de dezembro de 1937. Seu primeiro campo de apostolado foi na Penha, São Paulo, como missionário, onde ficou até junho de 1939, quando foi transferido para Cachoeira do Sul - RS. Morou também em São João da Boa Vista. Quase a vida toda foi missionário.P P No dia 25 de janeiro de 1956 realizou-se a instalação canônica da Vice-Província de Porto Alegre, sendo o Pe. Luiz Pessi o seu primeiro Vice-Provincial. A sede provincial ficava em Cachoeira do Sul. Foi Provincial de 1956 a 1961. Deixando o cargo, ficou superior da comunidade de Cachoeira do Sul. Pe. Pessi faleceu na mesma Cachoeira do Sul, no dia 28 de abril de 1984. (Arquivo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 27 de abril de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - Ir. Majela (Jésus Pires de Souza).

Ir. Majela (Jésus Pires de Souza)
Nota de Falecimento!
27 DE ABRIL DE 2015
Faleceu o Missionário Redentorista Ir. Majela (Jésus Pires de Souza). 
Estava atualmente morando na comunidade Redentorista do Santuário de Aparecida. 
Nasceu no dia: 06/09/1929 
Professou os votos religiosos no dia: 06/07/1954. 
Missa exequial 28/04/15: Santuário Nacional de Aparecida às 13:30h. 
Sepultamento às 15h. 
“Que os Anjos te conduzam ao Paraíso; que os Mártires te acolham à tua chegada e te introduzam na cidade santa de Jerusalém”.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Dumas, nossos confrades e a QUARENTENA!

Já tomei meu vinho, estou satisfeito, olhei os travesseiros, não me atraem, entro no face, pouca postagem, excetuando-se o professor Thozzi, meu colega da Uneser, união dos antigos seminaristas redentoristas, não fomos contemporâneos, vivemos a mesma realidade em tempos diferentes. Volto para a televisão, Coronavirus, somente isso. Estou sem sono, curto o passado, procuro alguém, meus irmãos? A Rua da Estação? O Colegião? A nostalgia me toma ao todo. Estou desconexo, vou chutar a garrafa do vinho, vazia que está, quebrarei a taça? Telefonarei para quem? Todos vivendo a mesma desgraça, pandemia, dizem. Hoje, em minha caminhada que insisto em fazer, cruzei com alguns amigos, acenam de longe, congratulamo-nos em nossa ousadia de sair, respirar, andar, talvez nos deparar com esse inimigo misturado no ar. Os políticos insistem em fazer aquilo que eles sabem, continuam a nos enganar, a incerteza invade nosso espaço. Vou sobreviver a meus oitenta e dois anos ? É lógico que quero, desejo ardentemente. A missa de Aparecida, hoje, nos apresentou um padre simpático, cantor, invocou o aleluia no final das cerimônias, tem boa voz, afinadíssima, convenceu. Na falta de fieis presentes, a televisão se fixou em uma freirinha que ajudava a missa, simpática, talvez bonita, ocultou sua colega que pouco apareceu. Como diz meu amigo professor Thozzi, boa noite, gente amiga. Vou fuçar algum livro, tenho pavor em saber que, amanhã, ao me acordar, a rotina volta, vou chutar o balde, vou sair por aí, transgredir as regras de segurança, respirar o ar da manhã e fingir que a normalidade chegou. Aleluia !DUMAS
Não faça isso. Fique em casa, jogue xadrez, faça um bolo. Mas fique em casa. Semana passada fiz pão duas vezes, demora um tempão, passa o tempo!THOZZI
Bom dia meus meus amigos. De Dumas até Thozzi, perpassa pelo Ierardi. Estou acordando, querendo fazer um cafezinho, bem como o que fazer durante este tempo. Irei até as Bicas? Não sei. O tempo é que manda. Não posso descuidar dos meus remédios nem da alimentação. A tal da pandemia está a todo vapor. Dizem que Pinda está devagar. O texto do meu caríssimo Alexandre Dumas me leva a envolver com a leitura. Gosto da reflexão. Outra hora falo mais.Abr.DIÁCONO ADILSON CUNHA 
Diácono, olhe o que ainda ontem respondi, mas não saiu....
"Caro, amigo Dumas, também estou perambulando agora(quase meia-noite!) pelo FB....Isso porque gosto de ver quando as pessoas, e você é uma das que mais aparecem, curtem, comentam e compartilham.... Quanto ao vinho, não quebre a taça...ela será útil logo, logo.... Desconheço o que seja televisão...ainda mais aquelas que chamam "abertas"... Quanto ao coronavírus...bem, esse dá trabalho...meus filhos e netos não entram à minha casa, falam comigo do portão fora....quando fazem as entregas...o que seja possível...vai tudo para a água e sabão e as mãos, para garantir...álcool em gel!!!! Caro amigo, estava refletindo esses dias... Nos nossos tempos enfrentávamos filas perante caixas dos bancos, depois vieram os caixas eletrônicos e agora ninguém mais vai ao banco porque paga tudo em casa e com cartão..não há necessidade de dinheiro... e minha reflexão agora, nesses tempos de quarentena, compramos quase tudo pela internet e aplicativos...assim as pessoas também deixarão de ir aos supermercados....Veja que o Carrefour está me trazendo tudo e ainda mantendo-me informado pelo SMS e WhatsApp.... Assim, embora a crise...o mundo progride entregando-se aos eletrônicos...e que nunca nos falte a energia elétrica que hoje tem mais valor do que a própria água...Boa noite, caro colega e amigo!!!!" E segue o meu bom dia a você, Diácono Adilson Cunha!IERÁRDI 
Bom dia, amigo, valeu,é tudo a pura verdade, reflexões para hoje.DUMAS
Mon cher et inoubliable ami des vieux temps, nous avons presque le même âge=Moi=83, et toi=82.J'adore lire et savourer tes messages.As-tu compris ? Est-ce que maintenant je suis en France ? Pas du tout. Je suis dans une petite ville de Minas Gerais, qui s'appele Pratápolis.
(TRADUTOR GOOGLE: Meu amigo querido e inesquecível desde os tempos antigos, temos quase a mesma idade = Eu = 83 e você = 82. Adoro ler e apreciar suas mensagens. Você entendeu Estou agora na França? Nem um pouco. Estou em uma pequena cidade em Minas Gerais, chamada Pratápolis.) JOÃO DE DEUS REZENDE

segunda-feira, 20 de abril de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Lauro José Masserani CSsR

