terça-feira, 25 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - REGINALDO SILVA – ANTIGO SEMINARISTA REDENTORISTA

REGINALDO SILVA ANTIGO SEMINARISTA REDENTORISTA
+ 25 Novembro 1962
No dia 25/11/62 tivemos uma grande tristeza! Morreu o seminarista aparecidense Reginaldo Silva, filho de Luís Oliveira Silva e Maria Mercedes Silva. Durante a semana santa ele tivera um ataque convulsivo. Foi mandado para a sua casa para tratamento. Após algum tempo, Dr. Sigaud deu um atestado declarando que podia voltar aos estudos. Segundo o doutor, era problema de vermes. Reginaldo era alegrinho, bom cantor, bom jogador de futebol, bem comportado. Em setembro de 62 seus pais foram avisados que ele não podia continuar no seminário em 63 por causa da sua dificuldade nos estudos, apesar de boas qualidades. Não foi logo para casa para não perder o ano. Ele mesmo foi preparado por mim para enfrentar essa dura realidade. Chorou muito. À noite de 24/11, após um filme no refeitório, sofreu outra convulsão. Socorrido, ele se recuperou. Foi dormir. Mas, já na cama, um colega notou que ele não estava bom. Chamou o Diretor, Pe. Negri, Pe. Vieira e o Pe. Zulian. Imediatamente eu e o Pe. Furlani pegamos a condução, que estava na Pedrinha para levar no dia seguinte o Pe. Vieira para Aparecida, e fomos atrás do doutor e dos pais do Reginaldo. Estava chovendo muito. Tivemos que parar um bom tempo na passagem de um córrego transbordante logo após o Fazendão. Rezamos um terço. A chuva parou. Arriscamos atravessar e conseguimos. Acordamos primeiro o doutor em Guaratinguetá. Depois fomos ao Bairro de Santa Teresinha, em Aparecida, buscar o Sr. Luís Oliveira. Nesse meio tempo, Reginaldo piorou. Pe. Furlani deu ao menino a unção dos enfermos. Pe. Francisco Vieira ficou ajudando, junto com alguns seminaristas. Ele faleceu serenamente às 0:10 do dia 25/11/62, disse-nos o Pe. Zulian. Ao chegar, ali pela uma hora o médico, constatou que havia morrido de edema pulmonar.
Veja a crônica escrita pelo juvenista Antônio Benedito Martins, colega de curso do falecido: “Georgino Ribeiro (Zoza) nosso cozinheiro, Pe. Vieira e outros amigos da Pedrinha ajudaram a preparar o corpo. Às 5 horas da manhã o corpo de Reginaldo já estava na capela do SRSA. O velório se estendeu até as 16 horas. Durante todo o dia muitos amigos da família desfilaram diante do caixão rezando e trazendo as condolências. Pe. José Oscar Brandão, Pe. José Rodrigues de Souza, os prefeitos e professores do SRSA prestaram total solidariedade. José Borges Ribeiro e outros amigos de Aparecida ajudaram demais, nos preparativos do funeral e dos papéis necessários.
Às 16 horas houve Missa de Corpo Presente (em latim) celebrada pelo Pe. Silvério Negri e assistida pelos padres, irmãos coadjutores e muitos parentes e amigos da família enlutada. Carregamos o féretro em procissão com todos os seminaristas do Pré e do SRSA.
Os pais do Reginaldo, no dia do enterro, mostraram muita conformidade, embora com muita dor. Entretanto, alguns dias depois, apareceram algumas críticas sobre o diagnóstico do Dr. Sigaud e sobre o modo como ele cuidou do caso, justamente por seu um médico muito respeitado em Guaratinguetá e em Aparecida.
PADRE SILVÉRIO
NEGRI CSsR+
Além de muito inteligente jogava muita bola. Infelizmente faleceu numa noite de grande tempestade, riacho transbordou e não conseguiu chegar à Santa Casa. Sebastian Baldi
Foi meu colega em Pedrinha e se minha memória ainda me ajuda , seu óbito deu-se em 1962, ano em chegamos em Aparecida . Permaneceu conosco pouco tempo , mas ficou em nossas lembranças . Que esteja em paz.  Vágner Gaspar
                               

