segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

DUMAS E O TRONCO DA FAZENDINHA!

Certa feita, lá no seminário, foi encontrado, na Fazendinha, um tronco milenar, postado no fundo do Ribeirão do Sá. Retirado e trabalhado, resultou em mesas e cadeiras aproveitadas nas sete salas de aula. Escuras, feito ébano, serviram de apoio aos professores . Pediram uma redação-composição que relatasse a vida , a queda e o tempo de espera daquela madeira que vivera imponente e caíra ao sabor de tempestades, imersa ficara, molhada no leito, aguardando quieta seu nobre destino em salas de aula, escondendo sua nobre trajetória na natureza selvagem, imponente, soberana, dominando arbustos, fazendo sombra às feras, agora, passiva, servindo de apoio a livros, ouvindo outras histórias. Fiz a redação, contei sua saga, minha composição perdeu -se no tempo, padre Pereira dificilmente me atribuía um dez. Desta vez, consegui. Alexandre Dumas
Dumas, meu amigo, falando em Fazendinha, lembro alguns fatos de nossa época... era o local onde desfrutávamos nas festas um saboroso churrasco de chão....em uma dessas vezes, felizes e satisfeitos(aqui no sentido de súper-alimentados!) voltávamos em turma a pé para o SRSA.... De repente um funcionário grita: -CUIDADO, VACA BRABA! Olhamos e de fato vinha o animal de chifres em riste... Em pouco tempo, todos estávamos do outro lado da cerca de arame farpado... Quando a "senhora" vaca passou, pudemos voltar para a estrada... entretanto....entretanto... entretanto.... como? A distância entre os arames era, diria, uns 15cm... Como conseguimos passar por eles sem um arranhão e agora como voltar????... Ainda uma lembrança: Subíamos aqueles morros e, em filas, descíamos galhos de árvores cortadas que se destinariam à construção da Basílica Nova! E, para finalizar mesmo, numa dessas ocasiões, de volta na carroceria do caminhão, salvei um garoto que estava despencando em direção às rodas...esse garoto hoje salva almas: É nosso estimado Padre Domingos Sávio! (Perguntem a ele sobre o Tampinha!) Um abraço, amigo!-Ierárdi
PADRE DOMINGOS SÁVIO
REDENTORISTA

ELES VIVERAM CONOSCO- DOM ANTÔNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA

 DOM ANTÔNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA 

+28 DE FEVEREIRO 2017
“Só Deus é Deus!” Assim exclamava continuamente Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. No dia 28 de fevereiro, partiu para a casa do Pai. Em junho de 2016, celebrando seus 90 anos no Santuário Basílica de Trindade, afirmou: “ Não vou me cansar de agradecer pelo meu ministério sacerdotal a serviço do povo cristão. Por isso, me dirijo ao coração de cada um pedindo que me ajude a agradecer o dom da vida, o meu sacerdócio e o meu episcopado para que, pela misericórdia do Pai Eterno, eu possa chegar ao caminho da salvação”. Na mesma ocasião dizia: “Chego aos 90 anos. Um susto! Mas também uma grande alegria. Alegria de ter vivido até uma idade não tão comum. Eu devo dizer que valeu a pena viver. Valeu a pena ser padre, de ser bispo, e depois de 40 anos de bispo, voltei a ser padre, para aquilo que mais gosto: ser padre! Idoso, sim, mas sou jovem para as coisas de Deus”! Arcebispo de Goiânia, de 1986 a 2002, Dom Antonio não só pregou “comunhão e participação”, mas viveu essa realidade no contato pessoal, nas visitas pastorais, nas reuniões, nas assembleias. A Arquidiocese e suas obras cresceram, não obstante a sua simplicidade e modéstia. Dom Antonio realizou uma grande obra sem muitas luzes e holofotes. Bem a seu jeito. Obrigado, Dom Antonio! Nos céus, intercede pelo seu querido povo que te ama!. 
NOSSO GUIA – MARÇO 2017

ELES VIVERAM CONOSCO - DOM ANTÔNIO FERREIRA DE MACEDO CSsR

DOM ANTÔNIO FERREIRA DE MACEDO CSsR
+28 de FEVEREIRO 1989 
Nasceu na Fazenda Natal, em Guaratinguetá, aos 21 de outubro de 1902.Teve 12 irmãos. Foi batizado em Aparecida, aos 04 de janeiro de 1903, ingressou no juvenato em Aparecida em 1916. De 1923 até 1928 estudou Filosofia e Teologia na Alemanha, tendo sido ordenado pelo Cardeal Faulhaber, em 1928. Entre os anos de 1931 e 1942 Dom Macedo trabalhou como missionário, passando então a ocupar cargos de reitor, nas casas de Tietê e São Paulo, de Cachoeira do Sul (RS) e novamente na Penha, em São Paulo. De 1948 a 1955 foi Superior Provincial. Em 1955 foi eleito Bispo Auxiliar de São Paulo por Pio XII. Ao ser criada a Arquidiocese de Aparecida, em 1958, Dom Macedo recebeu a incumbência de pô-la em andamento e passou a residir aqui como representante de seu administrador, o Cardeal Mota. Em 1964, quando Dom Carlos Carmelo Cardeal Mota veio para Aparecida, trouxe-o consigo, para ser seu auxiliar, tendo-o consigo até sua morte, em 1982. Ele foi elevado ao título de Arcebispo Auxiliar - Sedi datus. Participou de algumas sessões do Concílio Vaticano II. Dentre as obras que o destacaram, três aparecem com grande mérito: o prédio do Seminário Santo Afonso, a fundação da Rádio Aparecida e a construção da Basílica Nova. 63 Em 1950, tendo o Cardeal pedido o Colegião, onde estavam instalados os seminaristas menores redentoristas, O Pe. Macedo, então Superior Provincial, construiu, em meio a grandes dificuldades, o novo Seminário de Santo Afonso. Durante todo seu episcopado manteve uma bolsa de estudos para formação de um de nossos seminaristas. Em Aparecida, foi nomeado administrador do Santuário Novo e, apesar da luta incansável para ver erguida a nova igreja, não se descuidou de suas atividades pastorais. Uma delas foi a peregrinação que fez com a verdadeira imagem de Nossa Senhora Aparecida, com a qual visitou centenas municípios de vários Estados brasileiros. Com sua saúde definhando lentamente, consumido por uma artrite dolorosa, faleceu ao lado de seus confrades, pois voltara a residir no convento da comunidade do Santuário, aos 28 de fevereiro de 1989. “Talvez nem se imagine quanto esse homem de Deus fez por Aparecida e por esta Arquidiocese”, palavras de Dom Geraldo Penido, Arcebispo de Aparecida. (Arquivo Provincial)

