terça-feira, 8 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 1.2

PADRE SILVÉRIO NEGRI C.S.s.R
Em 1941, quando, garoto, entrei para o seminário, eu saí da Penha ao som dos sinos, às 6 horas da manhã, em companhia do Pe. Luís Pessi CSSR e do meu futuro colega Leopoldo, da Freguesia do Ó-SP. Viajamos de ônibus da Pássaro Marron pela estrada de terra, via S.Miguel Paulista, Itaquá, Mogí das Cruzes, Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pinda, Roseira Velha. Passamos pelo Itaguaçu, Volta da Pedra e chegamos a Aparecida às 12 horas, ao som dos sinos, à Praça do Centro Velho. Após o almoço no Convento Velho, os seminaristas do segundo colegial, Antônio Borges, Moacyr Bossay e Cid vieram buscar nossas malas e nos acompanharam até o SRSA, descendo pelo trilheiro ao lado das Oficinas Gráficas, atravessando a chácara. Ao chegar à sala dos professores (12:30h), o Pe. José Pereira Neto CSSR, prefeito, me acolheu. A 29/11/55, a convite da Comunidade da Basílica, preguei na abertura da novena para a festa da Imaculada Conceição. Foi emocionante falar na Basílica repleta de romeiros. As pregações eram feitas no ambão do lado direito de quem olha para o povo. O pregador pregava vestido com batina redentorista, com sobrepeliz e com barrete. O barrete era levado nas mãos. Depois da saudação ao povo, era colocado na cabeça. Alguns tinham o costume de tirá-lo quando pronunciavam o nome de Jesus. Durante a leitura do Evangelho, os sacerdotes ficavam com a cabeça descoberta. Os padres novos tinham obrigação de escrever o sermão e apresentá-lo ao Pe. José Pereira. Ele devolvia os meus, com a nota: “Vi mas não li.” Pela primeira vez, a 19/12/55, 25 juvenistas, assim eram denominados os seminaristas menores da Congregação, vão passar o Natal com os pais. Foi um acontecimento fora de série, bastante contestado por alguns, que viam nisso um perigo para a perda da vocação religiosa e sacerdotal.
CADERNOS REDENTORISTAS
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PRÉ – SEMINÁRIO SANTO AFONSO - PEDRINHA

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