sábado, 4 de janeiro de 2025

ELES NOS PRECEDERAM - IR. ORLANDO (ISAAC DOS PASSOS E SILVA)CSsR

IR. ORLANDO (ISAAC DOS PASSOS E SILVA)CSsR
+4 de JANEIRO 1947 
Mineiro da roça de Itajubá (MG) ingressou na C.Ss.R. após uma missão pregada pelos nossos em sua cidade. Seu sonho era ser padre, mas como a inteligência era fraca, resolveu ser Irmão leigo. Desde criança muito piedoso, rezava freqüentemente o terço, e aos domingos, percorria uma boa distância, a pé ou a cavalo, para não perder a missa. Chegando a Aparecida foi designado para auxiliar na cozinha do Juvenato, e logo nos primeiros dias ele confessou a um dos confrades: “A saudade está me cortando o coração, mas hei de ser um irmão redentorista”. Professou a 2 de agosto de 1945, trabalhando depois em Tietê, Pinda e Aparecida, onde faleceu aos 25 anos de idade.
No dia 28 de dezembro (1946) os juvenistas foram acompanhar o enterro do nosso Pe. Eugênio Johner, aí pelas 5 horas da tarde. Irmão Orlando ficou em casa para preparar o jantar. Tendo terminado o seu trabalho na cozinha, como os juvenistas ainda não houvessem voltado, ele subiu a um dos andares superiores, para rezar o terço. Encontrou-se com dois candidatos que tinham ficado em casa, mas passou por eles com o terço na mão. Sentou-se num velho sofá, e continuou rezando, sem atender aos dois que lhe dirigiram algumas palavras de brincadeira. Estava ele sentado, com o terço nas mãos, quando os candidatos lhe quiseram passar um susto de mau gosto. Ao empurrarem o sofá, este tombou, atirando o Irmão sobre o forro da capela que se abriu. Irmão Orlando, de cabeça para baixo, foi cair sobre um banco, ou sobre o piso da capela. A queda foi violenta, com fratura do crânio. Levado para a Santa Casa, ele ali permaneceu inconsciente, agitando-se em convulsões, durante alguns dias, falecendo a 4 de janeiro de 1947. Os pormenores dessa tragédia não chegaram a ser bem esclarecidos. Mas a culpa dos dois candidatos parece ter ficado patente, pelo fato de um deles ter voltado para casa poucos dias depois, isto é a 24 de janeiro. E o outro fez o mesmo a 14 de abril. Soube-se depois que um deles não era rapaz de bons precedentes.
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Já comentei sobre esse fato. Na época, eu tinha nove anos de idade, era coroinha da basílica e morava nos arredores do Colegião. Conhecia o irmão Orlando e participei de seu enterro. Não sabia dos pormenores do acidente, talvez os padres não tenham divulgado para evitar algum envolvimento policial dos seminaristas, a nós foi relatado que a queda se deu espontaneamente por ele ter dormido e o sofá estar posicionado na divisória do piso do quarto pavimento com o forro do salão de atos no terceiro . Quando entrei ao seminário em 1949, visitei o local e era visível a emenda no forro do salão de atos ( o relato diz erroneamente que era capela). Quanto aos seminaristas, não podemos julgá-los e nem divagar sobre a vida posterior de ambos, acredito que foi uma brincadeira de mau gosto e que teve como consequência uma tragédia. Alexandre Dumas
Obrigado Dumas pelo oportuno comentário! Há muita história de nosso tempo que deve ser esclarecida, tal como esta! Ierárdi

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. FRANCISCO DELUGA CSsR

PE. FRANCISCO DELUGA CSsR 
*28.12.1934 - +03.01.2008 
Na madrugada do dia 3 de janeiro de 2008, na casa paroquial de Amaralina, em Bom Jesus da Lapa, faleceu Pe. Francisco Deluga, vítima de uma parada cardíaca. Pe. Francisco Deluga nasceu no dia 28 de dezembro de 1934, na Polônia e poucos dias depois (1º. de janeiro de 1935), foi batizado. Os seus pais eram pequenos agricultores o educaram na fé. A sua infância foi marcada com as penúrias da II Guerra Mundial (1939-1945). Em conseqüência dos ataques, a casa da família foi devorada pelo fogo. Sobrou apenas um paiol com um estábulo, que o pai adaptou para a moradia da família. Em meio a tudo isso Francisco, de 16 anos, revelou aos pais a vontade de ser padre. Para isso, tiveram que vender o material adquirido para a construção da casa. Os pais nunca conseguiram construir a casa; moravam num cubículo ao lado do estábulo da única vaca que possuíam. Francisco herdou dos pais o dom da bondade e simplicidade que o ajudou a fazer muitas amizades por onde passou, ao longo dos 47 anos de sacerdócio. Foi ordenado em 1961, trabalhou durante 10 anos na Polônia, no Santuário de Nossa Senhora, em Tuchów. Chegou ao Brasil em 11 de fevereiro de 1972, integrando o primeiro grupo missionário polonês, destinado para trabalhar na Bahia. Trabalhou na paróquia e no Santuário de Bom Jesus da Lapa; em Salvador, na paróquia da Ressurreição do Senhor; na paróquia de Senhor do Bonfim, no norte da Bahia; na paróquia de Uma, diocese de Itabuna, depois do falecimento do Pe. Waldemar Galazka (1986), e também foi reitor do Santuário e Basílica de Senhor do Bonfim, na capital baiana (1979-1980). Como pároco em Bom Jesus da Lapa construiu várias capelas, mas o seu grande feito foi a edificação da bela igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Lagoa Grande. A Pastoral Familiar foi sempre um destaque na atividade apostólica do Pe. Francisco, em todos os lugares onde trabalhou. Foi sepultado no dia 4 de janeiro de 2008, em Bom Jesus da Lapa, tendo a presença aproximada de duas mil pessoas, demonstrando muito carinho ao Pe. Francisco Deluga.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. BONIFÁCIO (JOSÉ KLOFAC) CSsR