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Nós, seminaristas redentoristas, participamos da sagração de Dom Macedo, quando entrou solenemente na basílica velha, o coro entoou o "ECCE SACERDOS MAGNUS", isto não me sai da lembrança, perdemos nosso provincial e ganhamos o José Ribolla, nosso diretor, nomeado seu substituto, a festa foi no Santo Afonso. Alexandre Dumas Pasin

domingo, 27 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JOSÉ AFONSO SAVASSA CSsR.

NOME COMPLETO: Jose Afonso Savassa

NASCIMENTO: 05/03/1951, Tietê - SP
PAIS: Jose Savassa (in memoriam) e Leonilde Milani Savassa
PROFISSÃO TEMPORÁRIA: 01/03/1975
PROFISSÃO PERPÉTUA: 02/08/1978
ORDENAÇÃO DIACONAL: 05/08/1978
ORDENAÇÃO PRESBITERAL: 25/02/1979
BISPO ORDENANTE: D. Antonio Pedro Misiara (Bragança Paulista)
ESTUDOS REALIZADOS, A PARTIR DO II GRAU: (local e diploma)
FILOSOFIA – SÃO PAULO
TEOLOGIA – SÃO PAULO
ESPECIALIZAÇAO CATEQUESE – UPS - ROMA
COMUNIDADES ONDE VIVEU E CARGOS JÁ EXERCIDOS: (locais e períodos)
SEMINÁRIO SANTO AFONSO –1980-1981-
FORMAÇÃO TIETÊ – 1985-1986 –
REITOR IGREJA E SUPERIOR
ROMA – 1977-1999 – ROMA – ESTUDOS
ARARAQUARA=
2000-2008–REITOR E SUPERIOR;
2009– REITOR;
2011-REITOR E SUPERIOR 
Faleceu na tarde desta quinta-feira (27) o Pe. José Afonso Savassa,CSsR, aos 69 anos. O velório acontecerá no Seminário Santa Teresinha, em Tietê-SP, onde nasceu Padre Afonso foi Reitor da Igreja de Santa Cruz e Superior da Casa dos Redentoristas por 15 anos, no período de 2000 a 2015. A restauração da igreja foi a principal marca de sua gestão, além da realização de inúmeros eventos religiosos e sociais na comunidade. Padre Afonso fez muitos amigos, com seu jeito paterno e alegre de ser. Muito querido, gostava de convidar para um café e experimentar as famosas queijadinhas que ele mesmo preparava. A jornalista Célia Pires, muito amiga de Padre Afonso postou sua homenagem em sua rede social, neste momento triste. 
“Eu me lembro que fui a primeira jornalista que o entrevistou quando chegou. A frente da casa paroquial estava lotada de latinhas da campanha para reformar a igreja. Ele mandou tirar tudo. Mas não abandonou o barco da reforma. Com seus contatos, com a ajuda de fiéis a reforma foi feita e a igreja ficou um deslumbre. Perguntei a ele porque o destaque era para uma cruz que passou a ficar suspensa no ar. Ele me respondeu o óbvio. A igreja não era Igreja de Santa Cruz? Quantas vezes ele não foi meu orientador? Todas as suas orientações me fizeram alguém melhor. Me recordo que depois de uma internação na então Beneficência Portuguesa fui visitá-lo e reclamei que não me deixaram entrar. Ele riu muito. Para variar pedi que tirasse uma foto para eu guardar no meu álbum de abraços. Lógico, disse ele. No dia seguinte recebi na redação do jornal a visita de um outro padre que foi me chamar a atenção,pois não se brincava assim com um reitor da igreja. Depois que esse padre foi embora escrevi para o Padre Afonso perguntando a ele se tinha faltado com o respeito, com as minhas brincadeiras, com meu jeito cru e sem filtro. Ele me disse para não mudar meu jeito. Que preferia pessoas como eu àquelas falsas que fingem gentileza. E de quebra ainda me passou a receita de suas famosas queijadinhas”. 
Finaliza ela. Muitos amigos consternados com sua partida também lhe renderam homenagens, deixaremos aqui parte da postagem do Santuário Paróquia São Geraldo Majella – Frei Ignacio Larrañaga Acabou-se o combate. Para ele já não haverá lágrimas, nem pranto, nem sobressaltos. O sol brilhará para sempre em seu rosto é uma paz intangível assegurará definitivamente suas fronteiras. Senhor da vida e dono de nossos destinos, em tuas mãos depositamos, silenciosamente, este ser querido que foi embora.
https://rciararaquara.com.br/cidade/morre-padre-afonso-aos-69-anos/
Meus amigos de seminário, o saudoso Pe.Libárdi nos dizia: UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA! 
Completo: UMA VEZ REDENTORISTA, REDENTORISTA NO CÉU!
Descanse na paz do Senhor, padre amigo! ANTÔNIO IERÁRDI
Fomos colegas nos anos 60. Que Jesus e Maria o recebam.SEBASTIAN BALDI

sábado, 26 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. WALDEMAR GALAZKA, CSsR

