terça-feira, 2 de novembro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - DOM TARCÍSIO ARIOVALDO AMARAL CSsR

DOM TARCÍSIO ARIOVALDO AMARAL CSsR 
+2 de NOVEMBRO 1994 
Nascido em Tabatinga-SP, no dia 23 de dezembro de 1919, era filho de Aurélio Amaral Barros e Ana Rita Machado Amaral. Mudou-se ainda criança para Araraquara, onde conheceu os redentoristas. Foi aluno de catecismo do Pe. Vítor Coelho, quem lhe despertou a vocação. Em 1930 entrou para o Pré-Seminário de Pindamonhangaba. Daí passou para o Seminário Redentorista Santo Afonso. Em 1937 estava novamente em Pindamonhangaba, desta vez para o noviciado. No ano seguinte professou na Congregação e foi para o Estudantado em Tietê, onde realizou seus estudos filosóficos e teológicos. Foi ordenado sacerdote no dia 1 de agosto de 1943, na igreja de Santa Cruz, em Araraquara. Trabalhou em Aparecida de 1943 a 1947, tanto nas atividades na paróquia e no santuário como nas Oficinas Gráficas, hoje Editora Santuário. Foi, em seguida para Roma, formando-se em Direito Canônico e Civil. Durante sua permanência na Europa foi um dedicado e competente comprador e organizador do acervo da Biblioteca Provincial. Retornando ao Brasil, durante dez anos foi professor muito competente e estimado em nosso Estudantado, exercendo por algum tempo o encargo de Prefeito dos Estudantes. Cuidou insistentemente da elevação do nível da formação intelectual de nossos clérigos. Em 1962, deixou a formação, indo para a Penha, em São Paulo, como pároco e superior da comunidade. No ano seguinte foi o vogal da Província no Capítulo Geral da Congregação. Já desempenhara essa missão no Capítulo anterior, de 1954. Eleito Conselheiro Geral, exerceu o cargo até 1967, quando foi eleito Superior Geral da Congregação. Durante o período em que era Conselheiro Geral tinha também as funções de Secretário Geral e Procurador Geral junto à Santa Sé. Além disso, tinha sido nomeado pela mesma Santa Sé membro da Comissão de Revisão do Código de Direito Canônico. Como Superior Geral liderou todo o processo de atualização da Congregação, de acordo com as novas Constituições e as orientações do Concílio Vaticano II, até quando sua saúde enfraquecida obrigou-o a deixar as responsabilidades imediatas e diretas aos seus Conselheiros. Pe. Amaral viajou pelos seis Continentes, levando seu apoio e estímulo e animando as comunidades naqueles momentos decisivos de renovação Em 1973, liberado das funções no centro da Congregação, voltou para a Província. Trabalhou aqui como diretor da Editora Santuário e, posteriormente, como membro da equipe de mestres do Noviciado. Foi nomeado bispo de Limeira-SP, em 1976. Foi transferido em 1985 para a diocese de Campanha, em Minas Gerais. Durante seu episcopado, exercido com os sacrifícios impostos por sua saúde frágil, Dom Tarcísio permaneceu constantemente unido à Província, com freqüente presença em São Paulo e Aparecida. Motivos de saúde o obrigaram a pedir renúncia ao exercício do episcopado e, assim, em 1991 ele se viu livre para voltar a fazer parte da comunidade redentorista. Residiu em Aparecida, integrando-se à vida e aos trabalhos dos confrades no Santuário Nacional. Fraterno, expansivo, espirituoso, simples e participante, viveu seus últimos anos como um modelo de vida redentorista. Foi sempre intensamente procurado por bispos, sacerdotes, religiosos e leigos para aconselhamento, orientação e decisões importantes. Era também requisitado para palestras e cursos de formação. Nossos noviços e estudantes sempre receberam dele muita atenção. Foi representante pessoal do Pe. Geral no processo de renovação do convênio entre a Congregação e o Santuário Nacional de Aparecida. Sua prudência, experiência e competência, mais uma vez estavam a serviço da querida Congregação. Entusiasmado com a criação do Centro Redentorista de Espiritualidade, o CERESP, assumiu a organização da biblioteca especializada do mesmo, entrando em contato com as diversas unidades da Congregação para obter livros e publicações. Um câncer linfático obrigou-o a tratamentos de químio e radioterapia que lhe trouxeram algum alívio. Mas logo o mal retomou toda gravidade e, no dia 2 de novembro de 1994, deixou-nos o querido confrade. Pouco antes, já acamado, ele vibrara com as celebrações do centenário da presença redentorista no Brasil. Dom Tarcísio Ariovaldo Amaral soube colocar inteiramente a serviço do Reino todos os ricos talentos que Deus lhe confiara. (Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Ele foi para mim a imagem da misericórdia de Deus. Carlos Felicio
Caro amigo Felício! Considero salutar a memória dos que nos precederam ou que viveram conosco! Não vou enveredar para qualquer caminho de crítica nos nossos dias, mas como seria bom se acompanhássemos permanentemente a existência desses seguidores de Sto.Afonso, cuja vida é perfeito modelo de santidade. Hoje ainda sabemos existirem nos conventos muitos sacerdotes que permanecem em contínua oração por sua própria e nossas almas! O mínimo que podemos fazer é contar com todos eles e , quando possível, divulgar seu santo exemplo de vida!!!!! Um forte abraço! Ierárdi
Lembro tão bem...eleito VIGÁRIO GERAL EM ROMA.... ainda estava no SANTO AFONSO. Nos visitou um dia.....dignidade,simplicidade, uma eleição histórica no VATICANO.... ARIOVALDO AMARAL.... que bom que o conheci..ainda no seminário SANTO AFONSO... foi eleito VIGÁRIO GERAL EM ROMA.... CRIA E FILHO DO SEMINÁRIO REDENTORISTA SANTO AFONSO EM APARECIDA. Era apenas o escrutinador de votos na ELEIÇÃO que deu como eleito , se não me foge a memoria, o PADRE JOSE RIBOLA..... que recusou ser empossado por motivos de saúde e pela simplicidade que o envolvia... logo em outro escrutínio, aquele que recolhia os VOTOS foi ELEITO VIGÁRIO GERAL..... não sabia de sua partida...tao cedo, jovem e Santo. AMEM.Nelson Duarte
Em 1945, entrei para o quadro de coroinhas da basílica velha, padre Amaral era o encarregado de nos ministrar as primeiras lições do latinório e dos rituais sacros, padre Roriz também fazia parte da comunidade. Posteriormente, encontrei-me com ele em uma de suas visitas ao seminário, reconheceu-me. Mas, o mais incrível é que, já velho e arcebispo emérito, participando de uma cerimônia na basílica nova, quando me apresentei perguntando se lembrava-se de mim, ele prontamente me chamou de Dumas.Alexandre Dumas

Nenhum comentário:

Postar um comentário