quarta-feira, 22 de maio de 2019

PADRE SIQUEIRA, O “DOM CAMILO”!


PADRE SIQUEIRA
Neste 22 de maio, rememoramos o dia final neste mundo do PADRE SIQUEIRAo redentorista que teve o apelido de DOM CAMILO, por ter a mesma aparência do ator FERNANDEL que viveu nas telas do cinema o papel do solerte pároco em constante pugna com o Prefeito Sr.Peppone da Aldeia de Reggio, na Itália.
Ao repassar os artigos publicados no Site Zenit, surgiu-me a história, relatada pela articulista Elizabeth Lev, sobre o livro de contos de Giovannino Guareschi que nos traz as peripécias dos dois rivais, um, católico e outro, comunista em uma região onde todos participavam de tudo...Lembrei-me ainda que esse livro era "deglutido" no silêncio das refeições que fazíamos no seminário....Aproveitem e relembrem...

SUPERANDO AS DIFERENÇAS
O mundo de Don Camillo, de Giovannino Guareschi
ROMA, quinta-feira, 6 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- O poeta romano Horácio registrou em sua lírica o tempo mágico do “otium”, um período de pacífica ociosidade e descanso que permite o fortalecimento espiritual para o dia-a-dia. Pretendo usar este tempo de tranquilidade para a leitura, e, nestas férias de verão europeu, eu felizmente abri o primeiro livro que despertou minha paixão pela Itália.Por Elizabeth Lev
ATOR FERNANDEL
“Don Camillo e o seu pequeno mundo”, escrito pelo italiano Giovannino Guareschi, oferece uma refrescante perspectiva da política, religião e amizade em uma idade em que estes três campos parecem irreconciliáveis. As histórias de Guareschi, escritas quando as paixões eram fortes e as barreiras eram mais altas do que hoje, refletem a forma como o direito somado à esperança, à humanidade e ao humor pode vencer qualquer ideologia.
Guareschi nasceu na região italiana da Emilia Romagna, no início do século XX. Sua vida atravessou as duas Guerras Mundiais, assim como a ascensão do comunismo e do fascismo. Foi um provocador. Suas críticas ao governo Mussolini lhe renderam o ingresso forçado no exército italiano e três anos em uma prisão polonesa.
Retornou ao norte da Itália justamente no ápice dos embates entre os comunistas e os democrata-cristãos pelo controle da Itália. As tensões eram fortes entre as duas partes, os democrata-cristãos afirmando que os filhos dos comunistas tinha sido apropriados pelo Estado, enquanto os extremistas da esquerda atacavam os sacerdotes e proprietários de terra, seus maiores inimigos de classe.
Nesse clima volátil, Guareschi lançou suas sátiras tanto ao primeiro grupo quanto ao segundo, expondo os pontos fracos de ambos lados. Com isso, ajudou a diminuir as tensões entre as violentas oposições. As obras de Guareschi foram vitais para a derrota do Partido Comunista na histórica eleição de 1948. Essas histórias se tornaram extremamente populares e beneficiaram ensinamentos como os do Papa João XXIII, cujo tom pastoral refletia uma presença paternal amorosa em um mundo repleto de ódio.
As mais famosas histórias de Guareschi foram as de Don Camillo, um pároco na pequena aldeia de Reggio, em Emilia Romagna, e seu rival Peppone, o prefeito comunista da cidade. Este contraste é o ambiente de confrontos políticos e calorosos momentos de cumplicidade guiados pelo Cristo crucificado que do altar serve de moderador de consciência para Don Camillo e o tolo Peppone.
DOM CAMILO E O PREFEITO PEPPONE
Don Camillo e Peppone formam a profunda fronteira do movimento da resistência italiana durante a Segunda Guerra. Peppone representa os "partigiani", enquanto Don Camillo encarna o capelão. O ódio pós-guerra contra os fascistas (Mussolini foi de Emilia Romagna) empurraram a região para um triângulo comunista entre Parma, Bolonha e Ferrara. Don Camillo e Peppone chocam-se constantemente, em confrontos que às vezes escapam do verbal para o físico. Mas apesar das suas diferenças, quando confrontados com questões fundamentais como a vida e a morte, o verdadeiro e o falso, eles acabam ficando do mesmo lado.
Giovannino Guareschi
Don Camillo é frequentemente tentado pelo orgulho de permitir que a política possa ultrapassar o seu dever com as almas, mas, felizmente, Cristo está sempre lá para chamá-lo de volta ao caminho certo. Em um memorável episódio, Don Camillo tenta justificar o seu comportamento pecaminoso, usando uma inteligente retórica familiar com muitos políticos. Cristo o repreende dizendo: "Estas são as sutilezas dos sofistas... sem você perceber o diabo ganhou vida em ti e mistura suas palavras com as dele". Um breve período de jejum restaura a saúde espiritual de Don Camillo.
Minha história favorita está próxima do final do livro. No Natal que se aproxima, os comunistas estão-se tornando mais intolerantes com Don Camillo, que acaba de escapar de um atentado a bala. A frágil fronteira respeitosa entre ambos lados parece estar prestes a ruir. Na véspera de Natal, um oprimido Peppone, sem saber para onde se dirigir, acaba por se encaminhar à casa de Don Camillo. Os dois homens sentam-se em lados opostos da mesa, as fortes mãos ocupadas ternamente com as figuras do presépio. Esta simples mas eficaz atividade lentamente cura as feridas entre os dois homens e pacifica os caminhos na pequena aldeia do rio Pó, trazendo esperança a todos aqueles que seguem o Príncipe da Paz.

Bons tempos das leituras de Dom Camilo às turras com o prefeito comunista Peppone... Olavo Caramori Borges
No silêncio das nossas refeições no Santo Afonso, acompanhávamos as histórias de GIOVANNINO GUARESCHI e as peripécias de Dom Camilo e o político Peppone....Atente que essas histórias mostram o debate entre Igreja e Comunistas....hoje eles estão de braços dados!!!! Ierárdi
Aquelas leituras era boas, eu gostava. Uma vez eu fui escalado para a leitura, mas o melhor é que a gente comia depois e sempre sobrava um pouco daquela cerveja que o padre tomava na refeição dele, Quando foi a minha vez de leitor, eu mudava palavras do texto para que o pessoal risse. Eu trocava "jubiloso" por "furiosos" que dava um sentido diferente na história e o pessoal ria muito,. Então eu ia mudando até que o Padre que presidia a refeição tocava o sininho e falava "É melhor você parar com essa leitura, toda errada" Eu descia do púlpito e esperava até que o almoço terminasse para eu almoçar. lembranças boas.Abner

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