PE. WALDEMAR GALAZKA, CSsR 
*10.06.1954 - +26.02.1986 
Pe.Waldemar chegou ao Brasil em abril de 1983. Trabalhou no Santuário de Bom Jesus da Lapa e nas comunidades da paróquia. Pouco antes de ser transferido da Lapa para Una, construiu um salão para reuniões e catequese, ao lado da capela Santa Luzia. No final de 1985, a nossa Missão da Bahia assumiu um novo campo de trabalho pastoral no Sul da Bahia, na diocese de Itabuna. No dia 2 de fevereiro de 1986, o Pe. Waldemar foi empossado como pároco de Uma, pelo então bispo diocesano de Itabuna, D.Paulo. No final da missa de posse, Pe. Waldemar disse: "Sinto-me como se fosse ordenado sacerdote de novo". Após a posse, trabalhou apenas três semanas. No dia 26 de fevereiro de 1986, morreu de parada cardíaca nas ondas do Atlântico. Suas últimas palavras foram: "Ó Jesus, misericórdia, ó Jesus, misericórdia". Pe.Waldemar foi uma pessoa inquieta: sempre estava correndo, sempre procurando alguma coisa. Precisava de alguém com quem pudesse se abrir, quem quisesse escutá-lo e entendê-lo. Às vezes, nas altas horas da noite, batia na porta do quarto dos confrades: "Não durma, abra a porta para conversarmos um pouco..." Com frequência repetia: "Tenho muito medo de morrer fora da Congregação". Sentindo as dificuldades concretas que precisava enfrentar, temia pela sua perseverança. Foi inicialmente sepultado ao lado da igreja paroquial de Uma, depois os restos mortais foram transferidos para Bom Jesus da Lapa, pois foi lá onde foi iniciado o trabalho missionário Redentorista na Bahia. Pe. Waldemar morreu jovem, com apenas 30 anos e é o primeiro missionário redentorista polonês sepultado na Bahia.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. AGOSTINHO JORGE POLSTER CSsR

PE. AGOSTINHO JORGE POLSTER CSsR
+25 de FEVEREIRO 1958 
Era de Krappenhofen, na Baviera. Nasceu a 18 de março de 1890, e com 13 anos ingressou no Juvenato C.Ss.R. professando em 1911. Devido à uma extração de um dente (mal feita) precisou ser operado na cabeça. Mais tarde teve de repetir a operação, com a advertência do médico: outra operação será impossível. Mas, com muita oração, pôde ele restabelecer-se e continuar os estudos. Chamado para o exército, na guerra de 1914, ficou livre, devido justamente a essa operação, cuja cicatriz (que sempre conservou) o impedia de usar capacete. Em 1916 foi ordenado, trabalhando uns três anos na Alemanha, vindo em 1920 para o Brasil. Diretor e professor do Juvenato, Superior em Cachoeira do Sul, Pe. Agostinho foi também, durante anos, ótimo missionário. Aprendeu, e muito bem, o Português, sendo suas pregações muito apreciadas pelo conteúdo e clareza. De veia poética, e muito versado em literatura clássica, era com facilidade que, de acordo com a ocasião, citava versos de Horácio, Ovídio e Homero. Perito no latim e grego, eram estas suas matérias prediletas como professor. Foi sempre um ótimo confrade, pela sua calma e espírito de caridade. Sabia enriquecer uma conversa com observações interessantes, e com suas risadas, que sempre chegavam quando os outros já tinham deixado de rir. De constituição forte, não se poupava trabalho; e, em tudo, era um homem de profundo espírito de fé. — Já por volta de 1955 a esclerose cerebral começou a manifestar-se, obrigando-o a uma total inatividade na Casa da Penha. Agravando-se a moléstia, foi ele internado no Hospital, durante um ano e meio. Depois foi levado para o convento, pois eram freqüentes seus gritos nervosos, incomodando os doentes. Nos momentos lúcidos, porém, ficava muito agradecido, quando algum confrade rezava com ele, preparando-o para a morte. Nos últimos meses ficou reduzido a uma criança inconsciente. No dia 25 de fevereiro de 1958 Deus o chamou para o descanso eterno, após trinta e poucos anos de intenso apostolado.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Numa história contada pelo padre Morgado, ele dizia que o padre Agostinho era diretor do seminário em seu tempo. Estando todos na casa da Pedrinha, chegou a notícia de sua substituição e transferência para outro setor da comunidade redentorista. Incontinente, arrumou as malas e se preparou para voltar ao seminário em Aparecida e tomar seu destino. Os seminaristas o acompanharam até o morro da Carmelita e desceram até um ribeirão situado mais abaixo, ele atravessou o ribeirão, postou-se em frente a todos e "BOM QUE ERA, CHOROU". O ribeirão passou a ser denominado, a partir desse fato, por "RIBEIRÃO DAS LÁGRIMAS". Quando por ali passávamos, sabíamos que estávamos chegando, eu não conhecia a história, fiquei muito feliz quando tomei conhecimento da toponímia. Alexandre Dumas Pasin

