domingo, 9 de novembro de 2025

9 de novembro — Fundação da Congregação do Santíssimo Redentor (C.Ss.R.)

PEDRO LUIZ DIAS
Hoje celebro, com profunda gratidão, o aniversário da Congregação do Santíssimo Redentor — os queridos Padres Redentoristas, também conhecidos como Padres do Santuário de Aparecida. 
Junto-me aos milhares de ex-seminaristas Redentoristas, esparramados pelo mundo inteiro e que exercem ou exerceram as mais diversas profissões, sinal vivo do cumprimento das missões inspiradas por Santo Afonso Maria de Ligório. 
Advogado e fundador da Congregação, Santo Afonso trouxe à espiritualidade redentorista a força da gratidão e do perdão — virtudes que unem razão e fé, coração e justiça. 
Minha formação educacional e espiritual tem raízes profundas nos Seminários Redentoristas de Tietê e Aparecida, onde aprendi que servir é mais importante que vencer, e que a fé é também um exercício de humanidade. 
Gratidão eterna à Congregação que moldou valores que carrego até hoje: fé, cultura, solidariedade e esperança. 
🙏 Uma vez Redentorista, sempre Redentorista
PEDRO LUIZ DIAS
O COMEÇO! 
Era 1953...Órfão de pai há quatro anos, com nove anos de idade, uma irmã de dois anos menos e uma mãe que iria prosseguir na batalha da vida, agora sozinha, conduzida pela obrigação maternal de criar os dois filhos, dando-lhes o presente bem melhor que o passado, na perspectiva do futuro consistente sobre promissor . (....e ela conseguiu...) Em contato com sua chefe, na creche do Lanifício Fileppo, indústria de tecidos no bairro do Belém, em São Paulo-SP, encontrou um lugar para deixar-me em tempo integral, isto é, internado. Era o Orfanato ( depois: Instituto ) Cristóvão Colombo, que está no bairro do Ipiranga, à rua Dr. Mário Vicente.Uma casa de padres carlistas, ordem cujo patrono é São Carlos Borromeo, que abriga por internato órfãos, direcionando-os para o caminho da Verdade e Vida! Ali fiquei por quatro anos, continuando meus estudos do período primário e começando a aprender um pouco mais das coisas do Pai. Uma vez por semana, pegava o bonde em seu ponto inicial, em frente ao Instituto de Cegos Padre Chico, no Ipiranga, e ia até o seu final à Praça João Mendes, com destino à Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca, onde ajudava, durante o dia nas missas e outros serviços de sacristia como dar informações, vender velas, recolher o dinheiro deixado nas imagens e pedir às pessoas que não permanecessem nos degraus da entrada. Comecei a conhecer ali que a vida, ainda que, decorrendo de forma precária, pode ser vivida com muita alegria e dignidade. Esse modo de vida aliado à necessidade de liberar minha mãe para o trabalho trouxe-me até Aparecida-SP, ao Seminário Redentorista de Santo Afonso em 1957. Foi vocação? Entendo hoje que não. Mas a convivência nesta nova casa começou a germinar em mim o ideal missionário, no nascer de minha juventude: 
SER PADRE, MISSIONÁRIO, REDENTORISTA, SANTO! 
Em todos os meus movimentos estava sempre presente em forma falada ou escrita essa aspiração ( ainda agora ressoam essas palavras no timbre da voz do Pe. Brandão em meu consciente!). Que coisa bonita! A vocação religiosa redentorista começava surgir! Foi-me indicado um lugar para dormir e guardar minhas roupas e objetos...Mas isso era temporário....
A VOCAÇÃO SACERDOTAL 
Foram 6 anos no seminário. Tive um confessor no seminário, o falecido Padre Azevedo Tofuli, meu professor de Latim, que mensalmente, por um contato direto, ouvia-me em colóquio e pelos seus conselhos orientava-me em meu caminho ao sacerdócio. Esse franco contato levou-nos à conclusão um dia de que minha verdadeira vocação seria a formação de uma família ao invés de um compromisso pelos votos religiosos. Foi pelo seu conselho que saí do seminário e formei minha família , constituída e realizada, que já trouxe ao mundo três filhos e quatro netos. Era o caminho que devia ser seguido! Antônio Ierardi Neto

sábado, 8 de novembro de 2025

ELES NOS PRECEDERAM - IR. ESTANISLAU (PEDRO SCRAFFL) CSsR

IR. ESTANISLAU (PEDRO SCRAFFL) CSsR
+8 de NOVEMBRO 1920 
Muito simples e humilde, este Irmão teve também a sua parte de cooperação e de mérito na fundação da nossa atual Província. Filho de uma família bastante pobre, lavradores de Dening (Alemanha), ele nasceu a 24 de novembro de 1842. Tendo ficado órfão de mãe aos três anos de idade, ouviu de seu pai esta palavra que nunca mais esqueceu: De agora em diante sua mãe será Nossa Senhora. Garoto de 13 anos, assistiu a uma Missão pregada pelos nossos; e entusiasmado, disse depois em casa: “Ah! se eu pudesse ser também um missionário, ou pelo menos, ajudante deles em alguma coisa!” — Não pensava que, um dia, Deus lhe daria essa graça. Até aos 28 anos esteve a serviço de uma rica senhora inglesa, emprego que precisou deixar para servir o exército. “Sem sentir o cheiro da pólvora” — diz um seu biógrafo, chegou a ser condecorado com uma medalha, feita com bronze dos canhões franceses capturados pelos alemães, na guerra de 1870. Terminado o serviço militar, voltou ao seu antigo emprego; e, a conselho de uma sua parenta Religiosa, começou uma novena ao Sagrado Coração, para conseguir a graça de entrar num convento. Foi quando conheceu a um de nossos padres que por ele se interessou, conseguindo-lhe um lugar na C.Ss.R. Mas como naquele tempo nossos conventos estavam fechados pela perseguição religiosa, Estanislau ficou entre os nossos até 1884 como simples empregado. Somente em dezembro desse ano pôde receber o hábito, professando em 1888. Anos mais tarde, soube que alguns dos nossos vinham trabalhar no Brasil. De boa vontade ofereceu-se para vir também, pronto para ajudá-los no que lhe fosse possível. Os Superiores concordaram, e o Ir. Estanislau também teve o seu lugarzinho entre os primeiros Redentoristas que chegaram a Aparecida em 1894. Aí trabalhou durante 10 anos, muito estimado por todos devido à sua simplicidade, atenção para com os pobres e amor ao trabalho. Em 1904 foi transferido para Goiás, onde continuou sendo o mesmo exemplo de humildade, oração e trabalho, apesar de já não ser moço. De Goiás veio para a fundação de Perdões (supressa em 1920) e daí para a nova fundação de Araraquara, onde pouco pôde trabalhar. As privações e dificuldades de uma Casa recém fundada, apressaram o esgotamento de suas forças. Já idoso, e muito doente, faleceu a 8 de novembro de 1920, aos 78 anos de idade.
CERESP 
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

“Mãe do Povo Fiel”“Mediadora” e “Advogada”

