sexta-feira, 18 de outubro de 2024

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. LUIZ DEUSDEDIT DINI ALONSO CSsR

 PE. LUIZ DEUSDEDIT DINI ALONSO CSsR

+18 de OUTUBRO 1990 
Nasceu em Bragança Paulista no dia 6 de novembro de 1912. Entrou em 1925 para o Seminário Santo Afonso. Fez a profissão religiosa a 26 de abril de 1932, tendo feito o noviciado em Pindamonhangaba. Seus estudos superiores tiveram lugar em Cachoeira do Sul-RS, Manoel Ocampo e Villa Allende, na Argentina, e Tietê. Foi ordenado em Tietê, dia 24 de janeiro de 1937. Começou as atividades apostólicas na paróquia da Penha, em São Paulo. Foi missionário, por seis anos mestre de noviços em Pindamonhangaba, trabalhou no atendimento dos romeiros em Aparecida. Era confessor muito procurado, tanto pelo povo como pelos confrades. Em 1967 foi para Araraquara, vindo depois definitivamente para o Seminário São Geraldo. No Potim trabalhou na paróquia do Bom Jesus e no auxílio aos confrades do Santuário, em Aparecida. Já avançado em idade, teve a saúde bastante abalada, mas conservou até o fim o ânimo e o espírito fraterno. Vivia de bem com a vida e alegrava os confrades com seu espírito franco e risonho e com as tiradas inflamadas, mas que não assustavam a ninguém. Sempre fiel aos compromissos religiosos e sacerdotais, foi homem de oração e de piedade. Humilde e perseverante, deixou este mundo no dia 18 de outubro de 1990. (Pe. Víctor Hugo)

terça-feira, 15 de outubro de 2024

ELES NOS PRECEDERAM - PE. GEBARDO WIGGERMANN CSsR

PE. GEBARDO WIGGERMANN CSsR
+15 de OUTUBRO 1920 
Fundador e primeiro Superior da nossa Vice-Província, Pe. Gebardo nasceu no Natal, 25 de dezembro de 1844, em Tettnang (Alemanha). Conta- nos ele no seu “Curriculum”: “aos dois anos caí num poço perto de minha casa; uma vizinha viu, e gritou para que me socorressem. Graças a Deus fui salvo”. Fazendo seus primeiros estudos em sua cidade natal, aí cursou também o latim e o grego. Mais tarde freqüentou a universidade de Tübingen, onde precisou enfrentar o racionalismo dos professores, para não perder a fé. Concluídos os estudos universitários, ingressou no Seminário de Rotemburg, cujo Reitor, certa vez, lhe perguntou se não gostaria de entrar para alguma Ordem Religiosa. Desde esse dia ele começou a pensar seriamente no assunto. A 10 de agosto de 1868 foi ordenado sacerdote, e desde então resolveu fazer-se religioso. Ajudado pela caridade de uns amigos conseguiu pagar uma dívida que tinha para com o governo, pelos anos de estudo em estabelecimentos oficiais. Vieram depois as dificuldades por parte da família. Os pais, idosos e pobres, viam no filho, futuro pároco, um apoio que não podiam dispensar. Na mesma situação estava uma de suas irmãs. Mais tarde o pai iria arrepender-se dessa oposição, chegando a pedir perdão a seu filho. Gebardo, porém, não desistiu de seus planos; queria ser redentorista, fossem quais fossem as dificuldades. Pouco tempo antes de ingressar na Congregação, foi a sua cidade para pregar numa festa. Ali demorou-se alguns dias e, embora tudo já estivesse resolvido, nada revelou aos seus. Voltando de sua cidade, precisou fazer a pé um trecho do caminho. Com o pensamento de que iria deixar os seus abandonados na pobreza, sentiu-se tão abatido e angustiado que precisou sentarse numa pedra, chorando. Pareceu-lhe dura demais a prova. Mas não se entregou. Pediu a Deus tomasse conta dos seus e os consolasse. Aliviado e tranqüilo chegou a Altöting, e a 16 de outubro (1872) iniciou seu noviciado. No ano seguinte professou, permanecendo em Gars pouco tempo, devido a perseguição religiosa. Procurou então refugiar-se na Áustria, mas não o conseguiu, pois o governo austríaco não estava aceitando alemães em seu território. De 1874 a 1879, Pe. Gebardo dedicou-se, com dois outros confrades a diversos trabalhos literários, entre os quais a tradução alemã das obras ascéticas de Santa Teresa. Em 1879, novamente em Gars, continuou seu trabalho de escritor, até 1894, ano em que adoeceu gravemente, chegando muitos a temer pela sua vida. Mas, restabelecido, recebeu com muita alegria a oferta de vir para o Brasil, iniciar a fundação de uma Vice-Província. Com seu entusiasmo ganhou logo vários adeptos para o empreendimento que, naquele tempo, tinha cores simplesmente fantásticas. Embora já com 50 anos, e com uma saúde que não era das melhores, Pe. Gebardo chefiou a primeira turma de redentoristas alemães que chegou a Aparecida em outubro de 1894. Como Vice-Provincial, acompanhado de alguns Padres e Irmãos, seguiu após alguns dias para Goiás, a fim de iniciar a fundação em Campinas (hoje bairro de Goiânia) . Naquele tempo, a viagem de Uberaba em diante era feita numa condução desconhecida para os Missionários: a cavalo, e enfrentado o sol, a chuva, o calor do verão e outras coisinhas mais. Chegando a Campinas, Pe. Gebardo logo se convenceu de ter aceito um encargo acima das suas forças, tantas eram as dificuldades. Mas ele não era homem para desanimar. Com firmeza e prudência foi assentando os alicerces da primeira Comunidade Redentorista de Goiás, para, logo depois, iniciar outra fundação em Trindade. Em maio do ano seguinte foi a Aparecida, para aí fazer a primeira visita canônica. E decidiu, seguindo determinação do Provincial, mudar a sede da Vice-província para Aparecida. Voltando a Campinas, encaminhou ainda alguns assuntos, e regressou a Aparecida, para acumular os cargos de Vice-provincial, Superior local e Vigário. Aí seu trabalho foi simplesmente notável. Deu grande impulso ao movimento espiritual do Santuário, às romarias e à assistência aos romeiros. Dotou a igreja de vários melhoramentos importantes, entre os quais os quadros da Viasacra que mandou vir da Alemanha, obra original do nosso Ir. Max Schmalz. E apesar das ocupações dos seus cargos, todos os dias passava horas no confessionário; visitava os doentes com edificante caridade, indo a pé, sempre que solicitado. Apesar das dificuldades financeiras, comprou uma casa velha na praça do Santuário, mandou reformá-la, adaptando-a para o berço do nosso primeiro Juvenato. Compôs o “Manual do Devoto” cuja primeira edição saiu em 1904. Nesse ano conseguiu de Roma o privilégio da solene coroação da Imagem (8 de Setembro), solenidade que repercutiu por todo o país. É também de sua autoria o “Manual do Devoto da Santíssima. Trindade”, e diversos folhetos destinados à piedade popular. Após treze anos de intensa atividade, sentindo que suas forças já não o acompanhavam, Pe. Gebardo pediu ao Pe. Geral que o liberasse de qualquer cargo de responsabilidade. Foi atendido. Permanecendo em Aparecida continuou trabalhando na igreja, e pregando retiros aos sacerdotes que iam fazer seus exercícios em nosso Convento. Teve, em 1918, o consolo de poder celebrar seu jubileu áureo de sacerdócio. Em princípios de 1920 teve de renunciar ao trabalho. Suas forças definhavam cada vez mais. Era com muita dificuldade que conseguia celebrar; mas teve ainda o cuidado de escrever as jaculatórias que o irmão enfermeiro devia rezar a seus ouvidos, quando ele não o pudesse mais fazer. A 7 de outubro desse ano celebrou pela última vez, iniciando então uma novena à Santa Teresa e a São Geraldo, em preparação para a morte. E avisou a seus confrades: Santa Teresa e São Geraldo virão me buscar. — Pediu e recebeu com antecedência os últimos Sacramentos, sendo ainda visitado, dias antes de sua morte, pelo Bispo de Goiás D. Eduardo, com quem tanto havia trabalhado. À hora da sua agonia, a comunidade reunida junto de seu leito, rezou preces pelos agonizantes. E enquanto era rezada a Ladainha do Sagrado Coração, à invocação: Sagrado Coração, esperança dos que morrem em Vós — todos notaram que o Pe. Gebardo estava espirando placidamente. Era o dia de Santa Teresa, 15 de outubro; e no dia seguinte, festa de São Geraldo, ele foi sepultado. Sua morte foi chorada por todos que o tinham conhecido, mas principalmente pelos confrades que nele reconheciam, não somente o homem que fundara a Vice-Província, mas que colocara também nos seus alicerces o seu espírito de fé profunda, de inabalável confiança, e de um zelo a toda prova.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Pe. Gebardo , foi o líder do primeiro grupo de Redentoristas Alemães, quando aqui chegaram em terras brasileiras, o Convento Velho de Aparecida leva o seu nome. Antônio Carlos Furquim

