domingo, 9 de março de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. LUCAS KOCIK, CSsR

PE. LUCAS KOCIK, CSsR 
*04.01.1932 +09.03.2008 
No sábado, dia 8 de março de 2008, Pe. Lucas Kocik, celebrando a missa vespertina da liturgia do domingo, na capela do Colégio ISBA, em Ondina, fez a homilia comentando o Evangelho sobre a ressurreição de Lázaro, frisando as palavras que Jesus tinha dito a Marta: "Eu sou a ressurreição e a vida! Quem crê em Mim, mesmo que morra, viverá!" (Jo 11,25). No dia seguinte, 9 de março, estava marcado para duas celebrações, na igreja de São Lázaro e São Raimundo, no centro da cidade de Salvador. Não as celebrou, nem fez as homilias sobre a ressurreição, porque ele mesmo experimentou a maravilhosa veracidade das palavras de Jesus: "Quem crê em Mim, mesmo que morra, viverá!". Na madrugada do domingo, o nosso confrade passou para a 'Casa do Pai', concluindo seu trabalho de evangelização e as obras que o mesmo conseguiu realizar para o bem do Povo de Deus e da Congregação Redentorista. As irmãs de São Raimundo ligavam para lembrar ao Pe. Lucas da celebração, e os confrades de São Lázaro se admiraram por ele não ter ido, já que o mesmo era tão responsável em seus compromissos. Diante disso, a constatação, estava morto na cama do seu quarto. Pe. Lucas Kocik nasceu no dia 4 de janeiro de 1932, no sul da Polônia. No ano de 1949, fez sua primeira profissão religiosa na Congregação e iniciou os estudos de filosofia e teologia, no Seminário em Tuchów. Em 1956 foi ordenado sacerdote, iniciando aí um período de trabalho sacerdotal muito abnegado e frutuoso, na região da Polônia. Era um tempo muito carente e de abandono, devido à devastação causada pela II Guerra Mundial. No início de 1972, juntamente com três outros padres viajou para o Brasil. No dia 11 de fevereiro do mesmo ano chegou a São Paulo, onde iniciou o estudo da língua portuguesa. Depois de alguns meses, tendo já os rudimentos da língua, começou o trabalho pastoral em Bom Jesus da Lapa. Pe. Lucas foi o primeiro ecônomo da Missão Redentorista da Bahia e do Santuário de Bom Jesus da Lapa. Depois da saída dos confrades da Vice-Província Nordestina, acontecida nos primeiros meses do ano de 1973, além dos compromissos pastorais, Pe. Lucas continuou a construção do Abrigo dos Pobres e da residência das Irmãs Filhas da Caridade (Vicentinas). Construiu, também, a igreja de Santa Luzia e, juntamente com o Pe. Ceslau Stanula, a nova casa do Santuário, onde hoje abriga a comunidade redentorista. Quanto às edificações, Pe. Lucas tem muitos méritos também em Salvador. Durante vários anos orientou a construção do Centro Comunitário Paroquial (um prédio de quatro pavimentos) na Igreja Matriz da Ressurreição do Senhor, em Ondina, desde o alicerce até a cobertura. Pe. Lucas teve participação ativa na montagem da Gráfica Bom Jesus e, durante longos anos, foi responsável pelo funcionamento e desenvolvimento da mesma. Preocupou-se em preservar os objetos de valor histórico para o futuro museu do Santuário do Bom Jesus. Seguindo o exemplo de Santo Afonso - nosso fundador, Pe. Lucas "não perdeu nenhum minuto", por isso, à margem dos trabalhos pastorais e de outros compromissos, conseguiu contribuir para resgatar, preservar e ordenar muitos documentos referentes à história do Santuário do Bom Jesus e da Vice-Província da Bahia, editando-os, em dezenas de volumes, principalmente para as bibliotecas e arquivos da Congregação. Elaborou e editou ainda vários livros, brochuras e fascículos de orientação catequética, pastoral e religiosa para os peregrinos, sobre a história do Santuário do Bom Jesus. Nos últimos anos, trabalhou como arquivista e secretário, organizando o arquivo Vice-Provincial. Não é possível resumir, em poucas palavras, os 76 anos do fiel seguimento de Cristo, sobretudo, o trabalho de um sacerdote e missionário. Só Deus sabe quanto sacrifício exigia esse seguimento, carregando a cruz de cada dia. O enterro do Pe. Lucas aconteceu no dia 10 de março, em Bom Jesus da Lapa. A liturgia eucarística fúnebre foi realizada na Gruta de Nossa Senhora da Soledade, presidida por D. Ceslau Stanula, CSsR, bispo diocesano de Itabuna-BA, concelebrada por D. Francisco Batistela, CSsR, bispo diocesano de Bom Jesus da Lapa e cerca de trinta sacerdotes redentoristas e diocesanos. Após a Missa e orações litúrgicas realizadas pelo Pe. Antônio Niemiec, superior Vice-Provincial, os restos mortais do Pe. Lucas foram levados até o cemitério de Santa Luzia, em local reservado aos redentoristas, e sepultado ao lado do Pe. Francisco Deluga, que havia falecido há dois meses antes. No cortejo e sepultamento, participaram associações e movimentos religiosos e uma multidão de fiéis lapenses.