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO EVANGELISTA BETTING CSsR

PE. JOÃO EVANGELISTA BETTING CSsR
+21 de FEVEREIRO 1986 
Padre João nasceu em Denkingen (Alemanha), em dezembro de 1906, professou no dia 17 de maio de 1926 e foi ordenado sacerdote em 07 de julho de 1931, vindo para o Brasil em 1936. Foi o último dos alemães que veio para cá. Já veio como professor do recém fundado Seminário de Tietê, onde ministrou aulas durante vinte e oito anos. Durante todo esse tempo foi a figura central do corpo docente. Lecionou quase todas as matérias, mas, principalmente Sagrada Escritura, que era o seu forte. Dedicou muitas e muitas horas a cuidar da biblioteca da Província. Era confessor e diretor espiritual de grande número de nossos estudantes. Era conhecidíssimo em Tietê, onde passou a maior parte de sua vida, no Brasil. Muito procurado como confessor, diretor espiritual e também como benzedor, ficando afamado com suas bênçãos. Era um místico e foi um professor ”sui generis”. Escrevia sobre curiosidades e notícias científicas nas publicações internas da Província e em revistas dedicadas à espiritualidade. É de sua autoria o livro “Teologia das Realidades Celestes, manual de ascética e mística”, editado pela Província. Quando o Seminário Maior foi transferido para a Raposo Tavares, em São Paulo, o Padre João foi junto. Foi aí que começaram a manifestar-se os primeiros sintomas do mal de Parkinson, do qual veio a falecer. Foi operado na Alemanha, em 1969, com quase nenhum resultado. Os médicos, vendo o pouco que haviam conseguido, recomendaram que voltasse logo para o Brasil. Ele dizia que queria morrer em sua segunda pátria. Em fins de 1972 foi transferido para o Jardim Paulistano, de onde, alguns anos depois, passou para a casa de benfeitores da Congregação: Dona Elizinha e Narciso Sutiro, sobrinhos do Padre Sotilo. Ela era sua penitente. Diante das alucinações de perseguições e de envenenamento que o padre sofria, perguntaram-lhe se queria ir para a casa dela, o que ele aceitou. O casal, seus filhos e Dona Ia, trataram do Padre João com todo carinho possível e cuidado, até a morte. A doença ia caminhando sempre mais. Vivia quase só sentado numa poltrona. Foi se encurvando cada vez mais, à maneira de Santo Afonso, e, por fim, não falava mais a não ser por sinais. Sem se queixar, ficou privado até do que mais gostava na vida, seus estudos e seus livros. Mas, enquanto foi possível, era um estudioso dedicado e homem de muita oração. Celebrou missa enquanto pôde, em seu quarto. Faleceu na tarde de 21 de fevereiro de 1986. Foi sepultado em Tietê. É venerado pelo povo da região como um santo. (Pe. Víctor Hugo)

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR

Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 

sábado, 19 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO – ABNER FERRAZ CAMPOS – ANTIGO SEMINARISTA

ABNER FERRAZ CAMPOS – 
ANTIGO SEMINARISTA
+19 DE FEVEREIRO DE 2022
A NOTÍCIA:
“Queridos familiares e amigos, meu pai faleceu essa noite. Ele passou por uma insuficiência respiratória e teve que ser intubado e não respondeu bem, acabou não resistindo. Até ontem na visita ele estava bem, acho que um dos melhores dias dele na UTI. Sinto que ele foi em paz. Meu pai foi uma pessoa incrível e quem o conheceu sabe disso. Agora nós resta ter paz no coração e ficar com as lindas lembranças e textos dele. Obrigado pai.” Abner Filho
ABNER, sobrinho do saudoso Padre Campos, missionário redentorista.
Grande amigo desde os tempos do Seminário Santo Afonso em Aparecida-SP no final dos anos 50! 
Perene colega até este dia em contatos constantes pelo blog da TÁVOLA REDONDA DOS SEMINÁRIOS e a REDE SOCIAL FACEBOOK. 
QUE PERDA! Antônio Ierárdi Neto
NOSSOS ENCONTROS! 
RETIRO NA PEDRINHA EM 2011 
ENCONTRO EM MAIRINQUE-SP EM 2010 
ENCONTRO EM MAIRINQUE-SP EM 2013

Foi em paz. Tínhamos muito a conversar, vivemos uma realidade comum, frequentamos lugares comuns, trocávamos experiências. Quanta coisa vai se perder nessa ausência tão importante em nosso grupo da Uneser. Descanse em paz, meu amigo e contemporâneo de velhos tempos. A luz do Santo Afonso continua a brilhar, seus corredores, a capela, o refeitório, vivemos um ideal comum, você já se antecipou à revelação, descanse em paz. Pois é, o Abner se foi, um dos remanescentes da década de cinquenta, poucos sobreviventes. Temos aí o padre Flávio Cavalca, Dom Carlinhos, o Gervásio, Viana, Pacheco, Moacir, Pasquotto, Pelaquim, Kron, Clayton, Rodolfo e Werner, Geraldo Correia que saiu, Turler, Pedrotti, Bertanha, Guareschi, Dionisio, sei lá quem mais. Entre os leigos, estamos aqui o João de Deus, o Ierardi, o Garcia, Rochinha, talvez o Getúlio, Bosco Pasin, Peixinho, o Vilhena, Godoi, também eu. Os demais companheiros da Uneser já são mais novos, viveram outra realidade, década de sessenta e setenta. Depois disso, não conheço mais ninguém, as coisas mudaram, os valores são outros, a igreja também mudou, os rituais se aportuguesaram, esqueceram o Introibo ad altarem Dei, o Confiteor, o Kyrie, Pater Noster, Agnus Dei, Ite, missa est. Fica a nostalgia de tempos de fé. Eu estava falando do Abner. Que Deus o tenha !Alexandre Dumas Pasin de Menezes.
Dumas, o tempo continua mestre! Estamos hoje aqui e temos a oportunidade de conhecer diferentes conceitos de gerações: a nossa, a dos que chegaram e a dos que estão chegando. Como tenho notado em suas mensagens, convivemos com todos e continuamos aprendendo a vida! Além disso cada vez mais aprofundamo-nos na doutrina do amor e, quando alguém nos deixa, como o foi com o ABNER, refletimos o que um dia difundiu Ernest Hemingway: "POR QUEM OS SINOS DOBRAM? ELES DOBRAM POR TI!" Antônio Ierárdi Neto
Fico em paz pois ele realizou o maior sonho da vida dele, publicou o seu livro. Tenho certeza que Deus o recebeu de braços abertos. Fará muita falta! Estou muito triste, mas Deus fez o melhor por ele, eu creio!Leila Schimith