Pe. Lauro José Masserani CSsR
+ 20 de abril 2008 
Nasceu a 11.04.1940, na Fazenda Santa Maria, no Bairro de São João, em Tietê SP. Seus pais: Donato Masserani e Santina Tomazela. Foi batizado a 19 de maio do mesmo ano na Matriz da Santíssima Trindade, em Tietê. A 16.02.1951, entrou para o Seminário Santo.Afonso, que funcionava no “Colegião”, em Aparecida, onde fez o Preparatório. O resto do curso ginasial e o colegial, no atual prédio do Seminário Santo Afonso Durante o ano de 1959 fez o Noviciado em Pindamonhangaba e se consagrou a Deus como Redentorista a 02.02 1960, em Aparecida. Realizou os estudos de Filosofia e Teologia no Seminário Maior Santa Teresinha, em Tietê SP (1960-1965). A Profissão Perpétua aconteceu em Tietê SP, a 02.02.1964 Recebeu a Ordem do Diaconato a 31.10.1965, em Tietê, ministrada por Dom Melhado Campos, bispo auxiliar de Sorocaba Foi ordenado presbítero a 27.12.1965, em Tietê, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba. Em fins de 1966, deixou o Seminário Maior, sendo transferido para o Seminário Santo.Afonso, como professor. Foi também Vice-Diretor. Aí ficou até o fim de 1971. No ano de 1972 entrou pra a equipe missionária, morando em Araraquara. Fez o 2º Noviciado, morando em S.João da Boa Vista, no 1º semestre de 1973. No 2º semestre foi transferido para Tietê, como missionário. Em 1976 foi novamente transferido para Araraquara, na equipe missionária No ano de 1977 e primeiro semestre de 1978, estudou Pastoral, em Medellin, na Colômbia, com especialização em Comunicações, no Instituto Pastoral do CELAM. Retornando da Colômbia, no segundo semestre de 1978; recomeçou suas atividades missionárias, residindo em Araraquara e Tietê. No 2º semestre de 1988 foi para a Bélgica para estudar no Instituto “Lumen Vitae”, de Bruxelas, onde fez o curso de Catequese e Análise Social. Retornando ao Brasil em 1990, reassumiu os trabalhos missionários, nas equipes missionárias de Tietê e Araraquara. A partir de 2003 esteve na Paróquia Nossa Senhora da Esperança, em São Paulo (região de Sapopemba), sendo o pároco e superior da comunidade. Na noite de 16 de abril de 2008, sofreu um infarto. Os procedimentos foram tomados a tempo. Depois de medicado, foi internado no Hospital Santa Bárbara, onde veio a falecer na madrugada de 20 de abril de 2008.
Conheci o PE. LAURO....nosso Mestre....Por ocasião de nossa formatura no SANTO AFONSO, editou um fascículo especial da revista NOVA META, que havíamos trabalhado por um tempo e nos brindou no ato da FORMATURA. DEUS O TENHA EM SUA LUZ. MEU MESTRE....BRIGAMOS MUITO NO SEMINÁRIO....não se dava bem comigo...me dizia que eu era desonesto por procurar no PE. SILVA, MEU CONFESSOR, para desabafar, e ...um dia o PE. SILVA, EM REUNIÃO OFICIAL COM OUTROS PADRES, disse...o seminarista tem razão em me procurar para desabafar a situação, ou ...EU NÃO SOU CONFIÁVEL? UMA CHALEIRA SE NÃO TIVER VAZÃO DO VAPOR EXPLODE. Porém, ao final , antes do noviciado nos acertamos, presenteou-me na formatura com um exemplar de uma revista que criamos, a NOVA META e que nunca mais foi editada....coisas de raiz..... Ao final em um dia, anos depois eu o ENCONTREI EM UM DOS METRÔS DE SAMPA, E ELE OLHAVA-ME FORTEMENTE E EU JÁ ESTAVA PARA PERGUNTAR O QUE AQUELE SENHOR DE BENGALAS QUERIA COMIGO. QUANDO ELE GENTILMENTE PERGUNTOU-ME...VOCÊ NÃO EH O NELSON DUARTE...SORRIU E TROCAMOS UM GOSTOSO ABRAÇO...NÃO ESPERAVA QUE FOSSE TAO CEDO....MINHAS PRECES E MINHAS DESCULPAS SE ERREI. BEIJOS NO CORAÇÃO. Nelson Duarte

MASSERANI, COMO ERA CONHECIDO, CONVIVEU COMIGO POR CINCO ANOS, FUI SEU ZELADOR NA TURMA DOS MENORES. CERTA OCASIÃO, ENGALFINHOU-SE COM OUTRO SEMINARISTA E EU FUI CHAMADO PARA APARTAR A BRIGA, COMO EU TINHA O CORPO MAIS AVANTAJADO QUE OS DOIS, SEPAREI-OS E APLIQUEI UM SOPAPO EM CADA UM, COISAS DA ÉPOCA. ENCONTREI-O, QUARENTA ANOS DEPOIS, QUANDO ABRAÇAMO-NOS E PASSAMOS A RECORDAR NOSSO TEMPO, APROVEITOU PARA COBRAR-ME O ATO POR MIM JÁ ESQUECIDO, DEI MUITAS GARGALHADAS E CONVIDEI-O A RECLAMAR PARA O DANIEL E O GERVÁSIO (PADRES), QUE FORAM MEUS ZELADORES E ME ENSINARAM A APARTAR BRIGA DE GENTE PEQUENA. ALEXANDRE DUMAS PASIN
Padre Lauro Masserani foi o meu anjo da guarda quando entrei ao seminário. Foi muito meu amigo. Como já afirmei várias vezes, o Masserani, como era chamado , foi o meu anjo da guarda, quando entrei no seminário. O Anjo da Gurda era o garoto encarregado de mostrar os diversos compartimentos da casa, mostrar onde podia onde não podia conversar, estivesse em recreio ou não, como por exemplo os locais de banho e os WC como eram chamados, Espero que quando eu chegar no céu ele me receba e me diga, Abner, aqui você pode ir em todos os lugares, falar, rir e cantar, e pode até ir até o frigorifico da cozinha e pegar quantos chocolates Diamante Negro tiver , que ninguém vai falar nada. Abner