IR. BONIFÁCIO (JOSÉ KLOFAC) CSsR
+2 de JANEIRO   1950 
Uma figura inesquecível do nosso Juvenato, onde viveu e trabalhou durante quase cinqüenta anos. Era de Smolov, na Boêmia, onde nasceu a 30 de março de 1863. Ingressou na C.Ss.R. em 1894, e ainda como noviço, veio para o Brasil em 1897. Embora não fosse bem um alfaiate, foi esse o seu ofício no Juvenato, de 1904 até a sua morte. Irmão Bonifácio nunca chegou a aprender bem o português, o que não lhe causou grandes problemas. Foi sempre um solitário, sem qualquer amizade com estranhos. Passava seu tempo na alfaiataria, remendando sempre a roupa dos juvenistas. Quando tinha alguma folga, era ele um quase fantasma, de batina preta e surrada, em meio às bananeiras e outras plantas que, naquele tempo cobriam a ribanceira hoje elegantemente recortada pelo imponente e majestoso “Escadão”.... Ali colhia um cacho de bananas, outras frutas para a mesa dos Juvenistas. Tinha, no antigo “Colégio Santo Afonso” um gosto que ninguém sabia explicar: levava para a alfaiataria uma ou duas laranjas maduras; colocadas numa mesa, ele esperava que as laranjas apodrecessem, e, quando já estavam cinza azulada, ele as comia. Penicilina? penitência? Não se sabe. Aos domingos costumava ler alguma revista alemã arqui-velha das que guardava consigo. Certa vez, passando um juvenista pela porta (aberta) da alfaiataria, viu o Irmão rindo a gargalhadas, com uma revista nas mãos; e perguntou: Que foi, Irmão? E ele explicou, mostrando o desenho de um chiste alemão : Se um cachorro morde um homem, muito bem; mas se um homem morde um cachorro... ôh! que ka-la-mi-ta-te!... e estourou uma sonora gargalhada. — Por ocasião de uma grave pneumonia que contraiu, quiseram ministrar-lhe os últimos sacramentos, devido a sua extrema fraqueza. Ainda não — disse ele — quando chegar o dia eu aviso. — E em dezembro de 1949 ele achou que o dia estava chegando; sintoma: “Não sinto mais gosto — última confissão, recebeu a Unção dos Enfermos. E, enquanto “o dia” não chegava, recebia sempre sorrindo os confrades que o visitavam, e eram contínuas as suas jaculatórias, pronunciadas com uma calma invejável. Com muita simplicidade foi que, naqueles dias, revelou a alguns confrades: “Certa vez eu vi Nossa Senhora com o Menino Jesus. Ela pediu a Nosso Senhor que o Irmão Bonifácio não pecasse mais. Desde aquele dia nunca mais pequei”. A 2 de janeiro de 1950 ele deixou este mundo, e foi descansar para sempre, com 87 anos.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

VIVER O PRESENTE E AGRADECER AO PASSADO

Iniciamos mais um ano. 
Não im-porta o que aconteceu, precisamos agradecer. 
E, mesmo incertos, podemos confiar. 
Foi ano cheio de acontecimentos, que nos fizeram felizes, tristes, preocupados ou esperançosos. 
Com a bênção do Senhor vivemos e estamos a começar nova caminhada. 
As festas de início de ano são boa oportunidade para planejar, enquanto o podemos, os próximos passos. 
Que vamos fazer para ser melhores, mais capazes de amar, disponíveis para a família e a comunidade? 
Podemos prever dificuldades e preparar-nos, para não deixar que nos vençam. 
E podemos fazer deste ano um canto de agradecimento alegre e feliz, porque o Senhor esteve passo a passo, segurando nossa mão. 
Se deixarmos, 2025 será uma bênção para nós, e seremos bênção para todos.