domingo, 13 de outubro de 2024

ELES NOS PRECEDERAM - IR. GERALDO (G. VALDERREY ALONSO) CSsR e IR. ULRICO (JOSÉ KAMMERMEIER) CSsR

IR. GERALDO (G. VALDERREY ALONSO) CSsR
+13 de OUTUBRO 1937 
Disse alguém que este nosso Irmão viveu e morreu oculto; isso devido ao seu tipo franzino, retraído e taciturno. Era espanhol, nascido a 25 de fevereiro de 1900, e não sabemos quando veio para o Brasil. Antes, porém, de entrar na C.Ss.R. o espanholito trabalhava no hospital Santa Catarina — SP, como enfermeiro, conhecido pelas Irmãs como um rapaz piedoso, exato nas suas obrigações e muito dedicado aos doentes. Internado nesse Hospital, o Dr. José Pires do Rio, grande amigo nosso, esteve algumas semanas aos cuidados do Geraldo, que não abandonava o seu doente, dele cuidando com maior dedicação. Dr. José ficou impressionado com aquele seu enfermeiro: delicado, atencioso, e que encarava o sofrimento com muito espírito de fé. Perguntou-lhe, um dia, se ele não gostaria de entrar na vida religiosa. Geraldo aceitou logo a idéia que já o vinha perseguindo, e o Dr. José o encaminhou aos redentoristas. Foi admitido, e feito o seu noviciado em Pinda, professou a 2 de agosto de 1929. Já como noviço, apesar da sua saúde fraca, distinguiu-se pelo seu amor ao trabalho, prestimoso em ajudar no que podia; sempre quieto e recolhido, passava o seu tempo livre na capela da casa. Após a profissão trabalhou na Penha, Araraquara e no Juvenato de Aparecida. Não sabemos por quê, talvez devido ao seu acanhamento, nunca revelou, sequer aos Superiores, a precariedade da sua saúde, sofrendo como estava do estômago e dos intestinos. Foi com muita dificuldade que, um dia, pediu para consultar um médico: e este achou necessário que fosse o Irmão operado. Meses depois nova operação. Mas o Irmão continuava definhando sempre mais. Foi, por isso, levado à Santa Casa de Guaratinguetá. Desenganado pelos médicos, pediu para ser operado pela terceira vez, dizendo: Assim como estou não posso continuar; ou me restabeleço, ou a operação me manda para o céu. Operado, ele percebeu que sua vida estava no fim. Preparouse para a morte, rezando sempre apesar das dores que o atormentavam. A 13 de outubro de 1937, ao meio-dia, faleceu Irmão Geraldo, assistido por diversos confrades de Aparecida. Para todos que o haviam conhecido deixou a lembrança de uma alma profundamente recolhida e de sincera piedade. 
IR. ULRICO (JOSÉ KAMMERMEIER) CSsR
+13de OUTUBRO 1946 
De família pobre e religiosa, Irmão Ulrico herdou de seus pais a disposição para o trabalho, ótima saúde, bem como uma piedade sincera e firme. Veio para o Brasil em 1894 com a primeira turma, sendo logo designado para a Fundação de Campinas (GO). Era com entusiasmo e visível saudade que, em seus últimos anos, ele recordava as peripécias vividas na primeira fundação em terras goianas. Acompanhado de algum outro colega, e de madrugada, ia para o mato cortar madeira para a construção da casa. Nem as chuvas torrenciais que lhes encharcavam a batina, interrompiam aquele trabalho que só terminava ao anoitecer. Em casa, a alimentação não passava de arroz e feijão. Somente no dia onomástico do Geral, foi permitido a cada confrade saborear uma rolinha, resultado de uma caçada que fizeram... Passavam as noites guerreando com toda espécie de mosquitos, deitados no chão, sobre um couro de boi. Homem dos setes instrumentos, Irmão Ulrico era cantor, e aprendeu a tocar um pouco de harmônio, para solenizar as missas e rezas na igreja. Era ele quem fabricava o vinho para as celebrações, e o seu famoso vinho de tucum chegou a ser premiado numa exposição no Rio de Janeiro. Sempre disposto para qualquer trabalho, nem por isso ele se descuidava da sua vida interior. Quando não trabalhando, lá estava ele na capela, com seu terço às mãos, ou fazendo a Via Sacra. Escrupuloso na observância, era com impressionante humildade que, às vezes, até nos recreios, censurava alguma falta sua, involuntária. Primava pelo respeito aos padres e superiores, e em qualquer reunião, mesmo nos recreios, procurava o último lugar. Transferido para Araraquara em seus últimos anos, trabalhou enquanto teve forças, na casa ou na horta. E quando se viu impossibilitado de qualquer atividade, era chorando que ele se dizia um Irmão inútil e indigno da Congregação. Mostrou, porém, grande confiança e admirável coragem, quando percebeu que a morte se aproximava. Rezando sempre e pedindo perdão de suas faltas, teve uma agonia tranqüila, entregando sua alma ao Pai a 13 de outubro de 1946.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 12 de outubro de 2024

MÃE, COMO SERIA BOM

Mãe Aparecida, como é bom ficar olhando e vendo tanta gente boa que vem a tua casa. 
Elas e eles trazem um brilho nos olhos, uma tranquilidade no rosto, uma alegria que não cabe no coração. 
Nem se vê o que podem trazer de preocupação, de sofri-mento, de precisões. 
Mãe, como seria bom se eles e elas, todos tivessem oportunidade de estudar e aprender, recursos para a saúde, bons momentos de descaso, trabalho digno e paga justa, um teto sob o qual formar um lar. 
Mãe, como seria bom se tivessem uma pátria de justiça e fraternidade, em que a verdade fosse a garantia da confiança, e a alegria marcasse o ritmo da vida. 
Mãe, como seria bom. 
Mãe, sabes que não basta sonhar. 
Ajuda-nos, pois, a querer, a agir para fazer acontecer, a mudar em vez de lamentar, a começar em vez de esperar.
Mãe, com será tudo melhor se soubermos aprender contigo.