Aceite os meus sentimentos. O Abner foi uma pessoa especial. Agradeço por ele ter feito parte da minha vida. Que descanse em paz. Diva Maria Hernandes - Lili
Maestro Marco Aurélio Xavier
"A MORTE, PARA OS CRISTÃOS NÃO DEVE SER MOTIVO DE TRISTE DERROTA E COMO UM FRACASSO DE TODA UMA VIDA. A MORTE, HUMANAMENTE, PARA OS QUE A PRESENCIAM É UM MOTIVO DE TRISTEZA, DE DOR DILACERANTE... PARA O MORIBUNDO... NÃO SEI !!! A MORTE NOS LIBERTA DO PESO DESSE CORPO QUE NÃO NOS PERMITE VOAR. A MORTE NOS ABRE A PORTA DA VIDA. A MORTE É A ALEGRIA DO ABRAÇO FINAL COM O PAI " (G. Odiló Planàs, OSB - Monge de Montserrat)

ABNER FERRAZ DE CAMPOS - A ÚLTIMA OBRA

             Seminarista, Quase Padre, Quase Santo 

Sinopse 
Esta obra narra parte da rotina da vida de um seminarista no final da década de 1950 até início de 1960. Em retrospecto, o personagem, agora já experiente em idade, retoma memórias de sua vida adolescente no internato entrelaçando-a com o contexto sócio-histórico em que as vocações sacerdotais nasciam. Por meio dos relatos, conhecemos a rigidez necessária para a formação religiosa, moral e intelectual dos futuros representantes de Deus na terra. Em meio às dúvidas e dificuldades de adaptação, estudos e orações, há espaço para amizades, histórias interessantes e momentos lúdicos na formação do sacerdote. A vida no internato contrasta com a vida fora dele e o personagem não segue adiante sua vocação. É necessário reaprender a viver e o sagrado pode ser encontrado dentro do profano trazendo um novo sentido de felicidade. 
Biografia
Abner Ferraz de Campos, aposentado na área de Recursos Humanos, paralelamente se dedicou aos estudos humanísticos, base de sua formação. Frequentou faculdade de Letras Clássicas e Filosofia. Estudou Teatro e se dedicou à Arte de Escrever. O amor pela Literatura Nacional e Estrangeira o levou a se aventurar em escrever crônicas biográficas sobre o seu tempo de seminarista. 
Thiago Domingues Regina, Editora Viseu-editor chefe.
MEMÓRIA PÓSTUMA
O FIM DA VIAGEM
O ônibus com letreiro reluzente e misterioso estacionou para que os passageiros apressados embarcassem. Tive a impressão de que todos tinham pressa para fazer aquela viagem misteriosa. Todos entraram e se acomodaram, mas o ônibus não foi embora, continuou parado esperando o último passageiro. Eu sentia muito frio e estava nu. O motorista fez um sinal para que eu entrasse. Subi o degrau amparado por lindas recepcionistas, vestidas de branco, que gentilmente me colocaram num assento, que parecia reservado para mim. Quando o ônibus se movimentou e entrou num túnel iluminado, uma paz muito grande invadiu mina alma, não me sentia mais nu, porque não mais sentia o peso do meu corpo, aquele corpo onde vivi muitos anos  e, desde o meu nascimento, fui seu escravo, fazendo tudo o que ele pedia e se não o obedecesse, fazia sentir dores e tristezas imensas. Estava livre dele, pois o corpo me escravizou a vida inteira. Uma paz muito grande tomou conta de mim.   
Abner Ferraz de Campos(+)
Palavras proféticas. Previsão de uma passagem cheia de paz, um corpo nu, uma alma leve, uma nave celestial. Alexandre Dumas
Depois que passam, percebemos melhor seu valor! Ierárdi

