domingo, 20 de julho de 2025

ELES NOS PRECEDERAM - IR. GERMANO ( THOMAZ SCHEUGENPFLUG) CSsR

IR. GERMANO (THOMAZ SCHEUGENPFLUG) CSsR 
+20 de JULHO 1945 
Este nosso Irmão nasceu em 1866, filho de lavradores bávaros. De seus pais ele herdou uma respeitável força física, muito amor ao trabalho, e uma piedade simples, sem adornos. Chegou ao Brasil em 1895, pouco depois da sua profissão, e viveu quase sempre em Campinas (GO), trabalhando como cozinheiro ou hortelão. Na construção das nossas casas e igrejas em terras goianas sua força pôde se divertir com as pedras que ele arrebentava, ou com as toras que cortava e lavrava no mato. Naqueles anos de grandes sacrifícios e privações, era com alegria que enfrentava a dureza do trabalho. Sempre pronto, não conhecia queixas nem cansaço. E, aos domingos, não podendo trabalhar, ia passar horas na capela, com seu terço e livros de piedade. Já idoso, foi transferido para Cachoeira do Sul, onde apesar de doente, não faltava aos exercícios comuns, ajudando sempre na cozinha, na horta ou na limpeza da casa. Pela sua simplicidade e candura, ganhou a admiração não somente dos confrades, mas também dos estranhos, que nele viam uma alma realmente de Deus. Com admirável paciência suportou os sofrimentos da última doença. E, rezando sempre, recebeu a morte que o levou para junto do Pai no dia 20 de julho de 1945.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 15 de julho de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. CONRADO MARIA JOSÉ CALCANHO GAGLIARDI CSsR

PE. CONRADO MARIA JOSÉ CALCANHO GAGLIARDI CSsR 
+15 de JULHO 1991 
Nasceu no dia 30 de setembro de 1928, na cidade de São Paulo, no Bairro da Penha. Filho de João Conrado Tosi Gagliardi, italiano de Busto Argísio (perto de Milão) e Maria Luíza Anselmo Calcagno Gagliardi, italiana de uma aldeia perto de Gênova. Família religiosa e de pais praticantes. Teve três irmãs religiosas da Congregação das Vicentinas de Gysegen, Foram 15 filhos no total que o casal teve, dos quais sete não chegaram a um ano de idade. Foi coroinha na Penha, em nossa igreja e aos 28 de janeiro de 1940, no final do 4º ano primário, entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Fez a profissão religiosa aos 02 de fevereiro de 1948; a profissão perpétua aos 02 de fevereiro de 1951. Fez os estudos superiores em Tietê, vindo a ser ordenado sacerdote no dia 27 de dezembro de 1952, em Tietê, pelo bispo D. José Carlos de Aguirre. Sua vida pastoral começa dando aulas no Seminário Santo Afonso, em fevereiro de 1954 (Português, Apologética, História Universal, Liturgia, Música) até 1956. Passa para o Seminário Maior de Tietê como professor de Música e Liturgia em 1956. Em 1957 foi coadjutor em Campinas- Goiânia. Em 1958- 1960: atendimento na Basílica de Aparecida. Em 1959-1960: professor de Filosofia no Seminário Maior, em Tietê. Nesse meio de tempo (65-67) fez o curso de Bacharelado e primeira licença em Filosofia pela Universidade de Louvain (Bélgica). Em 1973- 1976: arquivista provincial e missionário. Em 1976 passa para a Equipe de Missões populares ate’ ir para Roma, a serviço do Arquivo Geral da C.Ss.R., em 1988. Inteligente e muito culto, com problemas de saúde, embora o psicólogo e psiquiatra Dr. Colé tenha dito que Pe. Conrado não tinha nada, sofreu com operação de tireóide e daí talvez lhe tenham vindo os problemas. Tomava muito remédio. Não aceitava muito a opinião dos outros, e tinha muita dificuldade para a vida comum. Mas foi dedicado em seus trabalhos. Acredito que a doença o perseguiu desde o nascimento, pois nasceu muito raquítico. Faleceu em Roma, na hora de sua partida de volta para o Brasil. Tudo indica: bloqueio das vias respiratórias. Foi enterrado em Roma. Rezemos por ele.
(Comunicado do Provincial 
 Pe. Hélio de Pessato Libardi(+))

domingo, 13 de julho de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. RAFAEL ( JOAQUIM VICENTE) FERREIRA