domingo, 19 de abril de 2020

RECORDANDO MEUS PROFESSORES

Hoje ,na quietude desse retiro, comecei a recordar meus professores. De quase todos com saudades, de um só com vontade de dizer lhe :faltou formação pedagógica na sua preparação para o magistério! Se bem que, já professor, diretor de escola vi "cada"professor com pós graduação pedagógica que nunca deveria ter entrado em uma sala de aula. Para alguns só faltava paciência, para outros formação acadêmica, alguns escolheram a profissão errada:reclamavam de tudo e todos ! Mas minha primeira professora era da Penha,18 aninhos,bonita,saia tubinho que subia junto com a escada da escola. Eu tinha sete anos! Muitos anos mais tarde, eu tinha quarenta e dois anos ela cinquenta (Talvez 53),eu era" delegado de ensino", ela foi solicitar a aposentadoria . Elegante, bonita mesmo! Disse lhe:
-"Dona Maria Aparecida, a senhora foi minha professora!"
Mediu-me(com seus olhos de professora experiente),minha barriga grande, poucos cabelos, e retorquiu:
-"Eu não!Minha mãe, talvez!"
Bem feito, porque não me cuidei! Vagamente me lembro de outras professoras: Dona Idê, dona Jacira, dona Terezinha! Marcaram minha vida alguns professores do seminário, o que me induziu a escolher o magistério. Ninguém ensinou matemática como o padre Furlani (vivo com mais de noventa anos e esperto!), Música como o padre Delcio Viesse (Eu nasci com orelhas de pau, não distingo dó de ré), tive que tirar cem em teoria e dois em canto orfeônico pra obter média seis e não ser reprovado! Mas, pasmem, graças a ele já cantei uma frase numa opereta! Haja ensaio, prá dez segundos de interpretação! Viu, Eliane, ainda sei tudo de breves, semibreves, colcheias, claves etc... Inesquecível padre Peixoto e suas aulas de botânica. Ao vivo, no campo, cotiledoneas, dicotiledoneas, etc... Física, padre Pacheco. Ainda sei o que é corrente continua, voltaica, força centrífuga, centrípeta, grande amigo até hoje! Foram tantos e importantes na minha vida e formação! Só saudades boas! Pe. José Rodrigues, um metro e meio de estatura e quilômetros de conhecimento do vernáculo. Acabou bispo dos pobres na Bahia! Pouca atividade faz a gente recordar com paixão: O professor de literatura portuguesa na Universidade. Grande nos conhecimentos e tranquilo no ensinar! E a professora de francês! Muito jovangustiantem e bela! Ensinou só um semestre, ganhou bolsa na Sorbonne e foi embora... desisti do francês... Eu tinha 20 anos! Gente, não é gostoso recordar? Fim de sábado, aproveitei o dia, li um pouco, arrumei uma centena de garrafas de vinho na minha"adega", prá ser exato 108 garrafas (tintos, brancos, rosés e e espumantes), estou pronto pra três meses de reclusão! Amanhã é domingo, não vamos à igreja, mas podemos rezar uns pelos outros! Beijos e bênçãos, uma boa noite para os amigos, gente querida! Thozzi 
Na USP, professor Obreton convidou-me para uma bolsa em Sorbonne para especialização em grego. Tinha passado no concurso do BB, não tinha vocação para o magistério, muito menos nessa área, fui-me embora pra Morrinhos, não me arrependo.Dumas 
Dumas, por falar sobre o idioma grego, lembram-me as angustiantes aulas e pior, provas, dessa matéria tão pacientemente conduzida pelo nosso saudoso e estimado diretor, Padre Vieira!(+) Thozzi, você menciona o francês que me recorda o Padre Vitor Hugo Lapenta, hoje na clausura do convento em Aparecida! Ierárdi

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. EDIVALDO ARILDO MOREIRA CSsR

PE. EDIVALDO ARILDO MOREIRA CSsR
+19 de ABRIL 2004 
Nasceu em Jacareí SP, no dia 16 de agosto de 1967. Eram seus pais: Nivaldo Arildo Moreira (+1994) e Vicentina Teixeira Moreira. (+2003). Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, em 18.02.1991. Afez o Colegial, na Escola Paulina Cardoso. Em 1994, fez o Propedêutico, em Sacramento MG. A Filosofia foi feita em Campinas SP, de 1995 a 1997. Fez o Noviciado em Tietê SP, no ano de 1998, onde também fez a Profissão Religiosa na CSSR em 24.01.1999 Iniciou a teologia no ITESP, morando no Alfonsianum, em São Paulo, Ipiranga. Em 2000, foi transferido para a Comunidade de Diadema, onde ficou até terminar a teologia. Em 13.10.2002, na Capela do Seminário S.Afonso, em Aparecida, fez a Profissão Perpétua na CSSR. Em dezembro de 2002, foi transferido para a recém fundada Comunidade de Nossa Senhora da Esperança, em Sapopemba, São Paulo SP. Foi Ordenado Diácono, no dia 1º de fevereiro de 2003, por Dom Pedro Fré, Bispo emérito de Barretos, na Matriz da Imaculada Conceição, em Mauá SP. Foi Ordenado Sacerdote no dia 02.08.2003, na Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, Paróquia de Santa Cecília, em Jacareí SP, por Dom Pedro Fré. Bispo emérito de Barretos. Continuou trabalhando na Comunidade Nossa Senhora da Esperança, em São Paulo. No dia 1º de fevereiro de 2004, Pe. Edivaldo, de manhã, foi encontrado caído em casa. Estava em estado de coma. Foi levado ao Pronto Socorro mais perto, e na tarde desse mesmo dia foi transferido para o Hospital Osvaldo Cruz. Sempre na UTI, em estado de coma, ficou até o fim. No dia 03 de março, foi transferido para o Complexo Hospitalar Paulista. Faleceu na manhã do dia 19 de abril de 2004. Foi sepultado em Aparecida, nesse mesmo dia. Estava com 37 anos de idade, 05 anos de Vida Religiosa e 08 meses de Sacerdócio.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 17 de abril de 2020