ELES NOS PRECEDERAM - IR.WOLFGANG (SEBASTIAN TEUFEL) CSsR

IR.WOLFGANG (SEBASTIAN TEUFEL)  CSsR
+9 de MARÇO 1900 
No século, Sebastião Wolfgang Teufel. Filho de uma família pobre, nasceu em 21 de setembro de 1858, perto de Lanshut, na Baviera (Alemanha). Foi ele mesmo quem narrou que, em 1879, teve um sonho, no qual ouviu uma voz que o chamava para a vida religiosa. Não acreditando muito em sonhos, resolveu falar a respeito do assunto com o redentorista, Pe. Lourenço Gahr. Não imaginava que, um dia, esse Padre iria ser o seu Superior, num lugarejo chamado Aparecida, lá no Brasil... Posto a par daquele sonho, Pe. Lourenço lhe aconselhou que fizesse um bom retiro para refletir sobre o assunto, e resolver, depois se entraria ou não para a Congregação redentorista. Nesse mesmo ano, após muita reflexão, ele iniciou o seu noviciado, professando como redentorista a 25 de março de 1888. Enviado para o Brasil em 1895, em 25 de outubro desse ano chegou a Aparecida, casa em que ficou até a sua morte. A principio trabalhou como cozinheiro e chacareiro; mas depois que aprendeu um pouco de Português, distinguiu-se na portaria pela sua bondade e mansidão em atender aos pobres. No ultimo retiro feito, antes da sua morte, entre outras resoluções, escreveu: “Terei como norma, para toda a minha vida: Minhas orações e trabalhos não os farei para mim, mas para a minha Congregação, com minha Congregação, e dentro do espírito da minha Congregação”. Nunca foi visto ocioso e, mesmo durante os recreios, ocupava-se em fazer terços, que dava aos pobres, na portaria. Faleceu a 9 de março de 1900, assistido pelos confrades que muito o admiravam como um Religioso simples, trabalhador e profundamente piedoso.

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 8 de março de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - IR.JOÃO BATISTA DO AMARAL CSsR