PE. RAFAEL ( JOAQUIM VICENTE) FERREIRA DA SILVA  CSsR
+13 de JULHO 1988 
Pe. Rafael, quinto entre oito irmãos, filho de Euzébio Ferreira da Silva e Maria Ângela Cirilo Silva, nasceu em Formiga- MG, a 19 de maio de 1919. Sendo sapateiro de profissão, foi sacristão em Formiga durante 5 anos. Esteve um ano como irmão com os salesianos. Entrou como candidato para a C.Ss.R., em Pindamonhangaba, em 1939, mudando então seu nome de Joaquim Vicente para Rafael, conforme era costume na época: os irmãos mudavam de nome. Fez o noviciado em 1940, em Pindamonhangaba e professou no dia 02 de fevereiro de 1941. Como irmão trabalhou em nossas comunidades: Seminário Santo Afonso, Basílica de Aparecida, Penha, São João da Boa Vista, Seminário São Geraldo. Desempenhou os encargos de sapateiro, cozinheiro, jardineiro e sacristão. Tinha boa cultura intelectual e religiosa. Desde 1968 começou a trabalhar na pastoral direta, ajudando nas missões, pertencendo às comunidades missionárias de São João e Araraquara. Em 1979, tendo obtido a licença dos superiores, começou os estudos teológicos, morando na comunidade do Jardim Paulistano e freqüentando o ITESP (Instituto Teológico São Paulo). Nos fins de semana ia ajudar em Aparecida. Ajudava também em Semanas Santas e Novenas. Terminou os estudos em fins de 1982. Tendo sido ordenado diácono em dezembro de 1981, foi ordenado sacerdote por Dom Geraldo Maria de Morais Penido, no dia 8 de janeiro de 1983, na Basílica Nova em Aparecida. Transferido para São João, trabalhou nas missões até setembro de 1983. Já sofria da doença que o levou, mas ocultou isso enquanto pôde. Por ordem expressa dos superiores, veio para São Paulo e foi operado, quando se verificou que o mal ( câncer da próstata) já avançara demais e não havia mais esperança de cura. Após a operação, quis fazer a recuperação em Aparecida, para onde foi transferido em janeiro de 1985. Tinha de usar sempre uma sonda na bexiga e sua doença foi sempre piorando, apesar da resistência admirável do Pe. Rafael, que os médicos admiravam muito. Contra todas as expectativas, trabalhou durante anos até agosto de 1987, na Basílica de Aparecida, atendendo os romeiros: confissões, missas, ritos penitenciais, batizados, etc. Foi operado mais duas vezes, para minorar as dores que sofria e ficou no leito de dores por longos 10 meses. Ele mesmo dizia que estava “como Jesus no Calvário”. Sofria dores atrozes, que os medicamentos não conseguiam eliminar. Pedia que Jesus e Maria o viessem buscar, mas entregava tudo nas mãos de Deus, a cuja vontade se submetia. Faleceu no dia 13 de julho de 1988. (INFORMATIVO, 23-SP, nº. 111, julho/88, pg. 42)
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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 11 de julho de 2025

EMANCIPAÇÃO DA CIDADE DE APARECIDA-SP

Emancipação de Aparecida, que bom. 
Uma história que Lúcio Mauro se propõe a contar. 
Não vivenciei, nasci em 1937, aconteceu em 1927. 
Frequentei o Chagas Pereira, escola estadual com professoras de Guaratinguetá , não fez parte de meu currículo essa história que tanto nos orgulha. 
Personagens importantes, Américo Alves, João Barbosa, Júlio Braga, estes que conheci, outros nobres participantes de uma saga. 
Comícios, encontros, um ideal, vontade de mudar, viver uma realidade, liberdade, dissolver laços, caminhar espaços próprios, Aparecida se libertou, ganhou autonomia, não houve guerra, continuamos irmãos. 
Certa feita, trabalhando no Banco do Brasil e atuando no caixa, atendi a um aparecidence, José Bustamante. 
Identificou-me como filho de Raphael Menezes e se propôs a contar um fato. 
1927, comício na Ponte do Sá, discursos inflamados, participantes exaltados, vontade de liberdade, eis que surge um jovem de 25 anos, toma a dianteira, se põe em condição privilegiada e grita em voz alta: INDEPENDÊNCIA OU MORTE ! 
José Bustamante contou, Raphael Menezes, fotógrafo, mineiro, Silva de origem, qual Tiradentes, não faz parte da galeria dos heróis, mas deixou seu nome nessa história, lutou pela emancipação, gostava de Aparecida. ALEXANDRE DUMAS MENEZES
Obrigado, amigo Dumas! Vivi nessa cidade durante 5 anos, 1958/1962, e agora você me mostra um fato de liberdade desse municípo, fato este de valor, que nesse tempo todo, desde lá até hoje, nunca havia percebido e ainda me importado! Um grande abraço! ANTÔNIO IERARDI NETO

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. PAULO FORSTER CSsR e PE. LEONARDO ECKL CSsR

PE. PAULO FORSTER CSsR
+11 de JULHO 1964 
Natural de Lanshut, na Alemanha. Nasceu a 26 de junho de 1888. Com 12 anos ingressou no Juvenato C.Ss.R. em Gars, professando em 1912. Teve de interromper seus estudos superiores, convocado para o exército, na guerra de 1914. Na batalha de Verdum, em 1916, foi ferido com um estilhaço de granada. Com dispensa especial, devido a um defeito que lhe ficou em uma das mãos, pôde continuar os estudos, sendo ordenado em 1919. Em abril de 1920 chegou ao Brasil, cumprindo a promessa que fizera na guerra, de trabalhar para Nossa Senhora na Vice-Província brasileira. Pe. Paulo era dono de ótima inteligência. É o que mostra um de seus atestados de estudos, com as notas “Optime” e “excelenter” em todas as matérias. Muito bom desenhista, de letra impecável (apesar do defeito na mão), lecionou Matemática, Física, Química, Astronomia, Mineralogia, Latim e Grego; foram as suas matérias durante os 25 anos que trabalhou no Juvenato (Aparecida). Em 1949, já cansado de lecionar, foi transferido para Goiás. Esteve depois em Araraquara e São João da Boa Vista, auxiliando nos trabalhos da Casa. Mais tarde, já com a saúde abalada, foi transferido para a Penha; e aí travou sua última batalha, enfrentando pacientemente longos meses de sofrimento, para falecer a 11 de julho de 1964. O seu “Diário de Guerra” (manuscrito) está no nosso Arquivo Provincial. 
PE. LEONARDO ECKL CSsR
+11 de JULHO 1972 
Nasceu na Alemanha a 15 de julho de 1889, ingressando no Juvenato C.Ss.R. em 1901. Fez a sua Profissão em 1909, e após seus estudos de Filosofia e Teologia, doutorou-se em História Eclesiástica. Veio para o Brasil em 1935, já nomeado Vice-Provincial. E o cargo não lhe foi nada leve, principalmente a princípio, devido à falta de conhecimento da língua e das condições da Vice- Província. Teve o mérito de fundar a Casa-Estudantado de Tietê, solenemente inaugurada a 24 de janeiro de 1937. Grande pregador de retiros para religiosas e sacerdotes , teria pregado, segundo afirmou, mais de 400 retiros aqui no Brasil. — Deixando o cargo de Vice-Provincial, trabalhou ainda em Araraquara, e depois, na Província de Porto Alegre, à qual foi adscrito nos seus últimos anos. Idoso, e bastante enfermo, pensou ainda em voltar para alguma casa da nossa Província, onde esperava morrer. Mas não chegou a realizar esse desejo, pois faleceu em Porto Alegre a 11 de julho de 1972. 
Pe. Leonardo liderou um numericamente pequeno mas aguerrido movimento de confrades alemães da Província que se opuseram à separação desta da Província da Baviera. Queria que o Rio Grande do Sul fosse separado de São Paulo e constituído como Vice-Província dependente da Baviera. Eleito vogal para o Capítulo Geral de 1947, ali trabalhou nesse sentido contra a Província que o elegera. O projeto não foi adiante e ele permaneceu como membro da Província de São Paulo, assumindo várias responsabilidades, tais como coordenador e professor do curso de pastoral para os padres novos, curso que por alguns anos funcionou na Penha, em São Paulo. (nota do editor)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 8 de julho de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE ANTÔNIO DA CRUZ VAZ CSsR

PE. GERALDO CAMILO DE CARVALHO CSsR
Missionário Redentorista 
*26/11/1931 +08/07/2021
- 89 anos de vida 
–68 anos de redentorista 
–62 anos de Sacerdote 
Nasceu no dia 26.11.1931, em S. Rita de Caldas MG. 
Seus pais: João Camilo de Carvalho e Ana Balbina de Carvalho. 
É o 8º entre os 10 filhos do casal. 
Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, a 22.01.1945. 
Em 1952 fez o Noviciado em Pindamonhangaba SP. 
Aí fez a Profissão Religiosa na C.Ss.R. a 02.02.1953. 
Os estudos de Filosofia e Teologia foram feitos no Seminário Santa Teresinha, em Tietê. 
A Profissão Perpétua foi em Tietê a 02.02.1956 
Foi Ordenado Diácono a 26.10.1958, em Tietê, por Dom Almir Marques Ferreira. 
Foi Ordenado Sacerdote, em Tietê, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba, a 01.01.1959 
Em 1960, fez o Tirocínio Pastoral no Santuário Nossa Senhora da Penha, em São Paulo – SP, que na época estava aos cuidados pastorais dos Redentoristas. 
Grande parte da vida foi dedicada à Pastoral do Santuário de Aparecida, dedicando-se ao atendimento dos romeiros, em diversos períodos.
Atuou também na pregação das Missões Populares, residindo na comunidade de São João da Boa Vista – SP. 
Em 1978, foi para Roma estudar Catequese na Universidade Lateranense, obtendo Mestrado em Pastoral. 
Em 1981/1987, foi exercer o Ministério Sacerdotal em Angola, na África.
Em 2000 foi transferido para Araraquara, como auxiliar da Igreja de Santa Cruz e depois foi para São João da Boa Vista, trabalhando na Pastoral da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. 
Em 2008, foi residir em Aparecida Comunidade Padre Gebardo e depois na Comunidade das Comunicações, ajudando na Pastoral do Santuário.
Atuou como Vigário Paroquial em diversas paróquias cuidadas pelos Redentoristas e também ajudando e substituindo párocos idosos e doentes. 
Foi muito procurado para pregação de tríduos, novenas e encontros. 
Pe. Geraldo Camilo era um confrade bastante simples e de bom relacionamento na comunidade. 
Simpático e alegre, sempre tinha uma anedota para alegrar a conversa e descobrir o lado pitoresco dos fatos. 
Soube assumir com responsabilidade os compromissos pastorais.
Aproveitava bem o tempo com leituras e estudos. 
Tinha capacidade para fazer boas amizades e cultivava atividades sociais.
Desenvolveu intenso zelo pastoral. 
Paciente nas contrariedades, soube levar a bom termo a missão em Angola, dinamizando as comunidades em diversas cidades, passando por muitas privações e provações, nos tempos difíceis da guerra. 
Lá construiu muitas igrejas e capelas. 
Vivendo os últimos anos no Convento do Santuário Nacional, assumiu com paciência e resignação as limitações da idade, sendo um redentorista de fé, de oração e alegre. 
Deus o chamou aos quinze minutos do dia 08 de julho de 2021. 
Com Deus e com a Virgem Maria para sempre, Pe. Camilo, e do céu rogue por nós!
Que triste receber a notícia da morte do Camilo, meu contemporâneo, alegre e contador de anedotas. Estivemos juntos, não faz muito tempo, no convento de Aparecida, o Geiger, eu e os padres Gervásio, Vianna, Camilo e também o Geraldo. Demos muita risada das piadas do Camilo, o Gervásio, gentilíssimo , o Geraldo, observador, pediu-me para rezar a Ave Maria em Grego, o Vianna, filósofo, pensador. Almoçamos, bebemos uma boa cachaça, relembramos lugares comuns, matamos saudades de tempos nostálgicos, gravados eternamente em nossos corações. Alexandre Dumas
Também admirava muito seu jeito brincalhão. Gostava muito dele, apesar de ter convivido pouco.João Loch

ELES VIVERAM CONOSCO - PE ANTÔNIO DA CRUZ VAZ CSsR

PE.ANTÔNIO DA CRUZ VAZ CSsR
+8 de JULHO  1979 
Nasceu em São Paulo, a 8 de agosto de 1924. Era de família portuguesa, bastante simples; e seu pai, o “seu Abílio” foi, durante 30 anos, o nosso chacareiro na Penha, ajudando, também, quando necessário, nos trabalhos da Casa, como porteiro ou cervejeiro. A 2 de fevereiro de 1937 “o Cruz” (assim chamado) ingressou no Juvenato Santo Afonso (Aparecida), professando a 2 de fevereiro de 1945. Fez o Seminário Maior em Tietê, sendo ordenado a 27 de dezembro de 1949. Aparecida e Penha foram o campo de apostolado onde trabalhou até 1956, ano em que fez o segundo Noviciado. Dedicou-se depois às Missões, nas Casas de Araraquara e São João da Boa Vista. De 1974 a 1978 colaborou como Ecônomo na Vice-Província de Brasília, para a qual fora transferido. Em maio de 1979 estava em Ipamerí, preparando uma nova Fundação, e trabalhando ativamente na Pastoral da região. Certo dia, ao regressar de um trabalho na zona rural, sentiu-se muito mal, sendo logo internado para os necessários exames. Resultado: cirrose e câncer no fígado. Foi trazido logo para São Paulo e internado no Hospital Sírio Libanês. Novos e acurados exames para os médicos informarem: nenhuma esperança de recuperação. No hospital tudo foi feito para diminuir o sofrimento do enfermo, com o qual permanecia sempre nosso Irmão Rafael. Durante alguns dias, embora acamado, Pe. Cruz ainda pôde concelebrar com o Provincial que, numa dessas concelebrações, lhe ministrou a Unção dos Enfermos. No dia 8 de agosto, porém, não pôde mais concelebrar. Aí pelas 3 horas, iniciada a Santa Missa por um dos nossos, ele já estava agonizando. Em meio às orações dos parentes e conhecidos, à hora da Comunhão, ele expirou tranqüilamente, para iniciar a sua Comunhão eterna. (Comunicado do Governo Provincial)
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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 7 de julho de 2025

História, Fé e Raízes em Aparecida

REDENTORISTAS NO SRSA
EM APARECIDA-SP
Uma chegada marcada por música, devoção e acolhida Recentemente, em uma conversa sobre a importância de preservar dados e memórias na Távola, tive a grata oportunidade de reencontrar a história viva de Aparecida por meio do empresário Júlio Barreto, com quem desenvolvi uma amizade após uma apresentação no Rotary local. Ao saber da minha ligação com os Missionários Redentoristas, Júlio compartilhou algo precioso: registros de sua família e a profunda conexão deles com a Congregação Redentorista, desde a chegada dos pioneiros alemães em 28 de outubro de 1894. 
Nessa data memorável, por volta das 22h, o trem com os primeiros missionários vindos da Alemanha chegou à estação ferroviária de Aparecida. A emoção tomou conta do povo — e a recepção foi solene: uma banda de música animava a multidão que aguardava com fé e esperança. Essa banda era a Aurora Aparecidense, conduzida por ninguém menos que o bisavô de Júlio, o Maestro Isaac Júlio Barreto, então Mestre de Capela da Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Uma tradição musical depois continuada por seu filho, Maestro Benedito Júlio Barreto, e pela neta, Maria da Conceição Barreto. 
A música, desde o primeiro momento, uniu os corações e anunciou a chegada de uma nova fase para Aparecida. Entre os que desembarcaram estavam os padres Lourenço Gahr, José Wendl, Gebardo Wiggermann, João Batista Spath, Claro Monteiro do Amaral, e os irmãos Estanislau, Rafael e Simão. A acolhida seguiu até a casa do Sr. João Maria de Oliveira César, onde jantaram, e, depois, instalaram-se provisoriamente ao lado do Santuário. No dia seguinte, conheceram o Santuário e a pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida — cuja figura negra os remeteu à Virgem Negra de Altötting, ícone de devoção mariana na Baviera, de onde muitos deles vieram. 
Mal dominavam o idioma, mas logo estavam celebrando missas, ouvindo confissões, evangelizando e, sobretudo, integrando-se ao povo com afeto e simplicidade. Em pouco tempo, passaram a ser chamados de “missionários de Aparecida” e conquistaram para sempre o coração dos aparecidenses e romeiros. 
A missão dos Redentoristas plantou em Aparecida uma semente de fé que floresceu em devoção e identidade nacional. E, por entre essa bela história, está a memória viva de famílias como a dos Barreto, cuja música embalou o início de tudo. Gratidão, Júlio, por compartilhar tão bela herança.
PEDRO LUIZ DIAS

UNIDADE e SOLIDARIEDADE: dois clamores do coração da Igreja

PEDRO LUIZ DIAS
Na homilia deste domingo, 6 de julho, durante a missa das 8h no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, nosso querido e inspirado Arcebispo, Dom Orlando Brandes, voltou a proclamar com firmeza e ternura: a Igreja precisa de UNIDADE
Mais do que mencionar, ele nos pediu orações — e atendemos com a urgência que o tema exige. Mas a manhã seguinte nos levou a adicionar, com o coração ferido, outro clamor urgente: a SOLIDARIEDADE
Fomos informados da triste notícia de mais um caso de suicídio de um jovem presbítero. Diante disso, não apenas rezamos. Rezamos e nos questionamos: O que mais podemos e devemos fazer, como comunidade de fé, para cuidar dos nossos pastores, irmãos, amigos e irmãs em sofrimento? 
A UNIDADE e a SOLIDARIEDADE são inseparáveis. 
Uma Igreja unida é também uma Igreja que cuida. 
Que escuta. 
Que acolhe. 
Que não silencia a dor, mesmo quando ela vem de dentro.
Que as palavras de Dom Orlando encontrem eco em nossas atitudes. 
Que a oração se transforme em presença, em acompanhamento, em empatia concreta. 
E que cada comunidade, cada fiel, cada coração cristão se sinta chamado a ser ponte e não muro, abraço e não julgamento, resposta viva e amorosa ao sofrimento alheio.
Rezamos. 
Agimos. 
Unimo-nos. 
Por uma Igreja que seja verdadeiramente casa, refúgio e família para todos - especialmente para quem sofre em silêncio.