ELES NOS PRECEDERAM - IR. CARLOS (JOSÉ JUNGWRTH ) CSsR e PE. JOSEPH BRUCKMAYER CSsR

IR. CARLOS (JOSÉ JUNGWRTH ) CSsR
+17 de ABRIL 1937 
Este foi, em toda a extensão da palavra, “o bom Irmão Redentorista”. De família pobre, nasceu em Salzburg (Áustria) a 6 de julho de 1867. Órfão de pai já aos dois anos de idade, Irmão Carlos pensou, desde criança, em ser padre. Não pôde, porém, estudar, por falta de capacidade e pela pobreza da mãe que ele precisava ajudar. Aos 16 anos começou a aprender o ofício de alfaiate, até que, em 1884 resolveu ingressar na C.Ss.R. apesar da oposição dos parentes e amigos. Precisou pedir o dinheiro necessário para viajar até Gars, onde fez o seu noviciado, professando em 1893. Veio para o Brasil em 1895, e viveu em Aparecida até a sua morte. Embora de família pobre, e sem estudos, ele foi sempre o austríaco a alegre, de fino trato. e muito gosto artístico. Essas qualidades apareceram bem nos diversos ofícios que desempenhou. De extraordinária atividade, parecia ter o voto de não perder tempo. Como alfaiate, só Deus sabe quantas batinas e cimarras ele fez, quanta roupa reformou e remendou, com aquela sua inesgotável paciência. Além disso consertava toda a roupa da igreja, bordava paramentos e estandartes com perfeição, e ainda cuidava da capela que ele trazia sempre uma ordem e limpeza impecáveis. Enfermeiro dedicado e entendido, estava sempre ao lado dos doentes, não deixando faltar nada, confortando a todos com seu espírito de fé e conformidade. Naqueles anos, em que todos os bispos e padres que vinham a Aparecida se hospedavam no Convento, Irmão Carlos era o hospedeiro incansável na arrumação dos quartos, onde nada faltava, a começar pela limpeza. Alegre com todos, previa e providenciava tudo, para que os hospedes se sentissem, não apenas em casa, mas numa casa religiosa. E apesar de todos esses ofícios, ele ainda achava tempo para atender a portaria, onde era conhecida a sua paciência, sua atenção e delicadeza. Não foi sem motivo que, um dia, gracejando, D. Sebastião Leme o nomeou “monsenhor” enquanto D. Duarte Leopoldo a chamava de “cônego”. Uma duas suas últimas alegrias foi acompanhar a Imagem de Nossa Senhora em sua ida ao Rio. Pela primeira vez a Imagem saía do seu nicho, e o Irmão Carlos foi o seu guarda, durante todo o tempo em que esteve fora, não se afastando da Imagem, mesmo durante a noite, sempre atento a tudo e a todos. Foi em 1936, já perto dos 70 anos, que o nosso Irmão começou a adoecer para morrer. Embora sempre falando de voltar aos seus trabalhos, não conseguiu recobrar a saúde. Internado por algum tempo na Santa Casa, pediu que o levassem de volta para o convento. Seus últimos meses ele os viveu plenamente conformado, e rezando sempre. Faleceu a 17 de abril de 1937, às três horas da tarde. 
PE. JOSEPH BRUCKMAYER CSsR
+17 de ABRIL 1959 
Foi Provincial da Baviera de 1939 a 1944. Foi o último Provincial da “Província Mãe” com autoridade na Vice-Província de São Paulo. (Arquivo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Júlio Machado Braga, batalhador incansável

Há um provérbio popular que diz que”Elogio, em boca própria é vitupério” Mas o apóstolo São Paulo também afirma que “A verdade também é humildade” Por isso, sinto-me à vontade para, hoje, falar alguma coisa sobre meu pai, para este jornal, principalmente, sendo a pedido de outrem. José Machado Braga, Zezé Braga, Oblato Redentorista 