ELES VIVERAM CONOSCO - PE.CARLOS ARTHUR ANNUNCIAÇÃO CSsR

Padre Carlos Artur Annunciação 
Missionário Redentorista
(+) 25 de Novembro de 2020 
NOME COMPLETO: Carlos Artur Annunciação 
NASCIMENTO: 09 de fevereiro de 1947, bairro Bela Vista. São Paulo - SP 
PAIS: Cândido Arthur Annunciação e Dalva Bassi Annunciação
PROFISSÃO TEMPORÁRIA: 20 de janeiro de 1970 
PROFISSÃO PERPÉTUA: 30 de janeiro de 1977 
ORDENAÇÃO DIACONAL: ------------- 
ORDENAÇÃO PRESBITERAL: 25 de junho de 1977, na Igreja Matriz de São Vicente - SP 
BISPO ORDENANTE: Dom Antônio Celso Queiroz, Bispo Auxiliar de São Paulo 
ESTUDOS REALIZADOS (CAPACITAÇÃO PASTORAL, PROFISSIONAL OU ARTÍSTICA) A PARTIR DO II GRAU:
Humanidades, no Seminário Santo Afonso, em dezembro de 1968. Filosofia e Teologia no Instituto Redentorista de Estudos Superiores, em São Paulo. 
COMUNIDADES ONDE VIVEU E CARGOS JÁ EXERCIDOS:
Em 1978, iniciou sua Vida Apostólica como Missionário das Missões Populares, morando em São João da Boa Vista. Foi sempre um ótimo missionário. Nas Missões Populares ficou até dezembro de 1981, quando foi transferido para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, como Formador de novos missionários. A 01.10.1984, foi eleito Conselheiro Provincial, por 3 anos. No Seminário Santo Afonso, foi Superior da Comunidade, Formador dos seminaristas e Diretor do Seminário (1987). Em setembro de 1987 foi reeleito Conselheiro Provincial, por mais 3 anos. No Seminário Santo Afonso, ficou até dezembro de 1990, quando foi transferido para o Convento do Santuário, ao lado da Basílica Nova, dedicando-se ao apostolado com os Romeiros. A 12.12.1996 tomou posse como Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A 26.12.1996 foi nomeado Superior da Comunidade Redentorista do Santuário Nacional de Aparecida. A 07.03.1999, Dom Aloísio, Cardeal Lorscheider, Arcebispo de Aparecida, nomeou-o Vigário Episcopal para o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Em dezembro de 1999, foi transferido para São João da Boa Vista, como responsável do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foi nomeado também Superior da Comunidade. A 08.12.2002 foi nomeado Pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, em São Paulo. Tomou posse da Paróquia a 19.01.2003. Em janeiro de 2007, retornou ao Santuário de Aparecida a fim de colaborar na Pastoral dos Romeiros. 
TESTEMUNHO VOCACIONAL O que Santo Afonso representa na sua vida? Santo Afonso foi o grande inspirador da minha vocação. Ainda jovem pude conhecer a vida dele através das Missões Redentoristas e depois através de livros também e tudo isso bateu muito com aquilo que eu desejava. Eu queria ser missionário, queria ser padre, mas não padre de paróquia. Eu queria ser evangelizador e trabalhar com os mais pobres e com as pessoas excluídas da sociedade e foi isso que eu vi em Santo Afonso. Então, ele realmente me atraiu e eu entrei para congregação já há mais de 50 anos. Você foi feliz na sua escolha vocacional? Eu penso que sim, e isso eu agradeço a Deus. A gente tem muitos defeitos, falhas, deficiências, mas eu vejo que foi o modo de me realizar como pessoa. Eu me sinto uma pessoa feliz e tranquila, vivo bem na comunidade na congregação, então, eu acredito que Deus me inspirou e me iluminou e eu pude escolher o caminho certo. 
O que significa ser Redentorista? 
Redentorista é aquele que segue o Redentor,Jesus Cristo, em primeiro lugar. Ser Redentorista é identificar-se com o Redentor e viver com Ele, participar da sua vida, ter os mesmos sentimentos e pensamentos; a mentalidade de Jesus. Esse Redentorista é aquele que trabalha na redenção na libertação das pessoas, principalmente. No nosso caso, com o carisma afonsiano trabalhamos na libertação dos mais pobres e abandonados ou como a gente costuma dizer hoje, aqueles que são os mais feridos e machucados pela sociedade.
Hoje, morreu o padre Arthur Annunciação . Não fomos contemporâneos, frequentamos os mesmos espaços de formação redentorista. Gostava de ouvi-lo, transmitia fé, era convicto, sua voz era suave, elevava a Deus. Gosto da CSRR, identifico-me com seus misteres, não nego minhas origens, sofro com perdas, choro com ausências irreparáveis.Alexandre Dumas 
Meu contemporâneo e ficamos amigos sempre, combateu sempre o bom combate, recebeu o prêmio, nós sentiremos saudades!Thozzi 
Saí do Seminário e trinta anos depois encontrei-me com o Pe. Arthur. Nunca mais me esqueci daquele dia, ele se recordou de mim, disse meu nome e de onde era. A Rita, minha mulher, também ficou admirada. Encontramo-nos, em 2019, no Jardim Paulistano. Ele ia começar a celebração, intimou-me a ficar para fazer a leitura, o que fiz com grande alegria e lisonjeado.Antônio de Lima
Meu irmão. Fui seu contemporâneo no Seminário de Santo Afonso.Segui até NOVICIADO e retornei a SANTOS , bem vizinho à terra do PE. CARLOS ARTHUR, SÃO VICENTE. Autêntico, firme. Ainda não entendi, nem quero entender esse fim tao triste e prematuro desse anjo bom. Vai estar ou já está com JESUS, com Pe. NEGRI, LAURO, como uma luz na CONSTELAÇÃO REDENTORISTA. Outros 29 REDENTORISTAS com COVID... Quando vão entender que nem MARIA nem JESUS não querem ninguem na BASÍLICA ainda nessa PANDEMIA? Por que tanta ganância ? Por que tudo em nome de uma "campanha" que pode e deve esperar?... Quantos ainda vao partir em plena pandemia?... Vai com DEUS MEU AMIGO IRMÃO. Desculpa essa dor. Eu sei que MARIA JA TE ABRAÇOU NO CÉU. AMÉM-Nelson Duarte(+)

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - DÉCIMO-PRIMEIRO

11º Quadro – JUNTO COM SEUS ROMEIROS
 
Quando falamos da festa de Trindade, naturalmente pensamos no Pe. Pelágio. O romeiro daquele tempo vinha a Trindade para ver o Divino Pai Eterno e o Pe. Pelágio. Parece-nos vê-lo ainda no meio daquele povo que conheceu e batizou, sorrindo para todos, e para todos dirigindo uma palavra amiga. Os romeiros sentiam-se felizes e realizados quando conseguiam três coisas em Trindade: Cumprir as promessas ao Divino Pai Eterno, cumprimentar o Pe. Pelágio e ajudar os “pobres do Divino”. Quando a festa terminava, os romeiros voltavam pesarosos, mas alimentando a esperança de voltar no ano seguinte.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

MONSENHOR MARCO FRISINA

Monsenhor Marco Frisina, nasceu em Roma, depois dos estudos clássicos diplomou-se em Composição no Conservatorio di Santa Cecilia. Depois de ter completado os estudos teológicos, especializou-se em Sagrada Escritura no Pontificio Istituto Biblico. 
Ordenado sacerdote em 1982, desde então exerce o seu ministério na Diocese de Roma. De 1991 a 2011 foi diretor da Comissão de Liturgia da Diocese de Roma e atualmente é presidente da Comissão Diocesana para a Arte Sacra e os Bens Culturais, consultor do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e Reitor da Basílica de Santa Cecília no Trastevere. 
Professor na Pontificia Università della Santa Croce e o Pontificio Istituto di Musica Sacra. Autor de numerosos cânticos litúrgicos conhecidos e apreciados na Itália e no estrangeiro. 
Em 1984 fundou - e desde então dirige - o Coro da Diocese de Roma, com o qual anima as mais importantes liturgias diocesanas, algumas das quais são presididas pelo Santo Padre. 
Sua produção musical tem mais de trinta Oratórios Sagrados inspirados em personagens bíblicos ou na vida de grandes santos. Ao lado destes, merecem ser mencionados: "Cântico dos Cânticos" escritos em 2009 e apresentados no "Festival Anima Mundi" em Pisa, "Passio Caeciliae" composto em 2011 e apresentado em Roma e Nova Iorque por ocasião das celebrações dos 150 anos da Unificação da Itália, "Paradiso Paradiso" em 2013, para o 56º "Festival dos Dois Mundos" em Espoleto com a participação de Giorgio Albertazzi, e "Até os confins da terra", inspirado na narrativa no naufrágio de São Paulo em Malta e lá se apresentou em fevereiro de 2017 no centenário do martírio do Apóstolo. 
Em 2007 compôs a peça "La Divina Commedia", a primeira transposição musical da obra-prima homónima de Dante. Na temporada 2009-2010, sua segunda obra para o teatro foi encenada: "Il miracolo di Marcellino", inspirado no romance de José Maria Sanchez Silva "Marcellino Pane e Vino". 
É também autor da música de "In Hoc Signo", apresentada em 2013 em Belgrado por ocasião do milénio do Édito de Milão e da Opera-Oratorio "Passio Christi" apresentada em 2018 em Málaga. 
Foi promotor e coordenador da Primeira Conferência dos Corais Italianos, realizada em Roma em setembro de 2014, e do Jubileu dos Corais em outubro de 2016, que contou com a participação de mais de 8.000 cantores de todo o mundo. Desde 2015 é Diretor Artístico do "Concerto com os pobres e pelos pobres" realizado na Sala Paulo VI. 
Monsenhor Marco Frisina no Brasil 
Aqui esteve entre 09 e 22 de março de 2019

