Seguindo nossa proposta de apresentar a vocês mais sobre a vocação redentorista, convidamos o Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R, para dar seu testemunho vocacional.
O missionário redentorista desempenhou diversos trabalhos na Congregação. Foi pároco, trabalhou na formação de seminaristas, foi mestre de noviços, trabalhou no Santuário Nacional, entre outros. Atualmente, Pe. Luiz Carlos é secretário provincial e continua ajudando na paróquia e acompanhando a formação dos seminaristas.
1- Com quantos anos teve o primeiro contato com os redentoristas e aonde?
Não sei quando comecei a pensar sobre ser padre. Morávamos na roça, no município de Sacramento – MG. Tanto os familiares de meu pai, como de minha mãe viviam por ali. Todos os anos o pároco, Pe. Ivo Soares, vinha para a festa do padroeiro. Meu pai dizia que eu disse que queria ser padre. Ele mostrou-me para o padre dizendo isso. Minha avó dizia que eu disse a ela: Vó, um dia eu vou confessar a senhora. Quando ela estava para morrer eu já era estudante redentorista, eu lhe dei a comunhão e ela, então, disse: posso morrer porque o Luiz já me confessou.
Em 1958 um irmão Claretiano, que fazia as assinaturas da Revista Ave Maria, passou em casa e acertou minha entrada para o Seminário Claretiano de Rio Claro, no ano seguinte. Nesse meio tempo, apareceu o Pe. Antônio Borges fundando um seminário redentorista em Sacramento. A família decidiu colocar-me nesse seminário que estava ali perto e não tão longe. Deram-me a vocação redentorista. Não gostei na hora, mas eu tinha 11 anos. Cursava o 3º ano primário.
2- Passou por algum tipo de acompanhamento vocacional?
O acompanhamento foi somente acertar a entrada para o seminário no ano seguinte. Começamos com 15 alunos. O Padre Antônio dizia que eram os 15 mistérios do rosário. Dos 15, só eu fiquei. Eu era o 4º doloroso, Jesus carrega a cruz o caminho do Calvário. Depois eu continuei carregando. O acompanhamento era a vida da família que era religiosa.
3- Com quantos anos entrou para a congregação como seminarista? E quanto tempo ficou na formação?
Entrei com 11 anos. Era o normal do tempo. Entrei dia 26 de fevereiro de 1959. Fiz a profissão religiosa dia 02.02.68, e terminei os estudos no final de 74. Fui ordenado padre em 23 de agosto de 1975.
4- Como você percebeu que tinha vocação para a vida missionária?
No começo a vocação era para ser padre. Eu havia visto uns missionários redentoristas que passaram lá perto de minha casa. Lembro-me do Pe. Henrique e do Pe. Domingos, eram redentoristas holandeses da Província do Rio de Janeiro. Mas isso não teve ligação com o fato de entrar para o seminário. Eu ainda era pequeno.
5- Como aconteceu seu chamado?
A consciência de uma vocação missionária se deu no correr da formação quando a gente ficava conhecendo a vida redentorista. Nunca pensei em sair. Sempre gostei de tudo. Passei momentos difíceis. Mas foi tudo muito sereno.
6- Em sua opinião, quais são os principais desafios para se aceitar o chamado à vida religiosa?
A vida religiosa não é um desafio, é um dom alegre e que preenche o coração.
O desafio fundamental é o querer ser religioso redentorista. Isto é, querer ser o que se propõe. A vida religiosa não é um desafio, é um dom alegre e que preenche o coração.
7- O que mais te encanta na vida missionária?
O que me encanta é o povo. Meu compromisso é com o povo e me sinto feliz quando posso atendê-lo bem. É muito divertido viver com o povo como povo. Deus sempre me deu o jeito de ficar feliz com o povo. Uso meus dons e faço o que posso por ele. Gosto muito da vida comunitária e da espiritualidade da Congregação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário