sábado, 22 de novembro de 2025

Família Leiga Redentorista

Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas
 inicia a Campanha de Evangelização
“Jesus, nossa Esperança, habita entre nós. 
É nossa a missão de anunciá-lo.” 
No calendário litúrgico, o domingo, 23 de novembro, celebra a Solenidade de Cristo, Rei, encerrando o Ano Litúrgico com o convite à renovação da fé e da missão. 
Nesta data, a Igreja no Brasil também recorda com especial apreço o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas, destacando sua vocação própria: ser presença transformadora no mundo, testemunhando o Evangelho no trabalho, na família, na política, na cultura e nas realidades concretas do cotidiano. 
Para a Família Leiga Redentorista, esta solenidade é ocasião privilegiada para reacender a chama missionária e reafirmar seu compromisso com o carisma herdado de Santo Afonso Maria de Ligório e da Beata Maria Celeste Crostarosa. 
Ambos nos lembram que a vida cristã é um movimento contínuo de proximidade com os mais abandonados, de anúncio da Copiosa Redenção e de fidelidade ao Cristo que reina servindo, acolhendo e libertando.
A celebração deste dia oferece aos leigos e leigas redentoristas uma oportunidade concreta de: 
• Manifestar publicamente sua vocação e corresponsabilidade na missão da Igreja; 
• Assumir, com renovado ardor, sua missão evangelizadora nas comunidades, pastorais e equipes onde atuam; 
• Comprometer-se com a nova Campanha de Evangelização, proclamando que “Jesus, nossa esperança habita entre nós. É nossa a missão de anunciá-lo.” É um lema que recorda a presença viva e cotidiana de Cristo no meio do povo simples, nas casas, nas pequenas comunidades, nos espaços de vulnerabilidade e esperança. 
Inspirados pela espiritualidade alfonsiana - humana, próxima, misericordiosa - e pela intuição luminosa da Madre Crostarosa sobre a vida como expressão do próprio Cristo, os leigos e leigas redentoristas são chamados a ser testemunhas da esperança. 
Que este dia fortaleça sua missão de permanecer onde a vida clama, onde a fé precisa ser reacendida e onde a dignidade humana pede defesa. 
Que Cristo Rei, Servo e Redentor, continue guiando a caminhada missionária de toda a Família Leiga Redentorista.
PEDRO LUIZ DIAS

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Orlando Gambi CSsR

Pe. Orlando Gambi CSsR
22 de novembro de 2005
Pe. Orlando nasceu em Machado, MG, no dia 17 de maio de 1925, filho de Celso Gambi e Assunta Bartolomeu Gambi. 
Admitido ao Seminário Santo Afonso em 1937, aí concluiu o curso em dezembro de 1944. Durante o ano de 1945, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, a 02.02.1946. Foi Ordenado Sacerdote, na Igreja Matriz de Tietê SP, a 27.12.1950, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. 
Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Machado MG, a 07.01.1951. Deixou o Seminário Maior, em janeiro de 1952,
Iniciou seu ministério no Santuário de N. Sra. Aparecida. Depois de dois anos lecionando no Seminário Sto. Afonso, no primeiro semestre de 1957 fez, em São João da Boa Vista, o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. Depois de sete anos, de 1963 a 1965, dedicou-se a uma pastoral de vanguarda entre o operariado nas fábricas de S. Paulo. Em Roma e Lovaina fez um curso de Sociologia Pastoral.
Voltando ao Brasil, em 1967, iniciou seus trabalhos na Rádio Aparecida, cuja direção geral assumiu de 1970 a 1981. Sua atuação foi marcante na história da emissora: terminou a construção da nova sede, promoveu grande renovação técnica, conseguiu novas freqüências e aumentos de potência. De 1982 a 1987 dirigiu a Comunidade Redentorista e a Paróquia de N. Sra. do Perpétuo Socorro, em S. Paulo, SP. Desde então residiu em Aparecida, SP.
Poeta e músico, autor de muitas composições. Pregador, radialista e escritor de atividade incansável. Deixou muitas obras publicadas e sempre colaborou com revistas e jornais. Muitos de seus textos poéticos foram divulgados em CDs e na Internet, que lhe abriu um novo campo em seus últimos anos.
De personalidade rica, emotiva e entusiasta, conquistou inúmeros e fiéis amigos e admiradores. Na vida comunitária foi sempre uma presença marcante.
Sua saúde, nem sempre muito firme, debilitou-se nos últimos dois anos. Depois de longo calvário em consultórios e hospitais, encerrou sua peregrinação às 7,30h de 22 de novembro de 2005, aos oitenta anos de vida. Viva na Paz do seu Senhor.
OBRAS DO PE. ORLANDO GAMBI
Editora Salesiana:
De coração aberto 
Oração na simplicidade
Shalon:
Conversando sem segredos
Editora Santuário:
Como eu dizia, Senhor 
Criança 
Fique de bem com a vida 
Gosto que me falem amor 
Meu Natal para quem amo 
O Natal que te quero 
Paz e bem 
Porque somos amigos 
Quero dizer a Deus que... 
Um viva ao amor 
Ver a vida com amor 
Vida de Monsenhor Filippo 
Vida de Santa Teresinha 
Vida do Padre Luis Guanella
Vida do Pe. Gaspar Stanggassinger
TRADUÇÕES
Editora Santuário:
Do alemão:
José, escolhido de Deus
Maria, mãe querida
Do italiano:
A caminho com Jesus
Eles vivem na paz 
Via sacra dos idosos
Padre Gambi foi meu professor, a última vez que eu o vi foi em uma missa por ele celebrada numa comemoração de minha família. Na hora da saudação, ele sugeriu que trocássemos as palavras tradicionais por "Irmão, eu te amo", aproveitei o ensejo e dirigi-me ao meu irmão, ao meu lado, proferi as palavras e, nesse dia, reatamos relações um tanto estremecidas em nosso relacionamento.Alexandre Dumas Pasin

