segunda-feira, 15 de agosto de 2016

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - COMPORTAMENTO -01 -

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+)
Como enfrentar as mudanças?
Há pessoas que, por temperamento, não gostam de mudanças ou as detestam pelo transtorno que elas trazem. Por outro lado, há as que têm hábito de mudar: todo o mês tem de modificar alguma coisa nem que seja a posição dos móveis no quarto.
Outras vezes, ouvimos comentários de desaprovação face às mudanças, principalmente quando tudo parece andar bem. Por que mexer?
De fato mudanças trazem transtornos, às vezes arrancam raízes e condenam a planta à morte. Mas há mudanças necessárias e outras que são benéficas.
Uma comunidade que permanecesse com seu quadro de liderança inalterado por muitos anos, pode ser uma comunidade estagnada que vai morrendo aos poucos. Depois de um tempo as pessoas criam seu ritmo de ação e de vida e como todo o movimento iniciado tende a parar, lãs também param e ficam apenas na manutenção.
Assim acontece com comunidades onde o padre permanece como coordenador por muitos anos e onde não há rodízio de serviços. Já vi comunidade onde um casal foi leitor em determinado horário de missa por 28 anos e quando lhe foi solicitado que abrisse espaço para outros participarem, se afastaram da comunidade alegando que o padre os colocara para fora.
A comunidade precisa estar atenta na preparação de novos líderes para os diversos ministérios paroquiais. Deve estar atenta também para fazer o rodízio de pessoas nos serviços, evitando que os agentes se tornem donos do ministério ou da igreja. Já que essas pessoas não possuem bom senso de darem o lugar para outros de tempo em tempo e de continuarem participando alegres, a comunidade tem de ter maturidade para colocar as coisas no lugar.
Queiramos ou não, temos de admitir mentalidades novas, mesmo não tendo a maturidade e a experiência dos antigos, podemos fazer também a comunidade crescer e deslanchar.
Há pessoas que, conforme pude observar, parecem que se sentem valorizadas carregando um monte de chaves da comunidade. Outras parecem que não sabem participar a não ser enfiadas num jaleco ou estando no presbitério.
Na comunidade todos são importantes, independente da função que exerçam. Mas às vezes penso que se o trabalho fosse por amor a Deus, certamente teríamos um grande número de catequistas. Mas aqui isso não acontece, porque nesse ministério a pessoa não aparece e não dá ibope.
Como diria Jesus hoje? “Ai de vós, hipócritas que transformais a casa de Deus numa passarela da glória”. Ou preferiríamos as expressões de Paulo: “Tudo o que fizerdes por palavra ou ações, fazei-o em nome de Jesus para a glória de Deus Pai”.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)
EDITORA SANTUÁRIO

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