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. MIGUEL POCE CSsR

PE. MIGUEL POCE CSsR
+12 de OUTUBRO 1985 
Quando faleceu, era o decano dos padres da Província de São Paulo. Nascera em Redenção da Serra – SP, no dia 26 de junho de 1897. Sua vocação brotou de um dos primeiros trabalhos apostólicos dos Redentoristas alemães que percorriam as regiões circunvizinhas de Aparecida, no dia 13 de fevereiro de 1908. Fez o noviciado em Perdões – SP, onde professou no dia 02 de agosto de 1916. Devido à primeira guerra mundial (1914-18), fez a Filosofia em Aparecida. Cursou teologia na Alemanha, sendo ordenado sacerdote no dia 15 de abril de 1922, em Munique, pelo Cardeal Faulhaber. Voltou ao Brasil, começando seu apostolado em Aparecida, trabalhando na Basílica de Nossa Senhora e também dando aulas no Seminário Santo Afonso. Depois foi transferido para Cachoeira do Sul – RS, onde ficou 10 anos. Lá, iniciou suas andanças missionárias, começando a despontar então o grande orador sacro que foi. Além do Rio Grande, pregou missões em São Paulo e Goiás. Era líder nato e, por isso, foi superior em quase todos os conventos da Província. Deixou marca de sua passagem, reformando ou embelezando as igrejas da Penha, em São Paulo, Araraquara, São João da Boa Vista e Campinas-Goiânia. Por toda a parte ficaram célebres suas “missas dos homens”. Desenvolveu ao máximo as Novenas Perpétuas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Era querido por todos, mesmo pelos padres mais jovens, pois foi um padre que soube envelhecer, embora tivesse sido um superior severo. Em 1972 celebrou o Jubileu de Ouro, e, em 1982, o de Diamante de Sacerdócio. Dos padres brasileiros da Província, foi o primeiro a celebrá-lo. Os últimos 15 anos de vida passou-os aos pés de Nossa Senhora Aparecida, onde se dedicava ao atendimento dos romeiros. Nos últimos anos dedicou-se também a traduzir do alemão para o português, as cartas dos primeiros padres alemães. Foi um trabalho insano que lhe custou horas e horas de incrível paciência. Já espocavam os primeiros foguetes anunciando a festa de Nossa Senhora Aparecida, quando o Pe. Miguel entregou sua alma a Deus: 12 de outubro de 1985, às 3,15 da madrugada. A missa de corpo presente, foi depois da solene procissão de Nossa Senhora Aparecida, com as naves da Basílica Nova completamente lotadas de povo. Foi sepultado em Aparecida. Estava com 88 anos de idade e 63 de sacerdócio. (Arquivo Provincial)
CERESP-Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Padre Poce um redentorista santo, pobre, enérgico, coração imenso, gente boa, daquelas de quem sempre lembramos. Eu era muito amigo de sua irmã Dona Zizi Poce, que veio morar em Aparecida, na casa das Mensageiras para ficar perto do irmão, muito parecida com ele física e espiritualmente, de abraço e sorrisos largos. Fomos uma vez ver a Redenção da Serra que soubemos ter reaparecido com a baixa das aguas da represa, acho que foi o Odair Temporim ou o Cunha o nosso motorista, os dois velhos ficaram encantados em rever a terrinha o que sobrou dela, ruínas da antiga Igreja e casario.
Uma vez fui ter com ele num sábado à tarde, pelas 15 horas ele rezava o breviário (Oração do Tempo Presente à epoca) "Completas" e eu o interroguei, mas Padre Miguel o senhor já está  rezando Completas??? A que ele me respondeu, hoje teremos confraternização da comunidade é melhor rezar agora do que depois da cerveja! kkkkk-JOSÉ ALCIDES MARTON

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

ELES VIVERAM CONOSCO - NELSON DUARTE - ANTIGO SEMINARISTA

 
NELSON DUARTE(+) 
(*)25 de abril de 1948
(+)10 de outubro de 2022

Da sua irmã NILENE: 
Meu amado irmão faleceu em 10/10/2022.
Em complicações de um pós operatório.
Fez cirurgia em uma quinta-feira e na segunda feira faleceu.
Foi inesperado e muito doloroso ficar sem ele.
Hoje já se passaram 10 meses de muitas saudades.
Ele sempre foi muito presente em nossas vidas. 
Em 29.08.2023.
Nelson Duarte - nasceu em 25/04/48 e faleceu em 10/10/202.
Ex-seminarista se dedicou a família e aos estudos (extremamente culto e inteligente) poliglota falava fluentemente 4 idiomas.
Trabalhava com comércio exterior.
Viveu muitos anos em Santos/SP  e nós últimos 30 anos se estabeleceu em Cuiabá/MT.
Para se dedicar a família.
Muito religioso e devoto de Nossa Senhora Aparecida.
Ajudou na construção da Basílica de NS APARECIDA.
Sempre lembrava das passagens pelo seminário,  seus mestres e colegas.
Realizou várias viagens ao exterior a trabalho e ficava feliz quando voltava para casa.
Meu irmão,  meu parceiro e amigo para todas as horas.
Deve estar junto ao Pai e nossa mãe  Aparecida.