IRMÃO JOÃO BATISTA DO AMARAL CSsR
(*)01 DE MAIO 1950
08 DE MARÇO 2025
Faleceu na manhã deste sábado, 8 de março 2025, aos 74 anos, o missionário redentorista Ir. João Batista do Amaral, que estava residindo na Comunidade do Jardim Paulistano, em São Paulo (SP). O velório será realizado neste domingo (9), a partir das 6h, na portaria do Convento redentorista do Santuário Nacional. A missa de corpo presente está marcada também no domingo, às 14h, no Altar Central do Santuário Nacional de Aparecida (SP), e será transmitida pelo YouTube do Santuário Nacional. 
Biografia 
João Batista do Amaral, nasceu no dia 01 de maio de 1950, na cidade de Perdigão (MG). Seus pais chamavam-se Antônio Luiz do Amaral e Conceição Luiza do Amaral. Foi batizado, no dia 21 do mesmo mês, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Saúde, onde em 1955, recebeu o sacramento do Crisma. Descendente de família mineira, numerosa e cumpridora das práticas religiosas, João Batista do Amaral recebeu boas instruções do catolicismo, era assíduo frequentador das missas dominicais na sua juventude. Conheceu os Missionários Redentoristas através da Rádio Aparecida. O seu chamado foi despertado ouvindo a programação da Semana Vocacional. Enviou uma carta ao Secretariado Vocacional e iniciou o acompanhamento em 1971. Ingressou no Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP), em janeiro de 1972, e permaneceu até 1974, para concluir o Ensino Médio. Após avaliar a caminhada formativa e discernir sua opção vocacional, pediu transferência para o antigo Seminário São Geraldo, no Potim (SP), para continuar a formação religiosa como candidato a Irmão, no ano de 1975, na etapa do pré-noviciado. Em 1976, fez o noviciado na Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, em São Paulo (SP), e professou os Votos Religiosos temporários na Congregação do Santíssimo Redentor, no dia 2 de fevereiro de 1977, na Basílica Histórica de Aparecida. Após a sua profissão religiosa, permaneceu na Comunidade do Jardim Paulistano, até 1985, colaborando na sacristia e auxiliando nas atividades da Secretaria da Igreja. De 1986 a 1987, residiu na Comunidade de São João da Boa Vista (SP). Entre 1988 e 1992, morou na Comunidade do Santuário Nacional, em Aparecida (SP), e exerceu seu apostolado na Sacristia e na formação dos acólitos, com grande dinamismo e maestria. Sua Profissão Perpétua foi realizada no dia 30 de janeiro de 1986, na Paróquia do Senhor Bom Jesus, na cidade de Potim (SP). Após esse tempo, retornou para a Comunidade Religiosa do Jardim Paulistano e permaneceu por lá entre 1993 e 1999. Dos anos de 2000 a 2002, residiu no Potim, no Seminário São Geraldo e atuou na então fábrica de velas. De 2003 a 2006, voltou para o Santuário Nacional, exercendo seu apostolado na sacristia e no atendimento aos romeiros; de 2007 a 2008, trabalhou na Igreja Santa Cruz, em Araraquara (SP); de 2009 a 2018, compôs novamente a Comunidade do Jardim Paulistano e, em 2019, foi transferido para a Comunidade Pe. Gebardo (Convento Velho), em Aparecida, e ficou até dezembro de 2022. Em 2023 foi residir na Comunidade Irmão Bento, em Potim, quando teve um mal súbito e foi diagnosticado com um tumor intestinal; foi enviado para São Paulo para iniciar o tratamento contra o câncer no Hospital AC Camargo, morando na Comunidade do Jardim Paulistano. Ir. Amaral, assim conhecido e chamado pelos seus confrades, era um confrade amável, coração bondoso, de uma espiritualidade aguçada, seu jeito calmo de falar adocicava o convívio por onde passava. Homem de fé e devoto de Nossa Senhora. Na manhã do dia 8 de março de 2025, o Santíssimo Redentor visitou a Província Nossa Senhora Aparecida e levou o Ir. João Batista do Amaral para a eternidade, onde viverá ao lado da Bem-Aventurada Virgem Maria, dos Santos, Beatos e Servos Redentoristas, contemplando a face de Deus. Ir. Amaral teve a graça de viver 74 anos de vida e 48 anos de consagração religiosa redentorista. Ele dedicou sua vida consagrada a cuidar das igrejas e santuários, agora vai cuidar do Céu com tanto zelo, preparando para acolher seus confrades que continuam a peregrinação com a Igreja de Cristo na terra. Que a Mãe Aparecida, possa conduzir esse nosso Confrade à felicidade plena ao lado de Deus, a quem Ir. Amaral um dia se consagrou e perseverou até o fim de sua vida, sendo testemunha e memória viva do Santíssimo Redentor. 
Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno, e a luz perpétua o ilumine. 
Descanse em paz! Amém. 
Ir. Amaral durante entrevista concedida ao Portal A12 em 2019,
sobre os 40 anos da quebra da Imagem de Aparecida

quinta-feira, 6 de março de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO CARDOSO DE SOUZA CSsR