ELES NOS PRECEDERAM - IR. ENGELMAR (JOSÉ NEUHIERL) CSsR

IR. ENGELMAR (JOSÉ NEUHIERL) CSsR
+19 de FEVEREIRO 1909 
Era o caçula de uma turma de dezessete irmãos. Nasceu a 8 de janeiro de 1865, numa família rica e muito religiosa. Piedoso e sério desde criança, tornou-se, na mocidade, um modelo para seus colegas, como membro de diversas associações religiosas. E foi por esse tempo que decidiu sua vocação. Após a leitura de um livro sobre a vida consagrada, disse um dia à sua irmã: “Sabe o que resolvi? Pensei muito se deveria me casar, mas agora já decidi: vou para um convento”. — Essa resolução não foi surpresa para seus colegas que sempre o admiraram, como exemplo de recolhimento e mortificação. Todos sabiam que, por esse tempo, ele já se acostumara a dormir sobre duas tábua nuas, na maior pobreza. Tomando o habito redentorista em 1898, fez seus votos a 8 de setembro do ano seguinte; e a profissão perpétua verificou-se em 1902. Nesse mesmo ano conseguiu licença para vir trabalhar no Brasil, aqui chegando em novembro. Durante algum tempo esteve em Aparecida, sendo transferido depois para a Penha, onde trabalhou como cozinheiro e porteiro. Desses anos restam-nos cinco cartas por ele escritas a uma de suas irmãs, nas quais assina sempre: Engelmar, servo dos servos do Altíssimo, missionário de Deus, pobre dos bens deste mundo. A 26 de outubro de 1908, tendo sofrido uma violenta hemoptise, anunciou aos confrades que iria morrer logo. Realmente, meses depois, a 19 de fevereiro do ano seguinte, a morte o levou. Completamente es57 gotado, em seus últimos dias não chegava a pronunciar sequer uma palavra. Mas, à véspera de sua morte, num supremo esforço, conseguiu sentar-se na cama, e disse ao Superior: “Padre, a sua benção”... Foram suas ultimas palavras.. Admirado e muito querido por todos que com ele tratavam na portaria ou na igreja, o humilde Irmão Engelmar teve um enterro dos mais concorridos. E o Sr. André Bonotti se cansou de fazer cópias de uma fotografia do Irmão e distribuí-las a pessoas interessadas, já que o veneravam como santo. E os confrades que o conheceram, lembravam edificados a figura escolhida daquele Religioso que não perdia tempo, que, na capela, estava sempre de joelhos, caridoso com todos, mortificado, a ponto de nunca se recostar a um banco ou cadeira nas horas do recreio. Um santo confrade era o que todos diziam.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Amigo Ierárdi! Obrigado pela belíssima história do Ir. Engelmar. Para ser sincero, não o conhecia. E olha que já posso me incluir no time dos veteranos da Província de São Paulo. Quando criança, morando em Ermelino, vez por outra íamos à Penha, o que para nós já significava "ir à cidade". E ir à Penha obrigatoriamente significava ir ao Santuário de N. Sra. da Penha. Mas não me lembro de ter ouvido qualquer menção ao nome dele. Santos homens os redentoristas alemães que trouxeram a Congregação para o Brasil! E o Ir. Engelmar é um deles. Grande abraço. A. Bicarato(+). 
Caro amigo Bicarato(+)! Aqueles que nos precederam e que conviveram conosco são as verdadeiras pérolas da Congregação Redentorista. É o oportuno modelo de vida que nos serve de exemplo para o caminho de Deus. Afinal estivemos por alguns anos no Santo Afonso, alguns ainda foram mais longe, Pinda, Tietê. e recebemos as melhores orientações diretamente de sacerdotes redentoristas, nossos inesquecíveis mestres de vida religiosa e cultural. Assim, dou-me a missão de trazer aos nossos colegas interessados essa sinopse de vida santa no dia em que o correspondente religioso foi chamado. Conforta-me muito quando as pessoas sentem-se bem informadas com isso! Um grande abraço! Ierárdi
Ierardi! Mais uma vez, aqui estou eu. Gostaria de acrescentar mais um comentário. Dos redentoristas que viveram aqui na Penha, costumo encaminhar seus e'mails para o Memorial Penha de França, que é uma instituição que disponibiliza informações históricas a quem se interesse pelo que se refere ao bairro. Para o Memorial, na pessoa do Francisco Folco, encaminhei a seguinte observação a respeito do Irmão Engelmar: Neste necrológio é citada a pessoa do Sr. André Bonotti. Lembro-me vagamente desses santinhos que ele distribuía divulgando a santidade de um religioso redentorista. Não me lembrava que se tratava deste irmão que havia pertencido à comunidade dos padres da Penha. É possível que tenha algum desses santinhos junto aos guardados de minha mãe (94 anos). Morelli
Amigo Morelli! Que bom que venha por aqui! Como disse ao Bicarato(+), isso muito me conforta! Fico ainda mais feliz quando vejo que essas mensagens estão sendo repassadas a outros destinos e Memorial! A rede nos faculta isso e vamos aproveitar sempre esse ensejo para divulgar aquilo que conhecemos de melhor! Se por acaso encontrar o santinho, faça um escâner e me encaminhe para que possa mandar a outros colegas. Por ora, agradeço pela sua estimável presença! Um forte abraço! Ierárdi

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ALEXANDRE MORAIS CSsR

PE. ALEXANDRE MORAIS CSsR
+18 de FEVEREIRO 1972 
Sobrinho do nosso Pe. Orlando Morais e, como o tio, acanhado e tímido. Era goiano, filho de fazendeiros do município de Silvânia, e nasceu a 13 de julho de 1909. Estudou no Juvenato (Aparecida) e professou em abril de 1931, indo, depois, fazer seus estudos superiores na Áustria e Alemanha. Ordenado a 3 de maio de 1936, voltou para o Brasil, iniciando seu apostolado em Aparecida. Trabalhou, depois em todas as Casas da Província, como missionário, professor em Tietê, superior e vigário na Penha, bem como no Jardim Paulistano por duas vezes. Dada a sua simplicidade, Pe. Morais foi sempre um confrade que todos estimavam. Soube ganhar a amizade dos seus paroquianos, justamente devido ao seu modo de ser: humilde, simples e despretensioso. Ótima inteligência, falava e escrevia com facilidade; mas foi homem mais do trabalho do que dos estudos. Como Vigário no Jardim Paulistano, esmerou-se na decoração da igreja, e soube ganhar o interesse dos paroquianos para as obras de assistência da Paróquia. Passou seus últimos dias em Campinas (GO) sempre dedicado em atender os trabalhos na igreja. A 18 de fevereiro de 1972 celebrou a Missa de 60 anos de casamento de seus tios, com planos de vir, logo depois, passar uns dias de férias em São Paulo. Após o almoço da festa com a família, sentiu os primeiros alarmes do enfarte que o deveriam levar. Mas ele não os entendeu. E antes de ir repousar um pouco, ainda na casa de seus tios, foi ao banheiro. Logo ao entrar, porém, teve um enfarte do miocárdio. Sua queda foi ouvida, e os familiares correram para o socorrer. Mas ele já tinha ido para as suas férias eternas. Qua hora non putatis...
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO QUEIROZ DOS SANTOS CSsR