Colaborador:
PEDRO LUIZ DIAS
FAMÍLIA LEIGA REDENTORISTA

Entre a Natividade Humilde e o Ruído do Consumismo

No final do ano, somos cercados por luzes, propagandas e pressões de consumo que tentam transformar o Natal em um grande mercado. 
Mas, para nós, da Família Leiga-Redentorista, permanece uma pergunta essencial: 
É possível separar a verdadeira Natividade de Jesus dessa avalanche consumista que nos acompanha até a festa dos Reis Magos? 
A resposta nasce no presépio. 
A Natividade é silenciosa, pobre, humilde. 
Deus não escolhe o brilho das vitrines, mas a luz de uma manjedoura. 
Santo Afonso sempre nos recordou: é no presépio que encontramos o Amor que se faz pequeno para chegar ao nosso coração. 
Por isso, somos chamados a resgatar o que importa: 
• Colocar o presépio no centro da casa e da convivência. 
• Trocar menos presentes e oferecer mais presença. 
• Ensinar às crianças e jovens o verdadeiro sentido do Natal. 
• Praticar gestos concretos de misericórdia. 
• Preparar a Epifania como momento de entregar a Deus nosso “ouro, incenso e mirra”: nosso trabalho, oração e compromisso. 
A publicidade passa. 
As vitrines se apagam. 
Mas a luz de Belém permanece. 
Que este tempo nos reencontre com a simplicidade do Menino Deus e com a missão redentorista de levar esperança aos mais pobres e esquecidos. 
“A Santa Cruz seja a nossa luz.”
PEDRO LUIZ DIAS

ELES VIVERAM CONOSCO - ANTÔNIO BICARATO, OBLATO REDENTORISTA E ANTIGO SEMINARISTA

 ANTÔNIO BICARATO, OBLATO REDENTORISTA 

E ANTIGO SEMINARISTA

+24 DE NOVEMBRO 2014
Morreu em 24/11/14, o Oblato Redentorista Antônio Bicarato, aos 74 anos. Seu Toninho, como era conhecido, trabalhava desde 2011 na sede da CNBB, em Brasília, inicialmente como auxiliar de administração e, em seguida, como revisor de textos. Em nota de pesar, o secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, destacou que "Toninho, oblato redentorista, dedicou sua vida e seus dons com generosa fidelidade à Igreja, na oração diária da Liturgia das Horas e do Rosário de Nossa Senhora, na dedicação aos mais pobres, na educação da família e na pronta disponibilidade para servir. Na CNBB, passaram por suas mãos boletins de notícias, documentos, comunicados e tantas importantes publicações que animaram e colaboraram com a ação evangelizadora da Igreja no Brasil". Toninho estava em tratamento contra um câncer no pâncreas, descoberto em outubro passado. O sepultamento ocorreu em São José dos Campos (SP). Viúvo, deixou cinco filhos e duas netas. Na Província de São Paulo, entre diversas colaborações, trabalhou na Editora Santuário.
29/01/2013
Chove a noite toda. “Acho que começou a estação das águas”, pensou. Até seria bom chover assim. Uma chuva mansa e criadeira. Chuva-mãe. Chuva-prenhe. É dessa chuva que nascem as flores e os pensamentos bons. É como se Deus lançasse um véu sobre a terra. Véu tipo véu mosquiteiro de berço. Véu que protege. Vou caminhando pelas ruas lavadas e as árvores como que agradecendo fazem tapetes amarelos, rosas, roxos, brancos…
Ah! como é preciso agradecer! Pelos tons da minha vida, pela rotina encantadora de Deus renascendo em mim e na natureza.”
O artigo acima é inspiração do nosso estimado Bicarato que nos deixou e foi viver na eternidade ao lado de sua sempre querida Benê!
Vejam a bela série de seus artigos, frutos de grande sensibilidade de alma pura!
Fique com Deus para sempre caro amigo e colega e receba nossas plenas orações para esse caminho que passou a trilhar!
DESCANSE EM PAZ! Antônio Ierárdi Neto
Antonio Bicarato foi um dos meus grandes amigos no seminário. Foi meu professor de desenho e me colocou como desenhista da revista maior do seminário, a Redemptio,  tenho lá muitos desenhos. Até hoje uso os seus ensinamentos quando preciso desenhar algo com perspectiva. Tinha a minha idade.Uma das pessoas mais queridas que tinha no seminário. Ele me ensinou a desenhar e uso até hoje os seus ensinamentos e passo para frente. Ele plantou e deu frutos. Estou muito triste, minhas lágrimas tem um grande motivo. Perdemos um grande amigo, sem fanatismo, sem preconceito, e o ex que não deveria ser ex nunca. Mas na vontade de Deus, ninguém interfere. Ele está com sua esposa querida a Bene, ambos nos braços de Deus.Abner(+)
Fiquei sabendo as dezesseis horas e fui até o cemitério participei da missa de corpo presente celebrada pelo Pe Rogério das Neves (amigo particular do Bicarato) e concelebrada pelo Pe Ferdinando juntamente com o Diácono chanceler da Cúria Gerardo Paschoale. È mais um amigo que vai pra junto de Deus receber seu premio pois cumpriu sua missão com muito amor.José Hélio Reis 
Que pena pela perda da companhia dele; mas que bom, pois completou sua caminhada, e dignamente. Adeus.Antônio Cláudio Ferreira



