segunda-feira, 6 de novembro de 2017

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO - 90 ANOS


Dizem que a terceira idade  situa-se na faixa etária entre 65 e 85. E depois? As estatísticas do IBGE do ano 2015 afirmam que pouco mais de 13% da população está nesta faixa etária. Mas entre os missionários redentoristas, graças a Deus, há um considerável número de redentoristas nesta fase da vida, alguns ainda trabalhando igual ou mais ainda do que pessoas de cinquenta anos
de idade. É o que se observa na Província de Goiás e tantas outras Unidades Redentoristas pelo mundo afora.
A Província de Goiás conta com 77 membros (padres e irmãos com votos perpétuos); desses, 22 já entraram na terceira idade, inclusive 11 acima dos 75 anos. Sabe-se que existe uma exigência (pedida do Direito Canônico) que os bispos peçam renúncia quando chegarem aos 75 anos. Mas entre os padres e irmãos consagrados não existe este costume. Daí, alguns trabalharem até o fim da vida.
Pe. Clóvis: 90 anos
No dia 6 de novembro, Pe.Clóvis de Jesus completou 90 anos de vida. Uma celebração eucarística na Matriz de Campinas(Santuário Basílica do Perpétuo Socorro), em Goiânia, reuniu familiares, confrades e amigos para a ação de graças por sua vida e vocação. Em plena segunda-feira, a igreja ficou lotada. Era nítida a presença de muita gente simples e humilde, evidenciando a gratidão dos pobres ao missionário que lhes dedica muito carinho e atenção.
Depois da Eucaristia presidida por ele e concelebrada por duas dezenas de confrades, foi servido um jantar no Centro de Formação que atraiu mais ou menos 400 pessoas.
Pe. Clóvis, mesmo enfrentando os problemas próprios da idade que exigiriam mais repouso, ele não deixa de colaborar com os trabalhos missionários, inclusive sempre disposto e disponível para atendimento dos doentes e para as confissões.
Natural de Boituva, perto de Tietê, no interior paulista, ele recorda como chegou ao seminário redentorista.
- “Um padre que pregou missão lá em minha cidade pediu ao meu pai que guardasse um dos filhos para  a Congregação. E eu nem tinha nascido ainda. Por desígnio de Deus, e sem saber desta história, acabei entrando para o seminário  aos 10 anos de idade”.
Aos 26 anos, foi ordenado padre, e logo foi enviado para Roma, para estudar comunicação. Ao  voltar ao Brasil, foi designado a trabalhar em Aparecida/SP, na redação do jornal “Santuário de  Aparecida”, onde ficou por 15 anos.
Missionário
Pe. Clóvis tem grande paixão pelo trabalho das Santas Missões Populares.
-“Fui convidado para ajudar numa missão redentorista, e gostei. Então, pedi para deixar o jornal e ficar na missão. E o provincial da época aceitou”, diz ele.
Atuou em diversas missões de norte a sul do Brasil, e por isso, afirma com entusiasmo:
-“Fiquei trinta anos nas missões, às vezes fazendo paralelamente outros trabalhos. Mas as missões foi o que mais gostei”.
Na década de 1970, foi designado para ser pároco da Matriz de Campinas.
-“E eu não aceitei.  Veio o Pe. Zômpero, e eu dei graças a Deus. Continuei nas missões, e me entreguei de corpo e alma”, explica o missionário.
E depois de tanto tempo nas missões, aceitou um novo desafio: ser o vice-postulador do processo de beatificação do Padre Pelágio Sauter.
-“Já recolhi mais de 500 páginas de depoimentos sobre o nosso Apóstolo de Goiás”.
Esse é o Pe. Clóvis de Jesus: jornalista, poliglota, autor de vários livros e conhecedor da vida dos santos, apresentador de programa de rádio e responsável por um site (www.boletimpadrepelagio.org). Na paróquia/santuário de Campinas, está sempre disponível para a assistência aos doentes, as celebrações de missas e o atendimento de confissões. Isso aos noventa anos!
Fonte: Padre Mauricio Brandolize – O RAPIDINHO Nº176-Dezembro 2017

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