PE. ANTÔNIO QUEIROZ 
DOS SANTOS CSsR
*01 de Novembro de 1940 
+15 de Fevereiro de 2016 
Pe. Antônio Queiroz nasceu a 01 de novembro de 1940, em Frutal (MG), no Triângulo Mineiro, filho de João Lau de Queiroz e Ana Esméria de Queiroz. Ele é o segundo de uma família de seis irmãos. Foi batizado em Frutal, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no dia 24 de dezembro de 1940. A crisma ele recebeu quando já estava no seminário, em Aparecida, no ano de 1964. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, no dia 28 de janeiro de 1959. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba durante o ano de 1965. Aí professou na Congregação aos 02 de fevereiro de 1966. Iniciou os estudos de Filosofia primeiro no Seminário Santa Teresinha, em Tietê (SP), no ano de 1966, completando no Alfonsianum, em São Paulo SP, na Rodovia Raposo Tavares, onde também cursou a Teologia. Sua Profissão Perpétua foi celebrada no Alfonsianum, a 25 de julho de 1971. Sua ordenação diaconal aconteceu aos 19 de dezembro de 1971, no Jardim Paulistano, pela imposição das mãos de Dom Juvenal Roriz, Bispo da Prelazia de Rubiataba/Mozarlândia (GO). Foi ordenado sacerdote, em Frutal (MG), aos 27 de agosto de 1972, por Dom José Pedro Costa, Administrador Apostólico da Arquidiocese de Uberaba MG. Iniciou sua vida apostólica em janeiro de 1973, como Vigário Paroquial na Paróquia de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, no Jardim Paulistano, São Paulo (SP). De 1974 a julho de 1976, assumiu o ofício de Vigário Paroquial, na Paróquia de São Pedro, em Garça (SP). De agosto de 1976 a dezembro de 1979, morou em São João da Boa Vista, como membro da Equipe Missionária. De 1980 a 1982, passou a residir no Seminário Santo Afonso, como responsável pelo Secretariado Vocacional da Província. Em 1983, foi transferido novamente para São João da Boa Vista como auxiliar do Mestre de Noviços. Em 1985, voltou ao Seminário Santo Afonso, em Aparecida, novamente como responsável do Secretariado Vocacional. Em abril de 1991, foi transferido, a seu pedido, para a periferia de São Paulo, para a Cidade Tiradentes, onde permaneceu apenas alguns meses. Pediu então para trabalhar na Diocese de Bom Jesus da Lapa BA, na cidade de Correntina, aí chegando em agosto de 1991. Depois desta experiência missionária voltou à Província em 1993, morando no Jardim Paulistano até que em 1994, passou para a nossa Vice-Província de Recife PE, morando na comunidade Nossa Senhora Aparecida na UR-5 Ibura. Foi um dos fundadores desta comunidade na periferia de Recife onde trabalhou na Pastoral e na formação do Pré-Noviciado. Em 1995, voltou para a Província, residindo em Aparecida, na Comunidade do Santuário, trabalhando na Pastoral dos romeiros. Em 2006, foi transferido para São João da Boa Vista, trabalhando na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. E em 2009, retornou para Aparecida, integrando novamente a Comunidade do Santuário Nacional até o fim de sua vida. Pe. Queiroz trabalhou muito com a juventude, especialmente em São João da Boa Vista e em Aparecida, criando um movimento chamado Encontrinhos nas Escolas. Desta experiência publicou dois livros. Em seus programas na Rádio Aparecida, especialmente na apresentação da Consagração a Nossa Senhora, no horário das 15 horas e também em suas homilias contava muitas histori-nhas e o povo apreciava muito isso. Durante vários anos teve um site próprio na internet onde publicou muitas dessas histórias que ele recolhia em todos os lugares. Depois fez este mesmo serviço no Portal A12 onde suas historinhas ainda estão à disposição dos internautas. Teve também um blog na internet chamado Liturgia Diária Comentada onde apresentava reflexões sobre a liturgia do dia. No dia 02 de fevereiro de 2016 celebrou os 50 anos de sua consagração religiosa. Nos últimos anos sua saúde veio piorando, agravada, sobretudo, por problemas cardíacos. Foi internado diversas vezes e na última seu quadro se agravou cada vez mais, vindo a falecer às 21h30 do dia 15 de fevereiro de 2016, sendo sepultado em aparecida, após missa celebrada às 16h00 no Santuário Nacional.  
Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.
Secretário e Arquivista provincial
    Descanse na paz paz do Senhor!
Pe. Queiroz, você tornou-se grande missionário redentorista, Sentiremos sua ausência nesta terra. Suas orientações nos caminhos da fé, em especial, através do seu testemunho de vida, do ministério sacerdotal, também por meio das ondas do Rádio, da TV , da internet, e do Santuário Mariano, será sentido profundamente por todos nós. Seu trabalho na Pastoral Vocacional Redentorista foi de suma importância a nossa juventude. Foi maravilhoso trabalhar contigo neste setor. Deus o acolha na eternidade, pois, semeou muitas sementes de amor, de fé, de esperança e redenção neste mundo. Em especial a minha pessoa, você foi sinal de bênçãos, pois pude aprender muito contigo. Trabalharmos juntos nas diversas atividades missionárias, sobretudo, a pastoral vocacional e tantas outras do Santuário Nacional de N.Senhora Aparecida. você foi e sempre será tesouro de inesgotável valor.. Obrigado! Você chamou e colocou muitas pessoas nos caminhos e seguimento do Redentor. - Deus o acolha na eternidade. Saudades eternas. Gratidão eterna!Ir.Manoel Aparecido dos Santos
Padre Antônio Queiroz, o que dizer? Fiquei consternado com esta notícia. Isso nos acontece quando pensamos aqui onde vivemos, embora ele já cumpriu sua missão e agora desfruta da eternidade. Conheci o Pe.Queiroz no primeiro ano em que estive no SRSA. Ele chegou como um seminarista "temporão", junto com  o Pe.Jadir. Não tive contato com ele, pois ele estava já na turma dos maiores e eu na dos médios(Não era permitido qualquer contato entre turmas!). Mas em visita ao Santuário de Aparecida, encontrei-o em um dos corredores da basílica.  
-Tampinha, disse-me ele com um forte abraço, que bom revê-lo!
Foi meu ultimo contato com esse grande amigo e colega de seminário. Deus o tem agora! Antônio Ierárdi Neto
Conheci Pe. Queiroz quando de sua ordenação Sacerdotal lá em Frutal. Na época eu era seminarista em Sacramento e nosso grupo foi à ordenação onde cantamos na cerimônia, sob a regência do Pe. Alberto Pasquotto. Aprendi a gostar do Pe. Queiroz e sempre que o encontrava ele demonstrava sua alegria e simpatia.Sebastião Paim
Foi um grande missionário... Tive a graça de trabalhar com ele, sobretudo na Pastoral Vocacional e também no Santuário Nacional de Aparecida. Irmão Manoel Aparecido

domingo, 13 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MIGUEL (MÁRIO GABRIEL FELIPE) CSsR