Participando do coral.camisa xadrez

Terceiro atrás ao fundo

NILENE DUARTE

ELES VIVERAM CONOSCO - IRMÃO JOÃO CARLOS MENDONÇA CSsR

IRMÃO JOÃO CARLOS MENDONÇA CSsR
(*)24 DE JUNHO DE 1963
(+) 10 DE OUTUBRO DE 2020
Nos braços do Redentor. 
Comunico-lhes com elevada tristeza e já saudades deste grande missionário, Ir. João Carlos Mendonça, que no dia de hoje, 10 de outubro de 2020, por volta das 18 horas, encerrou sua jornada nesta terra. 
O Pai Celeste o convidou para a glória eterna. 
- DESCANSE na paz do Senhor. 
Seu tempo aqui nesta terra deixou muitas sementes de amor, de alegria, de vida conforme os princípios do santo evangelho. 
Você foi um grande servidor do Redentor e de Maria Santíssima, a Senhora Aparecida. 
Obrigado por tudo que fez e pelos grandes trilhos missionários, especialmente na atuação evangelizadora, as Santas Missões Populares Redentorista. 
Foi maravilhoso trabalhar com você. Seu sorriso, sua dedicação, sua espiritualidade permanecerão em nossas lembranças, guardadas no coração. 
Irmão João Carlos, C.Ss.R. saudades eternas. 
Deus console sua família e a nós redentoristas. 
O céu está em festa com sua chegada. 
Amém 🙏🙏🙏 
- Ir.Manoel Aparecido 
Irmão João Carlos tinha 57 anos de idade e foi vítima de um infarto fulminante, em casa. Nascido em São Gonçalo do Sapucaí (MG), professou seus votos perpétuos em 06 de março de 1999. Que Nossa Senhora Aparecida, "modelo por excelência para toda vocação", como o próprio Irmão João Carlos a descreveu, o acolha no Céu e o conduza a contemplar o Cristo. Aos familiares, amigos e confrades, nosso profundo pesar.
https://www.a12.com
Ir. João Carlos Mendonça nasceu aos 24 de junho de 1963 na cidade de São Gonçalo do Sapucaí, MG. Filho de Cláudio Mendonça Alves e de Clara Isabel Braga Mendonça, ambos falecidos. O casal teve quatro filhos. João Carlos sentiu o chamado para ser Irmão Consagrado e entrou no Seminário São Geraldo, na cidade do Potim, SP, aos 14 de fevereiro de 1986. Fez o Noviciado em Tietê, SP, no ano de 1992, e em 31 de janeiro de 1993 fez os votos de castidade, pobreza e obediência para ser discípulo de Jesus Redentor, como Missionário Redentorista. Em 06 de março de 1999 confirmou sua consagração com o voto de perseverar até o fim na Congregação do Santíssimo Redentor. Para se preparar melhor no trabalho missionário o Ir. João Carlos fez, durante dois anos, o Curso de Teologia no Instituto Teológico de São Paulo. Durante quatro anos trabalhou no Secretariado Vocacional Redentorista, orientando e ajudando no discernimento vocacional de adolescentes e jovens que sentiam o apelo de Deus para a vida missionária redentorista. Nos seus 27 anos de Vida Consagrada, o Ir. João Carlos participou e trabalhou nas Missões Populares durante 19 anos, evangelizando e levando a Boa Nova através do anúncio e do testemunho alegre de vida junto ao povo de Deus. Foi missionário também como Sacristão na igreja Santa Cruz de Araraquara e prestando serviços em nossas comunidades redentoristas. Neste ano de 2020 o Ir. João Carlos residiu e serviu como missionário no Santuário do Bom Jesus, na cidade de Pirapora, SP. Neste dia 10 de outubro sentiu-se mal e veio a falecer, em decorrência de um infarto fulminante. O Ir. João Carlos era uma pessoa simples, humilde, alegre, de boa convivência e participava sempre dos momentos da vida fraterna na comunidade. Com o povo, o Ir. João Carlos era acolhedor, dócil e amigo. Sentimos com pesar sua morte, mas, pela fé, temos certeza e esperança na ressurreição, porque, junto do Ressuscitado é Copiosa a Redenção! Dentro da novena da Mãe Aparecida, o Ir. João Carlos, revestido da Palavra de Deus, que sempre anunciou e procurou viver, participa agora, em plenitude, da Vida Eterna, prometida ao discípulo fiel e perseverante. “A Festa da Padroeira no céu terá a presença desse confrade que vai deixar saudades aqui na terra” (Pe. Marlos, provincial). 
Com Deus e a Virgem Maria para sempre, Ir. João Carlos, e peça a Deus por nós!

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

DOM MAURO MORELLI-BISPO DE CAXIAS/RJ

DOM MAURO MORELLI(+)
(+)09 DE OUTUBRO DE 2023
