Há um ar de tristeza no castanho dos campos e dos morros, e mais que tristeza no carvão das queimadas.
Há muita cinza deixada pela política dos poderosos, muitas raízes retorcidas do que era o sonho do povo.
Só nos resta a esperança da volta da primavera.
Só nos resta – além de Deus – a esperança da primavera quando vemos a terra coberta de escombros e sangue da pobreza da guerra e da guerra da pobreza.
Não se mate a primavera da esperança apesar de tudo, da certeza que é preciso continuar sonhando e trabalhando, certos que o bem, a verdade, o amor e a paz chegarão afinal.
Não se mate a primavera, nem se abra espaço para o desânimo, o medo e a fuga.
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