sábado, 13 de dezembro de 2014

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 08/12/2014

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Denise Canhoto: Antigamente os filhos começavam a trabalhar cedo para ajudar os pais nas despesas da casa. Hoje em dia, nem palmada está podendo levar. Se pararmos para pensar nos ensinamentos dos nossos avós, chegaremos à conclusão de que eles tinham toda razão em tudo o que ensinavam aos nossos pais. Basta compararmos a sociedade dos anos 50 e 60 com a sociedade atual. O que acha que mais contribuiu para desvirtuar a família tão drasticamente? 
Eu acredito que foi a falta de limite na educação dos filhos. Não concordo com a educação rígida do passado, creio numa educação baseada no diálogo, no amor, na compreensão. Infelizmente os pais atuais não querem assumir esse tipo de educação, pois é exigente, e deixam a educação para terceiros, por exemplo, para a escola, para as babás, para a Igreja e não ensinam valores dentro de casa. Os pais devem se lembrar que eles não são iguais aos filhos e os mesmos não podem ser tratados como iguais, pois existe diferença, existe a autoridade, existe a distância do respeito. Está faltando respeito nos relacionamentos atuais.
Não identificada: Minha irmã sempre foi uma pessoa muito vaidosa, mas sem exageros. Teve um namorado de quem ela gostava muito. Namoraram durante dois anos e agora estão separados. Ela está arrasada e não quer mais saber de se cuidar. Eles frequentavam a missa todos os domingos, dava gosto ver a união dos dois. Será que foi macumba? 
Não acredito em macumba, em feitiçarias. Quem acredita em Deus não deve acreditar nessas coisas. É possível que o rapaz tenha descoberto que não gosta dela o suficiente para continuar o relacionamento. É preciso conversar muito com ela, para reassumir sua vida, sua postura de cristã, que não deixa a esperança esmorecer. 
Carmem Lúcia: Comente, por favor, esta passagem: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos”. 
Esta citação está em 2 Cor 4, 8-9, nela Paulo fala que nada pode nos abalar, pois Deus nos dá força necessária para suportarmos as contrariedades do mundo. Paulo fala que trazemos um tesouro (graça de Deus) em vaso de barro (limite humano) e, por causa dos limites humanos somos atribulados, perseguidos, mas nada nem ninguém pode abater a graça de Deus que existe em nós. 
Side Almeida: Tenho ouvido falar que, nos últimos anos o demônio tem realizado a desagregação intelectual, moral e social, não só dentro da Igreja, mas em toda a humanidade. Ele age subvertendo não só a religião, como a própria realidade das coisas. Como é que o demônio tem poder de desagregação dentro da Igreja de Deus? 
A força do mal está presente na pessoa humana, que tem uma tendência muito forte para o mal, para a satisfação de suas ambições desmedidas. Não creio que é o demônio propriamente dito, mas a força demoníaca que muitos não conseguem superar. A ambição, o egoísmo, a luta pelo poder são formas de expressar a força do mal. O cristão deve saber vencer essas tendências em sua vida. 
Não identificada: Quando confessamos, somos perdoados, mas e se não tivermos forças para evitar cometer o mesmo pecado, como fica? Continuo devendo o pecado? 
Sempre que você peca deve procurar a confissão, ou seja, a reconciliação com Deus, consigo mesma e com os outros. Se você voltou a cometer o mesmo erro, procure rever o seu esforço, pois não está sendo o suficiente forte para vencer o mal. A confissão é um sacramento que nos ajuda a superar o erro e buscar a conversão.
Adriana Correia: Muitas pessoas acham que prazer é sinônimo de felicidade. Se assim fosse, os bordéis seriam os lugares das pessoas mais felizes do mundo, ao passo que sabemos que não são. Gostaria de saber sua opinião a respeito. 
A busca do prazer pelo prazer não é o caminho da felicidade. Felicidade consiste em a pessoa ser realizada não no Ter, Poder e Prazer, mas no SER. O ser humano é um ser de relação, deve se realizar na realização do outro, buscando o bem comum. Só pode ser feliz aquele que deseja o bem do outro e luta pela felicidade coletiva e não só da sua realização.

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