Com profundo pesar, mas firmes na esperança da Ressurreição em Cristo Jesus, comunicamos o falecimento do Exmo. e Revmo. Dom Mauro Morelli, primeiro bispo da Diocese de Duque de Caxias, ocorrido na madrugada desta segunda-feira, 09 de outubro de 2023, no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte (MG), onde estava internado nos últimos dias após enfrentar um período de enfermidade devido às complicações inerentes à idade avançada. Nascido em Avanhandava, no estado de São Paulo, e criado em Penápolis, Dom Mauro Morelli era filho de Eduardo Morelli e Rosa Gomes. Seu percurso acadêmico incluiu estudos de Filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão, no Rio Grande do Sul, e de Teologia na Saint Mary’s Seminary and University, em Baltimore, nos Estados Unidos, onde foi ordenado diácono em 3 de junho de 1964 e presbítero em 28 de abril de 1965. Como sacerdote, Dom Mauro exerceu diversas funções, sendo Vigário Paroquial de São João Batista, em Rio Claro, SP (1966-1974); Vigário Episcopal na Região de Rio Claro da Diocese de Piracicaba, SP (1967-1974); e Secretário do Regional da Sul 1 – CNBB (1971-1975). Em 12 de dezembro de 1974, recebeu a nomeação do Papa São Paulo VI como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Sua ordenação episcopal ocorreu na Catedral da Sé em São Paulo em missa celebrada pelo saudoso Cardeal Paulo Evaristo Arns, no dia 25 de janeiro de 1975. Nesta mesma cerimônia foram ordenados Dom Angélico Bernardino, bispo emérito de Blumenau, e os falecidos Dom João e Dom Francisco Manoel. No período como bispo, desempenhou diversas funções, incluindo bispo auxiliar de São Paulo, SP, e Vigário Geral da Arquidiocese de São Paulo, SP (1975-1981), além de ser membro da Comissão Representativa do Regional Sul 1 – CNBB (1975-1981) e da Comissão Representativa da CNBB (1975-1981). Em 25 de maio de 1981, Dom Mauro foi nomeado pelo Papa São João Paulo II como o primeiro bispo da então recém-criada Diocese de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro. Durante os 24 anos que serviu como bispo desta diocese, deixou um legado significativo, incluindo a realização do primeiro sínodo diocesano, que lançou as bases para as Diretrizes Pastorais em diversos campos da vida eclesial, a implementação do plano de Comunhão de Bens e a fundação de novas comunidades. Além disso, promoveu grandes assembleias do Povo de Deus, como a Romaria do Pilar, que no próximo dia 12 de outubro, celebramos a sua 40ª edição. Paralelamente à sua missão pastoral como bispo diocesano, Dom Mauro Morelli se destacou por seu compromisso com os direitos humanos e a luta contra a fome no Brasil. Entre 1986 e 1990, atuou no SER-PAJ-AL, uma organização internacional de defesa dos direitos humanos e órgão consultivo da ONU, presidido por Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980. Foi um dos fundadores do Movimento pela Ética na Política e desempenhou um papel fundamental na promoção do conceito de segurança alimentar como parte do combate à fome. Dom Mauro Morelli presidiu o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional-CONSEA durante o governo de Itamar Franco, de 1993 a 1994, além de liderar o CONSEA-MG e o CONSEA-SP. Sua atuação na luta contra a fome inclui projetos como o Fome Zero e a Ação da Cidadania contra a Fome, em parceria com Hebert de Souza, o Betinho. Dom Mauro também foi membro do Comitê Permanente de Nutrição da ONU. Após sua renúncia em 2005, quando se tornou bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias, Dom Mauro Morelli continuou sua missão como um verdadeiro missionário da vida, engajando-se em causas relacionadas à alimentação humana, saúde, respeito às fontes da vida e promoção da partilha e solidariedade entre as pessoas. Seu compromisso e contribuições para a sociedade brasileira o destacam como uma figura notável em ambos os âmbitos religioso e social. Padre Bruno Oliveira, nosso Vigário Geral, e eu estamos em Belo Horizonte (MG) desde o fim da noite deste domingo para estar com o nosso querido Dom Mauro. Tão logo tenhamos informações mais detalhadas sobre as Exéquias e o funeral do nosso bispo emérito, iremos informar por meio dos veículos oficiais pela Assessoria de Comunicação da Diocese de Duque de Caxias. Neste momento de dor e pesar, como Igreja Diocesana presente em Duque de Caxias e São João de Meriti, recorremos à proteção materna da Virgem Senhora do Pilar. Desejamos, ao perceber os sinais de esperança, expressar nosso louvor ao Deus sábio, amoroso e misericordioso que nos concedeu a graça de ter Dom Mauro Morelli como nosso primeiro pastor. Com confiança na ressurreição, proclamamos em uma só voz: “Vem, Senhor Jesus!” 
Descanse em paz, Dom Mauro! 
Nossa Igreja tão querida o guardará no coração. 
Dom Tarcisio Nascentes dos Santos 
Bispo Diocesano de Duque de Caxias