Sorocaba, terra do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, aclamado governador da então Província de São Paulo, em 1842, foi também o berço de outro ilustre cidadão que, mais tarde, muito ilustrou e engrandeceu o nome desta nobre e leal cidade de Aparecida, a Terra da Padroeira do Brasil. Chamava-se JÚLIO MACHADO BRAGA e nasceu no dia 1º de julho de 1892. Seus pais, Domingos Braga e Mathilde Machado Braga, de origem muito humilde, tiveram nove filhos, que criaram com muito amor e carinho e nos quais incutiram um grande amor para com Deus e uma educação religiosa muito sólida e profunda, que incluía também uma grande e filial devoção a Nossa Senhora. De sua infância, em Sorocaba, quase nada sabemos. De seus pais, recebeu, na alma e no coração, as sementes de sua religiosidade que, em respeito humano e sem esmorecimentos, fez brotar e florescer muitas virtudes durante a sua curta existência. Em 1907, a família BRAGA, deixando Sorocaba, chegou a Aparecida e aqui se fixou, transcorrendo, pois, neste ano da Graça de 2007, cem anos de sua chegada a Aparecida, marcando, com sua vida de virtudes e trabalhos nas mais diversas áreas religiosas e sociais, sua presença dentro da grande família aparecidense. Aos quinze anos de idade, papai entrou para o Seminário Santo Afonso, aqui em Aparecida, onde foi aluno estudioso, esforçado, de gênio alegre e bondoso, de tal sorte que, em pouco tempo, logo granjeou a estima dos mestres e formadores, os severos, mas piedosos padres alemães e a de todos os demais seminaristas. Além de se distinguir nos estudos, também se distinguiu nas apresentações teatrais, notadamente nas comédias, cujos papéis interpretava com humor e naturalidade. Terminado o Curso das Humanidades, como era chamado o que hoje é o ciclo dos primeiro e segundo graus, firme no propósito de ser, um dia, sacerdote e missionário redentorista, santo, recebeu o hábito religioso redentorista, como era de costume na época, e foi fazer seu noviciado, sob a direção do experiente padre Carlos Hildebrand, no Convento de Bom Jesus dos Perdões, cidade que hoje é mais conhecida, simplesmente, pelo nome de Perdões, São Paulo. Embora a cidade e a região fossem de clima excelente e muito salubre, a saúde de Julinho, como meu pai foi carinhosamente chamado e conhecido até o fim de sua vida, não era satisfatória e, como os cuidados recebidos não surtissem efeito, aconselhado pelos superiores, viu-se obrigado a abandonar a carreira eclesiástica e esperar nova oportunidade. “O Espírito estava pronto, mas a carne era fraca”. Sempre muito dedicado aos redentoristas, por algum tempo prestou-lhes serviços no Santuário de Nossa Senhora da Penha, em São Paulo. Regressando a Aparecida, por volta de 1914, manteve a convivência com os padres redentoristas. Durante cerca de dez anos, até a sua morte, Lecionou Latim e Português no Seminário Santo Afonso, sendo professor de muitos seminaristas que se tornaram ótimos missionários, contando-se entre os ainda vivos(*), Dom Pedro Fré, bispo emérito de Barretos(SP), Dom José Rodrigues de Souza, bispo emérito de Juazeiro(BA), padre José Oscar Brandão e alguns outros que ainda trabalham na vinha do Senhor. Dentre os vivos e atuantes, conta-se, ainda, o padre Luiz Inocêncio Pereira, que acaba de completar seus 93 anos de idade e 66 anos de santo sacerdócio. Aliás o padre Inocêncio, até hoje, ainda se orgulha de ter sido aluno de meu pai. Cada vez que se encontra comigo anuncia para todos os circunstantes: “Eu fui aluno do pai desse homem”.(**) No dia 6 de janeiro de 1934, Dia de Reis, recebeu de Roma, do Superior Geral da Congregação Redentorista, na época. Padre Ptritius Murray, o título de “Oblato Redentorista”, honraria essa que encheu sua alma e coração de grande e profunda alegria e de não menor gratidão à Congregação que ele tanto amava e à qual ele tanto sonhou pertencer: afinal, tornava-se membro da Família Redentorista, não como padre ou irmão leigo, mas como cidadão engajado e fiel aos seus ideais missionários, alfonsianos. Diploma esse, todo redigido em Latim, que a Família guarda com toda a veneração, gratidão e respeito. Foi o segundo oblato leigo da Congregação, na Província de São Paulo, sendo precedido apenas pelo ilustre senhor João Maria de Oliveira César, camareiro secreto de Sua Santidade o Papa Leão XIII, digno tesoureiro do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, também muito amigo e benfeitor da Congregação Redentorista. Com o preparo intelectual e moral que meu pai recebera, fácil lhe foi ocupar lugar de destaque na imprensa local, colaborando no Jornal “Santuário de Aparecida”, do qual foi também gerente. Estimado na sociedade aparecidense, logo descobriu na humilde e modesta professora Marietta Vilela da Costa, também profundamente religiosa, católica praticante, a pessoa que poderia, como esposa, ser a mãe de seus filhos e formar com ele o consórcio perfeito de um lar cristão. Assim é que, diante do trono de Nossa Senhora Aparecida, no dia 27 de dezembro de 1919, casou-se com aquela virtuosa professora, com a qual ficou casado durante 19 anos e a qual lhe deu oito filhos. Estava formado mais um lar essencialmente cristão e a educação que os virtuosos pais deram aos filhos proporcionou a todos um crescimento e um amadurecimento profundamente cristãos e normais. Meu pai, preparado como era, batalhou incansavelmente pela emancipação política de Aparecida. Exclusivamente para isso, jornalista que era, fundou um jornal combativo, “A LIBERDADE”, no qual exercia todas as funções, desde a redação até a revisão e paginação, incluindo, ainda, a faxina da sala de trabalho. Durante quatro anos ele, sozinho, manteve o jornal, escreveu todas as matérias, alimentando na alma do povo o desejo cada vez maior da emancipação da cidade, do vizinho município de Guaratinguetá. A sua luta e seus suores não foram em vão: a sonhada e suspirada independência política de Aparecida aconteceu no dia 17 de dezembro de 1928 para grande regozijo de toda a população que, lembro-me muito bem, saiu às ruas cantando e comemorando a realização de um sonho há bastante tempo acalentado. É claro que essa emancipação política de Aparecida não se deu pelos esforços somente de meu pai, mas houve a conjugação de esforços de um punhado de homens e de mulheres, denodados batalhadores, que queriam o melhor para a cidade de Aparecida. Não foi o resultado dos esforços de qualquer outro, individualmente, mas de uma equipe de emancipadores. Meu pai foi um batalhador desde a primeira hora. Não esmoreceu um só momento, como outros também não esmoreceram. Lutou bravamente. Em 1929, tendo sido convidado, com insistência, para fundar um Colégio na cidade de Lins, São Paulo, para lá se transferiu com toda a família, isto é, com a esposa e com todos os filhos ainda pequenos. Fundou lá o Colégio São Luiz, o qual cresceu, prosperou e, pelo que sei, parece que se transformou em abalizada Faculdade. Lins não era, então, a cidade moderna e progressista que é hoje no Noroeste do Estado de São Paulo e, depois de algum tempo, meu pai compreendeu que o regresso a Aparecida se impunha, ainda mais que os amigos de cá reclamavam a sua presença, os antigos companheiros de lutas lhe acenavam com uma Coletoria Estadual. De mais a mais, o que mais pesou foi o transtorno que ocorreu na saúde dos filhos, dadas as asperezas do clima de lá. Voltou , assumiu a Coletoria, para o que não lhe faltavam competência e honestidade. Mas, também depois de algum tempo, por injunções políticas, essa coletoria passou para outras mãos. Nesse mesmo ano de 1929, seus amigos redentoristas, conhecendo a formação humanística de meu pai, convidaram-no para lecionar Português e Latim para as séries mais adiantadas do Seminário, que eram as que correspondem ao Ensino Médio. Deu aulas até 1938, ano de sua morte. Em 1932 foi nomeado prefeito da cidade pelo Governador de São Paulo, cargo esse que executou com grande dedicação e não menos esforços com probidade e zelo. Calçou muitas vias públicas, remodelou toda a antiga praça Nossa Senhora Aparecida e, se outras fossem as circunstâncias de seus dias de governo, maiores teriam sido, sem dúvida, as suas realizações. Basta dizer que naqueles tempos prefeitos não dispunham de carros do ano, de outras viaturas para os serviços dos diversos setores municipais e lembro-me muito bem de como eu “pegava carona” em algum cavalo que retornava às cocheiras da prefeitura, conduzido por um funcionário municipal. Em qualquer cargo que ocupasse, de prefeito, de coletor estadual, de jornalista ou de professor, a sua consciência jamais fê-lo dobrar-se ante exigências de políticos influentes. Em 1931, quando a verdadeira imagem de Nossa Senhora Aparecida foi levada triunfalmente à capital federal, que ainda era no Rio de Janeiro, para ser proclamada oficialmente pelo presidente da República, a “Rainha e Padroeira do Brasil”, coube também a meu pai, ao lado do comendador Salgado, do professor Chagas Pereira, do Sr.João Barbosa, do Sr.Benedito Barreto, a honrosa incumbência de ser um dos porta-estandartes da gloriosa e venerada imagem. Sempre preocupado também com o lado social da vida dos cidadãos, quando da fundação da Santa Casa de Misericórdia de Aparecida, prestou relevantes serviços a esse empreendimento e foi um ativo membro das primeira “mesa provedora” daquele hospital. De saúde sempre um tanto precária, seu estado agravou-se no segundo semestre de 1938, inclusive por efeito de circunstâncias políticas que não me agradam relembrar agora. Os cuidados e desvelos da família e os recursos da medicina não conseguiram deter o agravamento e a marcha acelerada da enfermidade. A hora de receber o prêmio de uma vida toda consagrada a Deus, à família e à prática do bem, havia chegado. Sempre assistido pelos seus amigos redentoristas, que lhe ministraram os últimos sacramentos, fechou tranquilamente os olhos para esta terra para contemplar Deus e a Virgem Maria no céu. Estava tão lúcido, tranquilo e sereno que ainda teve a preocupação de puxar um pouco para cima o lençol que o cobria para que o sacerdote que o assistia lhe ungisse os pés. Suas últimas palavras foram: “Isso me fará bem”! E partiu, sem agonia. Os carrilhões da Basílica Velha tocavam o Ângelus do meio-dia, do dia 24 de setembro, Dia de Nossa Senhora das Mercês. Era um sábado! Já se passaram 69 anos. As lágrimas derramadas à beira de seu túmulo caíram no esquecimento. Silêncio completo se fez sobre seu nome durante muito tempo. Lembro-me de que em uma das legislaturas municipais de alguns anos atrás, num dia de aniversário da Emancipação Política da cidade, os nobres senhores vereadores de então resolveram fazer uma homenagem aos emancipadores falecidos com uma romaria ao cemitério local. Mas nos seus andares pelo campo santo, não conseguiram descobrir o túmulo de meu pai e, assim, ele ficou sem as sentidas preces dos piedosos romeiros. 