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - OITAVO QUADR


8º Quadro – NO MEIO DA EPIDEMIA
 
Um dos seus primeiros trabalhos pastorais foi na Penha de S. Paulo, quando um surto de gripe assolou a capital paulista em 1918, vitimando muita gente. Pe. Pelágio, no ardor e zelo da sua juventude sacerdotal, desdobrou-se em atenções com as vítimas. Durante a epidemia, além de dar o socorro espiritual, aplicou seus conhecimentos práticos de enfermagem. Diz o cronista da época que ele “foi nomeado 'factótum' nas paróquias anexas de São Miguel, Itaquaquecetuba e Arujá com todos os poderes. Tinha um doutorando e um automóvel à sua disposição”. Mas não nasceu para trabalhar em cidade grande. Seu lugar seria Goiás, para onde foi definitivamente em 1920.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR

IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR 
+20 de NOVEMBRO 1975 
Bávaro, nascido a 6 de maio de 1894. Ingressou na C.Ss.R. em 1912, professando em 1919. Trabalhou na Alemanha até 1931, ano em que veio para o Brasil. — Embora bom cozinheiro, Irmão José trabalhou em quase todas as Casas da Província de São Paulo e de Porto Alegre como marceneiro. A seu respeito escreveu o Provincial da Alemanha ao nosso Vice- Provincial: “Igual a ele dificilmente o Sr. poderá encontrar um outro. Firme na vocação, cuidadoso, econômico, prático, e trabalha por três; cedendo-o nós perdemos muito”. A Província de São Paulo lucrou muito. Incansável no trabalho, Irmão José sabia usar e aproveitar tudo, desde madeiras até ao último prego ou parafuso. Piedoso sem alarde; inteligente e observador, sabia caracterizar fatos ou pessoas com duas palavras, ou com alguma comparação original. Não era homem de falar muito; preferia ouvir e observar. Avaro do seu tempo, estava sempre ocupado. Na fundação do Seminário em Tietê, sem ajudante, fez todos os armários, estantes, carteiras, mesas, guarda-roupas, prateleiras para a biblioteca, enfim, tudo o que era do seu ofício. Em São João da Boa Vista deixou também a marca do seu trabalho, tomando para si o mais pesado, e deixando para o Irmão Simão já idoso, o mais leve e fácil na execução do forro da igreja. Nas suas observações, feitas em um Português todo seu, aparecia bem o marceneiro de plaina afiada, pronta para desempenar. Algumas foram destacadas: “Este de padres antigos, este de breviário debaixo do braço; este de padres modernos, este de máquina de retrato. — Este de padres antigos, este de muita meditação, este de padres modernos, este de muita televisão”. — Nos dias de festa em Pinheiro Marcado: ”Este de dia de três arroz: arroz de sopa, este de arroz de arroz, e este de arroz de doce”. — Na conferência aos irmãos, o padre encarregado lia um trecho em francês (!) e o traduzia para seus ouvintes. — Irmão José lhe disse: “Este de conferência este de grandes porq’ria; este de livro francês este de muito ofende alemão...” idoso, e com a saúde já abalada, está ele em Goiânia, ajudando nos trabalhos da Casa. Nunca se queixava sequer de um incômodo, e se teve alguma doença ninguém o soube, pois nada dizia a respeito. Com 81 anos, faleceu a 20 de novembro de 1975.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - SÉTIMO QUADRO


7º Quadro – SONHANDO COM O BRASIL
 
Os Redentoristas da Baviera (Alemanha), haviam assumido desde 1894, a cura pastoral de dois grandes Santuários do Brasil: N.S.Aparecida em Aparecida, em São Paulo, e Divino Pai Eterno em Trindade. O Brasil exercia grande fascínio sobre os seminaristas da Alemanha. Era a terra dos papagaios e do pau Brasil, das bananeiras e frutas tropicais. Principalmente uma terra carente de operários para a vinha do Senhor. Pe. Pelágio foi um dos candidatos idealistas e corajosos. Despediu-se do seu pai e chegou aqui em 1909 para nunca mais retornar à pátria, nem mesmo a passeio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - SEXTO QUADRO


6º Quadro – BEIJANDO SUAS MÃOS UNGIDAS
 
16 de junho de 1907 é a data inesquecível da sua ordenação sacerdotal. A primeira missa solene foi celebrada, na aldeia de Nordhausen, onde passou Pelágio a infância e a juventude. Todos queriam beijar suas mãos ungidas e receber a "bênção primicial". O primeiro da fila foi seu pai Matias. Dizia-se que "vale a pena gastar um par de sapatos para ir receber a bênção do padre novo". Sua sobrinha Pelágia, então com 5 anos, foi a "noivinha" que colocou na fronte do neo sacerdote a coroa de flores, conforme o costume daquele tempo. Mais tarde tornou-se freira e veio também trabalhar no Brasil.