terça-feira, 8 de outubro de 2024

ALEXANDRE DUMAS E O SRSA

Assistindo, ontem, a um programa da tv Aparecida, tive uma surpresa sobre o assunto em pauta, uma abordagem sobre o prédio onde estudei no seminário, hoje transformado em hospedaria. Grandes transformações, apartamentos cinco estrelas, atendimento vip, acesso às partes sacras, capela, sala de reuniões espirituais, o palco, refeitório, tudo que nos era comum, um mixto de lembranças, orgulho de ter por ali passado, vivido um ideal, hoje já, infelizmente, em outro contexto. A entrevista com padre João José Pereira foi a parte interessante, ele entrou em 1952, quando para lá nos transferimos, ocupando um prédio semi-acabado, tudo improvisado. A capela foi inaugurada em 1953, com uma festa incomum, muita cerveja, uma representação teatral exuberante, um cômico, talvez o maior passado no seminário, dom Carlinhos, felizmente ainda vivo. Sua mãe, presente, após o ato, dirigiu -lhe palavras que, até hoje, guardo: -."..até quando você vai continuar a ser palhaço, meu filho ?" 
Pois bem, voltando ao colóquio do padre João José, do qual fui zelador em 1953, ele descreveu minimamente nossa rotina diária, despertar, rezar, estudar, praticar exercícios, recreios, música, literatura, um ideal que abraçamos, cantamos e juramos fidelidade, toda oportunidade que a vida nos proporcionou e deixamos naquela dúvida enorme, seguir ou tentar outros caminhos. Foi doloroso, queríamos ficar, era bom, mas outros destinos , outros desafios se nos apresentavam, fomos em frente, valeu. Dá uma pena: a gente sempre dá uma olhadinha para trás. Alexandre Dumas Pasin de Menezes
São lembranças que ficam gravadas na mente e na alma...acontece comigo quando vou no " Colegião"...Getulino Do Espírito Santo Maciel Maciel
Muita saudade daquele tempo.... Hoje muito frustrado sou pela desarticulação do SEMINÁRIO MENOR SANTO AFONSO-SRSA! Tudo muda na vida mas nem tudo aceito....essa é uma delas.... Onde aqueles sacerdotes valorosos que sempre de sotaina preta, rosário à cinta, trazendo-nos o melhor da religião, o mais completo da cultura.??? Lá, tamanha competência, dedicação de preceptores idôneos...e muito respeito de nossa parte..... Lamentavelmente deixou-se de levar avante o verdadeiro conceito e propósito da CONGREGAÇÃO REDENTORISTA, segundo Santo Afonso Maria de Ligório... Hoje a casa transforma-se numa arrecadadora imponente! Antônio Ierárdi Neto(TAMPINHA)

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. AUGUSTO CHERUBINI CSsR

 PE. AUGUSTO CHERUBINI CSsR

*7 DE AGOSTO DE 1918

+8 DE OUTUBRO DE 1961 
Um ótimo confrade, que muito prometia pela sua piedade e dedicação ao trabalho. Mas foi outra a vontade de Deus. Pe. Cherubini nasceu a 7 de agosto de1918, em São José do Rio Preto. A seu respeito o Diretor do Juvenato escreveu: “Muito ajuizado, calmo, consciencioso, caridoso, alegre, piedoso, humilde, dando em tudo ótimo exemplo; é um juvenista exemplar”. Professando a 2 de fevereiro de 1939, foi ordenado a 6 de janeiro de 1944. Durante um ano foi professor no Pré- Juvenato de Goiás, trabalhando, depois, durante dois anos, como auxiliar na Basílica. De resto, sua vida foi toda no Juvenato de Aparecida, como lente de Matemática, Física, Química e Mineralogia. Sempre dedicado às suas matérias sabia ser alegre e compreensivo com seus alunos. Qualquer favor que lhe pedissem, era, para ele, uma responsabilidade que levava a sério. Uma compra a fazer, um relógio ou rádio para consertar e semelhantes, eram pedidos freqüentes que lhe faziam, e que ele não esquecia, nem deixava para depois. Alegre nas horas alegres, aplicado ao estudo, consciencioso no cumprimento de seus deveres, era homem de vida interior, e de uma piedade sólida. Quando operado, na última doença, alguém lhe revelou que se tratava de câncer. Aceitou a sentença com toda calma, e, com muita naturalidade, respondeu: “Seja feita a vontade de Deus”. Recolheu-se, então, para viver seus últimos dias em oração, esperando que a morte chegasse. E esta não demorou. A 8 de outubro de 1961, no Hospital da Penha, Pe. Cherubini trocou esta vida por outra, infinitamente melhor. Tinha apenas 43 anos.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