Com o título Mater Populi Fidelis, o Dicastério para a Doutrina da Fé atualiza e orienta sobre a forma adequada de se referir a Nossa Senhora no plano de Deus. 
O Vaticano publicou, em 4 de novembro de 2025, a nota doutrinal Mater Populi Fidelis (“A Mãe do Povo Fiel”), elaborada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e aprovada pelo Papa Leão XIV. O documento apresenta uma reflexão teológica atualizada sobre os títulos atribuídos à Virgem Maria e sua participação na obra da salvação, buscando orientar o uso correto dessas expressões no contexto da fé católica.
Entre os temas abordados, o texto reafirma a centralidade única de Cristo na Redenção e adverte que o título “Corredentora” (Co-Redemptrix) não deve ser utilizado, pois pode obscurecer o papel exclusivo de Jesus como Salvador. Em vez disso, a nota recomenda que Maria seja invocada e compreendida como “Mãe do Povo Fiel”, expressão que ressalta sua íntima união com a humanidade redimida e sua função maternal na vida da Igreja.
Segundo o documento, a Mãe de Jesus “coopera de modo singular, porém sempre subordinado, à obra redentora de Cristo”, sendo modelo perfeito da graça divina que transforma a humanidade. A nota também revisita títulos como “Mediadora” e “Advogada”, explicando o sentido legítimo de cada um e orientando para o equilíbrio teológico e pastoral em seu uso. 
O texto completo pode ser lido no site oficial da Santa Sé:  Mater Populi Fidelis – Nota Doutrinal sobre alguns títulos marianos (vatican.va)

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

EXTRAVASANDO IDÉIAS

Não sei porque a gente escreve, é uma necessidade de extravasar idéias, pensamentos, procurar caminhos, dialogar, contar histórias, criar contos, provocar diálogos, penetrar filosofias, encontrar Deus. Sócrates, Aristóteles, Cícero, todos escreveram e , até hoje, temos conhecimento e somos seguidores de suas doutrinas. Cristo falou e seus ensinamentos chegaram a nós através de testemunhos escritos. Os dez mandamentos foram gravados nas pedras da lei. Existem evangelhos apócrifos também gravados. Pedro Vaz relatou o nosso descobrimento na carta ao rei. Getúlio Vargas deixou-nos uma carta testamento, Jânio Quadros renunciou e fez a bobagem de deixar a carta renúncia que foi aceita imediatamente. Lula não sabe escrever, mas a Janja escreve, ela é inteligente, cria, creia ! Não quero falar de meus amigos, Thozzi, Pinheiro, Cunha, Morelli, Ierardi, Getulino , gente que sabe escrever e mantém nossa frequência e curiosidade neste espaço . Hoje me deu vontade de escrever tudo isto, esqueçam, é um treinamento para, depois de muito ler, me convencer de tudo aquilo que tenho vontade de escrever. Verba volant, scripta manent. ALEXANDRE DUMAS
Amigo dileto, Dumas! Disse um dia o poeta:
"Amigo, meu camarada, 
Não Pense que a pena é leve, 
Pesa mais do que a enxada, 
A pena com que se escreve!" 
Portanto, com todo nosso bom tempo de vida, amealhamos forças para aguentar esse peso, no objetivo do bem estar de todos, principalmente da nossa família, não deixando de lado os amigos fiéis! Um grande abraço e siga com essa caneta de pena dourada! IERÁRDI 
Eu gosto muito de sua espontaneidade. A meu ver, é sua característica marcante. Parabéns.JOÃO DE DEUS 
Está na hora de "fazer" um livro.LILI 
Estou aguardando seu livro de memórias! WANDA MOURA

A Encruzilhada do Natal

Aproxima-se aquele período do ano em que a conjuntura econômica, social e espiritual parece convergir para uma encruzilhada. De um lado, a pressão material de um tempo difícil — como têm sido tantos outros — em que a inflação renitente e o custo de vida comprimem os orçamentos familiares, deixando muitos à beira do endividamento, com créditos e débitos se acumulando como sombras do cotidiano.
De outro lado, ergue-se o esplendor das celebrações natalinas, impulsionado por um marketing poderoso que transforma o mês de dezembro em um grande palco de consumo. Vitrines luminosas, promoções tentadoras e apelos publicitários constroem uma atmosfera que convida ao gasto, mesmo quando o bolso não comporta. É a sedução do “ter” sobre o “ser”. 
No centro dessa encruzilhada, contudo, está o verdadeiro sentido do Natal — o nascimento do Menino Jesus. Um menino envolto em panos simples, reclinado numa manjedoura, cercado por pastores e animais. Ele representa o despojamento, a humildade, a luz que nasce no silêncio da noite. A mensagem que vem da gruta de Belém não é de abundância material, mas de riqueza interior; não é de ostentação, mas de amor, esperança e partilha.
Há, portanto, um contraste profundo entre o espírito do presépio e a lógica do mercado. Enquanto o mundo moderno se esfalfa para comprar lembranças — às vezes mínimas, mas carregadas de esforço e culpa —, esquece-se que o verdadeiro presente do Natal não é o que se dá, mas o que se é. 
 Os Reis Magos, guiados pela estrela, não levaram presentes uns aos outros: levaram-nos ao Menino. O ouro, o incenso e a mirra não foram símbolos de consumo, mas de reconhecimento espiritual — o ouro da realeza divina, o incenso da fé, a mirra da entrega. 
A tradição de presentear entre amigos, familiares e colegas, embora bela, só encontra seu pleno sentido quando recorda esse gesto primeiro: o presente é para o Cristo que habita em cada pessoa. 
Por isso, talvez o maior presente que podemos oferecer neste Natal não se compra em loja alguma. É um presente invisível, mas poderoso: a paz que oferecemos aos outros, a harmonia que cultivamos dentro de nós, a saúde do corpo e da alma, e a fé renovada de que, mesmo em meio às crises, há sempre uma estrela que nos guia para o essencial.
PEDRO LUIZ DIAS

