Pelo fim de 1961, comecei a escutar alguns sussurros que eu iria
voltar a ser diretor do pré-seminário da Pedrinha. Mas como era costume na época, só fiquei sabendo da minha nomeação quando vi a lista circular do Pe. José Ribolla publicada no mural de avisos da Comunidade.
Apesar da responsabilidade, fico contente, porque gosto de trabalhar na formação. Logo após o Natal, recebo do Pe. Ribolla a seguinte carta:
“S.Paulo, Natal de 1961.
Caro Pe. Negri CSSR.
LJM.
Aí vão dois presentinhos: Diretor e superior da Comunidade do pré-seminário, que o Pe. Geral lhe envia e que eu tenho a satisfação de lhe enviar. Boas festas.
Não deixará de ser um sacrifício, talvez bem grande para a V.Revma.
Mas é o bem da Congregação e da Província. As casas de formação em primeiro lugar. Terá dois ótimos auxiliares. Na Pedrinha estará também um clérigo estudante que, a par do descanso-saúde, poderá também auxiliar nas aulas, talvez de modo especial na música. Peço-lhe entender-se com o Pe. Brandão e Cia. a respeito da Pedrinha.
Tempore oportuno conversaremos. Coragem in Domino. Com sua dedicação muito bem fará em prol da formação dos nossos futuros
confrades. Que N.Sra. Aparecida o assista. Servus!
Pe. José Ribolla,
Provincia SP.”
A nomeação de diretor do juniorato, feita pelo Pe. Gaudreau, superior geral, está datada de 08/12/61.
De 1956 a 1962, Pe. Vítor Coelho de Almeida CSSR foi um dos meus confrades na Comunidade da Basílica. Quando soube da minha nomeação para Diretor do Pré-SRSA, ele me incentivou. Dali para frente, até 1972 senti muito de perto o seu interesse e a sua preocupação pelo bom andamento da formação em nossos seminários.
Pe. Vítor às vezes era turrão na defesa das suas idéias. Mas sabia
reconhecer os seus erros. Era simples, humilde. Algumas vezes ele
me pediu para substituí-lo no programa da Consagração a Nossa Senhora Aparecida. Algumas vezes, se confessou comigo sempre de joelhos. Nos recreios após o almoço ele jogava bilhar. Lá, alguma vez, jogava também canastra.
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