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Leigo Redentorista: Missão que se encontra no Coração da Igreja

PEDRO LUIZ DIAS
Ontem, li com grande satisfação a notícia publicada pelo José Ribeiro Leite, que a vida no Seminário o denominou carinhosamente como Paraíba, sobre a participação dos leigos — e mesmo dos antigos seminaristas — na reunião capitular da Congregação do Santíssimo Redentor. Trata-se de uma presença significativa, que reforça o novo tempo e a sensibilidade na vida da Igreja: o tempo da corresponsabilidade missionária.

A notícia reacendeu em mim a memória de uma conversa antiga, mas inesquecível, com o irmão AlanPatrick Zuccherato – C.Ss.R., então diretor de comunicação do portal A12.com. Conversar com o irmão Alan é sempre uma experiência de entusiasmo; ele tem o dom de irradiar energia, esperança e criatividade pastoral. Em meio à conversa, ele disse uma frase que continua a me acompanhar:

“Vocês que estão na vida leiga são muito importantes como exemplo, como referência para nós, que vivemos a vida religiosa consagrada.”

Essa afirmação, que tantas vezes me volta à mente, sempre me leva à reflexão: qual tem sido, de fato, a presença, a colaboração e o testemunho dos leigos na vida espiritual, material e organizacional da nossa Congregação?

Um olhar para a Congregação hoje

Falar da Congregação do Santíssimo Redentor, hoje, é deixar que os olhos brilhem e que a alma se revigore. É admirável o trabalho desenvolvido pelos irmãos e padres redentoristas nos diversos santuários e frentes missionárias.

Basta contemplar:

  • O Santuário Nacional, em Aparecida, SP, com sua organização, acolhimento e vida litúrgica exemplar;
  • A Basílica histórica no centro da cidade de Aparecida, SP;
  • O Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, GO, com sua força evangelizadora e missão popular;
  • E tantas outras casas, paróquias e presenças missionárias espalhadas pelo Brasil, pela América Latina e pelo mundo.

Quem percorre as publicações, produções, transmissões e reflexões oferecidas pelo A12.com percebe imediatamente o crescimento da mensagem, a vitalidade da comunicação e a amplitude do alcance missionário dos redentoristas. Esse dinamismo não nasce por acaso. É fruto direto da integração, do acolhimento e da abertura que a Congregação tem demonstrado para com os leigos que desejam caminhar juntos.

Provinciais, diretores de casas, formadores, missionários — todos têm se mostrado sensíveis ao protagonismo leigo e ao valor da participação corresponsável.

A pergunta que retorna

Diante dessa realidade tão fecunda, volta a pergunta essencial:

O que nós, leigos, temos feito? Como podemos colaborar mais profundamente?

A primeira resposta não é uma tarefa, mas uma atitude:orgulhar-se da própria identidade.

Sim, assumir com alegria a vocação de missionário redentorista no mundo - alguém que leva para a família, para o trabalho, para a vida pública e comunitária a espiritualidade de Santo Afonso Maria de Ligório e o testemunho ardoroso das grandes figuras da congregação, como Madre Maria Celeste Crostarosa.

Ser missionário na perspectiva redentorista não exige hábito religioso, mas exige coração disponível:

  • coração que reza;
  • coração que acolhe;
  • coração que consola;
  • coração que comunica esperança;
  • coração que protege a dignidade dos pequenos e dos pobres;
  • coração que se compromete com a justiça do Evangelho.

O chamado dos nossos tempos

Este é, sem dúvida, um momento histórico. A presença leiga nos Capítulos e nas instâncias de reflexão da Congregação não é apenas simbólica; é sinal de que a missão redentorista se expande, se renova e se encarna no cotidiano das famílias, das cidades e do mundo digital.

Os leigos trazem perspectivas novas, talentos profissionais, sensibilidade pastoral e uma vivência concreta do Evangelho nas realidades sociais onde os religiosos, muitas vezes, não estão presentes de modo contínuo.

O que podemos oferecer?

Como leigos, podemos:

  • Fortalecer a comunicação institucional, com nossa experiência profissional e testemunho;
  • Apoiar projetos sociais e pastorais, contribuindo com planejamento, gestão e recursos;
  • Viver e difundir a espiritualidade redentorista, de forma madura e coerente;
  • Participar de grupos, irmandades, missões e pastorais, com generosidade e constância;
  • Ser ponte entre a Congregação e a sociedade civil: no mundo acadêmico, empresarial, comunitário e cultural.

Conclusão: missão compartilhada

Mais do que uma colaboração eventual, o que se pede hoje é uma aliança espiritual e missionária entre religiosos e leigos, fiel ao espírito de Santo Afonso: proximidade com o povo, simplicidade do Evangelho, ardor missionário e confiança absoluta na graça redentora de Cristo.

O futuro da Congregação do Santíssimo Redentor — já tão rico e tão fecundo — continuará a florescer na medida em que essa comunhão se fortalecer.

Ser leigo missionário redentorista é assumir, com humildade e coragem, que também somos guardiões da esperança, testemunhas da misericórdia e instrumentos da Copiosa Redenção.