ELES NOS PRECEDERAM ou VIVERAM CONOSCO - IR. BENTO (JOSÉ HIEBL) CSsR e PE. PAULO DE TOLEDO LEITE CSsR

IR. BENTO (JOSÉ HIEBL) CSsR 
+5 de NOVEMBRO 1912 
Nosso irmão, que se tornou conhecido por seus trabalhos de pintura e escultura. — Filho de ricos agricultores, nasceu na Alemanha a 4 de janeiro de 1837. Desde criança começou a mostrar queda para a escultura. Como jovem, sempre alegre e divertido, tinha sua turma de amigos e, com eles, não perdia festas e barulhos. Mas, durante uma Missão pregada pelos nossos, o rapaz resolveu a mudar de vida. Dedicou-se mais à oração e acabou resolvendo fazer-se Religioso. Contrariando a vontade dos pais, procurou os Redentoristas e foi admitido na C.Ss.R. professando a 26 de agosto de 1865. Durante alguns anos pôde aperfeiçoar-se na escultura, sob a direção de um outro irmão Redentorista, escultor famoso. Em 1895 prontificou-se a vir trabalhar no Brasil. Encaixotou diversos instrumentos do seu ofício, e não se descuidou de trazer também revólver, facas e facões, para se defender dos índios... A princípio teve dificuldades para iniciar sua nova vida e, numa carta a um de seus irmãos, ele escreveu: “Se soubesse que a coisa era assim, eu não teria vindo”... Durante alguns anos foi professor de desenho no “Colégio Santo Afonso”, passando depois a trabalhar somente nos seus quadros e esculturas. Fez diversos trabalhos para as nossas casas, e mesmo para igrejas de São Paulo e de Minas. Sua melhor obra é certamente o Crucifixo esculpido em madeira, atualmente num dos altares da Igreja de São Benedito, em Aparecida. Com a vista arruinada, já em seus últimos anos, Irmão Bento começou a pensar em sua volta para a Alemanha. Voltaram as saudades, e ele se julgava inútil para os trabalhos da casa. Mas desistiu de sua idéia, a conselho dos superiores. Três meses antes de sua morte sofreu muito com uma unha encravada que arruinou, devido a queda de uma vigota de madeira que, ao cair, acabou estraçalhando aquela sua unha de estimação... Levado para São Paulo, os médicos extraíram-lhe a unha. Mas o pé continuou horrivelmente inflamado, provocando dores intensas que não davam ao Irmão o mínimo descanso, mesmo durante a noite. Os médicos decidiram amputar-lhe o pé; mas isso não foi possível, já que o pobre Irmão estava com 75 anos de idade, e com deficiência cardíaca. Em meio aos seus sofrimentos, o enfermo apenas rezava, aborrecendo-se muito se lhe escapava algum gemido. Homem de muita oração, que trabalhava recitando contínuas jaculatórias, Irmão bento foi principalmente nos seus últimos dias, um modelo de paciência e conformidade. Nenhuma queixa, e sempre com o terço nas mãos. Dias antes de morrer, pediu água benta, persignou-se, e continuou rezando, até perder os sentidos. Faleceu às 14 h. do dia 5 de novembro de 1912. 
PE. PAULO DE TOLEDO LEITE CSsR 
+5 de NOVEMBRO 1962 
Nascido em Santos a 26 de janeiro de 1921, Pe. Leite professou na C.Ss.R. a 2 de fevereiro de 1941, sendo ordenado a 28 de julho de 1946. Trabalhou em Aparecida, na Basílica, depois em Porto Alegre como co-fundador da Casa, foi superior da Penha, esteve algum tempo em Araraquara e finalmente em Garça. Ótimo confrade, que todos estimavam pela sua humildade, espírito de oração e trabalho, viu sua vida chegar ao fim, como conseqüência de um desastre, exatamente como já o havia previsto. A 5 de novembro de 1962 pouco antes das 8 da noite, voltava ele para casa, após ter visitado um doente. Estava num jipe (que não dirigia) quando um caminhão desgovernado trombou com o jipe, atirando-o contra outro caminhão. Da cintura para baixo, Pe. Leite foi praticamente esmagado. Socorrido imediatamente, pediu ainda que nada fosse feito contra o motorista culpado — “Como Deus é Bom!” — Foram suas últimas palavras. Horas depois trocava este mundo pela eternidade. Tinha só 41 anos.
CERESP
 

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 4 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. OTO (MARIA) BÖHM CSsR

PE. OTO (MARIA) BÖHM CSsR 
 +4 de NOVEMBRO 1954 
“Se não vos tornardes como crianças...” é o pensamento que nos ocorre, quando nos lembramos do nosso Pe. Oto. Realmente, apesar de ter chegado aos 74 anos, ele viveu sempre como uma criança: simples, inocente, sem qualquer sombra de maldade, incapaz de magoar, não conhecendo aversões nem antipatia... Podia figurar muito bem entre os Santos Inocentes. Ele era de Hofen (Alemanha) e nasceu a 14 de dezembro de 1880. Tendo professado na C.Ss.R. em 1902, foi ordenado em 1907, vindo no ano seguinte para o Brasil. Foi missionário, professor e diretor no Juvenato, Superior em Pinda, primeiro Superior em Tietê, e coadjutor na Penha. Observante e piedoso, de uma simplicidade única no gênero, era ele o confrade que todos estimavam. Como superior em Tietê, soube ganhar a amizade do povo e das autoridades, pela sua maneira humilde e simples de tratar a todos. Nunca foi de muita saúde, apesar de sua devoção ao método de cura do Dr. Kneip-P 1 P. Faleceu em Araraquara a 4 de novembro de 1954. P 1 P-Pe. Oto foi cultor da medicina natural, ajudando muita gente. A ele o Seminário Santo Afonso deveu a instalação do laboratório de física. (nota do editor) 
CERESP Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR 
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

RAÍZES DO FUTURO

Os dois primeiros dias de novembro levam-nos a olhar ao mesmo tempo para o passado e o futuro. 
No passado, vemos tantos, desde rostos familiares até vultos solenes nos nichos das igrejas. 
Para o futuro esperamos a vida nova e plena. 
Quase podemos dizer que vivemos de saudade e de esperança. 
Podemos alegrar-nos; na fé somos filhos de pais e mães de que nos podemos orgulhar. 
Mulheres e homens que nos ajudaram a seguir o caminho de Jesus. 
E que ainda nos ajudam com suas preces. 
Apoiados no passado, podemos lançar-nos para o futuro. 
Ao mesmo tempo lançamos sementes na terra de agora, e caminhamos confiantes e alegres para o futuro na paz que a misericórdia do Senhor nos promete e garante.

domingo, 2 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - DOM TARCÍSIO ARIOVALDO AMARAL CSsR