PE.JOÃO CARDOSO DE SOUZA CSsR
(*)04 de MAIO 1918
+6 de MARÇO 1968 
Goiano de Anicuns, nasceu a 4 de maio de 1918. Em 1939 ingressou no Juvenato C.Ss.R. em Aparecida, onde, segundo seu Diretor, foi “sempre um juvenista exemplar, obediente, caridoso, serviçal, sincero e muito ajuizado”. Professando em 1940, estudou no Seminário Maior de Tietê, sendo ordenado em 1945. Inteligente e de boa saúde, mostrou-se logo muito dedicado ao trabalho, sem descuidar, porém dos livros, que ele nunca abandonou. Foi Vigário em Trindade (GO) mas destacou-se principalmente como missionário em Araraquara e Cachoeira do Sul. Simples no seu modo de pregar, ganhava o auditório com sua palavra fácil, muita clara e segura. Em julho de 1967 foi nomeado Superior de Brasília. E, um dia, tendo trabalhado normalmente, sentiu-se cansado após o jantar. Resolveu rezar o terço mas, sentindo-se mal, deitou-se na cama, pelo visto, apenas para descansar. E era para morrer. Quando o procuraram logo depois, o mal de Chagas já o havia levado. Vestido com sua batina, e com o terço nas mãos, deixara este mundo a 6 de março de 1968.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Antônio Ierárdi Neto, Como era o nome do Pe. João que junto com o Pe. Antônio iniciaram o Seminário de Sacramento. Tem a biografia dele? OLAVO CARAMORI BORGES
(Vou entrar na conversa sem ser chamado)... O Pe. João que vc procura, por acaso é aquele que nas aulas de música batia na cabeça da gente, ao desafino da escala, com a sua "batuta" improvisada, aquela varinha dura, a "Santa Bárbara"? Era o Pe. João Gomes e nos idos de 1969 passou pelo Alfonsianum, na Raposo Tavares, onde foi rebaixado a "Gominho", uma vez que lá chegou primeiro o outro João Gomes, que "pela regra" era mais vetusto e mais baixo e gordo ("gordo?" é uma palavra esquisita, né?); depois nunca mais soube notícias dele. Acredito que ainda esteja vivo... Estaria aí no Goiás? O Brando deve saber. Recorramos a ele, Olavinho... Depois de 63 anos ainda me lembro muito bem da sua carinha, os olhos brilhando, armado com aquela "santa bárbara" na mão, perto do "desinfeliz", aguardando a entonação da escala com oito sons intermináveis. Não dava pra não errar pelo menos uma notinha...PEDRO CARICIO VITORINO 
Pedro Carício Vitorino, era esse mesmo. Mas devemos também nos lembrar da obra do campo de futebol, da quadra de tênis, das capinas do lote (que era uma chácara) e também das idas na Voltinha... Hércio Afonso, Brandolize Mauricio)OLAVO CARAMORI BORGES 
Oi, amigos!! saudades... de fato: Pe. João Gomes (Gominho) começou o seminário de Sacramento... viveu uns tempos aqui em Goiás (década de 70), mas eu ainda nao tinha vindo p cá... mas ele está em São Paulo... tv em Aparecida...não tenho certeza da comunidade onde vive e trabalha...PADRE MAURÍCIO BRANDOLIZE 
Com o Pe. João aprendi as primeiras noções do jogo de tenis. Fizemos um campo de tênis - saibro ou terra como vocês preferirem. Ele arrumou as raquetes e vez ou outra promovia jogos entres os seminaristas. Lembram disso? Olavo e Pedro Carício)? Eu sobe que ele teria ido para a África. Mas Brandolize está fornecendo aí uma notícia que me parece a mais correta.Da obra do campo de futebol eu já postei algumas fotos.Nesse documento sobre a história da Arquidiocese de Goiânia durante o período militar há citações de trabalhos traduzidos pelo Pe. João Gomes. HÉRCIO AFONSO

