sábado, 25 de maio de 2019

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. GERALDO PIRES DE SOUZA CSsR

PE. GERALDO PIRES DE SOUZA CSsR
+25 de MAIO 1969 
Um confrade ao qual nossa Província muito ficou devendo, como missionário, superior, formador, e dono da pena mais fecunda que a província até hoje conheceu. Era de Guaratinguetá, onde nasceu a 22 de maio de 1895. Ingressou no Juvenato (Aparecida) em 1904, professando em 1911. Estudou, depois na Alemanha, e após a sua ordenação em São Paulo (1917) foi designado professor, e mais tarde, Prefeito do Juvenato. Em 1926 iniciou sua vida de missionário, distinguindo-se como exímio pregador de Retiros. No triênio 1947-1950 foi Vice e depois Provincial.P 1 P Deixando o cargo foi ainda Superior de São João da Boa Vista, casa que fundou,P 2 P e depois, mestre do segundo noviciado até 1964. Alegre, às vezes brincalhão, Pe. Pires sabia tratar com os mais simples e ignorantes, devido a sua bondade e compreensão. Mas era fino, delicado e vivo, quando devia tratar com autoridades ou pessoas mais graduadas. Como fundador, e, mais tarde, superior de São João da Boa Vista, soube desde o inicio, ganhar a amizade e simpatia do povo para a nossa obra. Como missionário não era orador de arrebatar multidões; era mais conferencista, falando às inteligências numa linguagem fluente, colorida e atraente. Como pregador de Retiros, principalmente para a juventude, era simples e claro na exposição dos temas, sem nunca abandonar a elegância e delicadeza do seu estilo. Bom observador, sabia colorir suas pregações e conferências com exemplos e comparações originais. Foi sempre um apaixonado pelos livros, e vivia vasculhando bibliotecas, lendo ou escrevendo por toda a parte. É de se admirar que em meio a toda a sua atividade como missionário, Superior e Formador, encontrasse tempo para escrever tanto como escreveu. Além de diversas traduções, mais de 13 obras originais, artigos para a “REB”, inúmeros programas para o rádio, diversos trabalhos para o segundo noviciado, contos e traduções para os Ecos Marianos. Um trabalho imenso que somente um grande zelo redentorista pôde realizar. Em sua ficha pessoal ele anotou: “Honra que reivindico (si tamen licet): com o falecido Pe. Nestor de Souza, escrevi o primeiro número do Almanaque de Nossa Senhora, depois mudado para Ecos Marianos. Isso no ano de 1926, em Cachoeira do Sul”. — Cheios, certamente, e bem aproveitados para as almas foram os 74 anos vividos pelo nosso Pe. Pires. Em 1968 ele ainda estava em São João da Boa Vista como simples auxiliar da Casa. Mas, por motivo de saúde, foi transferido para a casa do Potim. Durante muitos anos ele já vinha sofrendo de uma anormalidade na espinha. Não foi pequeno o seu martírio, embora continuasse trabalhando em seus escritos, ou como mestre do segundo noviciado. Nos últimos meses agravou-se o seu estado, com distúrbios cardíacos e circulatórios. Para tratamento foi internado na Santa Casa de Aparecida. Embora prevendo a morte, não se deixou impressionar: continuou, como sempre, calmo e até de bom humor. Mas a 25 de maio de 1969 sua vida chegou ao fim. Um colapso o deixou inconsciente por algumas horas. Foi quando a morte chegou, para levá-lo sem um gemido sequer. Antes de morrer quis ainda anotar um pedido ao Provincial: “Doar os restos de minha espinha doente a um ortopedista católico, para ele mostrar a seus clientes a anormalidade da espinha enferma.” 
P 1 P - Pe. Pires foi Vice Provincial de 1939 a 1944 e Superior Provincial de 1944 a 1947. Foi o primeiro brasileiro a ocupar esses cargos. (nota do editor) 
P 2 P - Pe. Pires foi também prefeito dos estudantes, em Tietê, por quase dois anos. Embora idoso, ainda soube conviver com nossos jovens. ( nota do editor)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Padre Pires era provincial em 1946 quando foi lançada a pedra fundamental da nova basílica, esteve presente e aparece em uma das fotografias que ilustram meu artigo sobre o evento, cheguei a ajudar missa celebrada por ele na basílica velha, eu tinha então 9 anos de idade. Alexandre Dumas

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