quarta-feira, 16 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 5

5. O Sindicato rural
 
Em julho de 62 vieram as férias como de costume. Os médios e menores se juntaram às respectivas turmas do SRSA para passar 15 dias em Aparecida e 15 dias na Pedrinha, com programação especial para um tempo de descanso. Eles eram chefiados pelo diretor e prefeito do SRSA. Eu aproveitei esse tempo para percorrer umas 5 fazendas no espaço entre a Pedrinha e o Rio Paraíba no município de Guaratinguetá. Fiz desobriga com Missa, pregação e atendimento de confissões. Aproveitei para explicar aos empregados, peões e também para alguns fazendeiros a importância do sindicalismo rural cristão, e as novas leis que estavam sendo preparadas para os trabalhadores rurais. De fato, já em 1962, comecei junto com o José Adolfo Guerra, da Pedrinha, e Sebastião Moreira de Melo, do Gomeral, e mais alguns trabalhadores, o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Guaratingüetá. Até 1964 conseguimos expandir o movimento para outras cidades do Vale, como Lorena, em Canas, Jacareí e Pindamonhangaba. Estávamos unidos à Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de SP. Tínhamos ligação com André Franco Montoro, Hélio Damante e outros líderes cristãos de São Paulo. É claro, junto com a extensão das leis trabalhistas aos trabalhadores do campo, fazíamos um trabalho de esclarecimento e apoio ao estatuto da terra. Apoiávamos a reforma agrária, assunto muito mais explosivo que hoje. Combatíamos o sindicalismo comunista e o sindicalismo atrelado ao governo (pelegos). Em julho de 1962, os médios e maiores sucessivamente, comandados pelo Pe. Pieroni, fizeram as lajes das garagens do SRSA. Peguei no serviço junto com eles, depois que voltei do giro pelas fazendas.
CADERNOS REDENTORISTAS
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PRÉ – SEMINÁRIO SANTO AFONSO - PEDRINHA 

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