segunda-feira, 22 de agosto de 2016

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE! COMPORTAMENTO-08-

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+)
Devo mandar os filhos à Missa?
Todos os sacramentos da Igreja exigem certo grau de conhecimento e consciência do que se faz e por que se faz. Condicionar a salvação à pura participação ou à simples presença em algum sacramento é um dos mais radicais legalismos.
O caminho certo seria a consciente participação nos sacramentos, mas infelizmente não se consegue evangelizar nosso povo de maneira que isso seja um procedimento desejável e normal. Quem trabalha na evangelização e na coordenação de comunidades tem de aceitar os diversos níveis de participação, os diversos níveis de consciência de Igreja.
Aceitar as limitações que são reais é saber acolher e acolher também é evangelizar. Temos de acreditar que participando se aprende. Não temos o direito de nos fechar num rigorismo, pois há pessoas de boa vontade, mas sem formação.
Mas em, a participação tem de ser um ato livre. Não se pode obrigar um adulto a assumir o que ele não entendeu. Podemos convidar, insistir, criar situações que facilitem a participação, mas resposta a Deus dada por meio da participação tem de ser um ato de amor.
Assim é como vemos a questão dos pais mandarem os filhos à missa. Enquanto são crianças o procedimento é o mesmo que se tem em relação a ir ao médico, à escola, à comida; os pais decidem pelos filhos, escolhem o melhor. Quando os filhos se tornam adultos, eles devem decidir, assumir, baseados naquilo que receberam de formação.
Tudo vai depender da formação dada e do exemplo que receberam. Eles devem escolher o caminho confirmando ou não a opção feita pelos pais em seu lugar. Quando foi dada a formação necessária, não há necessidade de ficar martelando a cabeça dos filhos, porque quanto mais se fala, mais reações adversas eles criam.
Os pais devem acreditar na formação que deram e no exemplo de vida e de convicções religiosas que transmitiram e viveram na família. Preocupação deve existir na cabeça de quem não deu formação e muito menos o bom exemplo.
Outra coisa que os pais devem perceber é que, na medida em que os filhos se tornam adultos, sua função paterna e materna não é mais a de decidir, mas simplesmente a de aconselhar. E conselho não é para se dar a toda a hora e de forma que crie conflitos. Se os filhos adultos assumem ou não o problema já é deles e não dos pais. Há uma dificuldade em aceitar e perceber que os filhos se tornaram adultos. Os pais devem, nesse caso, conservar o carinho e tentar levar os filhos para o bom caminho por meio de suas orações, passando-lhes lembretes, conselhos, mas com respeito a sua própria caminhada. Nada melhor que o exemplo vindo de casa desde pequeno. Consertar depois é milagre.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)
EDITORA SANTUÁRIO

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