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JOSÉ GERALDO RODRIGUES CSsR

Pe. José Geraldo Rodrigues CSsR 
Missionário Redentorista 
*30/07/1943 - + 07/07/2021 
– 77 anos e 11 meses 
– 56 anos de Redentorista 
– 51 anos e 6 meses de Sacerdote 
Nasceu aos 30 de julho de 1943, em Itápolis – SP. 
Seus pais: Victorio Rodrigues, nascido na Espanha, e Antónia de Freitas Rodrigues, nascida na Ilha do Faial (Açores). Tiveram 09 filhos. 
Foi batizado aos 06 de agosto de 1943, na paróquia do Divino Espírito Santo, em Itápolis – SP. 
Entrou para o Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida, no ano de 1955. 
Emitiu a Profissão temporária aos 02 de fevereiro de 1965, em Aparecida-SP. 
A Profissão Perpétua foi em 01 de março de 1970, em São Paulo-SP. 
Foi ordenado Diácono aos 17 de maio de 1970, em São Paulo-SP. 
A ORDENAÇÃO PREBISTERAL foi aos 12 de dezembro de 1970, em Itápolis-SP, por D. Juvenal Roriz CSsR. 
ESTUDOS REALIZADOS, A PARTIR DO II GRAU: 
= Filosofia, no Alfonsianum e reconhecida pela USP, em 1971; 
= Teologia, no Alfonsianum e reconhecida pela PUC-SP, em 1971; 
= Jornalismo, pela Fundação Cásper Líbero, SP, de 1972-74. 
= Publicou diversos livros de Pastoral Popular 
Pe. Geraldo conviveu nas Comunidades Redentoristas do Jd. Paulistano, em São Paulo e  em Aparecida, onde trabalhou na Editora Santuário, como diretor e redator chefe. 
No Santuário Nacional foi confessor atendendo os romeiros. 
Em Araraquara, SP, foi o Reitor da Igreja Santa Cruz. 
Por vários anos prestou o serviço de secretário provincial e também por vários anos no setor das Comunicações da Congregação, em Roma, residindo na Casa Geral. 
Em Portugal, na cidade do Porto, Pe. Geraldo prestou serviços na área social. 
Por muitos anos ele evangelizou através dos escritos, livros, cartas e usando a internet para enviar boletins com mensagens e informações denominadas “Vivências”. 
Nos últimos anos, vivendo na Comunidade Redentorista do Santuário Nacional, Pe. Geraldo Rodrigues fez o caminho do Calvário suportando doenças, cirurgias, internações. 
Sempre silencioso e conformado, assumiu sua cruz com serenidade e paz. Sendo bem cuidado pelos confrades e enfermeiros, Pe. Geraldo veio a falecer na noite do dia 07 de julho de 2021, no Convento, faltando 23 dias para completar 78 anos de vida. 
Que o Pai misericordioso o acolha no Céu! Que o Cristo Redentor o envolva com a Copiosa Redenção, e o Espírito Santo lhe conceda a paz definitiva. 
Que a Mãe Aparecida seja para ele, agora, o Perpétuo Socorro! 
São José e São Geraldo o acolham no céu! 
Com Deus para Sempre, Pe. José Geraldo Rodrigues e rogue por nós!

domingo, 6 de julho de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MANUEL (ANICETO DE MOURA) CSsR

IR. MANUEL (ANICETO DE MOURA) CSsR
+6 de JULHO  1950 
Irmão do nosso Pe. Raimundo Moura, nascido perto de Uberaba (MG) a 17 de abril de 1900, ingressou na C.Ss.R. aos 28 anos, professando a 26 de abril de 1930, em Pindamonhangaba. Piedoso, muito quieto e observante, não sentia, porém, qualquer atração pelo trabalho na cozinha; e foi justamente como cozinheiro que ele trabalhou sempre, em diversas de nossas casas. Em 1947 vítima de um incomodo cardíaco, sofreu um grave acidente, cujas conseqüências muito o fizeram sofrer pelo resto da vida. Acabou deprimido, pessimista, achando-se inútil na Congregação. Apesar de toda a paciência e boa vontade dos superiores que lhe facilitaram toda sorte de tratamentos, o pobre Irmão insistia em voltar para junto de sua família, temendo ser um peso para os confrades. Tanto insistiu que a dispensa dos votos lhe foi concedida pelo Pe. Geral. Providencialmente, porém, antes que o documento lhe chegasse as mãos, sua fraqueza cardíaca o levou para junto do Pai, em Araraquara, a 6 de julho de 1950.
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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 4 de julho de 2025