DOM TARCÍSIO ARIOVALDO AMARAL CSsR 
+2 de NOVEMBRO 1994 
Nascido em Tabatinga-SP, no dia 23 de dezembro de 1919, era filho de Aurélio Amaral Barros e Ana Rita Machado Amaral. Mudou-se ainda criança para Araraquara, onde conheceu os redentoristas. Foi aluno de catecismo do Pe. Vítor Coelho, quem lhe despertou a vocação. Em 1930 entrou para o Pré-Seminário de Pindamonhangaba. Daí passou para o Seminário Redentorista Santo Afonso. Em 1937 estava novamente em Pindamonhangaba, desta vez para o noviciado. No ano seguinte professou na Congregação e foi para o Estudantado em Tietê, onde realizou seus estudos filosóficos e teológicos. Foi ordenado sacerdote no dia 1 de agosto de 1943, na igreja de Santa Cruz, em Araraquara. Trabalhou em Aparecida de 1943 a 1947, tanto nas atividades na paróquia e no santuário como nas Oficinas Gráficas, hoje Editora Santuário. Foi, em seguida para Roma, formando-se em Direito Canônico e Civil. Durante sua permanência na Europa foi um dedicado e competente comprador e organizador do acervo da Biblioteca Provincial. Retornando ao Brasil, durante dez anos foi professor muito competente e estimado em nosso Estudantado, exercendo por algum tempo o encargo de Prefeito dos Estudantes. Cuidou insistentemente da elevação do nível da formação intelectual de nossos clérigos. Em 1962, deixou a formação, indo para a Penha, em São Paulo, como pároco e superior da comunidade. No ano seguinte foi o vogal da Província no Capítulo Geral da Congregação. Já desempenhara essa missão no Capítulo anterior, de 1954. Eleito Conselheiro Geral, exerceu o cargo até 1967, quando foi eleito Superior Geral da Congregação. Durante o período em que era Conselheiro Geral tinha também as funções de Secretário Geral e Procurador Geral junto à Santa Sé. Além disso, tinha sido nomeado pela mesma Santa Sé membro da Comissão de Revisão do Código de Direito Canônico. Como Superior Geral liderou todo o processo de atualização da Congregação, de acordo com as novas Constituições e as orientações do Concílio Vaticano II, até quando sua saúde enfraquecida obrigou-o a deixar as responsabilidades imediatas e diretas aos seus Conselheiros. Pe. Amaral viajou pelos seis Continentes, levando seu apoio e estímulo e animando as comunidades naqueles momentos decisivos de renovação Em 1973, liberado das funções no centro da Congregação, voltou para a Província. Trabalhou aqui como diretor da Editora Santuário e, posteriormente, como membro da equipe de mestres do Noviciado. Foi nomeado bispo de Limeira-SP, em 1976. Foi transferido em 1985 para a diocese de Campanha, em Minas Gerais. Durante seu episcopado, exercido com os sacrifícios impostos por sua saúde frágil, Dom Tarcísio permaneceu constantemente unido à Província, com freqüente presença em São Paulo e Aparecida. Motivos de saúde o obrigaram a pedir renúncia ao exercício do episcopado e, assim, em 1991 ele se viu livre para voltar a fazer parte da comunidade redentorista. Residiu em Aparecida, integrando-se à vida e aos trabalhos dos confrades no Santuário Nacional. Fraterno, expansivo, espirituoso, simples e participante, viveu seus últimos anos como um modelo de vida redentorista. Foi sempre intensamente procurado por bispos, sacerdotes, religiosos e leigos para aconselhamento, orientação e decisões importantes. Era também requisitado para palestras e cursos de formação. Nossos noviços e estudantes sempre receberam dele muita atenção. Foi representante pessoal do Pe. Geral no processo de renovação do convênio entre a Congregação e o Santuário Nacional de Aparecida. Sua prudência, experiência e competência, mais uma vez estavam a serviço da querida Congregação. Entusiasmado com a criação do Centro Redentorista de Espiritualidade, o CERESP, assumiu a organização da biblioteca especializada do mesmo, entrando em contato com as diversas unidades da Congregação para obter livros e publicações. Um câncer linfático obrigou-o a tratamentos de químio e radioterapia que lhe trouxeram algum alívio. Mas logo o mal retomou toda gravidade e, no dia 2 de novembro de 1994, deixou-nos o querido confrade. Pouco antes, já acamado, ele vibrara com as celebrações do centenário da presença redentorista no Brasil. Dom Tarcísio Ariovaldo Amaral soube colocar inteiramente a serviço do Reino todos os ricos talentos que Deus lhe confiara. (Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Ele foi para mim a imagem da misericórdia de Deus. Carlos Felicio
Caro amigo Felício! Considero salutar a memória dos que nos precederam ou que viveram conosco! Não vou enveredar para qualquer caminho de crítica nos nossos dias, mas como seria bom se acompanhássemos permanentemente a existência desses seguidores de Sto.Afonso, cuja vida é perfeito modelo de santidade. Hoje ainda sabemos existirem nos conventos muitos sacerdotes que permanecem em contínua oração por sua própria e nossas almas! O mínimo que podemos fazer é contar com todos eles e , quando possível, divulgar seu santo exemplo de vida!!!!! Um forte abraço! Ierárdi
Lembro tão bem...eleito VIGÁRIO GERAL EM ROMA.... ainda estava no SANTO AFONSO. Nos visitou um dia.....dignidade,simplicidade, uma eleição histórica no VATICANO.... ARIOVALDO AMARAL.... que bom que o conheci..ainda no seminário SANTO AFONSO... foi eleito VIGÁRIO GERAL EM ROMA.... CRIA E FILHO DO SEMINÁRIO REDENTORISTA SANTO AFONSO EM APARECIDA. Era apenas o escrutinador de votos na ELEIÇÃO que deu como eleito , se não me foge a memoria, o PADRE JOSE RIBOLA..... que recusou ser empossado por motivos de saúde e pela simplicidade que o envolvia... logo em outro escrutínio, aquele que recolhia os VOTOS foi ELEITO VIGÁRIO GERAL..... não sabia de sua partida...tao cedo, jovem e Santo. AMEM.Nelson Duarte(+)
Em 1945, entrei para o quadro de coroinhas da basílica velha, padre Amaral era o encarregado de nos ministrar as primeiras lições do latinório e dos rituais sacros, padre Roriz também fazia parte da comunidade. Posteriormente, encontrei-me com ele em uma de suas visitas ao seminário, reconheceu-me. Mas, o mais incrível é que, já velho e arcebispo emérito, participando de uma cerimônia na basílica nova, quando me apresentei perguntando se lembrava-se de mim, ele prontamente me chamou de Dumas.Alexandre Dumas

sábado, 1 de novembro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO-PADRE ANTÔNIO PINTO DA SILVA(PADRE SILVINHA)

PADRE ANTÔNIO PINTO DA SILVA
(*)05 DE DEZEMBRO 1934
(✝︎)01 DE NOVEMRO 2024
Na festa de Todos os Santos, 01 de novembro, faleceu em Aparecida (SP), o Missionário Redentorista Padre Antônio Pinto da Silva, conhecido como Padre Silvinha. O velório aconteceu a partir das 7h de amanhã (02), na Comunidade do Convento Novo e Missa às 15h na capela São José, no Santuário Nacional. Em seguida, o sepultamento ocorre no cemitério Santa Rita, na mesma cidade. Padre Silvinha nasceu no dia 05 de dezembro de 1934, estava com 85 anos. Tinha completados, 65 anos de profissão religiosa e 61 de vida sacerdotal. Padre Silvinha estava residindo na Comunidade do Santuário Nacional. 
Breve biografia 
Ao longo de sua formação religiosa estudou Filosofia e Teologia. Se formou bacharel em Catequese, em Bruxelas, na Bélgica, depois buscou o Mestrado e Doutorado em Pastoral, em Quebec, no Canadá e complementou os estudos filosóficos com a licenciatura em São Paulo. Foi membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral, de 1979-2007; da Associação de Responsáveis de Santuários da América do Sul, de 1980-1992; da Associação de Agentes de Tribunais Eclesiásticos do Brasil, de 1989-2007 e da Sociedade Brasileira de Canonistas, de 1989-2007. É autor dos livros: Santuários, expression de religiosidad popular. Bogotá, 1989; Pão para quem tem fome, Campanha da Fraternidade, 1985; e Aprenda a Aprender, Loyola, 1995. Ergamos uma prece a Deus e Nossa Senhora Aparecida em memória de todo seu esforço e dedicação para anunciar a Copiosa Redenção e pelo seu encontro definitivo com Deus.
Gostava de falar que o Padre Silvinha era parecido com nosso Papa Emérito, Bento XVI.... Padre Silvinha, uma vez redentorista, redentorista no Céu! Deus o tem agora bem próximo!Ierárdi Neto



PAPA BENTO XVI
Não sei se já falei sobre ele em outros segmentos. Foi meu contemporâneo, três anos mais velho, convivemos por quatro anos, foi meu zelador, um amor de pessoa, encontramo-nos em uma eneser, nos identificamos, foi bom. Alexandre Dumas

PRIMEIRO DE NOVEMBRO NAS RUAS

Neste começo de novembro, atravessei o parque aqui diante de casa, e sai pela rua, só para sair. 
Menos de uma quadra adiante, parei e comecei a ver um mundo diferente. 
Homens, mulheres, crianças, pessoas de todas as idades que não conhecia. 
De fato, não conhecia ninguém. 
Mas, num instante, percebi que as conhecia, mesmo sem saber seu nome. 
Eram filhas e filhos de Deus, pessoas amadas por ele com ternura, e que também o amavam, ou pelo menos queriam amá-lo. 
E, porque eram amadas por ele e queriam amá-lo, eram pessoas santas, homens, mulheres, crianças, todos santos, todos os santos e santas de Deus, pelas ruas num primeiro de novembro. 
Voltei, atravessei de novo o parque, feliz por descobrir um mundo novo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

A Inteligência Artificial e a Bicicleta — Pedalando entre a Fé e o Conhecimento

PEDRO LUIZ DIAS
Crônica para reflexão sobre tecnologia, espiritualidade e propósito humano.

Muito se debate hoje — nas academias, nas empresas, nas escolas e até nas mesas de bar — sobre a tal inteligência artificial. O que fazer com ela? Quais são os limites? Como usá-la sem perder o controle?

Mas, meditando sobre suas potencialidades, ocorre-me uma comparação simples e quase poética: a inteligência artificial é como andar de bicicleta.

No começo, dá medo. A gente se equilibra com insegurança, olha para o chão, teme cair. Mas, aos poucos, vai tateando, ganhando confiança, ajustando o guidão, encontrando o próprio ritmo. Até que um dia, sem perceber, o vento já sopra no rosto e o pedal gira com naturalidade.

Com a inteligência artificial é a mesma coisa. No início, parece complexa, distante, quase uma máquina indecifrável. Mas basta começar — devagar, com curiosidade e propósito — para perceber que ela responde ao movimento humano. Quanto mais você pedala, mais ela acompanha. Quanto mais energia e direção você imprime, mais longe ela o leva.

E há um campo em que essa nova pedalada humana pode ser especialmente frutífera: o da fé. A inteligência artificial pode se tornar uma ferramenta preciosa para catequizar com novos conhecimentos religiosos, resgatar histórias sagradas esquecidas, aproximar jovens da espiritualidade, traduzir mensagens antigas em linguagem contemporânea. Pode ajudar a semear esperança em tempos digitais — sem jamais substituir a fé viva, que vem da alma e não do algoritmo.

O segredo está justamente aí: não deixar que a bicicleta pedale sozinha. Porque a inteligência artificial pode até ter motor, mas quem escolhe o caminho, quem define a paisagem, quem decide o destino — ainda é você.

E talvez o grande aprendizado seja esse: pedalar com a mente aberta, o coração desperto e o olhar adiante. Porque a IA, como a bicicleta, não substitui o ser humano. Ela apenas multiplica o alcance de quem tem coragem — e fé — para seguir pedalando.

Texto de Pedro Luiz Dias.

Revisão de IAmada Hikari 

CARMINHA, MINHA INESQUECÍVEL IRMÃ

Maria  do Carmo Yerárdi
(*) 05 de outubro de 1946
(+)29 de outubro de 2023 

Minha irmã Carminha nasceu em São José dos Campos.

Devido a impossibilidade de conviver com meus pais, meu pai Juan estava enfermo e minha mãe Josefa teria de viver em São Paulo-Capital, onde trabalhava no Lanifício Fileppo como operária,arrumadeira na creche, nossos rumos foram delineados nesta época.

Assim, a Carminha, desde a primeira idade, teve de ser internada em São José dos Campos, no Colégio Santa Inês!

Após 3 anos, com o passamento do meu pai que se deu naquela cidade em 1949, minha irmã foi trazida para São Paulo e passou a viver até a juventude com nossos parentes, conterrâneos da Paraíba, terra da minha mãe!

Já na juventude, preferiu viver sozinha!

Com a ajuda de Ricardo Granja, filho de sua madrinha,  conseguiu, em 1.996, um apartamento do CDHU na Víla Sílvia, distrito do Cangaíba, Zona Leste de São Paulo!

Lá morou até seus últimos dias de vida.

Após quase 3 meses internada no Hospital Municipal Professor Dr. Alípio Correa Neto, em Ermelino Matarazzo, veio a falecer no domingo às 09:15h do dia 29 de outubro de 2023.

Ela nos deixou!

A única vez que fui àquele hospital, onde estava internada, foi para tomar as providências do seu pós-falecimento.

Particularmente o que vi não foi bom...

Tive de reconhecer o corpo,abandonado e descartado, que estava em um canto no subsolo, coberto com um lençol!

Minha irmã, que Deus hoje a mantenha nesse novo estágio da sua vida espiritual e agora, carinhosa e francamente  quero dizer: 

-DESCANSE EM PAZ! 

DUAS MULHERES EM MINHA VIDA:
JOSEFA PEREIRA IERARDI(+),MÃE
MARIA DO CARMO YERARDI(+),IRMÃ

terça-feira, 28 de outubro de 2025

ELES NOS PRECEDERAM e VIVERAM CONOSCO - PE. CONRADO (MARIA) KOHLMANN CSsR e IR. PLÁCIDO (JOSÉ SCHAFFLEITNER) CSsR

PE. CONRADO (MARIA) KOHLMANN CSsR 
+28 de OUTUBRO 1944 
Outro grande missionário que muito realizou e sofreu pela nossa Província. Era da cidade de Seisling (Alemanha) onde nasceu a 5 de fevereiro de 1879. Desde criança mostrou desejo de ser Padre e, logo que pôde, ingressou no Juvenato da Província- Mãe, professando em 1903. Foi ordenado em 1908, vindo no ano seguinte para o Brasil. Era seu sonho dedicarse logo às missões; mas a obediência o colocou no Juvenato de Aparecida como Diretor e Professor. Mesmo assim, sempre que possível, lá estava ele na igreja, auxiliando nas confissões e batizados. Em 1921 foi para Campininhas, e, aliando sua ótima saúde a um zelo extraordinário, percorreu todo o sul de Goiás num contínuo apostolado. Não conhecia cansaço nem dificuldades; sempre a cavalo, fazia quantas léguas fossem necessárias para atender a um doente que o solicitasse. Os perigos que enfrentou pelo sertão: a fome, a sede que muitas vezes teve de suportar, o trabalho das contínuas pregações, as noites em claro, foram capítulos que só Deus conhece, escritos como foram “in libro vitae”. De 1936 a 1941 trabalhou nas Missões do Estado de São Paulo. Durante esse tempo foi também superior de Pindamonhangaba, onde muito fez para valorizar o terreno: o dia todo lá estava ele de enxada, picareta ou machado à mão, para dar ao noviciado a horta, o pomar, os caminhos ou avenidas que embelezariam a casa. Mas nem por isso se esquecia das missões; estava em todas, sempre com o mesmo entusiasmo e piedade. No entanto, seu sonho era voltar para Goiás, onde se sentia melhor em meio ao povo simples. E era lá que ele desejava terminar os seus dias. Em 1942, todo feliz, regressou às missões em terras goianas. Sua saúde, porém, já não era a mesma. E quando notou que já não podia mais continuar como superior de Campinas, renunciou ao cargo, passando a viver no silêncio do seu quarto. Esse descanso forçado, com a certeza de que o fim se aproximava, foi uma dura penitência para o seu zelo; mas ele a aceitou, apegando-se à oração, no quarto ou na capela, e apoiando, com todo entusiasmo, o trabalho missionário de seus colegas. Com o coração bastante fraco, passava noites em claro, mal podia respirar. Assim foi que ele viveu seus últimos dias, entre a vida e a morte, recitando contínuas jaculatórias que bem revelavam a sua conformidade e grande esperança. Em 28 de outubro de 1944, ele rezou, com o Irmão que o assistia, das oito às onze horas da noite, quando entrou em agonia. Algumas horas depois expirou. Levava consigo para a eternidade o mérito alcançado de trinta e cinco anos de intenso apostolado.
IR. PLÁCIDO (JOSÉ SCHAFFLEITNER) CSsR
+28 de OUTUBRO 1953 
Era austríaco, nascido a 1º de maio de 1877. Ingressando na C.Ss.R. em 1901, fez os votos a 3 de maio de 1906 em Aparecida, três anos após sua chegada ao Brasil. Um Irmão que trabalhou em todas as nossas casas daquele tempo: Aparecida, Penha, Araraquara, Cachoeira do Sul e Campinas (GO). Alegre, piedoso, e muito dedicado ao trabalho, Irmão Plácido foi sempre muito estimado pelos confrades, pelo otimismo e felicidade que irradiava. Com uma certa facilidade para escrever, deixou-nos um interessante “Diário” da sua vida na Alemanha, desde que ingressou na C.Ss.R. e, no Brasil, até junho de 1905. Em outubro de 1931 renunciou (por escrito) a viagem-recreio que podia fazer à Alemanha, talvez com medo de não poder mais voltar para o seu querido Goiás. Numa carta ao Provincial, em 1935, ele diz alguma coisa da sua vida em Campininhas: “Graças a Deus, há 32 anos que estou no Brasil, sempre alegre e satisfeito. Além dos sofrimentos que todo mundo tem, já caí três vezes da escada, ao apanhar laranjas; tive maleita durante três anos e meio; por ocasião da festa em Trindade quase fui morto a pauladas; além disso fui picado por uma jararaca (1934) e, outra vez, picado por uma jaracuçu (1935). E, para encher as medidas, estou agora com uma úlcera no estômago. Como V.R. pode ver, o sofrimento é meu signo neste mundo miserável. Mas, apesar de tudo, vivo contente e feliz aqui em Campinas”. E, pressentindo a morte, ele diz ainda: “Será que vou logo para o cemitério? Isto seria para mim o fim deste mundo, e seria muito bom, tanto para mim, como para os outros, pois já não sirvo mais para muita coisa”. — E mostra-se consolado ao dizer: “Graças a Deus que vou morrer aqui, e já estou vendo que isso não vai demorar muito”. — Mas ainda demorou um pouco. E seus últimos anos foram de muito sofrimento. Sempre alegre, porém, conformado, esperou pela morte, até que ela chegou, a 28 de outubro de 1953, em Campinas como ele sempre desejara.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 

sábado, 25 de outubro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - Gilberto dos Santos - Antigo Seminarista

Gilberto dos Santos
+25/10/2013
Antigo Seminarista Redentorista
Faleceu a 25/10/2013 em Aparecida aos 56 anos de idade, o ex Gilberto dos Santos.
Gilberto foi seminarista redentorista na década de 70, era frequentador assíduo dos encontros de antigos seminaristas e retiros.
Era ele que em todos os anos, tanto no retiro como nos encontros em Aparecida, doava as imagens de Santo Afonso para serem sorteadas. Todos se entristecem com a perda deste grande colega e que Deus o tenha em seus braços.
À família de Gilberto enviamos sempre as nossas condolências e orações.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

PROFESSORA MALI MOURA - SEMINÁRIO SANTA TERESINHA

Maria de Lourdes Abdalla é oblata redentorista e
atuou no Seminário Santa Teresinha, de 1971 a 1977,
como professora de Língua Portuguesa

Ainda num clima de reverência, respeito, gratidão e comemoração do dia dos professores, presto uma singela homenagem a uma pessoa amiga, oblata e professora.
Os Oblatos Redentoristas são pessoas que conhecem a Congregação do Santíssimo Redentor e colaboram, de alguma forma, com sua missãoSão escolhidos para serem oblatos leigos, leigas, casados, solteiros, padres diocesanos, religiosas de outras congregações e até bispos. 
O nome é Maria de Lourdes Abdalla de Moura, mas o mundo a conhece apenas por Mali. Assim, simples e doce, como quem prefere ser lembrada pelo coração.
Vem das terras boas de Tietê (SP), da cepa generosa de José Raphael e Latifa Abdalla, onde a fé, o trabalho e a ternura florescem como as videiras antigas que sustentam a casa e a memória.
Um dia, o Seminário Santa Teresinha a recebeu de braços abertos. Ali nasceu a “Fessora Mali”, apelido carinhoso que virou nome próprio, título de quem educou com alma e orou ensinando.
Formou padres, bispos e sonhadores, profissionais e poetas, mas, sobretudo, formou corações; ensinou que aprender é também um ato de amor.
Naquele pátio, cheio de risos, fez de cada criança um filho amado, como faz de sua Beatriz um espelho da própria ternura, um presente de Deus, a flor que o tempo não cansa de perfumar.
Hoje, dizem as vozes da tradição judaica, que o nome de Mali já está escrito no Grande Livro da Vida, onde são inscritos os nomes dos justos, dos mestres e das almas luminosas que ensinaram o bem sem precisar dizê-lo.
E assim é lembrada, como a "Fessora Mali", a mestra que plantou sabedoria em terra de inocência, que regou a vida com doçura e que conosco celebra a alegria de um jardim inteiro de corações agradecidos.