ELES VIVERAM CONOSCO - LUIZ MARIA TORATI – Antigo Seminarista Redentorista

LUIZ MARIA TORATI – Antigo Seminarista Redentorista 
1 DE JANEIRO DE 2011 
O Torati, para mim, sempre foi o companheiro, de 1961 a 1971, tempo em que estive no Seminário. Não tinha tempo ruim, era sempre disposto e aplicado. Lembro-me da época em que nos divertíamos com o Pe. Escudeiro, nosso professor de Trigonometria e Grego, que frequentemente chamava o Torati por Criado e eu por Torati. Lembro-me das pescarias onde ele era imbatível na pesca de lambari, devido a sua boa sensibilidade em puxar a linha na hora em que o bichinho estava beliscando a isca. Era um atrás do outro enquanto eu, de vez em quando, pegava um. Lembro-me do jogador de futebol que se inspirava nos petardos do Rivelino, na seleção brasileira, chutando diretamente ao gol, do meio de campo, e pegando o goleiro de surpresa. Lembro-me do jogo de futebol de salão, em Tupã, onde, depois de perder uma vez dos seminaristas, os jovens da comunidade nos desafiaram para revanche, com jogadores bem melhor preparados, dando-nos uma goleada, o Torati me xingando nervoso para fazer alguma coisa, inutilmente. Enfim, lembro-me deste companheiro, sempre muito reservado, de quem conseguia alguma confidência somente depois de muito insistir. Talvez por este motivo, também não se inscrevia nos encontros mas estava sempre ligado aos ex-companheiros. Um grande abraço a este amigo e conforto à Célia e seus filhos. Eles sabem melhor que todos que o Torati fez diferença e continua presente em nossas lembranças. Há um belo lugar esperando por este guerreiro.
José Carlos Criado
FOTOS DA PRESENÇA DO TORATI
(Encaminhadas pelo José Carlos Criado)


Só hoje li a triste notícia do falecimento do Luiz Maria Torati. Entramos no mesmo ano (1961) no Seminário Sto Afonso. Que Deus o tenha no reino da glória... Grato e Paz 
Décio Brites 
Fiquei chocado com o falecimento do Torati. Estivemos juntos no encontro recente na chácara do Silvério, oportunidade em que conversei com o Torati e Esposa, que Deus o tenha na Glória. Abraços!
José Vicente Naves. 
Caros amigos Apresento meus pêsames aos familiares do Torati pelo seu falecimento e rogo a Deus pelo seu descanso eterno. Quanto à troca de fotos, estamos sujeitos a isso. Pior se trocasse o texto da notícia. Com Santo Afonso aconteceu isso.Os jornais da época noticiaram seu falecimento, trocando o seu nome por outro semelhante. Assim ele morreu duas vezes. Na primeira ele foi apenas conhecer o céu. Abraços a todos e Feliz Ano Novo 
Pe. Clóvis Bovo CSsR
poxa! ele está vivo em mim da última conversa que tivemos... 
Carlos Felício 
Olá! Saudando a todos pela esperança de vivermos mais um ano na alegria e cheios de realização. Feliz 2011 para todos. Embora iniciamos esse ano tocados pela tristeza da perda de um de nossos amigos. Faleceu hoje vitima de câncer nosso querido TORATI. Rezemos pelos familiares Abraço a todos 
Pe. Valdevir Cortezi 
Olá, Ierárdi. Expresso aqui o meu pesar e de minha família pela perda de um querido, que foi muito amigo de meu pai, viajamos juntos para Curitiba uma vez. 
Vitor Bustamante 
Logo que lí sobre seu falecimento lembrei-me do encontro no sítio do Silvério, e pensei: Que bom que estivemos juntos mais uma vez. Amigo sempre sorridente, de abraço apertado e gostoso, fraterno. Como outros, vai deixar lembranças, um espaço vazio no peito, mas um grande lugar no nosso coração. Adeus!
Antonio Claudio e Vanda
Tinhamos marcado um JANTAR a qualquer hora em SÃO PAULO..vivemos juntos anos de muita FELICIDADE no SANTO AFONSO....SEMPRE O TORATI, AMIGO, e CONFIDENTE..... Não deu tempo para o jantar em SAO PAULO...TIVEMOS ANTES UM ENCONTRO EM SEU AP. NA ALAMEDA LORENA...recebeu-me com a CELIA e os filhos....olhamos fotos do SEMINARIO. Não poderia esperar fosse tão cedo.....muito educado e querido, enviou-me um texto de e-mail falando de seu estado de saúde....CONFIANTE, porem.....QUE TRISTEZA...soube pelo CRIADO...ainda não sei o que dizer...SÓ PEÇO A DEUS QUE GUARDE ESSE BELO EXEMPLO DE HOMEM, IRMÃO E COMPANHEIRO NO MELHOR LUGAR DO CÉU....Aquele jantar vamos marcar um dia sim juntos na ETERNIDADE.....DEUS O ILUMINE E GUARDE.
NELSON DUARTE(+)