Por Pedro Luiz Dias – Família Leiga Redentorista

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - QUINTO QUADRO


5º Quadro – SEMINARISTA E NOVIÇO
 
Pelágio tinha quase 17 anos quando começou a realizar seu sonho. Os recursos eram insuficientes para manter dois filhos no Seminário, pois seu irmão Gaspar havia entrado um ano antes. Mas uma bolsa de estudos e a complacência dos formadores facilitaram muito. Não foram fáceis aqueles 12 anos passados no Seminário. Pelágio precisou esquentar bastante a cabeça para dar conta do recado. O sinal verde para prosseguir, foram as qualidades morais que superavam com vantagem as limitações da inteligência. O senso prático, aliado aos dons artísticos e carismáticos, compensaria as limitações nos estudos teóricos.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - QUARTO QUADRO

PADRE PELÁGIO SAUTER CSsR

4º Quadro – APRENDIZ DE SERRALHEIRO

Desde pequeno Pelágio falava em ser padre. Gostava de imitar o vigário celebrando missa. Para isso confeccionou o cálice e as galhetas com pedaços de cera que recolhia na igreja. Seu irmão José fazia as vezes de coroinha.

Aos 14 anos, mais para agradar o pai, foi ser aprendiz de serralheiro. Trabalhou apenas dois anos, pois viu que esta não era sua vocação.

Houve uma noite em que não conseguia dormir, pensando naquela passagem do Evangelho: "O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e se perder eternamente!".

Ao amanhecer, levantou-se decidido: “Vou mesmo para o Seminário”.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

ELES NOS PRECEDERAM - PE. ANTÔNIO (DE LISBOA) FISCHHABER CSsR

PE. ANTÔNIO (DE LISBOA) FISCHHABER CSsR 
+17 de NOVEMBRO 1937 
Ao falecer em 1937, Pe. Antônio era o Padre mais velho da Vice- Província, chamado carinhosamente de “Vovô” pelos confrades. É que, além disso ele fora sempre um grande coração, cheio de bondade para com todos. Nascido a 7 de fevereiro de 1868, não pôde, quando menino, ingressar na vida religiosa como era seu desejo, pois, ficando órfão de pai, teve de trabalhar como serralheiro, ao lado de um seu padrinho. Somente aos 19 anos conseguiu um lugar no Juvenato da C.Ss.R. graças à caridade de um Padre seu amigo. Apesar da idade, ele se deu muito bem no meio dos colegas ainda crianças; todos o estimavam por seu tipo alegre e até bonachão. Professou a 18 de setembro de 1892, passando logo aos estudos superiores. Não foi nenhum prodígio em Filosofia ou Dogma; com muita aplicação, porém conseguiu sempre boas notas em Moral e Pastoral. Antes de terminar os estudos veio para o Brasil, e aqui continuou estudando, para ser ordenado a 29 de fevereiro de 1896, na antiga catedral de São Paulo. Seus primeiros anos de apostolado ele os passou em Goiás, como Vigário de Campininhas, atendendo a outras paróquias: Pouso Alto, Morrinhos, Caldas Novas, Palmeiras, entre outras, foram também seu campo de trabalho durante quase oito anos. Em 1904 foi transferido para Aparecida, onde foi Vigário de 1910 a 1913. Aí fundou a Pia União das Filhas de Maria, deu grande impulso à vida religiosa do Santuário, e foi incansável no confessionário, atendendo paroquianos e romeiros. Ótimo desenhista, conhecedor de estética, foi um hábil arquiteto que prestou grandes serviços à Vice-Província e a paróquias vizinhas. São trabalhos seus a igreja de São Benedito em Aparecida, as igrejas do Potim e Roseira (Nova e Velha) a Vila Vicentina e o antigo Asilo dos Velhos em Aparecida. Gostava de fiscalizar pessoalmente suas obras e tornou-se muito querido dos pedreiros e empregados que o tinham como um grande amigo e benfeitor. Já pelo ano de 1915 Pe. Antônio começou a ficar preso em casa, devido a uma inflamação nos pés, que depois lhe atacou também as pernas. Era com muito sacrifício que saia para fiscalizar suas obras; e ainda se arrastava todos os dias até a igreja, para passar horas no confessionário. Durante quase vinte anos ele viveu assim, dando a todos um impressionante exemplo de conformidade e de zelo. Seus males foram se agravando, até que, a 14 de novembro, não resistiu mais: teve de ficar de cama, para aguardar a morte que o levou logo, no dia 17, à uma hora da madrugada.
CERESP 
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - TERCEIRO QUADRO


3º Quadro – E AGORA, SEM A MÃE! 
Fevereiro de 1886. A neve cobria as montanhas e os campos, os caminhos e as casas. Dona Maria tinha tido seu 15º filho. Mas enfraquecida pelos afazeres, desprovida de recursos médicos, foi juntar-se no céu com seu pequeno Francisco, que faleceu quatro dias antes dela. Ficaram órfãos 13 filhos, entre eles o Pelaginho com apenas 8 anos. Sem a presença da esposa, podemos imaginar as angústias e preocupações do esposo viúvo, rodeado por aquele bando de órfãos que choravam a ausência da mãe. Ana Elizabete, a filha mais velha das mulheres, assumiu corajosamente o trabalho doméstico e a educação dos irmãos.

domingo, 16 de novembro de 2025

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - SEGUNDO QUADRO


2º Quadro – “NÃO FALE MAIS ASSIM"
Em 1880 a familia precisou mudar-se para Nordhausen, aldeia distante uns 200 kms. Aí nasceram mais filhos formando o pequeno batalhão de quinze. O tempo era repartido entre a escola, a casa, o pequeno sítio e a igreja. E todos os filhos colaboravam. O ambiente era de um lar verdadeiramente cristão. A missa dominical, um dever sagrado. Certa manhã friorenta o pequeno Pelágio acordou azedo e disse: “Hoje não vou à missa”. Dona Maria, atarantada com tanto filho para arrumar, deu-lhe um sonoro tapa na boca dizendo: “Meu filho, nunca mais repita uma coisa dessas”. Foi uma lição para o resto da sua vida.

 http://www.npdbrasil.com.br/padrepelagio/boletim_0008.htm

sábado, 15 de novembro de 2025

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - PRIMEIRO QUADRO



Esta é a primeira parte da Vida do Padre Pelágio, em 28 quadrinhos coloridos.É um resumo da sua vida, tão cheia de boas obras em favor dos pobres e enfermos. O processo de sua canonização já está tramitando em Roma.