(*) Como este artigo foi publicado em 2007, Dom Pedro Fré CSsR já é falecido desde 3 de abril de 2014 e Dom José Rodrigues de Souza CSsR já é falecido desde 9 de setembro de 2012. 
(**) Padre Luiz Inocêncio Pereira CSsR já é falecido desde 10 de janeiro de 2009 

ALEXANDRE DUMAS PASIN
NOTA: Esse texto foi publicado num jornal de Aparecida em 15 de julho de 2007 . Foi-me encaminhado pelo Alexandre Dumas para divulgar. Assim, como mantenho neste blog a publicação da biografia dos SEMPRE redentoristas, sacerdotes, irmãos religiosos e antigos seminaristas, que nos precederam ou que viveram conosco, vamos lembrar a todos os interessados, a cada dia 24 de setembro, a vida desse antigo seminarista que, egresso por motivo de saúde do Seminário Santo Afonso, sempre esteve ao lado da Congregação e de Nossa Senhora Aparecida até o seu passamento. Esse texto, pois, será publicado novamente no dia de sua morte, 24 de setembro e rememorado em todos os anos que nos for possível fazer.

ANTÔNIO IERÁRDI NETO
Ótimo, Ierardi, fiquei satisfeito, de agora em diante, a vida e trajetória sempre ligada à Congregação Redentorista do ex-seminarista Júlio Machado Braga ficará registrada e será divulgada dentro de nossa comunidade da Uneser. É bom lembrar que, em reunião Eneser de julho de 2007, propus e foi aceito por unanimidade que Júlio Braga fosse proclamado Patrono de nossa entidade. Foi aceito de direito, mas não de fato, nem sei se consta em ata, lamentável Alexandre Dumas
Bem que seria muito oportuno a UNESER dar o título de PATRONO ao Júlio Braga, isso porque é o grande exemplo do antigo seminarista que, por motivo de saúde, teve de se desligar do seminário, constituiu família, que manteve sempre cristã/católica, teve filhos e nunca se desligou da Congregação Redentorista. É o que se pode hoje apresentar aos Redentoristas, mostrando que os egressos do seminário hoje mantêm o verdadeiro padrão doutrinário da Igreja, como aprenderam em sua época, formando famílias de respeito. Antônio Ierárdi
Quando isso entrou em pauta? Não vi. Fato consumado ? É assunto da próxima reunião em Julho ? Penso que é tanto de direito quanto de fato. Nada em contrário. Adilson Jose Cunha
Pois é Adilson, boa oportunidade sua presença para ajudar na reunião a consumação positiva desse fato....Como mencionei agora ao Dumas...Júlio Machado Braga é o grande exemplo do antigo seminarista, egresso, que formou família cristã/católica e tornou-se oblato da Congregação...Vamos em frente!!!! Antônio Ierárdi
Adilson, na Eneser de julho de 2007, levei essa matéria ora publicada pelo Ierardi à assembleia e propus que Júlio Braga fosse proclamado nosso Patrono. Você sabe como é que era o Mané, ele colocou a matéria em votação, ninguém se opôs, foi aceita minha proposta, mas talvez nem conste na ata, se é que ela existe.Quero lembrar que Júlio Braga é pai da Irmã Felici, fundadora com o Padre Eduardo Moriart da Congregação das Mensageiras do Amor Divino, ordem esta coadjutora nas missões redentoristas. Alexandre Dumas
Nota:Vejam no dia 28 de março neste blog.


Está havendo uma confusão de nomes sobre os Bragas: os dois eram oblatos? Tanto o pai quanto o filho? É preciso rever essa situação. Penso que a atual diretoria não tem conhecimento do fato. Como o Paulinho foi daquela e agora é desta, ainda está em tempo de colocar isso em pauta no próximo Eneser. Adilson José Cunha
Os dois foram oblatos. Dos filhos homens de Júlio, somente Guido Braga ainda é vivo, é professor aposentado, foi secretário da cultura em Aparecida. Na comemoração dos cem anos da chegada dos redentoristas, Guido representou o padre Gebardo, artista que é, vestiu a batina, colocou o barrete, muniu-se de um breviário antigo e subiu a Rua Oliveira Braga rumo à basílica velha, personagem perfeito, convenceu. Alexandre Dumas
E a profa. Ritinha? Adilson Jose Cunha

