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| PEDRO LUIZ DIAS |
Junto-me aos milhares de ex-seminaristas Redentoristas, esparramados pelo mundo inteiro e que exercem ou exerceram as mais diversas profissões, sinal vivo do cumprimento das missões inspiradas por Santo Afonso Maria de Ligório.
Advogado e fundador da Congregação, Santo Afonso trouxe à espiritualidade redentorista a força da gratidão e do perdão — virtudes que unem razão e fé, coração e justiça.
Minha formação educacional e espiritual tem raízes profundas nos Seminários Redentoristas de Tietê e Aparecida, onde aprendi que servir é mais importante que vencer, e que a fé é também um exercício de humanidade.
Gratidão eterna à Congregação que moldou valores que carrego até hoje: fé, cultura, solidariedade e esperança.
🙏 Uma vez Redentorista, sempre Redentorista
PEDRO LUIZ DIAS
Era 1953...Órfão de pai há quatro anos, com nove anos de idade, uma irmã de dois anos menos e uma mãe que iria prosseguir na batalha da vida, agora sozinha, conduzida pela obrigação maternal de criar os dois filhos, dando-lhes o presente bem melhor que o passado, na perspectiva do futuro consistente sobre promissor . (....e ela conseguiu...) Em contato com sua chefe, na creche do Lanifício Fileppo, indústria de tecidos no bairro do Belém, em São Paulo-SP, encontrou um lugar para deixar-me em tempo integral, isto é, internado. Era o Orfanato ( depois: Instituto ) Cristóvão Colombo, que está no bairro do Ipiranga, à rua Dr. Mário Vicente.Uma casa de padres carlistas, ordem cujo patrono é São Carlos Borromeo, que abriga por internato órfãos, direcionando-os para o caminho da Verdade e Vida! Ali fiquei por quatro anos, continuando meus estudos do período primário e começando a aprender um pouco mais das coisas do Pai. Uma vez por semana, pegava o bonde em seu ponto inicial, em frente ao Instituto de Cegos Padre Chico, no Ipiranga, e ia até o seu final à Praça João Mendes, com destino à Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca, onde ajudava, durante o dia nas missas e outros serviços de sacristia como dar informações, vender velas, recolher o dinheiro deixado nas imagens e pedir às pessoas que não permanecessem nos degraus da entrada. Comecei a conhecer ali que a vida, ainda que, decorrendo de forma precária, pode ser vivida com muita alegria e dignidade. Esse modo de vida aliado à necessidade de liberar minha mãe para o trabalho trouxe-me até Aparecida-SP, ao Seminário Redentorista de Santo Afonso em 1957. Foi vocação? Entendo hoje que não. Mas a convivência nesta nova casa começou a germinar em mim o ideal missionário, no nascer de minha juventude:
SER PADRE, MISSIONÁRIO, REDENTORISTA, SANTO!
Em todos os meus movimentos estava sempre presente em forma falada ou escrita essa aspiração ( ainda agora ressoam essas palavras no timbre da voz do Pe. Brandão em meu consciente!). Que coisa bonita! A vocação religiosa redentorista começava surgir! Foi-me indicado um lugar para dormir e guardar minhas roupas e objetos...Mas isso era temporário....
A VOCAÇÃO SACERDOTAL
Foram 6 anos no seminário. Tive um confessor no seminário, o falecido Padre Azevedo Tofuli, meu professor de Latim, que mensalmente, por um contato direto, ouvia-me em colóquio e pelos seus conselhos orientava-me em meu caminho ao sacerdócio. Esse franco contato levou-nos à conclusão um dia de que minha verdadeira vocação seria a formação de uma família ao invés de um compromisso pelos votos religiosos. Foi pelo seu conselho que saí do seminário e formei minha família , constituída e realizada, que já trouxe ao mundo três filhos e quatro netos. Era o caminho que devia ser seguido!
Antônio Ierardi Neto


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