MINHA NOTA: Saudoso Padre Cherubini! Meu inesquecível professor de álgebra, física e química. No SRSA, aquele cantinho oposto à clausura era todo dele. O famoso laboratório! Lembro-me um dia que estávamos muito preocupados com os exames de matérias como a álgebra e o grego. Estávamos nervosos!!! Padre Cherubini, em seu laboratório, mostrou-nos como nos tranquilizarmos: Trouxe-nos um pedaço de arame e pediu que fizéssemos uma corrente em mãos dadas. Éramos 10 alunos. O último da fila deveria tirar os sapatos. O primeiro recebeu aquele pedaço de arame e o colocou na tomada. De repente, nós todos estávamos sentindo suaves choques elétricos.Nossas tensões diminuíam! Padre Cherubini, como já lembra o seu sobrenome: ESTEJA ETERNAMENTE COM OS ANJOS DO SENHOR! Antonio Ierárdi Neto-Tampinha
Meu professor de matemática, substituiu o Padre Campos. Abner(+)
Também foi meu professor de álgebra, trigonometria, química e física....no outro lado do corredor da clausura dos padres.....lembra?Ierardi 
Ele foi o professor dessas matérias até o fim do meu curso.Abner(+)
Vivo, só o vi uma vez. Foi à Pedrinha buscar pedras no Ribeirão para montar um filtro enorme para a piscina. Morreu antes de concluí-lo. Fomos de caminhão para Aparecida assistIr a Missa de Requien e acompanhar seu enterro em 1961.Sebastian Baldi
Padre Cherubini , talvez não acreditasse em mim, certa feita, após seu afastamento do seminário para tratamento de saúde, nos visitando, ao deparar comigo, dirigiu-me estas palavras :- Você ainda está aqui ?- Foi um banho de água fria, eu resisti, continuei até onde minhas forças permitiram, saí não por ele, mas pelas circunstâncias da trajetória na minha frustada vocação.Alexandre Dumas

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. BALTAZAR (JOÃO DESS) CSsR e IR. JOÃO DE DEUS (LÁZARO PAPA) CSsR

 IR. BALTAZAR (JOÃO DESS) CSsR

+8 de OUTUBRO 1958 
Era de Holzheim (Alemanha) e nasceu a 10 de dezembro de 1887. Professou na C.Ss.R. em 1909, vindo para o Brasil em 1913. Trabalhou sempre nas casas de São Paulo: cozinheiro em Aparecida e no Jardim Paulistano, sacristão e porteiro em São João da Boa Vista, e finalmente jardineiro em Pinda. Sempre recolhido, embora não fosse de muita saúde, procurava ocupar-se onde era necessário, como homem dos sete instrumentos. Em Aparecida era conhecido como cozinheiro de alta classe; e a cerveja que fabricava para “uso interno” foi sempre elogiada, não só pelos confrades, mas também pelos hóspedes que não a dispensavam. Muito cuidadoso como sacristão, era também entendido em eletricidade e mecânica: que o digam os sinos de Aparecida, dos quais cuidou durante algum tempo. Estava ele como auxiliar em Pinda, quando começou a adoecer, precisando então ser transferido para a Penha. Já com quase setenta anos, sua saúde não reagiu mais. E Deus o chamou a 8 de outubro de 1958, sendo sepultado na Penha. 
IR. JOÃO DE DEUS (LÁZARO PAPA) CSsR
+8 de OUTUBRO 1966 
Ele não era de Deus apenas de nome: era-o de fato, pela sua piedade sincera e grande amor ao trabalho. Um legitimo tieteense, filho de pais italianos, do Bairro de São João. Em 1959 recebeu o hábito na C.Ss.R. fazendo seus votos perpétuos em 1966. Em 1965 estava no S.R.S.A. trabalhando como roupeiro e hortelão. Lidando freqüentemente com herbicidas, por ignorância, ou por não acreditar muito no perigo, respirava veneno ao pulverizar as verduras. Resultado: os herbicidas acabaram afetando-lhe o cérebro. Tratou-se na Penha, mas sem resultado. A 8 de outubro estava ele no Potim, a título de repouso, e já sob uma certa vigilância. À tarde desse dia, sem que os confrades notassem, saiu de casa caminhando pela estrada de Guaratinguetá. Chovendo torrencialmente, não se sabe se o Irmão quis atravessar um ribeirão, ou caiu na correnteza. Procurado à noite toda, e nos dias seguintes, ninguém o encontrou; até que, às 9 horas do dia 11, seu corpo foi encontrado no Paraíba. Identificado pelo número da roupa, foi sepultado no dia seguinte em Aparecida.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. IBANEZ ALVES COELHO DE CAMARGO CSsR

