domingo, 9 de outubro de 2016

DUMAS NA FESTA DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Hoje, eu fui a Aparecida, sexto dia da novena, faço isto há muito tempo, marco presença, pelo menos, em um dia da festa, a cerimônia é repetitiva, mas sempre nos emociona. As músicas variam um pouco, fiquei ao lado da orquestra onde tenho o prazer de presenciar minha neta tocando violino, fui premiado com o "Panis Angelicus" e "Virgem Mãe Aparecida", não me contive, soltei a voz, meus vizinhos olharam surpresos, um velhinho cantando em latim com a voz de tenor, não me importei, relembrei os velhos tempos, ficaram mais surpresos quando acompanhei o "Tantum Ergo" também em latim, não conheço esse "Tão sublime Sacramento" . Na saída dos padres, outro prazer, cumprimentei o Werner, dei um abraço no Alberto Pasquotto e no Clayton, os três, meus contemporâneos de seminário, pararam o cortejo para me dar atenção, o Clayton, como sempre, me saúda com um "Alexandre Dumas Pasin de Menezes, ou muda de nome ou muda de vida" , isto remonta ao nosso tempo quando o padre Menezes, meu xará, me entregava as provas de francês sempre me dirigindo essas palavras, sugerindo que eu precisava dar mais atenção ao aprendizado daquela nobre língua.Dumas
Meu amigo Dumas, que bom e salutar esse seu depoimento...Sem desfazer, estou preso àquilo que um dia aprendi no SRSA e não consigo aceitar esse tipo de comemoração hoje em prática na Basílica de Aparecida! Tenho um conceito de que é mais profano do que sagrado! Entretanto é uma opinião isolada, é a minha opinião que nunca deverá colocar em dúvida o pensamento e sentimento religioso das outras pessoas...Assim, meu amigo, lendo este seu testemunho de fé e alegria, não posso deixar de manifestar-lhe agradecimento e respeito!Um forte abraço! Ierárdi
Ierardi, concordo com você em parte, mas, quando falo em emoção, não é pelo cerimonial onde apresentam quadros um tanto alheios ao ambiente, às vezes, até grotescos, mas aquele ambiente me leva ao passado, há exatamente 70 anos, em 10 de setembro de 1946, eu participei da primeira cerimônia acontecida naquele local, o lançamento da pedra fundamental, eu tinha 8 anos e era coroinha da basílica. Uma parte daquela área pertencia ao meu bisavô e meu tios, nasci nas vizinhanças do Morro das Pitas, frequentei a primeira escola exatamente onde se localiza a praça monumental, nadei no ribeirão hoje canalizado, aquilo tudo faz parte de meu passado. Emoção foi ouvir a orquestra, cantar meus hinos , rever meus colegas de seminário e, principalmente, estar perto daquela santinha que esteve conosco no Colegião, história por mim relatada da qual você tem conhecimento.Dumas

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