Existe uma história contada pelo Padre Morgado, que viveu a revolução constitucionalista, era seminarista em 1932 e frequentava a Casa de Nossa Senhora, Colegião . As forças paulistas, descendo para o Vale do Paraíba, estabeleceram fronteiras na região do Engenheiro Neiva em Guaratinguetá. Na falta de um quartel general que abrigasse um número grande de combatentes, requisitaram o seminário e ali acamparam. Por algum tempo, houve uma convivência entre soldados e seminaristas, as perguntas maliciosas originadas dos combatentes obrigaram os padres alemães a levarem seus pupilos para o convento da Penha. A Central do Brasil levou os meninos, a bagagem foi de caminhão pela São Paulo Rio. A Revolução chegou ao fim, o seminário foi desocupado, os seminaristas voltaram. Quanta coisa foi deixada lá, mochilas, perneiras, bonés, capacetes de aço, baionetas. O mais significante foi encontrado no refeitório, duas ou três toneladas de carne seca, coisa que não poderia ser jogada fora. Foram meses e meses de única mistura, carne seca. Começou uma desinteria geral, vômitos e outras coisas. Padre Agostinho, diretor, providenciou uma vala para enterrar aquele precioso acervo. Em 1949, quando ingressei no seminário, recebi um enxoval no qual constavam uma mochila de guerra, duas perneiras e um boné militar, não lutei na revolução, mas vesti a farda do ideal paulista.Alexandre Dumas
Meu colega/amigo Dumas, obrigado mais uma vez pelas suas memórias de seminário. Esta não foi do seu tempo e muito menos do meu tempo! Entretanto é importante mostrar aos nossos colegas e amigos a presença dos seminaristas naqueles evolventes momentos por que passou nosso Estado de São Paulo! Uma boa notícia...estes textos estão sendo divulgados pela a UNESER.ORG.BR, a partir desta data(26/10/2021)! Ierárdi
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