sexta-feira, 22 de junho de 2018

O HÁBITO REDENTORISTA


Sem dúvida, uma das primeiras coisas que chamam a atenção em uma pessoa é o traje que ela usa. Isso não é diferente com os missionários Redentoristas. Não é raro ouvirmos alguns testemunhos vocacionais dizendo: “fiquei admirado com aqueles homens de batina e um rosário grande do lado” ou “ o entusiasmo daqueles ‘homens de preto’ me encantou e eu decidi que queria ser um missionário também”. Seja uma reação positiva ou de estranhamento, o certo é que ninguém fica indiferente ao ver um Redentorista trazendo sobre si o seu hábito religioso.
O hábito possui uma surpreendente capacidade de atração e de testemunho,além de um profundo sentido espiritual. 
A cor: Ainda que seja permitido uma cor clara, devido ao clima de cada lugar, sua cor tradicional é o preto que significa o luto, isto é, que aquele que a usa já está como que morto para o mundo e vive unicamente para Deus, pois a Ele consagrou toda sua vida: “Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim” Gl 2,20
O Rosário: Nosso fundador, santo Afonso de Ligório, sendo de família nobre trazia à cintura uma pequena espada, símbolo de sua classe social; ao decidir abandar o mundo e consagrar-se a Deus, ele depositou seu espadachim no altar de Nossa Senhora renunciando assim aos seus direitos de nobreza. O lugar da espada não ficou vazio, foi substituído pelo rosário sinal de sua grande devoção e amor à Santíssima Virgem. Os redentoristas, por isso, trazem sempre ao lado esquerdo da cintura o santo Rosário, que é a nossa espada.
A abertura: A batina redentorista não possui botões, é presa apenas pelo cinto. Isso para facilitar o transporte dos religiosos, que no tempo do fundador partiam para as longas viagens missionárias montados em cavalos ou mulas, o transporte dos pobres. Para nós hoje pode significar a disponibilidade constante para a missão e o estarmos “sempre prontos para toda boa obra” 2Tm 3,17
Um religioso trajando seu hábito no mundo de hoje é um “sinal de contradição”, é uma profecia de que é possível viver no mundo sem assumir os valores do mundo, é possível ir contra a corrente, não buscar algo porque a maioria busca, mas buscar o único que nos pode realizar plenamente, Deus.
É verdadeiro o dito popular “o hábito não faz o monge”, porém o identifica, e em uma sociedade onde as imagens falam mais que as palavras, faz-se necessária também uma manifestação visual da nossa consagração a Deus, lembremos assim do que diz o Conc. Vat. II “O hábito é sinal de consagração” (Perfectae Caritatis n. 17). Mais do que nunca, nosso mundo precisa de sinais que apontem para Cristo.
Guilherme Dias Viana - noviço Redentorista
Meu amigo noviço Guilherme, no meu tempo de seminário, ao encerramento do curso médio no seminário menor o seminarista tornava-se noviço e recebia esta preciosa batina que você bem aprecia e divulga o valor....Se fosse no meu tempo, anos 50/60...vc já estaria com esse hábito!!! A.Ierárdi


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