ELES NOS PRECEDERAM - PE. JOSÉ FRANCISCO WAND CSsR

PE. JOSÉ FRANCISCO WAND CSsR
+4 de JULHO 1937 
Foi um dos grandes benfeitores da Vice-Província, pelo muito que sofreu e realizou. Único prussiano entre os Padres bávaros, ele nasceu em Heiligenstadt, a 1º de dezembro de 1882. Dos seus 9 irmãos, dois outros também se tornaram padres: um secular, e outro franciscano, que veio trabalhar entre os índios do Xingu. Entrando no Juvenato de Gars em 1893, Pe. Francisco professou em 1902, sendo ordenado a 16 de junho de 1907. No ano seguinte veio para o Brasil, iniciando sua vida aqui como professor no Juvenato, em Aparecida. Estando nos planos dos Superiores uma fundação em Porto Nacional, para onde já havia sido nomeado Bispo o nosso Pe. Orlando Morais, Pe. Francisco foi encarregado de preparar a fundação. Com muito entusiasmo viajou ele para Porto Nacional, e iniciou seu trabalho. Mas Pe. Orlando acabou renunciando ao Bispado, e a fundação fracassou. Pe. Francisco permaneceu então seis anos em Campininhas, como missionário. De zelo incansável e ótima saúde, ele percorreu nesses anos quase todo o sul de Goiás, missionando cidades, povoados e fazendas. Em 1924 foi nomeado Superior e Vigário de Aparecida; em 1927 Superior de Cachoeira do Sul, e em 1930 foi nomeado Vice-provincial, cargo que ocupou até 1935, ano em que foi novamente empossado como superior e vigário de Aparecida. Prussiano como era, Pe. Francisco mostrava-se, às vezes, um tanto duro e ríspido no trato com estranhos e confrades. Mas sabia ser também fino, delicado e atencioso. Ele mesmo confessou que, trabalhando (como ele gostava) entre os caboclos da roça, aprendeu a ser “manso”, embora após muito “ranger os dentes”. Como superior de Aparecida sempre foi muito exigente quanto à ordem e à limpeza da casa. Com seu gosto artístico, soube melhorar muito à Basílica, dotando-a de riquíssimos paramentos, castiçais, ostensórios, à altura do nome do Santuário. Obra sua é também o altar da capela do Santíssimo, e, com muito esforço, comprou na Alemanha um dos maiores e melhores órgãos para a Basílica (Inaugurado em 1926). E já estava também em seus planos a construção de uma nova Basílica, que ele sonhava no atual Morro do Cruzeiro, o que, naquele tempo não foi possível. Em meio, porém, a todo esse trabalho de Superior e Vigário, Pe. Francisco não esquecia o povo simples da roça que, assim ele o dizia, era a sua predileção. Sempre que podia aceitava para si algum trabalho desse tipo. De fina e rígida educação prussiana, era entre os mais humildes que ele se sentia feliz, conhecido por todos como o “Pe. Chico”. Para ajudar os doentes mais pobres chegou a compilar num grosso caderno, inúmeras receitas e fórmulas caseiras, das quais se servia em seus trabalhos na roça. Ótimo escritor, de estilo elegante e fluente, em alemão, não se arriscava muito a escrever em português, embora o pudesse fazer com toda facilidade. Interessou-se, e muito, pela tradução das obras de Santo Afonso, trabalho que confiou a vários de nossos confrades; quis também publicar uma edição das poesias e cânticos do nosso Fundador. A tradução foi feita, as melodias colecionadas, mas... o trabalho perdeu-se no tempo, após ter ele deixado o cargo de Vice-provincial. Equilibrado e prudente, Pe. Francisco foi muitas vezes o intermediário entre a Nunciatura e o Arcebispo de São Paulo, que muito o estimava como amigo e conselheiro. Uma das suas ultimas resoluções como Vice-provincial causo-lhe sérios aborrecimentos e não poucas incompreensões. Dada a situação políticoreligiosa pouco favorável na Alemanha (1932 ) Pe. Francisco resolveu não enviar mais para Gars os nossos estudantes. Entrou em contato com o Provincial de Buenos Aires, cuja Província estava com a mesma dificuldade, e iniciaram, perto de Buenos Aires, um Seminário Maior para brasileiros e argentinos. Foi um passo corajoso que não agradou à Província-mãe, mas serviu para que a Vice-província despertasse para a construção do Seminário Maior (inaugurado em Tietê, em 1937). Nomeado superior de Aparecida em 1933, Pe. Francisco teve de renunciar em 1936, devido a um mal estranho que lhe enfraqueceu as pernas. Já não podia andar, nem manter-se em pé. Os médicos não atinaram com a doença, e o submeteram a um tratamento tão penoso quanto inútil. A 16 de junho de 1937, trigésimo aniversario da sua ordenação, disse ele a um confrade: “Hoje eu gostaria de morrer; sempre pedi a Deus que me desse trinta anos de apostolado, e depois... dispusesse de mim”. — E Deus ouviu sua oração. Internado no Hospital Santa Catarina, sofreu horrivelmente em seus últimos dias; mas sempre com admirável paciência e resignação. A 4 de julho ele faleceu. Prefeito e autoridades de Aparecida fizeram questão fosse o seu corpo transladado para Aparecida, e seu sepultamento foi, talvez, o mais concorrido que Aparecida já viu. Enquanto baixava ao túmulo, a Pia União da Filhas de Maria cantou o hino “Eu prometi” (melodia de Oscar Randolfo Lorena) que ele, em vida, pedira para essa ocasião.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 3 de julho de 2025