Eu não sei o nome das filhas, acredito que ainda existam duas vivas. Eu conheci muito a Dona Marieta, viúva do Júlio Braga, dava aula no bairro de Santa Rita numa escola municipal. Acredito que a maioria de seus filhos tenham sido professores. Alexandre Dumas Pasin de Menezes
 A profa. Ritinha Braga é irmã do prof. Zezé Braga, que morou na imediações da Rodoviária de Aparecida. Por muito tempo fez leituras na basílica velha na missa das 18 hs. Atualmente não tem aparecida por estar incapacitada. Foi professora primária da minha esposa,no Comendador Salgado. Adilson Jose Cunha
O assunto volta à pauta, nada foi levado à discussão em reuniões da Uneser. Sendo eu o propositor e testemunha vivo da proclamação de Júlio Braga patrono de nossa entidade, unilateralmente, a partir de agora, vou tratá-lo com tal até que alguma assembleia legitimamente constituída ouse destituí-lo dessa honraria. Alexandre Dumas
Meu amigo Dumas, conversei por telefone com o Thozzi e ele mencionou que o pessoal da UNESER deliberou a existência de apenas um patrono(?). Estavam cogitando o Padre Libárdi ou o Mané. Olhe, embora não participe dos eventos da UNESER, esclareço aqui que uma das razões é justamente o que ocorre com o pessoal administrativo...Essa sua sugestão, considerando apoio estrito e comprovado do Prof.Júlio Braga aos redentoristas e na situação de egresso do seminário redentorista é importante, digo ainda, brilhante....entretanto falta muita vontade para por a mente em ação e dar a todos aqueles que de alguma forma sobressaíram , acrescentaria ainda os padres que nos orientaram, como o Pe.Brandão, por exemplo,louvor e eterna gratidão. Sempre idealizei a criação de fóruns para o plenário apreciar boas sugestões nos encontros ao invés de ocupar o tempo apenas com trocas de gentilezas e abraços. Fui por isso até considerado "tranqueira".... Assim lamentavelmente podemos perceber que a admissão de certas iniciativas é "complicada" e pode até "agredir"(?), portanto não deve acontecer! Uma observação final, se um dia resolverem adotar essa minha ideia, volto aos encontros e fico à disposição para colocá-la em prática!Antônio Ierárdi

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. HELVÉCIO AZEVEDO TÓFFULI CSsR

PE. HELVÉCIO AZEVEDO TÓFFULI CSsR
+16 de ABRIL 1993 
Nasceu em Taubaté - SP, a 02 de janeiro de 1925.Eram seus pais: João Batista Rossi Tófulli e Zita Azevedo Tóffuli. Entrou para o Seminário Santo Afonso em Aparecida, a 07 de abril de 1937, onde terminou seus estudos secundários em 1943. Fez o noviciado em Pindamonhangaba - SP, durante o ano de 1944. Emitiu os votos temporários na C.Ss.R. a 02 de fevereiro de 1945. Fez o seminário maior – filosofia e teologia – em Tietê-SP. Foi ordenado sacerdote no dia 27 de dezembro de 1949, em Tietê-SP. Começou a vida apostólica como vigário cooperador na paróquia de Nossa Senhora da Penha, em São Paulo, onde ficou por 3 anos. Foi transferido para a Basílica de Aparecida, mas aí ficou apenas 2 meses, indo para o Seminário Santo Afonso, como professor e Diretor Espiritual dos seminaristas. Em dezembro de 1961 voltou para a paróquia da Penha, como vigário cooperador. Mas já em agosto foi transferido para Pindamonhangaba para fazer o II. Noviciado, preparando-se para as missões populares, que começou a pregar em 1963. Como missionário morou em Araraquara, São João da Boa Vista SP e Goiânia - GO. Foi missionário até 1978. Foi então para a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, dedicando-se ao trabalho pastoral com os romeiros. Em 1985 foi nomeado Superior da comunidade de Santa Teresinha, em Tietê-SP, onde ficou até dezembro de 1987. Em 1988 foi escolhido Superior da comunidade e Reitor de nossa Igreja de 102 Santa Cruz, em Araraquara - SP. Aí permaneceu até seu falecimento. No dia 26 de março de 1993, foi operado do pulmão, um câncer, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. No dia 31 deixou a UTI, mas já no dia seguinte, 1º de abril, teve de retornar para lá. Apresentou no começo alguma melhora, mas depois seu caso complicou-se devido a uma violenta pneumonia. Não saiu mais da UTI. Faleceu no dia 16 de abril de 1993, pelas 15 horas, na UTI do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. No mesmo dia seu corpo foi levado para Aparecida, onde foi velado na Basílica Velha. Foi sepultado no dia seguinte, depois de missa de corpo presente. Pe. Azevedo era uma pessoa tímida, mas numa roda de poucas pessoas, mostrava-se espirituoso, alegre e conversador. Era bastante humorista e divertido. Sabia achar o lado engraçado das coisas. Escritor, publicou um livro de contos. Era muito bom pregador. Ao morrer, estava com 68 anos de idade, 48 de profissão religiosa e 44 de sacerdócio. (Arquivo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Padre Azevedo, assim o chamava, foi meu professor de latim pela famosa ARS LATINA. Foi também, por 5 anos, meu confessor espiritual que, no final de 1962, orientou-me pela saída do Seminário Santo Afonso, considerando que seria mais conveniente formar uma família, ao invés do sacerdócio, o que ocorreu e hoje considero-me realizado com 3 filhos e 4 netos. A indicação dele, com certeza, teve mística e importante inspiração para o meu destino que se seguiu. Ierárdi

terça-feira, 14 de abril de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - Padre Ivo Montanhesi CSsR