 


1º Quadro – NESTA CASA NASCEU PELÁGIO

Era o memorável dia 9 de setembro de 1878 na aldeia alemã de Hausen am Tann, lugarejo aprazível cercado de montanhas, coberto de neve nos meses mais frios do ano. Seus 400 moradores viviam a vida laboriosa e tranqüila do campo.

Na casa do mestre escola Matias reinava grande expectativa. Eram quase 9 horas da noite quando se ouviu um choro de criança. Era o décimo filho do casal Maria Neher e Matias Sauter, que anunciava sua chegada ao mundo.

Três dias depois foi batizado na igreja centenária da aldeia, na mesma pia batismal conservada até hoje. Recebeu o nome de Pelágio.

Muitos se perguntavam: “O que será deste menino?


 http://www.npdbrasil.com.br/padrepelagio/boletim_0008.htm


sexta-feira, 14 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO-PE. JOSÉ GARIBALDI BELTRAME (Pe. Waldemar)CSsR

PE. JOSÉ GARIBALDI BELTRAME (Pe. Waldemar)CSsR
*15 de maio 1926 - 
+14 de novembro 2016
Ele nasceu a 15.05.1926 em Santa Maria RS. Eram seus pais: Davi Beltrame e Catarina Copetti Beltrame.
Entrou para o Pré-Seminário de Pinheiro Marcado a 25.01.1939. A 31.01.1941 veio para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida.
Fez o Noviciado em 1946, em Pindamonhangaba SP, onde fez a Profissão Religiosa na C.Ss.R. a 02.02.1947. Fez os estudo de Filosofia e Teologia no  Seminário Santa Teresinha em Tietê. Aí fez a Profissão Perpétua a 02.02.1957.
Foi Ordenado Sacerdote a 27.12.1951, em Tietê, por D. José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP.
Atividades pastorais e outros tipos de trabalho:
Suas atividades missionárias e pastorais se iniciaram como professor no Seminário Menor de Pinheiro Marcado, no Rio Grande do Sul, e no Seminário São José, em Campinas, Goiás.
A partir de 1956, depois de fazer o segundo noviciado, dedicou-se à pregação das Missões Populares, nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Em 1965 e 1966  trabalhou no Serviço Social na Caritas da CNBB do Regional Sul III (SC e RS). De 1967 a 1970 foi pregador de Retiros para Religiosos na CRB Sul III. De 1970 a 1975 continuou pregando Retiros para Religiosos  agora independente da CRB.
A 24.04.1976 pediu adscrição definitiva à Província de São Paulo. Aqui se dedicou ao trabalho pastoral em diversas frentes como em Igrejas e Paróquias; foi pregador de retiros, foi ainda formador em nossos seminários e atuou no atendimento dos romeiros no Santuário de Aparecida, por vários períodos. Ele integrava a Comunidade do Santuário quando Deus o chamou para si.
Pe. Beltrame foi também Superior da Comunidade do Jardim Paulistano, em São Paulo.
Pe. Beltrame era um homem de grande espiritualidade e  muito dedicado à oração. Preparava com esmero suas pregações e retiros, dando assistência a diversos grupos e movimentos de Igreja. Procurava sempre estar atualizado, através de leituras e cursos esporádicos. Seu hobby predileto é a pintura.
Na madrugada do dia 14 de novembro Deus o chamou para a eternidade. Ele tinha 90 anos de vida, completados em maio; 69 anos de consagração religiosa e 65 anos de sacerdócio.
Que Deus lhe conceda, como prêmio, a eternidade. 
                 