-JOSÉ MORELLI -SACERDOTE E ANTIGO SEMINARISTA-SRSA

José Morelli nasceu no bairro da Penha de França, cidade de São Paulo, no dia 24 de julho de 1942, fez seus primeiros estudos em escolas do próprio bairro. 
Estudou humanidades, filosofia e teologia em seminários dos padres redentoristas. 
Ordenado sacerdote em 1969, exerceu o ministério sacerdotal até 1976, tendo lecionado latim e filosofia social a seminaristas. Formado em psicologia, atuou como programador de treinamento em importante instituição bancária, na capital paulista. 
Participou de vários cursos a nível superior, dentre os quais o de psicodrama pedagógico. 
Possui longa experiência em atendimentos de psicoterapia.
Além de escrever em vários jornais temas de psicologia e outros, atende a convites para fazer palestras para adultos e jovens. 
Em sua participação na vida do bairro, desde 1994, passou a confeccionar presépios no interior da Igreja do Rosário dos Homens Pretos. 
Quando da comemoração do bicentenário de sua aprovação como templo católico, em junho de 2002, fez parte da primeira comissão de festa. 
Participou ativamente das treze festas já realizadas até o presente momento.
Livro "Penha de França - Expressões do Rosário" 
Sobre o Livro 
Este Livro é um trabalho de anos de pesquisa histórica sobre a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, em São Paulo. Esta Igreja possui hoje uma importância singular, a partir do momento que, além de ser testemunha de um Brasil escravocrata, ela se edifica como o templo religioso mais antigo construído por uma irmandade de negros escravos e alforriados dentro de nossa cidade, acompanhando os vários momentos históricos políticos, sociais e clericais e hoje contando com um resgate da valorização da cultura e da história dentro do bairro, que já foi freguesia, mas que mantém ainda parte de suas características provincianas, chamado Penha de França. O trabalho é composto de um acompanhamento cronológico da história e ilustrado por fotos, destacando-se três momentos: da construção ao vicariato do Pe. Antonio Benedito de Camargo; pós-chegada dos padres redentoristas; resgate das antigas festas do Rosário e de São Benedito.
IGREJA DE NOSSA SENHORA 
DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS
PENHA DE FRANÇA

quarta-feira, 2 de julho de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. VALENTIM MOOSER CSsR

PE. VALENTIM MOOSER CSsR
2 de JULHO 1975
Natural da Baviera, nasceu em 1892. Desde criança sua saúde não foi das melhores. Professou na C.Ss.R. em 1915, sendo ordenado em 1920. Trabalhou pouco na Alemanha, pois em 1922 veio para o Brasil, dedicando- se de corpo e alma às Oficinas Gráficas de Aparecida, que dele receberam um grande impulso. Sob a sua direção, a antiga tipografia de “O Santuário” foi ampliada com novos e modernos recursos, produzindo trabalhos que muito honraram o nosso nome e o nosso apostolado nesse setor. Durante quase 30 anos manteve a edição do “Almanaque”, depois rebatizado como “Ecos Marianos”. A pedido do então Vigário da Basílica, Pe. Antônio de Oliveira, foi ele quem idealizou e encomendou em Trento (Itália) o atual carrilhão da Basílica. Traçou também um plano para a construção da nova Basílica, projetada pelo então Arcebispo de São Paulo, D. José Gaspar, para ser construído no atual Morro do Cruzeiro. Grandiosos, e até um tanto mirabolantes, o plano e a planta foram, mais tarde, abandonados, encontrando-se hoje arquivados na Cúria Metropolitana de Aparecida. Devido ao seu modo de trabalhar, minucioso e exigente, bem como seu apego às próprias idéias, Pe. Valentim sempre teve dificuldades para encontrar colaboradores que com ele trabalhassem. Mesmo assim, deixou-nos o exemplo de um grande esforço e dedicação ao trabalho, durante os anos que trabalhou na Província de São Paulo. Não podendo mais ocupar-se das “Gráficas” devido à sua idade e saúde sempre precária, em 1968 voltou para a Alemanha. Era Capelão de uma Comunidade Religiosa, quando faleceu, aos 82 anos, a 2 de julho de 1975.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Um homem de poucas palavras, magro de corpo, mas grande de espírito missionário e cheio de vontade de trabalhar. Assim pode ser definido o missionário redentorista, padre Valentim Mooser, alemão que deixou sua terra para evangelizar as terras brasileiras. Dedicou-se de corpo e alma à modernização das Oficinas Gráficas de Arte Sacra, que hoje é a Editora Santuário, fundada em 5 de novembro de 1900. CDM/Santuário Nacional. CDM/Santuário Nacional. Valentim Mooser dedicou 46 anos de sua vida à missão no Brasil. Imagine imprimir estampas religiosas em uma época em que a impressão gráfica era feita com clichês de chumbo, de forma bem manual. Padre Valentim não se intimidou e fez. Conseguiu ter em Aparecida um grande estoque de santinhos e vender para todo o Brasil. Na época, a gráfica detinha o monopólio da arte sacra no país. O encurvado Valentim, de cabelo estilo escovinha, também foi muito zeloso na publicação do boletim Almanaque, batizado depois de Ecos Marianos, que se tornou o almanaque religioso mais completo e diversificado do país. Foi ele quem dinamizou a antiga Tipografia Santuário. Os anos de 1930 a 1950 foram gloriosos para a gráfica do santuário, perdendo depois dessas décadas o mercado com a modernização da tecnologia e a chegada da impressão offset. O guerreiro Mooser fica na história como aquele que iniciou a construção física da atual Editora Santuário. Foi nessa época também que ele trouxe as Irmãs Canisianas para trabalhar na gráfica. Valentim Mooser era natural da Baviera, na Alemanha, onde nasceu em 1892. Professou na Congregação Redentorista em 1915, foi ordenado padre em 1920. Chegou ao Brasil em 1922. Traçou também um plano que não foi a frente para a construção da nova Basílica, projetada pelo então arcebispo de São Paulo, dom José Gaspar, para ser construída no atual Morro do Cruzeiro. Não podendo mais ocupar-se do serviço árduo da gráfica devido a sua idade e saúde sempre precária, em 1968 voltou para a Alemanha. Era capelão de uma comunidade religiosa, quando faleceu, aos 82 anos, a 2 de julho de 1975. Em 2020, a Editora Santuário comemora 120 anos sendo presença na Igreja do Brasil, nas suas liturgias, nos estudos, na catequese, na formação da fé cristã e em tantas outras frentes. Lembrar o padre Valentim Mooser nessa comemoração é render graças ao trabalho de inúmeros redentoristas que continuam firmes e dedicados nessa missão.