Uma vez Redentorista sempre Redentorista, por ocasião de minha meu exame na filosofia o tema da redação foi: "Floresça onde Deus te colocou mesmo que seja sobre uma rocha". Muitos passaram pelo seminário mas quis Deus que florescessem em outros jardins. Abraços a todos. José Hélio dos Reis 
Queria falar sobre o Bicarato, fomos contemporâneos, ele mais novo, encontramo-nos em troca de turmas. Tivemos a felicidade de conviver por muitos anos na sociedade de Guaratinguetá, era respeitado, pessoa íntegra, sua esposa Benê, amiga de minha irmã Margarida, era doce, exemplo de fidelidade e fé. Seus filhos eram amigos dos meus filhos. Registro somente única divergência acontecida em um encontro da Uneser. Referindo-me ao padre Pereira, meu primeiro diretor, fiz comentários onde demonstrava frustrações em nosso relacionamento pregresso, coisas que guardo até hoje, ele não gostava de mim e sempre lutou pela minha exclusão do seminário em contraponto ao padre Ribolla. Bicarato se exaltou e não admitiu que eu continuasse a denegrir, a seu ver, essa pessoa que lhe era muito cara. Calei-me em nome do grande apreço que lhe dedicava e dedico para sempre.Alexandre Dumas 
Você, Dumas, sempre mostrando a grandeza de sua alma Quando entrei no seminário, o padre Ribola era diretor. Um dia fiz uma traquinagem e ele me deu uns tapas na orelha, que fiquei uns cinco dias com um zumbido de mil abelhas na cabeça.. Chorei bastante, pois era bem novo e estava ainda aprendendo a ser seminarista, e pensava nas surras que minha mãe me dava eram bem melhores. Agradeci a Deus quando ele saiu e foi ser provincial. Mas ele não largou de meu pé.; Um dia ele esteve lá e queria me mandar embora, mas não queria ter a responsabilidade do ato. Queria que eu pedisse demissão. Não pedi. O padre Vieira foi diretor no lugar dele. e foi o meu melhor amigo.Abner(+)
Abner Ferraz de Campos , mudando o nome Ribolla por Pereira, eu poderia aproveitar seu texto "in totum" para relatar caso semelhante acontecido comigo. Respeitando, porém, este espaço dedicado ao Bicarato, contarei minha história em ocasião mais propícia.Alexandre Dumas

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - DÉCIMO QUADRO

10º Quadro – QUASE UMA TRAGÉDIA
 
Certa vez, por volta de 1940, Pe. Pelágio vinha voltando da visita a um doente, perto de Trindade, quando a mula Ruana caiu com ele, prendendo-lhe a perna. Ficou prensado em baixo do animal durante várias horas, em plena noite, sofrendo muitas dores, sem poder levantar-se. De madrugada passou um homem que ia para a moagem de cana. Viu o padre naquela situação dolorosa e o ajudou a se libertar do peso. Ficou mancando durante muito tempo[i] Quantas outras peripécias e aventuras o missionário viveu e sofreu! E as quedas de cavalo! Só Deus sabe quantas, porque muitas ficaram em segredo.

domingo, 23 de novembro de 2025

A Teologia Moral de Santo Afonso e a Vocação dos Leigos na Copiosa Redenção

A Teologia Moral delineada por Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor (C.Ss.R.), não é um sistema abstrato destinado apenas aos estudiosos. Ao contrário, ela nasce da escuta do povo, da vida real e concreta do cotidiano. Por isso, ilumina de modo especial a jornada das leigas e dos leigos que, inseridos no mundo, assumem os desafios e as esperanças da Copiosa Redenção.
Santo Afonso compreendia que a moral cristã precisa unir fidelidade ao Evangelho, misericórdia pastoral e discernimento prudente. Seu método – equilibrado e profundamente humano – orienta a vida diária de quem vive sua fé em meio à família, ao trabalho, às responsabilidades sociais e aos inúmeros cruzamentos éticos próprios da vida moderna.
1. A missão dos ex-alunos, clérigos e religiosas licenciadas 
Para os ex-alunos redentoristas, para os clérigos licenciados (que já não exercem ministério ativo, mas permanecem discípulos do Redentor) e para as religiosas ou consagradas licenciadas (mulheres que viveram consagração religiosa e hoje seguem sua vida cristã no estado laical), a espiritualidade afonsiana oferece uma orientação prática, madura e profundamente pastoral. 
Todos esses membros ampliados da Família Leiga Redentorista carregam em si valores recebidos durante sua formação: amor à Igreja, zelo pastoral, centralidade da consciência moral, proximidade com quem sofre e, sobretudo, a confiança ilimitada na misericórdia de Deus. A eles é confiada uma missão singular: ser presença ética, fraterna e reconciliadora no mundo, encarnando os princípios da Teologia Moral Afonsiana. 
2. A mensagem moral de Santo Afonso para a vida cotidiana 
Santo Afonso propõe um caminho moral que pode ser sintetizado em três atitudes fundamentais: 
a) Acompanhamento da consciência 
A consciência é “o núcleo mais secreto do ser humano”, diz o Concílio Vaticano II. Afonso ensina que ela deve ser formada com clareza doutrinal, mas respeitada em sua liberdade e maturação. Leigas e leigos têm a responsabilidade de discernir cada decisão à luz do Evangelho, da caridade e da responsabilidade social. 
b) Misericórdia como critério de ação 
Afonso é o Doutor da Igreja que mais defendeu a misericórdia. Para ele, toda norma moral deve conduzir ao bem possível e real da pessoa. Assim, quem vive no mundo deve conjugar firmeza de princípios com ternura e compreensão diante das fragilidades próprias e alheias. 
c) Opção preferencial pelos pobres e abandonados A Copiosa Redenção se manifesta no cuidado concreto com os mais frágeis: os moralmente abandonados, os economicamente excluídos, os espiritualmente desanimados. Ser leigo redentorista é olhar o mundo com os olhos de Cristo, “o Redentor que veio salvar o que estava perdido”. 
3. Orientações práticas para a vida moral dos leigos redentoristas 
1. Praticar o discernimento: colocar decisões pessoais, familiares e profissionais sob a luz da oração e da ética cristã.
2. Viver a misericórdia: agir com paciência, escuta e compreensão em conflitos e responsabilidades do dia a dia.
3. Integrar fé e vida: não separar o Evangelho do trabalho, da política, da economia e das relações sociais. 
4. Cultivar a espiritualidade Afonsiana: oração cotidiana, amor à Eucaristia, devoção mariana e alegria no serviço. 
5. Promover a dignidade humana: especialmente onde a vida é violada, onde há exclusão, injustiça ou abandono moral. 
6. Testemunhar esperança: ser, nas famílias e comunidades, sinais concretos da Copiosa Redenção. 
4. Uma vocação laical que prolonga a missão redentorista
A Família Leiga Redentorista – composta por homens e mulheres, ex-alunos, clérigos e religiosas licenciadas, leigos engajados e simpatizantes – participa da mesma missão sonhada por Santo Afonso: continuar levando aos mais pobres a Boa Nova da Redenção abundante. 
O mundo contemporâneo precisa de leigos maduros, éticos, prudentes e misericordiosos. A Teologia Moral Afonsiana, com sua sabedoria pastoral e equilíbrio humano, permanece como guia seguro para todos aqueles que desejam viver a fé no coração da sociedade. 
(revisão: IAmadaHikari) 
Pedro Luiz Dias 
ex-aluno Redentorista