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. TIAGO KLINGER CSsR

PE. TIAGO KLINGER CSsR
+6 de MARÇO 1947 
Baixinho de estatura, mas um grande coração, e não menor inteligência. Era natural de Eitting, onde nasceu a 1º de outubro de 1882. Professou na C.Ss.R. em 1905 e foi ordenado em 1910. No ano seguinte veio para a. o Brasil, onde viveu trinta e seis anos de intensa atividade. Homem prático de inteligência viva, alegre e compreensivo, muito estimado como missionário, foi como superior que Pe. Tiago mais realizou pela Vice- Província. Diretor do Juvenato, Vice-Provincial durante seis anos (1922 a 1927), superior diversas vezes (na Penha, em Cachoeira do Sul e Araraquara) , era de muita iniciativa e levava a sério tudo o que projetava e fazia. Durante os anos de Juvenato, na Alemanha, era de péssimo ouvido para musica, embora “Klinger” signifique em português “cantor”. Com esforço, porém, chegou a ser muito bom cantor, organista e regente de coros. Disso ele se valia para animar as festas em casa, principalmente no Juvenato, nos anos em que foi diretor. Exigente na observância regular, era o primeiro a dar o exemplo, e teve que lamentar, mais tarde, e com muita humildade o rigor com que procedeu em certas ocasiões. Como diretor do Juvenato, gostava de estar com os juvenistas, nos recreios ou nos jogos. Não perdia as excursões que se faziam na Mantiqueira durante as férias; exímio no xadrez e nas damas; não recusava participar das partidas de futebol, mas não aceitava receber trancos ou caneladas... e exultava com a vitória de seu time. Em seu último triênio como superior de Cachoeira do Sul, sentindo que suas forças já estavam falhando, teve de se conformar com uma vida mais em casa. A arteriosclerose, já adiantada, e o coração dando sérios alarmes, não lhe permitiam sair para as missões. Mas na primeira oportunidade em que se sentiu melhor, arriscou sair, indo pregar, nada menos que uma missão em Chapada (RS). Durante esses dias voltou a sentir-se mal. Quis continuar, mas não conseguiu. No dia 6 de março já não pôde mais celebrar; à hora do almoço não se alimentou, recolhendo-se ao seu quarto. Logo depois seu colega de trabalho b.o encontrou agonizando. Ainda recebeu a Unção dos enfermos; e em pleno campo de batalha, ele descansou para sempre, in somno pacis.
CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 5 de março de 2025