terça-feira, 1 de julho de 2025

OS OUTROS, NOSSO CÉU

A vida eterna consiste na união plena e perfeita com Deus.
Vê-lo, sem véus, será a perfeita felicidade. 
E poderemos dar à Trindade Santa o supremo louvor que nos é possível. 
A vida eterna também será a plena satisfação de nossos desejos, pois que ali teremos a felicidade que vai além de tudo quanto podemos desejar e espe-rar. 
Podemos até dizer que não é a felicidade que encherá nosso coração; nós é que seremos mergulhados e afo-gados na felicidade, rodeados totalmente por Deus. 
Mesmo sendo Deus nossa perfeita felicidade, dela fará parte também a companhia de todos que conosco participarem da alegria eterna. 
Tanto maior será nossa felicidade, quanto mais felizes forem os outros. 
Afinal, essa é a característica do amor que então poderemos viver na plenitude. 
É o que ensina Sto. Tomás de Aquino. 
Não queira faltar ao encontro.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. José Nery Teixeira Marcuzzo CSsR

Pe. José Nery Teixeira Marcuzzo CSsR

Nascido aos 22 de janeiro de 1925 em Arroio Grande – Santa Maria/RS

- 17/02/1940: ingressou no Seminário Redentorista do Menino Jesus em Carazinho;

- 1942: mudou-se para o Seminário Santo Afonso – Aparecida do Norte/SP;

- 1946: noviciado em Pindamonhagaba;

- 1948: estudos superiores no Seminário Santa Teresinha – Tietê/SP

- 27/02/1952: ordenação sacerdotal em Tietê/SP

- 1953 a 1958: professor no Seminário Santo Afonso - Aparecida do Norte/SP;

- 1959: professor no Seminário Menino Jesus – Passo Fundo/RS;

- 1964 a 1969: missionário nos Estados do RS, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás;

- 04/07/1969: assumiu a Paróquia de São Jorge – Rio Grande/RS, onde permaneceu até 10/ 12/1989.

Em Rio Grande passou a ser padre diocesano.

Fundou as comunidades de São José (Bairro Santa Rosa), São João (Bairro São João), N. Sra. Aparecida (Vila Maria) e São Geraldo(Bairro Humaitá).
Reconstruiu e aumentou o patrimônio da Paróquia São Jorge e permaneceu 20 anos como pároco.
Atendeu como vigário paroquial na comunidade Coração de Maria.
Foi cura da Catedral de São Pedro.
Foi o primeiro presidente da CÁRITAS, na cidade do Rio Grande.
Deu atendimento ao Movimento de Cursilho de Cristandade.
Foi professor nas escolas: Liceu Salesiano Leão XIII, Colégio São Francisco e Escola Cônego Luiz de Carvalho.
Atualmente é Assessor Espiritual do Movimento Familiar Cristão e do Seminário Santo Cura D’Ars e vigário paroquial da Paróquia São José Operário, atendendo a Comunidade N. Sra. das Graças.
Enquanto este blog está sendo criado o Pe. José Nery está, temporariamente, afastado por motivo de enfermidade.(abril-2012)

Pe. José Neri Marcuzzo foi redentorista da nossa Província, passou para a diocese de Rio Grande - RS e quando estava muito mal de saúde, dois anos atrás(2014), mandou pedido ao Provincial para voltar  ser redentorista e fez os votos novamente. Faleceu em seguida, como redentorista, mas está sepultado na diocese, onde trabalhou por mais de 40 anos. Tem um histórico da vida dele, incompleto, na internet.Abraço.
Pe. Vitor Edézio Tittoni Borges
Provincial Redentorista de Porto Alegre 
Nota: Até o presente momento, desconheço a data do passamento do Pe.Nery. Assim, estou neste dia 30 de junho publicando lembrança de sua vida, considerando que ELE CONVIVEU CONOSCO! 
Por ora, agradeço também ao Padre Inácio Medeiros, da Secretaria Provincial Redentorista de São Paulo que me trouxe notícias pelo Pe.Edézio, a quem também segue meu agradecimento, bem como outras que complementam esta pequena biografia do Pe.Nery

domingo, 29 de junho de 2025

ZEQUINHA-"LIVROS NO CHÃO"

JOSÉ BONIFÁCIO FERREIRA LIMA
ZEQUINHA
Uma visita inspiradora ao Centro de Planejamento do Projeto Educacional e Cultural “Livros no Chão”, idealizado pela Família Zeka & Edna. 
O projeto transforma praças em bibliotecas a céu aberto, levando literatura, imaginação e cidadania aos espaços públicos de Guarulhos. 
Recentemente, a Câmara Municipal reconheceu esse trabalho exemplar com um Diploma de Honra ao Mérito concedido ao nosso confrade-leigo — missionário da cultura e da esperança — José Bonifácio “Zeka”. 
A comenda agora ocupa lugar de destaque na parede da sua biblioteca particular, cercada pelos livros que seguem encantando gerações. 
Parabéns, Zeka & Edna! 
A missão continua — e continua transformando. 
PEDRO LUIZ DIAS