 PE. IBANEZ ALVES COELHO DE CAMARGO CSsR

+7de OUTUBRO 2000 
Nasceu em Silvânia, municio de Matão SP, em 13 de maio de 1919 Foram seus pais: José Custódio Alves de Camargo Filho e Odete Coelho de Camargo. Foi batizado em 14 de novembro de 1919, em Aparecida . Entrou para o Pré Seminário de Pindamonhangaba SP, em 15.04.1931, passando para o Seminário S.Afonso de Aparecida, em janeiro de 1932. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba SP, em 1938, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, em 02.02.1939. O Seminário Maior foi feito em Tietê no Seminário de Santa Teresinha, de 1939 a 1944. Fez a Profissão Perpétua em 02.02.1943, em Tietê SP. Foi Ordenado Sacerdote, na Penha, em S.Paulo SP, em 06.01.1944, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. Celebrou sua primeira Missa Solene em Araraquara, em 09.01.1944. Em janeiro de 1945, deixou o Seminário Maior, iniciando sua vida apostólica, como Vigário Cooperador na Basílica de Aparecida. Ao mesmo tempo era professor no Seminário S.Afonso. Em 1946 foi Vigário Cooperador na Penha, em S.Paulo SP. Em 1947 voltou para Aparecida. Em 1948 foi Vigário Cooperador em nossa Paróquia de Campinas, em Goiânia. No 1º semestre de 1949, em S.João da Boa Vista, fez o 2º Noviciado preparando-se para as Missões Populares. Terminado o 2º Noviciado, foi transferido para Araraquara, como missionário, começando sua longa vida de missionário. Em 1954, foi transferido para Cachoeira do Sul RS, no apostolado das Missões. Em 1959, foi nomeado Superior da Comunidade e Vigário da Paróquia de S.Antonio, em Cachoeira do Sul RS. Terminado seu Superiorado, em janeiro de 1962, foi transferido para Araraquara. Em junho de 1962 foi transferido para a Penha, para trabalhar na Paróquia, tornando-se Pároco da Penha e Superior da Comunidade, em 1963 e 1964. Em 1965 foi transferido para Araraquara, como missionário. Daí em diante foi missionário, morando em S.João da Boa Vista (1967 a 1976), Araraquara (1977 a 1979), Tietê(1980 a 1985). Em 1985 voltou para Araraquara, onde morou até seu falecimento. Em 02.02.1989 celebrou seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa. Em 06.01.1994, celebrou seu Jubileu de Ouro de Sacerdócio. Sempre foi um confrade muito alegre e brincalhão, amigo de uma boa prosa e de uma piada. Nos últimos tempos, por, sua saúde já não estava muito boa. Teve de tirar um rim. Tinha também problemas cardíacos. Dia 02.02.1999 celebrou seus 60 anos de Profissão Religiosa. Sentindo-se mal, na manhã de 07 de outubro de 2000, foi levado para o Pronto Socorro, onde faleceu. Causa da morte: embolia pulmonar. A missa de corpo presente foi às 15 horas, em nossa Igreja provisória de Araraquara. Foi sepultado no mesmo dia, em Araraquara, no túmulo da Congregação.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

ORAÇÃO PELA PÁTRIA

Tenho certeza que hoje Maria Apareci-da, nossa Senhora, olhará com o maior carinho para nosso Brasil. 
E pedirá que Deus lhe conceda alguns favores. 
Um Legislativo voltado apenas para o bem do povo, sem interesses próprios, justo e transparente. 
Um Judiciário justo, livre, atento ao direito de todos, em especial dos pequenos. 
Um Executivo responsável, sábio e prudente, preocupado só com o bem de nosso povo. 
"Maria Aparecida, Senhora nossa, será pedir demais a vós que conheceis tanto nossa vida? 
Vede, temos tantos sonhos e não desanimamos. 
Pedi para nós a paz, a verdade; e que não haja oprimidos, nem opressores, violentos, gananciosos; nem ricos demais nem pobres demais.
Ajudai-nos a ser apenas irmãs e irmãos. 
Só isso."

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

DO COLEGIÃO PARA O SANTO AFONSO....

Era janeiro, passamos por fevereiro, entramos em março de 1952, vivíamos na Pedrinha, médio-menores, turma mais fraca, os médio-maiores foram retidos em Aparecida, encarregados da mudança para o seminário Santo Afonso. Era festa, entretenimento, zero estudos, demorava o início do ano letivo, passei naquele espaço um período de reflexão, muita oração, contemplação, torcendo pela volta a uma rotina costumeira lá onde nos esperava a conclusão ou segunda etapa de nosso mister. Tomamos posse de nosso espaço, provisório, ainda em conclusão, convivendo com pedreiros, os pisos não terminados, a capela num dormitório, os banheiros divididos por tábuas. O Santo Afonso cresceu, nós ajudamos de alguma forma, a capela surgiu, padre Izidro, um artista, foi inaugurada solenemente, muita cerveja distribuída, algum pito consequente. Orgulho-me do Colegião, escrevi histórias, o Santo Afonso, fui seu primeiro morador, ali fui zelador dos menores, fui eleito secretário da Congregação Mariana, fui redator da revista Estúdio, exerci alguma liderança, esperavam mais de mim. Foi ali que, em reflexão de tudo que me era destinado na vida, resolvi inverter meu caminho e direcionar minha vida a outros desígnios onde venci, mas sempre saudoso daqueles tempos prazerosos onde o ideal nos convidava a escalar o monte e implantar o Signo. ALEXANDRE DUMAS
Caro colega/amigo! Quanta saudade daqueles tempos....ainda que esses que você testemunha não foram os meus tempos... Em 1957 estive na Pedrinha com o Padre Brandão(+)! Em 1958, com o Padre Sônego(+) foi quando cheguei a essa maravilhosa Casa de Santo Afonso..... Estava tudo pronto e terminado!!!! Havia até uma seriema nos jardins da Capela!!!!! Antônio Ierárdi Neto