ELES NOS PRECEDERAM - PE. MARTINHO FORNER CSsR

PE. MARTINHO FORNER CSsR
+5 de MARÇO 1936 
O homem que deu a nossa Província não somente anos de intensa atividade, mas também longos anos de sofrimento e sacrifícios. Nasceu em Fürt (Alemanha) a 3 de março de 1874. Fez seus estudos primários em sua terra natal, apesar de três quilômetros que deveria percorrer a pé, todos os dias, para chegar à escola. Aos 13 anos ingressou no Juvenato da C.Ss.R. fazendo seu noviciado em 1893. Veio para o Brasil em 1897 quando ainda cursava seu ultimo ano de Teologia. Ordenado em Petrópolis nesse mesmo ano, foi transferido para Goiás, onde iniciou um longo apostolado missionário, percorrendo quase todo o sul do Estado, até chegar à então desconhecida e misteriosa ilha do Bananal. Trabalhou depois na Penha em Aparecida, e em 1921 foi para Cachoeira do Sul, como Superior e Missionário. Foi aí que percebeu os primeiros sinais do mal de Hansen que já estava atacando. Teve esperanças de cura-se, fazendo um tratamento na Alemanha. Viajou para lá, mas, a conselho de um medico amigo, voltou imediatamente, para não ser internado num isolamento, de acordo com as leis do país. Aqui chegando permaneceu na Penha por algum tempo, até que, em dezembro de 1928, teve de sair, para internar-se em Sant’Angelo. O Missionário que conhecera longas caminhadas pelo sertão goiano, enfrentando o sol, a chuva, a fome e a sede, viu-se assim diante de uma prova bem mais dura. Mas ele a aceitou com toda generosidade, vendo diante de si um campo de apostolado que nunca estivera em seus planos, mas que Deus lhe indicava. Durante oito anos, foi ele não somente amigo, mas até um pai para aqueles doentes do Sanatório, isolados, quase esquecidos, e sem nenhuma esperança de cura. Com sua extraordinária caridade soube o nosso Pe. Martinho atender e consolar a todos. Fundou para os doentes, o Apostolado da Oração, promovia festas religiosas ou de aniversários, e celebrava com toda solenidade as primeiras sextas-feiras do mês. No último ano de sua vida, precisou ainda submeter-se a uma operação na laringe, passando a respirar com muita dificuldade. A 19 de janeiro de 1936, celebrou sua última missa, aguardando sua morte em meio a terríveis sofrimentos. Mostrou-se então de uma paciência e conformidade realmente heróicas. Faleceu a 5 de março desse ano. Já em seus últimos dias havia escrito: “Peço a Deus transforme as minhas cruzes em bênçãos para a nossa querida Viceprovíncia. — Sua biografia está em “Um Apóstolo - Mártir”-pelo Pe. Oscar Chagas, C.Ss.R..
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 
Acredito que tenha sido um mártir que deu sua vida por anos a fio, dia a dia, minuto a minuto.José Morelli 
Este Santo Redentorista nos enche de alegria, que exemplo a ser seguido numa época em que tudo está de cabeça para baixo. Nunca andou de terno e gravada, sempre usou sua surrada batina como a túnica que revelava Jesus Cristo ao mundo. Deve ter sido recebido no Céu por Santo Afonso radiante de alegria.Sebastian Baldi

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO PINTO DE ANDRADE CSsR

PE. ANTÔNIO PINTO DE ANDRADE CSsR
+5 de MARÇO 1968 
Um grande confrade, não só pela sua gordura, mas principalmente pela sua imensa candura. Grande, generoso e compreensivo, seu coração estava em todo seu modo de falar e de agir. Filho de fazendeiros, Pe. Andrade nasceu em Patrocínio Paulista, a 4 de dezembro de 1894. Recebendo o hábito C.Ss.R. professou em 1916, e foi fazer seus estudos de Filosofia e Teologia na Alemanha. Em 1922 ordenouse, e logo voltou para o Brasil. Missionário durante mais de 20 anos, pregou em inúmeras cidades de São Paulo, Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. Nas suas pregações ou conferências não se preocupava muito com Camões e seus adeptos: ordem nas idéias, ou beleza de linguagem eram coisas que ele ignorava; mas sua simplicidade, seu zelo e seu coração conseguiam resultados surpreendentes. Alegre e compreensivo, era o confrade que todos estimavam, sempre pronto a animar os recreios e festas da comunidade com seu bom humor e brincadeiras inocentes. — Na Revolução de 1932 foi Capelão militar, deixando entre comandantes e comandados a lembrança de um grande amigo, pela sua bondade, zelo e bom humor. Como Superior e Vigário de Aparecida foi de uma atividade extraordinária, não se poupando em tudo o que referia à Basílica, à Paróquia, aos romeiros e à congregação. Não pouco teve de sofrer, justamente por ser incapaz de qualquer prevenção a respeito das autoridades ou dos seus auxiliares. Em seu otimismo, gostava de fazer planos grandiosos, sonhando com uma Aparecida transformada num grande centro religioso, capital mariana do Brasil e do mundo. Em seus últimos anos, já não podendo mais trabalhar como desejava, permaneceu em Aparecida, ajudando no confessionário. Em casa, ocupava-se com suas tinturas, fornecendo vidros e mais vidros de remédio aos romeiros que o procuravam. Sonhava terminar seus dias na terra de Nossa Senhora, pela qual tanto havia trabalhado. Mas, transferido para São João da Boa Vista, ali ficou pouco tempo. Enfermo, não teve remédio que lhe curasse a doença. Veio para São Paulo com câncer, e foi internado na Santa Casa. De nada valeu a operação que o abateu ainda mais. Com admirável paciência, e rezando sempre, tentava ainda ser alegre e atencioso com todos que o visitavam. Mas sabia que seus dias estavam no fim; e foi com muita tranqüilidade que na madrugada do dia 5 de março, iniciou a travessia do Mar Vermelho... chegando às praias da eternidade às 5 horas da manhã, 1968. Deixava-nos o exemplo de um grande zelo, de muito amor a Nossa Senhora e a Congregação.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Fui coroinha do padre Andrade, de 1946 a 1949. Na fotografia da primeira missa, celebrada em 11 de setembro de 1946, eu apareço ali no cantinho da direita, ajoelhado e portando a almofada que servia ao cardeal em suas genuflexões. Alexande Dumas