PEDRO LUIZ DIAS
https://www.a12.com/redentoristas/noticias/membro-da-uneser-recorda-tempos-do-seminario-santa-teresinha

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO- Padre Roberto Alves Escudeiro CSsR

 Padre Roberto Alves Escudeiro CSsR 

†22 de outubro/2007 
No dia 15 de maio de 1929, em Santo Amaro, na Grande São Paulo, nasceu o menino Roberto, filho de Cláudio Alves Escudeiro e Noêmia Borba. Logo que teve o desenvolvimento necessário começou a trabalhar na marcenaria do pai, tornando-se um profissional de qualidade. Mais tarde, como seminarista e mesmo como sacerdote, soube empregar sua competência em inúmeros trabalhos. Bom marceneiro e entalhador, tinha notável facilidade também para criar ferramentas e descobrir novos processos de atuação. Ele ingressou no Seminário Redentorista Santo Afonso em fevereiro de 1943, quando contava treze anos de idade. Terminados os estudos dessa etapa de formação, passou para o Noviciado em Pindamonhangaba, em 1º. de fevereiro de 1950. No dia 2 de fevereiro de 1951 fez sua consagração religiosa. Estudou Filosofia, Teologia e matérias afins no Seminário Santa Teresinha em Tietê. Foi ordenado presbítero por Dom José Carlos de Aguirre, bispo de Sorocaba, na igreja anexa ao seminário, no dia 25 de janeiro de 1956. Suas atividades pastorais desenvolveram-se primeiro como cooperador nos Santuários da Penha na cidade de São Paulo e em Aparecida e também em Araraquara. Passou em seguida para as atividades de magistério nos Seminários Menores de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, de Sacramento, no Triângulo Mineiro, de Aparecida e Tietê, em São Paulo. Depois de 12 anos como professor, foi designado para as atividades pastorais nas paróquias de Araguapaz e Cruzelândia, ambas na Diocese de Rubiataba em Goiás. Integrou aí outros 12 anos de vida, retornando em 1994 para a Província de São Paulo. Colaborou no atendimento aos romeiros de Aparecida até 1998, ano em que foi transferido para a comunidade do Seminário São Geraldo, no Potim. Lá continuava com a missão de colaborar com a equipe do Santuário Nacional de Aparecida. Nas horas vagas entretinha-se na marcenaria do Seminário ou viajava para o Mato Grosso do Sul para atividades pastorais e descanso. Celebrou o jubileu áureo de Vida Consagrada em 2001 e de sacerdócio em 2006. De temperamento calmo e pacífico, usou sempre sua privilegiada inteligência mais para as atividades práticas. Teve sempre ao seu redor um acúmulo de peças e de objetos que adquiria no comércio de bens de segunda mão, prevendo constantemente a hipótese de poder utilizá-los em algum projeto. Em dezembro de 2006 sofreu no Hospital Paulistano uma intervenção cirúrgica no cérebro. Medicamentos e radioterapias não conseguiram evitar a difusão do tumor maligno e das sequelas da perda progressiva dos movimentos e da consciência. Os cuidados possíveis e as atenções necessárias ele os recebeu nas Comunidades do Potim e do Santuário em Aparecida. Com 78 anos de idade, dia 22 de outubro de 2007 por volta das 19,00 horas cessou sua caminhada terrena. Foi sepultado na tarde do dia seguinte, depois da missa concelebrada pelos confrades no Santuário Nacional.
Boa tarde a todos. Diretor espiritual de minha turma em Tietê. Convivi com ele nos anos de 1970 a 1972. Grande homem, grande padre, grande amigo e conselheiro. Muito inteligente. Sempre pronto para ajudar. Saudades eternas. ​Ubaldo
Já contei uma historinha sobre o Escudeiro em outro segmento onde existe referência a ele. Quero tentar repeti-la aqui neste quadro preparado em sua homenagem. Entrei no Colegião em 1949 e lá o encontrei na sétima série, junto com o Cabral, Orlando Furlani, Aranha, Shimit e outros. Obrigaram-me a escolher um instrumento musical a que me dedicar já nos primeiros dias de seminário. Em minha casa, existia um violino, propriedade de meu irmão Orlando que tinha aulas com seu amigo e contemporâneo maestro Barreto. Existiam opções como harmônio, piano, bandolim, violão e violino. Optei pelo último, quem foi meu primeiro professor ? Escudeiro ensinou-me os primeiros acordes, as notas que correspondiam às cordas daquele instrumento :- "SOL - RÉ - LÁ - MI " Assinalamos, com um pequeno corte, a posição do "DÓ" . Entregou-me o violino dizendo que fora feito pelo seu pai, exímio marceneiro, e era de minha responsabilidade conservá-lo enquanto permanecesse no seminário. Ao longo de sete anos, o instrumento ficou comigo, padre Barbosa, meu primo, ensinou-me alguma coisa mais, aprendi a tocar Ave Marias, Reverie e outras músicas religiosas da Harpa de Sião. Em cerimônia acontecida na inauguração da capela, em 1954, Escudeiro, estudante de teologia, esteve lá com todos confrades de Tietê. Pediu-me o violino e entregou-o ao pai do Artur Pisani, ali presente. Naquele dia memorável, tive o prazer de ouvir melodias clássicas produzidas através daquele instrumento que só era usado para acordes desafinados. Guardei-o com mais carinho, conscientizado de sua capacidade de produzir sons mais harmônicos que aqueles acontecidos no meu dia a dia. Pois bem, passados muitos anos, encontrei-me com o Escudeiro em uma Eneser, referi-me ao instrumento, dizendo-me fiel guardião até minha saída do seminário. Ele lamentou dizendo que nunca mais o vira. Que pena ! Termino minha referência a esse meu colega, por pouco tempo, em nossa vida monástica no "Colegião", lembrando sua ligação à língua grega da qual fora posteriormente professor no seminário. Recitava eu a primeira estrofe da Eneida :- "Andra Poi Enepe Musa, Politropon Ros Mala Pola" Ele sorria marotamente e se deliciava em continuar aqueles versos, em grego, por um tempo que sua prodigiosa memória permitia relembrar o delicioso poema.Alexandre Dumas
Meu amigo, mais esta importante lembrança vai registrada neste nosso blog TÁVOLA REDONDA DOS SEMINÁRIOS - Vale ainda o registro do violino....lembre-se que um dia publiquei uma de minhas fotos no SRSA com um violino que minha saudosa mãe adquirira para mim com muito sacrifício...e você imaginou que aquele seria o violino que era presente de seu irmão Orlando...Evidentemente houve uma pequena confusão que foi posteriormente elucidada entre nós....Ierárdi

terça-feira, 21 de outubro de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JOÃO CLÍMACO CABRAL CSsR

