Tenho um périplo diário, vou até Aparecida, circundo a basílica, peço a bênção e retorno a Guará. Logicamente sob o comando da Lucy, isso faz bem a ela e me enche de satisfação. Hoje, coincidentemente, lá estivemos ao meio dia. Os sinos tocaram e me levaram ao passado, "Recordando hoje, e quanto ! Que ao badalar de meus sinos, com a alma cheia de encantos, todos inda meninos, numa infantil louvação : " Bênça mãe, bênça vó, bênça tia "! Os sinos do meio dia, meiga e piedosa oração. A mesma fé inda existe, o badalar inda insiste, pois que inda tocam meus sinos, mas não existem os meninos." (Orlando Menezes). No meu tempo de coroinha, 1946 a 1948, assistiámos, lá da sacristia, seo João acionar os badalos sonoros, sejam os festivos, sejam aqueles que anunciavam ritos de funerais. Era um painel simples, trazido pelos padres alemães, dois botões, um para acionar os sinos, outro para desprender os badalos. Recordando meu tempo de seminário, lá na Pedrinha, quando em férias, eram celebradas missas na capela do bairro, os seminaristas se faziam presentes com coro a oito vozes e ritos solenes. Certa feita, fui nomeado badalador, função nobre dada ao encarregado de anunciar que haveria missa naquele dia. Você subia uma escada de madeira, espantava os morcegos, limpava as teias de aranha e acessava dois sinos, que, em espaços compassados e em tons diferentes proporcionavam uma melodia entendida pela comunidade como convite ao comparecimento ao rito sagrado.Alexandre Dumas
Quando eu era coroinha na Matriz em Porto Feliz, anos 50, eu me levantava às seis da manhã, ia para a Igreja e despertava a cidade com o badalar dos sinos e convidava o povo para à missa das sete. Eu achava que eu que acordava a cidade. O único instrumento musical de cordas que aprendi tocar com maestria. Dumas, tivemos os mesmos sonhos e tangíamos com maestria os mesmos instrumentos de cordas.Abner
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