terça-feira, 4 de março de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. RAIMUNDO MOURA CSsR

PE. RAIMUNDO MOURA CSsR
+4 de MARÇO 1983 
Nascido em Uberaba, Minas Gerais, dia 03 de março de 1913, sua família morava em Goiás quando ele entrou, em 1925, para o Seminário Redentorista Santo Afonso, de Aparecida-SP. Fez sua primeira profissão religiosa em Pindamonhangaba, em 1932. Estudou Filosofia na Argentina e Teologia na Alemanha, onde foi ordenado em 1937. Completou os estudos pastorais no nascente Estudantado de Tietê. Foi professor nos seminários de Aparecida e Pinheiro Marcado, no Rio Grande do Sul. Como diretor trabalhou também no Seminário São José, de Goiânia. Dedicou-se ao trabalho pastoral em Aparecida, Penha, Pindamonhangaba, Pinheiro Marcado, Cachoeira, Araraquara, Tietê e Goiânia. Foi ótimo conferencista e orador, apreciado produtor de programas nas rádios Aparecida e Difusora, de Goiás. Fazia parte da comunidade fundadora de São João da Boa Vista, onde foi regente do coro e organista muito dedicado. Durante alguns anos fez parte da equipe missionária. Era um pregador fogoso e empolgado, muito cuidadoso com a linguagem correta. Fez a tradução de “A Lei de Cristo”, do Pe. Bernard Häring, obra volumosa e complexa. Traduziu ainda outras obras. Em 1964 foi transferido para Goiânia. Ali dedicou-se aos Cursilhos de Cristandade por ele implantados em Goiás. Sua saúde, já abalada havia alguns anos, não lhe permitia dedicar-se inteiramente à pastoral. Foi professor de Teologia Moral no Seminário Arquidiocesano de Goiânia e Juiz do Tribunal Eclesiástico. Foi Conselheiro Vice-Provincial e Vice-Provincial interino. Faleceu na manhã do dia 4 de março de 1983. (Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Eu o conheci no Seminário São José em Goiania, em 1972,3 já idoso, homem muito culto e de respostas rápidas.
Sebastian Baldi 

sábado, 1 de março de 2025

A B0NDADE SEMEIA BONDADE

Na leitura do primeiro domingo de março ouvimos: 
“O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração”. 
E Jesus ensina que só podemos mudar o mundo para melhor, se a bondade transbordar de nosso coração para fermentar a realidade que nos rodeia. 
Só o poder da graça, do favor divino pode fazer-nos bons. 
Somos bons se somos verdadeiros, justos, misericordiosos, de coração limpo e simples, pacientes e tolerantes, corajosos e persistentes, e tudo mais que Deus nos fizer. 
O tempo da Quaresma é boa oportunidade para fazer uma revisão de nossa bondade, e traçar um programa de melhoria em nossa vida. 
Por mais falhas que possamos encontrar, não precisamos desanimar.
Deus conhece-nos, tem paciência conosco e pode podar-nos se for preciso. 
Boa Quaresma para nós.