Pe. José Inácio Medeiros, CSsR
Secretário e Superior Provincial 

ELES NOS PRECEDERAM - IR. RAFAEL (JORGE MESSNER)CSsR

IR. RAFAEL (JORGE MESSNER)CSsR
+14 de NOVEMBRO 1906 
Natural de Hellembach (Alemanha) Jorge Messner nasceu a 1º de abril de 1863. Distinguiu-se como soldado do exército alemão, chegando ao posto de sub-oficial. Mas abandonou a carreira militar, entrando na C.Ss.R. em 1888. Ainda noviço, veio para o Brasil com os primeiros redentoristas, em 1894. Estudou português com uma tenacidade realmente militar, podendo em pouco tempo ser nomeado porteiro em Aparecida. Em 1889 fez a sua Profissão, sendo transferido para Campinas, em Goiás. Tornou-se logo o companheiro inseparável de nossos missionários em suas viagens pelo sertão goiano, devido a sua disposição para cozinhar, preparar os cavalos e aprontar as bagagens. Muito dedicado, aprendeu diversos ofícios, chegando também a aprender canto gregoriano, para cantar com o povo da igreja. Após alguns anos adoeceu gravemente, e veio para a casa da Penha, para tratamento, merecendo sempre os cuidados do nosso Pe. Martinho Forner. Examinado, porém, por um especialista, constatou-se que o pobre Irmão estava tuberculoso. Em meio aos sofrimentos da sua doença e inatividade, ele só repetia: “Seja como Deus quiser, e por quanto tempo Ele o quiser”. Nunca se ouviu de seus lábios uma queixa sequer, falando sempre da morte com muita serenidade, e até com alegria. — “Como sou feliz — dizia ele — podendo morrer na Congregação!” Em seus últimos dias ainda, ofegante e com os pés inchados, arrastava-se até a Capela da casa, para rezar a Via Sacra e o terço. A 14 de novembro de 1906, após a última absolvição, ele expirou calmamente enquanto, a seu lado, o Pe. Valentim Riedl rezava a ladainha de São José, pelo qual Irmão Jorge tivera sempre uma grande devoção. De temperamento forte e um tanto irascível, todos que o conheceram afirmavam que, à custa de um grande esforço, ele chegara a ser modelo de mansidão, para os confrades e para os estranhos.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsRPe.
Flávio Cavalca de Castro CSsR 

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO BRAZ DE FIGUEIREDO CSsR

PE. ANTÔNIO BRAZ DE FIGUEIREDO CSsR
+12 de NOVEMBRO  2004 
Nasceu em Boa Esperança (MG), dia 3 de fevereiro de 1938, no Bairro Ribeirão de São Pedro, onde morou por seis anos na zona rural. Foi o sétimo dos oito filhos de João Batista Vilela de Figueiredo e Olga Dias de Oliveira; seu batizado foi em Carmo da Cachoeira (MG), dia 08 de outubro de 1938. Em 1944, seus pais mudaram-se para a cidade, onde foi crismado no dia 21 de maio, por Dom Inocêncio Engelke, Bispo de Campanha (MG). Em 1948 fez sua Primeira Comunhão. Após concluir o curso ginasial, com 19 anos de idade, entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP), dia 19 de outubro de 1957. Em dezembro de 1962, terminou o Seminário Menor e, em 1963, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde também fez os votos religiosos na Congregação Redentorista, dia 2 de fevereiro de 1964. Estudou filosofia e teologia no Alfonsianum, em São Paulo, e fez os votos perpétuos dia 2 de fevereiro de 1967. No dia 22 de dezembro de 1968, foi ordenado Diácono por Dom Juvenal Roriz C.Ss.R., Bispo de Rubiataba (GO). Foi ordenado Sacerdote por Dom Othon Motta, Bispo da Campanha (MG) no dia 28 de dezembro de 1969, em Boa Esperança MG. Deixou o Seminário Maior em janeiro de 1971, começando sua vida apostólica no Santuário de Nossa Senhora Aparecida,  onde ficou até outubro de 1972. De novembro de 1972 a maio de 1973, fez o 2º Noviciado, preparando-se para pregar as Missões Populares, trabalho que desenvolveu de maio de 1973 a 2002. Nesse período morou em São João da Boa Vista e Araraquara, no interior de São Paulo. Durante quase trinta anos pregou as “Santas Missões” pelo Brasil afora, evangelizando, catequizando as cidades, as periferias das cidades e, de modo especial, o povo da zona rural. Destacou- se sempre por sua maneira simples, direta e cordial de tratar as pessoas, principalmente as mais simples. Em 1994, celebrou os 25 anos de Sacerdócio, no Santuário de Aparecida. No segundo semestre de 1997, foi para Roma, para estudos de atualização teológica, e, no segundo semestre de 1998, voltou a residir em Araraquara (SP). Em 2003, foi transferido para o atendimento pastoral dos romeiros no Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida. No dia 8 de novembro sofreu um infarto e foi internado no Hospital Frei Galvão, de Guaratinguetá (SP), onde faleceu na manhã do dia 12 de novembro de 2004. Estava com 66 anos de idade, 40 anos de Profissão Religiosa e 35 anos de Sacerdócio. Na tarde do mesmo dia, Pe. Oscar Brandão assim falou dele no momento da “Consagração a N. Senhora” no Santuário de Aparecida: “O Pe. Figueiredo, confrade e irmão nosso, era uma pessoa alegre. Teve falhas, sim. Teve limitações, sim. Mas era um sacerdote, um missionário zeloso, dedicado, caridoso, muito bondoso. Era um padre , um missionário moço, muito alegre, vivo, brincalhão, expansivo, derramado, comunicativo, entusiasmado e social. Era dessas pessoas que sabem cativar. Gostava de estar com o povo e no meio do povo. Como gostava de conversar e brincar com as pessoas!” A missa de exéquias foi celebrada no Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida mesmo dia de sua morte, às 18 horas. Foi sepultado no dia seguinte, em Boa Esperança (MG), na cripta da igreja matriz de Boa Esperança.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR .
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Me lembro muito bem dele. convivi com ele de 57 a 61. Tinha o apelido de Cafuçu , não sei porque. Acho que foi o Padre Vieira que colocou. Era um grande amigo de todos.-Abner(+)
Abner, o sinônimo de Cafuçu é "Homem rude"...teria sido essa a intenção do Padre Vieira? - Ierárdi
Verdade! Ele chegou com maís idade acho que veio da roça. Ele trabalhava por cinco de nós. Era da turma da pesada no trabalho e duro. Com Zamuner, Masserani, Enrique Savassa e Euclides.-Abner(+)
Era muito bem humorado e divertido. Grande ser humano! Diva Maria Hernandes-Lili

domingo, 9 de novembro de 2025

9 de novembro — Fundação da Congregação do Santíssimo Redentor (C.Ss.R.)