ELES VIVERAM CONOSCO - Irmão Vidal Vieira de Campos, C.Ss.R.

Irmão Vidal Vieira de Campos, C.Ss.R.
(*)09.12.1942 - (+)23.11.2019

Faleceu  o irmão Vidal Vieira de Campos, missionário redentorista. Ele estava com 77 anos e faleceu nas dependências da comunidade do Noviciado, em Tietê (SP). 

Irmão Vidal completou, em 2019, 55 anos de profissão religiosa. 
Irmão Vidal faleceu aos 77 anos, depois de 55 anos de vida consagrada. Nascido em Sorocaba (SP), irmão Vidal professou os seus votos na congregação no dia 02 de fevereiro de 1964 e a profissão perpétua no mesmo dia em 1970. Ao longo de seu ministério, o missionário exerceu diversas atividades, sempre com muita disponibilidade e solicitude. Irmão Vidal foi um verdadeiro irmão dos confrades, sempre serviçal e alegre. Humilde e de boa convivência, aceitou, com paciência e sem reclamar, a limitação que possuía na audição. Nos últimos anos, conviveu na comunidade de Tietê, servindo como sacristão na Igreja Santa Teresinha, onde veio a falecer no dia 23 de novembro, após ter servido como sacristão nas missas da tarde e da noite. Nesta missa da noite, após a coleta, dirigiu-se para o quarto e como demorava a retornar, foi procurado por um dos noviços, que o encontrou caído no chão, já sem vida. Veja por onde o missionário exerceu seu ministério: 
De 1964 a 1966, na Penha em São Paulo, porteiro, sacristão, auxiliar de cozinha. 
De 1967 a 1976, em São Paulo (Jardim Paulistano), porteiro, secretário paroquial e sacristão. 
De 1977 a 1979, em Aparecida, no Seminário Santo Afonso, serviços gerais e porteiro. 
De 1980 a 1984, em São João da Boa Vista-SP, sacristão. 
De 1985 a 1989, em Aparecida-SP, no Seminário Santo Afonso, colaborava na pastoral vocacional do Santuário de Aparecida. 
Em 1990 e 1991, São Paulo (Jardim Paulistano), sacristão e correios. 
Em 1992, em Tietê-SP, sacristão. 
De 1993 a 2005, São Paulo (Jardim Paulistano), sacristão e correios. 
De 2006 a 2008, em São João da Boa Vista-SP, sacristão auxiliar. 
Em 2009, em Tietê-SP, sacristão. Viveu também no Seminário São Geraldo, em Sorocaba-SP, auxiliando na formação e administração. 
Como Missionário Redentorista, Irmão Vidal volta à Casa do Pai para receber a Coroa que foi prometida àqueles que perseverarem na fé e na vocação. No dia em que celebramos solenemente, aqui na terra, Jesus Cristo Rei do Universo, seus restos mortais serão levados para o Cemitério de Tietê, após missa concelebrada pelos Padres e Irmãos redentoristas, com participação dos familiares e dos fiéis. A Missa de corpo presente aconteceu às 14h30, na igreja Santa Teresinha, e o enterro, às 16h00. Com Deus, para sempre, Ir. Vidal! Que a Mãe do Perpétuo Socorro, São Geraldo Majella e os Santos Redentoristas o acolham no Céu! E de lá, interceda por nós!