IR. MIGUEL (MÁRIO GABRIEL FELIPE) CSsR
+13 de FEVEREIRO 1997 
Nascido em Santa Rita de Caldas, em 1916, nosso Ir. Miguel recebeu na pia batismal o nome de Mário Gabriel. Era, com mais 15 irmãos, filho de Gabriel e Maria Amélia Felipe. Duas de suas irmãs fizeram-se religiosas e um irmão, sacerdote franciscano. Ele mesmo entrou já maduro de seus 34 anos, fazendo o noviciado em Pindamonhangaba, em 1949. Como noviço tinha a responsabilidade da cozinha, que desempenhou com muito carinho e competência, mas lamentando que lhe sobrava pouco tempo para o cultivo espiritual. Este cultivo seria a marca de toda a sua vida. Professando em fevereiro de 1950, trabalhou nas diversas casas de Goiás, do Rio Grande do Sul, em Sacramento-MG., e São Paulo. Os últimos anos foram vividos em intensos trabalhos de hortelão e de apicultor no Seminário de São Geraldo no Potim, onde cuidou do reflorestamento dos espaços. Foi um amante da natureza. Mas seus cuidados maiores sempre foram a vida de oração e a fraternidade. De gênio forte, perdia a calma diante das coisas erradas, mas seu coração imenso logo o levava a pedir perdão e a refazer o relacionamento atencioso e carinhoso com os confrades. Seu zelo apostólico levou-o a atuar na pastoral da saúde, difundindo a medicina natural e preventiva, zelando muito pela alimentação das crianças subnutridas. 53 Atingido por um câncer no estômago, seu primeiro desgosto manifesto foi com relação ao não ter mais forças para o trabalho. As dores, ele as suportou com paciência e muita oração. Enquanto pôde ainda exercia o ministério da eucaristia no Santuário, em Aparecida, em cuja comunidade estava em tratamento. A morte veio buscá-lo no dia 13 de fevereiro de 1997. Aqueles que com ele conviveram ficaram marcados pelo seu testemunho de vida e de santidade, de amor a Deus, aos confrades e aos necessitados. (Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

ELES VIVERAM CONOSCO -PE.BALDUINO BIRK CSsR

PE.BALDUINO BIRK CSsR
+11 de FEVEREIRO 1996 
Gaúcho de Selbach - RS, nasceu a 03 de setembro de 1922. Eram seus pais: João Birk Filho e Elisabeth Schwab Birk. Entrou para o Pré-Seminário de Cachoeira do Sul - RS, a 13 de dezembro de 1934. Em janeiro de 1936 veio para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida- SP. Aí terminou o curso secundário, em dezembro de 1941. Fez o noviciado em Pindamonhangaba-SP, no ano de 1942. Professou na Congregação Redentorista no dia 02 de fevereiro de 1943. O seminário maior foi feito no Seminário Santa Teresinha, em Tietê. Foi ordenado sacerdote em Aparecida, no dia 02 de outubro de 1948, por Dom João Batista Muniz, C.Ss.R., Bispo da Barra na Bahia. Cantou sua primeira missa solene, a 10 de outubro de 1948, na igreja matriz de Selbach - RS. Em janeiro de 1949 começou sua vida apostólica como professor no Pré-Seminário de Pinheiro Marcado - RS. Passou grande parte de sua vida trabalhando nos seminários como professor e ecônomo: de 1949 a 1951, em Pinheiro Marcado; de 1953 a 1959, em Aparecida, no Seminário Santo Afonso; de 1959 a 1965, em Passo Fundo - RS, no Instituto Menino Jesus. De 1965 a 1969 foi Ecônomo da Província de Porto Alegre, morando em Porto Alegre. Em seguida voltou a ser ecônomo do Instituto Menino Jesus, em Passo Fundo - RS. Em 1974 veio para São Paulo, pertencendo à Comunidade do Jardim Paulistano, aí ficando até 1979, quando foi transferido para Tietê. dedicou-se então às missões populares, principalmente ao trabalho difícil do confessionário. Era entusiasmado pela Renovação Carismática. Pe. Balduíno pertencia à Província de Porto Alegre, mas a 02 de setembro de 1986 pediu e obteve adscrição definitiva à Província de São Paulo. Ele era irmão do Pe. Artur Birk. Nos últimos anos não estava com saúde boa: problemas cardíacos e circulatórios. No dia 12 de janeiro de 1996 foi operado do coração. Ele precisava estar fisicamente bem para, em março, ser operado de um aneurisma abdominal. Foi para Aparecida para sua recuperação. Aí faleceu inesperadamente, em nosso convento da Basílica, pelas 6 horas da manhã, do dia 11 de fevereiro de 1996. Depois de uma missa na capela da comunidade do Santuário, seu corpo foi levado para Tietê, onde foi velado em nossa igreja de Santa Teresinha. A missa de corpo presente e enterro foram na manhã do dia 12 de fevereiro de 1996. (Arquivo Provincial)
CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Ierardi, Padre Balduino cuidava da fazendinha, não muito longe dali, havia algumas vacas leiteiras, era também "ecônomo", cuidava de nossa comida. Passava o dia na fazendinha cuidando das coisas, e era meu professor de Português, às vezes chegava bem atrasado à aula e com a bota cheia de bosta de vaca. Muito trabalhador, grande professor, me disse uma vez que eu fora um ótimo aluno. Deus o tem bem pertinho dele com toda certeza. Abner 
Lembro-me muito bem do Padre Balduíno, apesar de ter sido ele uma pessoa muito discreta. Quanto à lembrança da Fazendinha, que você agora me traz, que bacana...lembro, além das incursões nos morros atrás de coquinhos, o inesquecível churrasco gaúcho feito com a brasa diretamente na terra e os suculentos espetos de carne. Era sempre um dia diferente em nossa rotina. Ierárdi