PEDRO LUIZ DIAS
Hoje celebro, com profunda gratidão, o aniversário da Congregação do Santíssimo Redentor — os queridos Padres Redentoristas, também conhecidos como Padres do Santuário de Aparecida. 
Junto-me aos milhares de ex-seminaristas Redentoristas, esparramados pelo mundo inteiro e que exercem ou exerceram as mais diversas profissões, sinal vivo do cumprimento das missões inspiradas por Santo Afonso Maria de Ligório. 
Advogado e fundador da Congregação, Santo Afonso trouxe à espiritualidade redentorista a força da gratidão e do perdão — virtudes que unem razão e fé, coração e justiça. 
Minha formação educacional e espiritual tem raízes profundas nos Seminários Redentoristas de Tietê e Aparecida, onde aprendi que servir é mais importante que vencer, e que a fé é também um exercício de humanidade. 
Gratidão eterna à Congregação que moldou valores que carrego até hoje: fé, cultura, solidariedade e esperança. 
🙏 Uma vez Redentorista, sempre Redentorista
PEDRO LUIZ DIAS
O COMEÇO! 
Era 1953...Órfão de pai há quatro anos, com nove anos de idade, uma irmã de dois anos menos e uma mãe que iria prosseguir na batalha da vida, agora sozinha, conduzida pela obrigação maternal de criar os dois filhos, dando-lhes o presente bem melhor que o passado, na perspectiva do futuro consistente sobre promissor . (....e ela conseguiu...) Em contato com sua chefe, na creche do Lanifício Fileppo, indústria de tecidos no bairro do Belém, em São Paulo-SP, encontrou um lugar para deixar-me em tempo integral, isto é, internado. Era o Orfanato ( depois: Instituto ) Cristóvão Colombo, que está no bairro do Ipiranga, à rua Dr. Mário Vicente.Uma casa de padres carlistas, ordem cujo patrono é São Carlos Borromeo, que abriga por internato órfãos, direcionando-os para o caminho da Verdade e Vida! Ali fiquei por quatro anos, continuando meus estudos do período primário e começando a aprender um pouco mais das coisas do Pai. Uma vez por semana, pegava o bonde em seu ponto inicial, em frente ao Instituto de Cegos Padre Chico, no Ipiranga, e ia até o seu final à Praça João Mendes, com destino à Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca, onde ajudava, durante o dia nas missas e outros serviços de sacristia como dar informações, vender velas, recolher o dinheiro deixado nas imagens e pedir às pessoas que não permanecessem nos degraus da entrada. Comecei a conhecer ali que a vida, ainda que, decorrendo de forma precária, pode ser vivida com muita alegria e dignidade. Esse modo de vida aliado à necessidade de liberar minha mãe para o trabalho trouxe-me até Aparecida-SP, ao Seminário Redentorista de Santo Afonso em 1957. Foi vocação? Entendo hoje que não. Mas a convivência nesta nova casa começou a germinar em mim o ideal missionário, no nascer de minha juventude: 
SER PADRE, MISSIONÁRIO, REDENTORISTA, SANTO! 
Em todos os meus movimentos estava sempre presente em forma falada ou escrita essa aspiração ( ainda agora ressoam essas palavras no timbre da voz do Pe. Brandão em meu consciente!). Que coisa bonita! A vocação religiosa redentorista começava surgir! Foi-me indicado um lugar para dormir e guardar minhas roupas e objetos...Mas isso era temporário....
A VOCAÇÃO SACERDOTAL 
Foram 6 anos no seminário. Tive um confessor no seminário, o falecido Padre Azevedo Tofuli, meu professor de Latim, que mensalmente, por um contato direto, ouvia-me em colóquio e pelos seus conselhos orientava-me em meu caminho ao sacerdócio. Esse franco contato levou-nos à conclusão um dia de que minha verdadeira vocação seria a formação de uma família ao invés de um compromisso pelos votos religiosos. Foi pelo seu conselho que saí do seminário e formei minha família , constituída e realizada, que já trouxe ao mundo três filhos e quatro netos. Era o caminho que devia ser seguido! Antônio Ierardi Neto