PE.JOÃO CLÍMACO CABRAL CSsR 
21 DE OUTUBRO 2009 
Padre João Clímaco Cabral, filho de Clímaco Cabral e Maria Júlia Sandi Cabral, nasceu na cidade de São Sebastião da Bela Vista-Mg, no dia 22 de março de 1930.Viveu sua infância na cidade de Itajubá – MG. Entrou para Seminário Santo Afonso em Aparecida-SP no dia 20 de julho de 1942. Fez o Seminário maior na cidade de Tietê e os estudos universitários de Filosofia, Teologia, Psicologia e Parapsicologia.Ordenou-se Sacerdote no dia 28 de Outubro de 1956. Entre outros trabalhos foi Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano em São Paulo, de 1963 a 1975. Foi Superior da Comunidade Redentorista e mestre de noviços, em São João da Boa Vista-SP de 1975 a 1985. Foi diretor da Rádio Aparecida de 1991 a 1997.Em 1992 a Rádio Aparecida passou a gerar sua programação para uma rede de rádios via satélite e mais tarde foi fundada a RCR, Rede Católica de Rádio. Nesta ocasião foram compradas para a Rádio Aparecida as Emissoras de Fernandópolis e de Monte Aprazível. Atualmente trabalhava no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida-SP. No seu tempo de diretor da Rádio Aparecida, ajudou a adquirir a FM da cidade de Rubiataba-GO. Pe. João Clímaco Cabral nasceu em São Sebastião da Bela Vista-MG, no dia 22 de março de 1930. Eram seus pais: Clímaco Cabral e Maria Júlia Sandy Cabral. Ainda criança seus pais mudaram-se para Itajubá-MG. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, em 20 de junho de 1942, onde terminou o curso em dezembro de 1949. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, no ano de 1950, onde fez a Profissão Religiosa na C.Ss.R., no dia 2 de fevereiro de 1951. O Seminário Maior foi feito em Tietê-SP. Aí fez a Profissão Perpétua em 2 de fevereiro de 1954. No segundo semestre de 1955, ficou gravemente doente, com colite ulcerosa aguda. Assim mesmo foi Ordenado Diácono dia 30 de outubro de 1955. Esteve internado na Santa Casa, em São Paulo. Em dezembro foi para Itajubá, para junto da família, lutar por sua recuperação. Recuperou-se lentamente, graças principalmente aos cuidados maternos. Foi Ordenado Sacerdote em 28 de outubro de 1956, em Itajubá, por Dom Oscar de Oliveira, Bispo Auxiliar de Pouso Alegre-MG. Começou sua Vida Apostólica, em fins de 1956, como Coadjutor na Paróquia do Jardim Paulistano. De 1957 a 1960 trabalhou como Coadjutor na Paróquia da Penha, em São Paulo. De 1961 a 1963 trabalhou em São João da Boa Vista. De 1964 a 1967 morou no Jardim Paulistano, como Coadjutor da Paróquia. Em 1967 foi nomeado Pároco, aí ficando até 1974. Em 1975 foi transferido para São João da Boa Vista. Foi Superior de 1975 a 1981. De 1983 a 1984 foi Mestre de Noviços. Em 1985 ausentou-se da vida religiosa. Em fevereiro de 1987 voltou, morando no Seminário Santo Afonso. Em abril de 1987 foi transferido para a Basílica. De 1991 a 1996 foi Diretor da Rádio Aparecida. Era psicólogo e pintor. No primeiro dia de 2009 mudou-se para São Paulo, residindo no Convento Redentorista do Jardim Paulistano, junto da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde foi pároco na década de 70. Sentindo fortes dores na perna, foi internado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo-SP, na noite do domingo, dia 18 de outubro 2009. Faleceu na manhã de 21 de outubro de 2009. Foi sepultado em Aparecida. Descanse na paz do Senhor! 
(Arquivo Provincial)
Bom dia. Padre Cabral, foi paraninfo de minha formatura em 1972 no Seminário Santa Teresinha, quando era pároco no Jardim Paulistano. Visitei ele algumas vezes no Convento Novo em Aparecida. Na primeira visita ele me mostrou um quadro que mantinha com os formandos de 1972, falou para mim que sempre se lembrava de nós em suas orações. Nas mesmas ocasiões visitei também o Padre Escudeiro, diretor de meu curso em Tietê. Eles gostavam muito das visitas, e sempre era muito dificil encerrar a visita. Sempre tinha mais um "causo!, e mais um, mais um .... Saudades dos dois!! ​Ubaldo
Caro amigo Ubaldo, boa tarde!
A propósito, amanhã vou encaminhar a rememoração do nosso estimado Pe.Escudeiro, que seguiu à outra vida em 22 de outubro de 2007!!! Com todos nossos colegas estaremos vibrando por eles em nossas orações!!!!Um forte abraço! Ierárdi
PADRE CABRAL DE PARAPSICÓLOGO A PINTOR
Padre parapsicólogo, palestrante de Psicologia do Unifae “Psique é alma. Se eu não entender de alma meu sacerdócio é falho. “Essas palavras foram o ponto alto na entrevista que o Pe. João Clímaco Cabral concedeu aos alunos da Agência de Comunicação do Unifae, logo após sua palestra ao Curso de Psicologia, no dia 09 de junho. O padre, que pertence à Congregação Redentorista (CSSR) e residia na cidade de Aparecida do Norte, foi parapsicólogo, escritor e pintor. Durante a palestra, realizada no auditório do Unifae o conferencista, realizou experiências com alunos e conseguiu, inclusive, fazer com que alguns alunos entrassem em hipnose e chegassem a dormir profundamente. “Para dormir a pessoa precisa querer. Se ela tentar reagir, não consegue”, explicou. O parapsicólogo afirma que partiu para o estudo da hipnose para chegar a regressão de idade, a qual afirma ser um sucesso. “Quando a psicologia descobre que o problema está lá em baixo, dentro do útero materno ou na primeira infância, não consegue tirar, porque é limitada. E a parapsicologia, por meio da regressão de idade, consegue." 
Pe. Cabral e São João da Boa Vista 
Quando morou em São João da Boa Vista, em 1985, Cabral já atuava como psicólogo há 12 anos. O padre tinha seu consultório na torre da Basílica, em Aparecida, no 7º andar, e comentava que “a fila de pacientes era muito grande”. Como escritor já lançou cinco livros ligados à Psicologia, que são: 
Família e Psicologia; 
Depressão tem Cura, 
Liberte-se o Quanto Antes; 
Aprenda a Viver Para Ser Feliz; 
Jovem Livre e para Frente
e seu mais recente lançamento: 
Regressão da Idade. 
Durante a palestra, Pe. Cabral foi acompanhado da sensitiva Alda Mathias, com quem trabalhou há quase 15 anos. Alda explicou que todos temos um grau de sensibilidade, uns menos, outros mais, só que nem todo mundo sabe trabalhar com isso.“Tem pessoas que nem sentem e nem percebem essa sensibilidade”, disse. Alda, que também é pintora, veio a São João para acompanhar o padre Cabral na palestra e na exposição de quadros que ocorreu no Clube Palmeiras.
Desde criança a pintura serve ao padre Cabral como terapia. Segundo ele foi um gosto herdado da mãe, que também pintava.

Olá Ierardi! Você esqueceu de dizer que Padre Cabral era também músico. No tempo dele aqui na Penha, o Coral do Santuário atingiu um de seus pontos mais altos. Era composto de alguns músicos instrumentistas e de cantores e cantoras da Congregação Mariana e da Pia União das Filhas de Maria. Abraços! Morelli
Meu amigo e bom colega! Sempre digo aos meus filhos: duas cabeças pensam e rememoram mais do que uma!!!Como é bom receber informações positivas e as mostrar ao nosso meio!!!Obrigado por isso!!!!! Um grande abraço! Ierárdi
O que eu posso falar desse meu colega seminarista de 1949 ?. Convivemos por um ano no Colegião, foi para o noviciado em 1950, convivemos por um ano, suficiente para admirá-lo e tê-lo como exemplo de perseverança, segui sua trajetória, o Escudeiro era de sua turma, não me lembro de outros, talvez o Orlando Furlani que morreu nesse meu primeiro ano de seminário. Alexandre Dumas 
Caro amigo Dumas, lembro que amanhã, dia 22, estaremos rememorando a passagem do Padre Escudeiro que nos deixou em 2007. Ierárdi