ELES VIVERAM CONOSCO - VENERÁVEL PE. PELÁGIO SAUTER CSsR

VENERÁVEL PE. PELÁGIO SAUTER CSsR
+23 de NOVEMBRO 1961 
“Canonizado” pelo povo goiano como o “apostolo de Goiás”, Pe. Pelágio nasceu na Alemanha a 9 de setembro de 1878. Tinha 15 irmãos, dos quais um, de nome Gaspar, também se fez redentorista. Professou em 1902, sendo ordenado em 1907; e em 1909 chegou ao Brasil. Sua vida foi então, quase toda em Goiás, onde trabalhou como missionário, vigário, distinguindo-se sempre por uma extraordinária dedicação aos pobres e doentes. Sua simplicidade no trato com todos, sua piedade sincera, aliada a uma grande caridade para com os necessitados, foram a causa da veneração com que era procurado e acolhido em toda parte, nos 49 anos que trabalhou em terras goianas. Como missionário foi realmente incansável, tendo percorrido quase todo o Estado de Goiás, sempre no lombo...da sua condução. Como Vigário de Trindade, deu grande impulso ao movimento religioso do Santuário; mas se ele se tornou tão popular e querido por todos, foi devido à dedicação com que atendia os mais pobres e sofredores. De grandes distâncias vinham os caboclos a procura de uma palavra sua, sempre acompanhada de uma benção que ninguém dispensava, como forte e até miraculosa. Na comunidade ele era o confrade que todos estimavam, principalmente quanto a idade já avançada o prendia mais em casa. Alegre e disposto, sabia animar os recreios ou uma prosa com velhas histórias, marcadas de saudade, das suas andanças pelo sertão goiano. Nos seus últimos cinco anos, seu apostolado foi sempre com os doentes que o solicitavam, atribuindo à sua bênção curas extraordinárias. Indo, certo dia, visitar um pobre, apanhou muita chuva pelo caminho, sobrevindo-lhe depois um resfriado muito forte. Com as forças já combalidas, esse foi apenas o início de outras complicações que o levariam à Santa Casa de Goiânia. Após uma semana de sofrimento, sempre rezando e assistido .pelos confrades, faleceu a 23 de novembro de 1961, levando para eternidade mais de 50 anos vividos para a gloria de Deus e bem das almas. Por ocasião da sua morte, houve em todo o Estado, luto oficial de três dias, e ponto facultativo em Goiana, no dia do seu enterro. Este foi acompanhado por umas trinta mil pessoas, todos querendo tocar seu corpo com objetos de devoção ou com flores. Com muito jeito, alguém chegou a lhe cortar um pedaço da batina — como preciosa relíquia.
NOTA:
Desde 1997 está introduzido em Goiânia seu processo canônico de beatificação, cujo vice-postulador da causa é nosso estimado Padre Clóvis de Jesus Bovo, missionário redentorista, que mantém um portal diário em honra deste servo de Deus. No dia 7 do mês de novembro de 2014, o Papa Francisco reconhece pela Santa Sé o processo desde então deste Servo de Deus que passa ser VENERÁVEL. Parabéns, Padre Clóvis pela sua incansável luta. Em breve tempo veremos beato nosso venerável Pe.Pelágio e, principalmente Goiás que o consagrou seu APÓSTOLO, o terá logo logo em seus altares como SANTO!(Ierárdi)
(https://www.facebook.com/pepelagiosauter/).
Dia 7 de novembro de 2014 o Papa Francisco, assinou o decreto proclamando as virtudes heroicas do servo de Deus, Padre Pelágio Sauter, recebendo o título de Venerável. Este título é o resultado da fase mais importante, mais trabalhosa e mais exigente de uma causa de canonização. É como o alicerce de uma construção. Em cima dele vão se erguendo os outros andares: beato, santo, intercessor, modelo de virtudes, glorificado na terra e no céu. O milagre exigido pela Igreja é apenas para confirmar o que foi dito sobre suas virtudes. Esse título abre caminho para se continuar as pesquisas sobre sua vida. Qualquer profissão ou carreira neste mundo exige uma porção de etapas ou degraus da escada que leva até a formatura! Coisa semelhante acontece quando se quer canonizar alguém. Cabe-nos agora conhecer melhor este modelo de santidade que a Igreja nos propõe para ser imitado. Ao invocá-lo ou ao falar dele, acrescentemos sempre seu novo título de Venerável.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR(+)
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - NONO QUADRO


9º Quadro – VAMOS PARA A DESOBRIGA
 
Pe. Pelágio e João Dias estão saindo para uma desobriga. Era a visita que se fazia aos moradores da zona rural, para “se desobrigarem” do preceito da confissão e comunhão pascal. Foi o apostolado que mais encantou e apaixonou o Pe. Pelágio. Mas era preciso preparar muita coisa, pois a desobriga durava semanas: Primeiramente um “camarada” de confiança para mostrar o caminho e espantar os bichos ferozes. Depois, animais bem escolhidos, de preferência mulas ou burros. Bagagem completa com os pertences litúrgicos, couro de boi como colchão de emergência, rede, apetrechos para cozinhar, etc. Seus companheiros foram o Getúlio, o Tem-tem, o Hermínio e tantos outros.

sábado, 22 de novembro de 2025

Família Leiga Redentorista

Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas
 inicia a Campanha de Evangelização
“Jesus, nossa Esperança, habita entre nós. 
É nossa a missão de anunciá-lo.” 
No calendário litúrgico, o domingo, 23 de novembro, celebra a Solenidade de Cristo, Rei, encerrando o Ano Litúrgico com o convite à renovação da fé e da missão. 
Nesta data, a Igreja no Brasil também recorda com especial apreço o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas, destacando sua vocação própria: ser presença transformadora no mundo, testemunhando o Evangelho no trabalho, na família, na política, na cultura e nas realidades concretas do cotidiano. 
Para a Família Leiga Redentorista, esta solenidade é ocasião privilegiada para reacender a chama missionária e reafirmar seu compromisso com o carisma herdado de Santo Afonso Maria de Ligório e da Beata Maria Celeste Crostarosa. 
Ambos nos lembram que a vida cristã é um movimento contínuo de proximidade com os mais abandonados, de anúncio da Copiosa Redenção e de fidelidade ao Cristo que reina servindo, acolhendo e libertando.
A celebração deste dia oferece aos leigos e leigas redentoristas uma oportunidade concreta de: 
• Manifestar publicamente sua vocação e corresponsabilidade na missão da Igreja; 
• Assumir, com renovado ardor, sua missão evangelizadora nas comunidades, pastorais e equipes onde atuam; 
• Comprometer-se com a nova Campanha de Evangelização, proclamando que “Jesus, nossa esperança habita entre nós. É nossa a missão de anunciá-lo.” É um lema que recorda a presença viva e cotidiana de Cristo no meio do povo simples, nas casas, nas pequenas comunidades, nos espaços de vulnerabilidade e esperança. 
Inspirados pela espiritualidade alfonsiana - humana, próxima, misericordiosa - e pela intuição luminosa da Madre Crostarosa sobre a vida como expressão do próprio Cristo, os leigos e leigas redentoristas são chamados a ser testemunhas da esperança. 
Que este dia fortaleça sua missão de permanecer onde a vida clama, onde a fé precisa ser reacendida e onde a dignidade humana pede defesa. 
Que Cristo Rei, Servo e Redentor, continue guiando a caminhada missionária de toda a Família Leiga Redentorista.
PEDRO LUIZ DIAS