Padre Ivo Montanhesi CSsR
+14 DE ABRIL 2012
Nasceu em 8 de dezembro de 1924, em Tietê (SP). Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida em abril de 1938. Durante o ano de 1945, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde se consagrou a Deus pelos votos religiosos na Congregação Redentorista em 2 de fevereiro de 1946. Cursou Filosofia e Teologia no Seminário Santa Teresinha em Tietê. Fez a Profissão Perpétua em 1949 . Foi Ordenado Sacerdote, na Igreja Matriz de Tietê (SP) em 1950, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba (SP). Iniciou sua Vida Apostólica como professor no Pré-Seminário de São José, em Campinas, Goiânia. Em julho de 1952, foi transferido para o Pré-Seminário de Pinheiro Marcado (RS). Em 1955, foi nomeado professor e ecônomo no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Em 1956 e 1957, assumiu o ofício de Vigário Paroquial no Santuário Nossa Senhora da Penha, em São Paulo. No primeiro semestre de 1958, em Pindamonhangaba, freqüentou o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. Como missionário, morou no Jardim Paulistano São Paulo. Em 1963, foi transferido para Pindamonhangaba, como Sócio do Noviciado e Mestre dos Noviços Irmãos. Em 1965, foi nomeado Diretor do Seminário São Geraldo, em Potim. Em 1966, trabalhou na Basílica de Aparecida, na pastoral com os romeiros. De 1967 a agosto de 1976, morou em Araraquara, dedicando-se ao trabalho pastoral na Igreja de Santa Cruz e principalmente ao Cursilho de Cristandade. Foi ele o responsável da construção da Casa de Emaús para os Cursilhos, em Araraquara. Em agosto de 1976, foi transferido para a Vice-Província de Brasília, morando em Goiânia (GO), dedicando-se à pastoral com os leigos. Em 1978, passou a residir em Aparecida, na Comunidade das Comunicações. Aí dedicou-se ao Apostolado da pena, cooperando com a Editora Santuário, traduzindo muitos livros. Foi Superior da Comunidade de 1991 a 1993. Foi auxiliar do Ecônomo Provincial para Aparecida. Em 1997, foi transferido para o Seminário São Geraldo, em Potim (Comunidade Irmão Bento), onde residia atualmente. No seminário deu grande contribuição para a formação dos seminaristas que se preparavam para a consagração como Irmãos Redentoristas através do exemplo de oração, vida comunitária e das aulas que eram muito apreciadas. Debilitado, sofreu com problemas de saúde. Sendo internado no Hospital Frei Galvão com pneumonia. Padre Ivo estava internado em Guaratinguetá (SP), onde se recuperava de uma pneumonia. Com dificuldades de respiração, foi transferido para a UTI por insuficiência respiratória, vindo a falecer. Atualmente padre Ivo morava no Seminário São Geraldo, em Potim (SP). Às 16h houve a Missa de Corpo Presente no Santuário Nacional e, em seguida o sepultamento no cemitério Santa Rita. ‘O Bom Pastor o conduza para as águas tranquilas. Que ele interceda por nós junto do Pai’. Padre Ivo Montanhesi -
 http://www.a12.com

segunda-feira, 13 de abril de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. José Braz Pereira Gomes CSsR

Pe. José Braz Pereira Gomes CSsR
+ 13 de abril de 2005 
Pe. José Braz Pereira Gomes nasceu em Timburi-SP., em 04/06/1917, filho de Amando Braz Pereira Gomes e Amanda Pereira Gomes. Na infância morou em Brazópolis-MG. Entrou para o Seminário Santo Afonso no dia 30/01/1927. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, durante o ano de 1934; fez a Profissão Religiosa, no dia 02/02/1935. Foi fazer o Seminário Maior na Alemanha, estudando em Rothenfeld e em Gars am Inn, até agosto de 1938, quando voltou para o Brasil, para continuar seus estudos em Tietê-SP, no Seminário Santa Teresinha. Em Gars am Inn fez a Profissão Perpétua, no dia 05/06/1938. Pe. Braz foi ordenado sacerdote dia 22/12/1940, em Tietê-SP, pelas mãos de Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. Sua Primeira Missa Solene foi cantada em Brazópolis, em 01/01/1941. Começou a atividade missionária em maio de 1941, como Vigário Coadjutor na Paróquia da Penha, em São Paulo. Em 1943 começou sua missão docente em nossos seminários: 1943-1944: professor no Seminário Santo Afonso, em Aparecida; 1945: professor no Seminário de Pinheiro Marcado-RS.; 1946: Missionário em Cachoeira do Sul-RS.; 1947: novamente professor do Seminário Santo Afonso, em Aparecida. No primeiro semestre de 1950, fez em São João da Boa Vista o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. Até 1955 foi Missionário, morando nas Comunidades de Aparecida, Cachoeira do Sul-RS. e Penha, em São Paulo. De 1956 a 1958, residiu no Jardim Paulistano, em São Paulo, como Vigário Coadjutor e Professor de Teologia Moral, no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo. Em 1959 foi transferido para Tietê, como professor no Seminário Maior Santa Teresinha, principalmente na área da filosofia. Quando o Seminário, em 1966, foi transferido para o Alfonsianum, em São Paulo, Pe. Braz Gomes veio junto, lecionando até 1968. Em 1969, foi transferido para o Convento da Basílica, trabalhando no apostolado com os romeiros. Em 1971, veio como Superior da Comunidade, para o Jardim Paulistano, trabalhando na Paróquia. Em 1973, voltou para Aparecida, no trabalho com os romeiros. Em 1976, morou na Comunidade das Comunicações, em Aparecida. Em 1979, voltou para a Comunidade da Basílica. Em 1982, morou em Tietê, no Seminário Santa Teresinha. Foi um peregrinar pelas comunidades da Província, prestando serviços, muitas vezes, como ecônomo das casas, até ser solicitado, em 1983, para ajudar na secretaria do Governo Geral, em Roma. De lá regressou em maio de 1984 e foi adscrito à Comunidade da Basílica, onde permaneceu até sua transferência final para a Casa do Pai. Pe. Braz Gomes teve a felicidade de celebrar, em 1985, seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa; em 1990, seu Jubileu de Ouro de Sacerdócio; em 1995, seus 60 anos de Profissão Religiosa; e em 2000, seus 60 anos de Sacerdócio. Pe. Braz foi sempre apreciado como um confrade de inteligência viva e grande cultura, colocadas a serviço de uma vida docente bastante longa. Marcado pela fadiga da idade, seus últimos anos foram de provação, também devido à esclerose, que o foi dominando gradativamente. Quem o conheceu apenas nesses últimos anos, dificilmente poderia imaginar sua folha de serviço missionário à nossa Província e à Congregação. Soube multiplicar e partilhar seus talentos com generosidade. Que descanse na Paz do Senhor! 
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Só para maiores...
Padre Gomes foi meu professor de moral. Em uma aula em que o tema era o do sexto mandamento, depois dele ter digredido na matéria e percebendo que o tempo tinha avançado mais do que podia, interrompeu o assunto dizendo: "chega, chega de conversa... vamos continuar a aula pois hoje temos que chegar até o orgasmo!"Este era o Padre Gomes com quem convivi .Morelli
Padre Gomes foi meu professor no Colegião em 1949 e 1950, era um bom mineiro e contador de histórias. Orgulhava-se de seu tio ex-presidente da república, Wenceslau Braz, ainda vivo na época, relatava seu papos com o tio e participava com ele de pescarias nos arredores de Itajubá-MG .Alexandre Dumas Pasin