segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

JUNIORATO EM CONGONHAS-MG

BENEDITO FRANCO
O Juniorato - em Congonhas, MG – foi inaugurado no final de 1952 – a primeira pedra foi lançada no dia 02 de agosto de 1950 e a benção solene do edifício no dia 02 de outubro de 1952.
Ainda havia o admissão, uma preparação de um ano para o menino que saía do primário e desejava ingressar no primeiro ano do curso ginasial.
No Juvenato, os alunos eram divididos em menores, os do admissão e primeiro ano; os médios, os do segundo e terceiro anos e os maiores, os do quarto, quinto e sexto anos.
Nesse mesmo fim de ano, de 1952, os meninos que cursavam o primeiro ano e o admissão, os menores, foram transferidos do Juvenato para o Juniorato – e lá fui eu. O diretor do novo seminário foi o P. Alberto Ferreira Lima – o Padre Lima. 
PADRE WÁLTER CSsR
Os professores, lembro-me do Padre Walter, holandês, acho que também os Padres Geraldo Lima e Marques. O diretor do Juvenato era o holandês P. Gregório, posteriormente substituído pelo P. Marcos Gabiroba e, este indo para o Peru, nomeou-se o P. Lima. Padre Marcos não me era muito simpático – nem eu a ele, e muito menos ele a mim. Na minha análise de criança, achava-o muito político – amigo do JK – e um pouco burrinho.
JUNIORATO-CONGONHAS-MG
No Juniorato, José Geraldo Campos era o “chefe” e eu o “subchefe” – aquele que puxava as filas e tomava a frente em algumas outras funções.
Em frente ao Juniorato há a imponente igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição. Ao lado, no terreno do Juniorato, havia um grande pátio que servia de campo de futebol e outros esportes. Nossos vizinhos mais próximos, silenciosos e quietos, eram os moradores do cemitério, separados apenas por um muro em um dos lados, com várias sepulturas em péssimo estado, dando para ver alguns de seus ossos e algumas caveiras. À noite, na distração dos padres diretor ou sócio, devido à facilidade de acesso, alguns alunos disputavam quem teria coragem de visitar os vizinhos e trazer um osso ou uma caveira - parece impossível, mas aconteceu de alguém cumprir a empreitada.
As férias dos junioristas eram em tempos diferentes das dos juvenistas, pois assim todos eles desfrutavam dos ares e aposentos da Casa de Campo. Três eram as férias do Juvenato: quinze dias em maio, quinze dias em setembro – logo após o Jubileu – de meados de dezembro ao final de janeiro. Os junioristas também tinham três ferias.
Como o Juniorato foi inaugurado no final do ano, nossa estadia por lá, os do primeiro ano, durou apenas alguns meses, sendo transferidos para o Juvenato no início do ano seguinte.
Portanto, passei apenas alguns meses no Juniorato.
Foi uma bela experiência. 
Benedito Franco
21052015
Belo tema, Benedito Franco! Quantos outros poderiam ser recheados dos mais interessantes comentários: "da frutaria", "do rego d'água que abastecia a usina elétrica da Casa da Pedrinha", "do dormitório dos marinheiros", "das mudanças de lugares e de tarefas a cada três meses" uma infinidade de práticas que fizeram parte de nossas vivências no Seminário ou Seminários nos quais convivemos ... Morelli
Caro Morelli Grato pelo comentário. Praticamente escrevi sobre temas semelhantes, mas no Juvenato São Clemente Maria e no Juniorato Santo Afonso, em Congonhas, MG. Se for de seu interesse posso lhe enviar o que escrevi sobre esses dois seminários. Abraço amigo Benedito Franco

Muito bom o relato.Gostei,mas queria ver os ossos e a caveira daqueles que eram silenciosos. Valeu. diácono Cunha






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