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Orlando Gambi CSsR

Pe. Orlando Gambi CSsR
22 de novembro de 2005
Pe. Orlando nasceu em Machado, MG, no dia 17 de maio de 1925, filho de Celso Gambi e Assunta Bartolomeu Gambi. 
Admitido ao Seminário Santo Afonso em 1937, aí concluiu o curso em dezembro de 1944. Durante o ano de 1945, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, a 02.02.1946. Foi Ordenado Sacerdote, na Igreja Matriz de Tietê SP, a 27.12.1950, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. 
Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Machado MG, a 07.01.1951. Deixou o Seminário Maior, em janeiro de 1952,
Iniciou seu ministério no Santuário de N. Sra. Aparecida. Depois de dois anos lecionando no Seminário Sto. Afonso, no primeiro semestre de 1957 fez, em São João da Boa Vista, o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. Depois de sete anos, de 1963 a 1965, dedicou-se a uma pastoral de vanguarda entre o operariado nas fábricas de S. Paulo. Em Roma e Lovaina fez um curso de Sociologia Pastoral.
Voltando ao Brasil, em 1967, iniciou seus trabalhos na Rádio Aparecida, cuja direção geral assumiu de 1970 a 1981. Sua atuação foi marcante na história da emissora: terminou a construção da nova sede, promoveu grande renovação técnica, conseguiu novas freqüências e aumentos de potência. De 1982 a 1987 dirigiu a Comunidade Redentorista e a Paróquia de N. Sra. do Perpétuo Socorro, em S. Paulo, SP. Desde então residiu em Aparecida, SP.
Poeta e músico, autor de muitas composições. Pregador, radialista e escritor de atividade incansável. Deixou muitas obras publicadas e sempre colaborou com revistas e jornais. Muitos de seus textos poéticos foram divulgados em CDs e na Internet, que lhe abriu um novo campo em seus últimos anos.
De personalidade rica, emotiva e entusiasta, conquistou inúmeros e fiéis amigos e admiradores. Na vida comunitária foi sempre uma presença marcante.
Sua saúde, nem sempre muito firme, debilitou-se nos últimos dois anos. Depois de longo calvário em consultórios e hospitais, encerrou sua peregrinação às 7,30h de 22 de novembro de 2005, aos oitenta anos de vida. Viva na Paz do seu Senhor.
OBRAS DO PE. ORLANDO GAMBI
Editora Salesiana:
De coração aberto 
Oração na simplicidade
Shalon:
Conversando sem segredos
Editora Santuário:
Como eu dizia, Senhor 
Criança 
Fique de bem com a vida 
Gosto que me falem amor 
Meu Natal para quem amo 
O Natal que te quero 
Paz e bem 
Porque somos amigos 
Quero dizer a Deus que... 
Um viva ao amor 
Ver a vida com amor 
Vida de Monsenhor Filippo 
Vida de Santa Teresinha 
Vida do Padre Luis Guanella
Vida do Pe. Gaspar Stanggassinger
TRADUÇÕES
Editora Santuário:
Do alemão:
José, escolhido de Deus
Maria, mãe querida
Do italiano:
A caminho com Jesus
Eles vivem na paz 
Via sacra dos idosos
Padre Gambi foi meu professor, a última vez que eu o vi foi em uma missa por ele celebrada numa comemoração de minha família. Na hora da saudação, ele sugeriu que trocássemos as palavras tradicionais por "Irmão, eu te amo", aproveitei o ensejo e dirigi-me ao meu irmão, ao meu lado, proferi as palavras e, nesse dia, reatamos relações um tanto estremecidas em nosso relacionamento.Alexandre Dumas Pasin

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - OITAVO QUADR


8º Quadro – NO MEIO DA EPIDEMIA
 
Um dos seus primeiros trabalhos pastorais foi na Penha de S. Paulo, quando um surto de gripe assolou a capital paulista em 1918, vitimando muita gente. Pe. Pelágio, no ardor e zelo da sua juventude sacerdotal, desdobrou-se em atenções com as vítimas. Durante a epidemia, além de dar o socorro espiritual, aplicou seus conhecimentos práticos de enfermagem. Diz o cronista da época que ele “foi nomeado 'factótum' nas paróquias anexas de São Miguel, Itaquaquecetuba e Arujá com todos os poderes. Tinha um doutorando e um automóvel à sua disposição”. Mas não nasceu para trabalhar em cidade grande. Seu lugar seria Goiás, para onde foi definitivamente em 1920.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR

IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR 
+20 de NOVEMBRO 1975 
Bávaro, nascido a 6 de maio de 1894. Ingressou na C.Ss.R. em 1912, professando em 1919. Trabalhou na Alemanha até 1931, ano em que veio para o Brasil. — Embora bom cozinheiro, Irmão José trabalhou em quase todas as Casas da Província de São Paulo e de Porto Alegre como marceneiro. A seu respeito escreveu o Provincial da Alemanha ao nosso Vice- Provincial: “Igual a ele dificilmente o Sr. poderá encontrar um outro. Firme na vocação, cuidadoso, econômico, prático, e trabalha por três; cedendo-o nós perdemos muito”. A Província de São Paulo lucrou muito. Incansável no trabalho, Irmão José sabia usar e aproveitar tudo, desde madeiras até ao último prego ou parafuso. Piedoso sem alarde; inteligente e observador, sabia caracterizar fatos ou pessoas com duas palavras, ou com alguma comparação original. Não era homem de falar muito; preferia ouvir e observar. Avaro do seu tempo, estava sempre ocupado. Na fundação do Seminário em Tietê, sem ajudante, fez todos os armários, estantes, carteiras, mesas, guarda-roupas, prateleiras para a biblioteca, enfim, tudo o que era do seu ofício. Em São João da Boa Vista deixou também a marca do seu trabalho, tomando para si o mais pesado, e deixando para o Irmão Simão já idoso, o mais leve e fácil na execução do forro da igreja. Nas suas observações, feitas em um Português todo seu, aparecia bem o marceneiro de plaina afiada, pronta para desempenar. Algumas foram destacadas: “Este de padres antigos, este de breviário debaixo do braço; este de padres modernos, este de máquina de retrato. — Este de padres antigos, este de muita meditação, este de padres modernos, este de muita televisão”. — Nos dias de festa em Pinheiro Marcado: ”Este de dia de três arroz: arroz de sopa, este de arroz de arroz, e este de arroz de doce”. — Na conferência aos irmãos, o padre encarregado lia um trecho em francês (!) e o traduzia para seus ouvintes. — Irmão José lhe disse: “Este de conferência este de grandes porq’ria; este de livro francês este de muito ofende alemão...” idoso, e com a saúde já abalada, está ele em Goiânia, ajudando nos trabalhos da Casa. Nunca se queixava sequer de um incômodo, e se teve alguma doença ninguém o soube, pois nada dizia a respeito. Com 81 anos, faleceu a 20 de novembro de 1975.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - SÉTIMO QUADRO