sábado, 8 de novembro de 2025

ELES NOS PRECEDERAM - IR. ESTANISLAU (PEDRO SCRAFFL) CSsR

IR. ESTANISLAU (PEDRO SCRAFFL) CSsR
+8 de NOVEMBRO 1920 
Muito simples e humilde, este Irmão teve também a sua parte de cooperação e de mérito na fundação da nossa atual Província. Filho de uma família bastante pobre, lavradores de Dening (Alemanha), ele nasceu a 24 de novembro de 1842. Tendo ficado órfão de mãe aos três anos de idade, ouviu de seu pai esta palavra que nunca mais esqueceu: De agora em diante sua mãe será Nossa Senhora. Garoto de 13 anos, assistiu a uma Missão pregada pelos nossos; e entusiasmado, disse depois em casa: “Ah! se eu pudesse ser também um missionário, ou pelo menos, ajudante deles em alguma coisa!” — Não pensava que, um dia, Deus lhe daria essa graça. Até aos 28 anos esteve a serviço de uma rica senhora inglesa, emprego que precisou deixar para servir o exército. “Sem sentir o cheiro da pólvora” — diz um seu biógrafo, chegou a ser condecorado com uma medalha, feita com bronze dos canhões franceses capturados pelos alemães, na guerra de 1870. Terminado o serviço militar, voltou ao seu antigo emprego; e, a conselho de uma sua parenta Religiosa, começou uma novena ao Sagrado Coração, para conseguir a graça de entrar num convento. Foi quando conheceu a um de nossos padres que por ele se interessou, conseguindo-lhe um lugar na C.Ss.R. Mas como naquele tempo nossos conventos estavam fechados pela perseguição religiosa, Estanislau ficou entre os nossos até 1884 como simples empregado. Somente em dezembro desse ano pôde receber o hábito, professando em 1888. Anos mais tarde, soube que alguns dos nossos vinham trabalhar no Brasil. De boa vontade ofereceu-se para vir também, pronto para ajudá-los no que lhe fosse possível. Os Superiores concordaram, e o Ir. Estanislau também teve o seu lugarzinho entre os primeiros Redentoristas que chegaram a Aparecida em 1894. Aí trabalhou durante 10 anos, muito estimado por todos devido à sua simplicidade, atenção para com os pobres e amor ao trabalho. Em 1904 foi transferido para Goiás, onde continuou sendo o mesmo exemplo de humildade, oração e trabalho, apesar de já não ser moço. De Goiás veio para a fundação de Perdões (supressa em 1920) e daí para a nova fundação de Araraquara, onde pouco pôde trabalhar. As privações e dificuldades de uma Casa recém fundada, apressaram o esgotamento de suas forças. Já idoso, e muito doente, faleceu a 8 de novembro de 1920, aos 78 anos de idade.
CERESP 
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

“Mãe do Povo Fiel”“Mediadora” e “Advogada”

Com o título Mater Populi Fidelis, o Dicastério para a Doutrina da Fé atualiza e orienta sobre a forma adequada de se referir a Nossa Senhora no plano de Deus. 
O Vaticano publicou, em 4 de novembro de 2025, a nota doutrinal Mater Populi Fidelis (“A Mãe do Povo Fiel”), elaborada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e aprovada pelo Papa Leão XIV. O documento apresenta uma reflexão teológica atualizada sobre os títulos atribuídos à Virgem Maria e sua participação na obra da salvação, buscando orientar o uso correto dessas expressões no contexto da fé católica.
Entre os temas abordados, o texto reafirma a centralidade única de Cristo na Redenção e adverte que o título “Corredentora” (Co-Redemptrix) não deve ser utilizado, pois pode obscurecer o papel exclusivo de Jesus como Salvador. Em vez disso, a nota recomenda que Maria seja invocada e compreendida como “Mãe do Povo Fiel”, expressão que ressalta sua íntima união com a humanidade redimida e sua função maternal na vida da Igreja.
Segundo o documento, a Mãe de Jesus “coopera de modo singular, porém sempre subordinado, à obra redentora de Cristo”, sendo modelo perfeito da graça divina que transforma a humanidade. A nota também revisita títulos como “Mediadora” e “Advogada”, explicando o sentido legítimo de cada um e orientando para o equilíbrio teológico e pastoral em seu uso. 
O texto completo pode ser lido no site oficial da Santa Sé:  Mater Populi Fidelis – Nota Doutrinal sobre alguns títulos marianos (vatican.va)

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

EXTRAVASANDO IDÉIAS

Não sei porque a gente escreve, é uma necessidade de extravasar idéias, pensamentos, procurar caminhos, dialogar, contar histórias, criar contos, provocar diálogos, penetrar filosofias, encontrar Deus. Sócrates, Aristóteles, Cícero, todos escreveram e , até hoje, temos conhecimento e somos seguidores de suas doutrinas. Cristo falou e seus ensinamentos chegaram a nós através de testemunhos escritos. Os dez mandamentos foram gravados nas pedras da lei. Existem evangelhos apócrifos também gravados. Pedro Vaz relatou o nosso descobrimento na carta ao rei. Getúlio Vargas deixou-nos uma carta testamento, Jânio Quadros renunciou e fez a bobagem de deixar a carta renúncia que foi aceita imediatamente. Lula não sabe escrever, mas a Janja escreve, ela é inteligente, cria, creia ! Não quero falar de meus amigos, Thozzi, Pinheiro, Cunha, Morelli, Ierardi, Getulino , gente que sabe escrever e mantém nossa frequência e curiosidade neste espaço . Hoje me deu vontade de escrever tudo isto, esqueçam, é um treinamento para, depois de muito ler, me convencer de tudo aquilo que tenho vontade de escrever. Verba volant, scripta manent. ALEXANDRE DUMAS
Amigo dileto, Dumas! Disse um dia o poeta:
"Amigo, meu camarada, 
Não Pense que a pena é leve, 
Pesa mais do que a enxada, 
A pena com que se escreve!" 
Portanto, com todo nosso bom tempo de vida, amealhamos forças para aguentar esse peso, no objetivo do bem estar de todos, principalmente da nossa família, não deixando de lado os amigos fiéis! Um grande abraço e siga com essa caneta de pena dourada! IERÁRDI 
Eu gosto muito de sua espontaneidade. A meu ver, é sua característica marcante. Parabéns.JOÃO DE DEUS 
Está na hora de "fazer" um livro.LILI 
Estou aguardando seu livro de memórias! WANDA MOURA