7º Quadro – SONHANDO COM O BRASIL
 
Os Redentoristas da Baviera (Alemanha), haviam assumido desde 1894, a cura pastoral de dois grandes Santuários do Brasil: N.S.Aparecida em Aparecida, em São Paulo, e Divino Pai Eterno em Trindade. O Brasil exercia grande fascínio sobre os seminaristas da Alemanha. Era a terra dos papagaios e do pau Brasil, das bananeiras e frutas tropicais. Principalmente uma terra carente de operários para a vinha do Senhor. Pe. Pelágio foi um dos candidatos idealistas e corajosos. Despediu-se do seu pai e chegou aqui em 1909 para nunca mais retornar à pátria, nem mesmo a passeio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

VIDA ILUSTRADA DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO, O APÓSTOLO DE GOIÁS - SEXTO QUADRO


6º Quadro – BEIJANDO SUAS MÃOS UNGIDAS
 
16 de junho de 1907 é a data inesquecível da sua ordenação sacerdotal. A primeira missa solene foi celebrada, na aldeia de Nordhausen, onde passou Pelágio a infância e a juventude. Todos queriam beijar suas mãos ungidas e receber a "bênção primicial". O primeiro da fila foi seu pai Matias. Dizia-se que "vale a pena gastar um par de sapatos para ir receber a bênção do padre novo". Sua sobrinha Pelágia, então com 5 anos, foi a "noivinha" que colocou na fronte do neo sacerdote a coroa de flores, conforme o costume daquele tempo. Mais tarde tornou-se freira e veio também trabalhar no Brasil.

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Leigo Redentorista: Missão que se encontra no Coração da Igreja

PEDRO LUIZ DIAS
Ontem, li com grande satisfação a notícia publicada pelo José Ribeiro Leite, que a vida no Seminário o denominou carinhosamente como Paraíba, sobre a participação dos leigos — e mesmo dos antigos seminaristas — na reunião capitular da Congregação do Santíssimo Redentor. Trata-se de uma presença significativa, que reforça o novo tempo e a sensibilidade na vida da Igreja: o tempo da corresponsabilidade missionária.

A notícia reacendeu em mim a memória de uma conversa antiga, mas inesquecível, com o irmão AlanPatrick Zuccherato – C.Ss.R., então diretor de comunicação do portal A12.com. Conversar com o irmão Alan é sempre uma experiência de entusiasmo; ele tem o dom de irradiar energia, esperança e criatividade pastoral. Em meio à conversa, ele disse uma frase que continua a me acompanhar:

“Vocês que estão na vida leiga são muito importantes como exemplo, como referência para nós, que vivemos a vida religiosa consagrada.”

Essa afirmação, que tantas vezes me volta à mente, sempre me leva à reflexão: qual tem sido, de fato, a presença, a colaboração e o testemunho dos leigos na vida espiritual, material e organizacional da nossa Congregação?

Um olhar para a Congregação hoje

Falar da Congregação do Santíssimo Redentor, hoje, é deixar que os olhos brilhem e que a alma se revigore. É admirável o trabalho desenvolvido pelos irmãos e padres redentoristas nos diversos santuários e frentes missionárias.

Basta contemplar:

  • O Santuário Nacional, em Aparecida, SP, com sua organização, acolhimento e vida litúrgica exemplar;
  • A Basílica histórica no centro da cidade de Aparecida, SP;
  • O Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, GO, com sua força evangelizadora e missão popular;
  • E tantas outras casas, paróquias e presenças missionárias espalhadas pelo Brasil, pela América Latina e pelo mundo.

Quem percorre as publicações, produções, transmissões e reflexões oferecidas pelo A12.com percebe imediatamente o crescimento da mensagem, a vitalidade da comunicação e a amplitude do alcance missionário dos redentoristas. Esse dinamismo não nasce por acaso. É fruto direto da integração, do acolhimento e da abertura que a Congregação tem demonstrado para com os leigos que desejam caminhar juntos.

Provinciais, diretores de casas, formadores, missionários — todos têm se mostrado sensíveis ao protagonismo leigo e ao valor da participação corresponsável.

A pergunta que retorna

Diante dessa realidade tão fecunda, volta a pergunta essencial:

O que nós, leigos, temos feito? Como podemos colaborar mais profundamente?

A primeira resposta não é uma tarefa, mas uma atitude:orgulhar-se da própria identidade.

Sim, assumir com alegria a vocação de missionário redentorista no mundo - alguém que leva para a família, para o trabalho, para a vida pública e comunitária a espiritualidade de Santo Afonso Maria de Ligório e o testemunho ardoroso das grandes figuras da congregação, como Madre Maria Celeste Crostarosa.

Ser missionário na perspectiva redentorista não exige hábito religioso, mas exige coração disponível:

  • coração que reza;
  • coração que acolhe;
  • coração que consola;
  • coração que comunica esperança;
  • coração que protege a dignidade dos pequenos e dos pobres;
  • coração que se compromete com a justiça do Evangelho.

O chamado dos nossos tempos

Este é, sem dúvida, um momento histórico. A presença leiga nos Capítulos e nas instâncias de reflexão da Congregação não é apenas simbólica; é sinal de que a missão redentorista se expande, se renova e se encarna no cotidiano das famílias, das cidades e do mundo digital.

Os leigos trazem perspectivas novas, talentos profissionais, sensibilidade pastoral e uma vivência concreta do Evangelho nas realidades sociais onde os religiosos, muitas vezes, não estão presentes de modo contínuo.

O que podemos oferecer?

Como leigos, podemos:

  • Fortalecer a comunicação institucional, com nossa experiência profissional e testemunho;
  • Apoiar projetos sociais e pastorais, contribuindo com planejamento, gestão e recursos;
  • Viver e difundir a espiritualidade redentorista, de forma madura e coerente;
  • Participar de grupos, irmandades, missões e pastorais, com generosidade e constância;
  • Ser ponte entre a Congregação e a sociedade civil: no mundo acadêmico, empresarial, comunitário e cultural.

Conclusão: missão compartilhada

Mais do que uma colaboração eventual, o que se pede hoje é uma aliança espiritual e missionária entre religiosos e leigos, fiel ao espírito de Santo Afonso: proximidade com o povo, simplicidade do Evangelho, ardor missionário e confiança absoluta na graça redentora de Cristo.

O futuro da Congregação do Santíssimo Redentor — já tão rico e tão fecundo — continuará a florescer na medida em que essa comunhão se fortalecer.

Ser leigo missionário redentorista é assumir, com humildade e coragem, que também somos guardiões da esperança, testemunhas da misericórdia e instrumentos da Copiosa Redenção.

Por Pedro Luiz Dias – Família Leiga Redentorista