terça-feira, 28 de setembro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÃO (JORGE) HECHENBLAICKNER CSsR

PE. ANTÃO (JORGE) HECHENBLAICKNER CSsR 
+28 de SETEMBRO 1965 
Um confrade que soube elevar muito o nome da Congregação, não somente pela sua virtude, como pelo seu dinamismo. Tirolês austríaco, Pe. Antão nasceu a 5 de junho de 1880. Após seus estudos ginasiais ingressou na C.Ss.R. sendo ordenado em 1904. Saúde de ferro, e com uma extraordinária capacidade de trabalho, achou que na Europa não teria campo suficiente para a sua atividade. Veio, por isso, para o Brasil, logo após sua ordenação. E nunca mais voltou a rever a sua terra natal, tendo renunciado à respectiva licença para tal. Embora nunca o tenha revelado, sua longa vida nos deixou a impressão de que tinha voto de não perder tempo. “Sanctifica te pro Brasilianis, ut et ipsi sanctificentur per te” — esse o lema que o trouxe ao Brasil, escrito logo no cabeçalho do seu diário de viagem. E esse lema ele o viveu intensamente. Como Superior de Campinas (GO) foi de um zelo incansável, nas pregações, no confessionário, na construção do Santuário de Trindade, bem como da igreja de Bela Vista. E como se isso não bastasse, dedicou-se ainda à pregação de Missões e Retiros. Como Vigário da Penha distingui-se pelo seu zelo e caridade no trabalho de socorrer os pobres por ocasião da celebre gripe espanhola (1915-1918). Novamente como vigário em 1924 teve destacada atuação como mediador entre revoltosos e Governo, na revolução desse ano, bem como organizando a assistência aos pobres e necessitados, com a distribuição de gêneros e roupas. Como Superior e Vigário de Aparecida (1927-1932) apesar de todo o trabalho do seu cargo, tomou parte ativa no movimento de 9 de julho de 1932; promoveu o Congresso Mariano de 1929, e trabalhou intensamente para que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada Padroeira do Brasil, a 16 de julho de 1930. De 1950 a 1956 foi, pela segunda vez, Superior e Vigário de Aparecida, muito fazendo pela Rádio e construção da nova Basílica. Como Missionário trabalhou em Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul, sempre com seu invejável entusiasmo e extraordinária disposição para o trabalho. Foi ainda diretor espiritual e professor no Seminário Maior de Tietê, participando também da Pastoral da Matriz ou nas Capelas rurais. Rigoroso consigo mesmo, jamais se dispensava do trabalho ou dos exercícios comuns. Com os confrades, ou com os estranhos, era sempre o religioso equilibrado, simples e atencioso com todos. Duramente provado pela idade e pela esclerose que não lhe permitiam qualquer atividade, passou seus últimos anos na Penha. Mesmo assim trabalhou com seu exemplo de conformidade, profundo espírito de fé e de oração. Nunca se dispensou do Breviário, rezando geralmente de joelhos, na Capela da casa; e quando já não podia mais celebrar, fazia questão de assistir a todas as missas que se celebravam na igreja. Somente pela sua grande energia e profundo espírito de fé pôde suportar esses anos de inatividade, sem uma palavra de queixa ou desânimo. Desse calvário, porém, Deus o tirou chamando- o para a glória eterna no dia 28 de setembro de 1965.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Foi vigário de Aparecida no tempo em que eu estava no seminário, meu pai, fotógrafo na praça, era muito amigo do padre Antão, certa ocasião autorizou-o com exclusividade a tirar fotos na gruta de Nossa Senhora no sopé do Morro do Cruzeiro, o negócio ia muito bem, mas outros fotógrafos foram ao padre Antão denunciar que meu pai não era devoto de Nossa Senhora e por isso não merecia aquele privilégio, isso o consternou muito, chamou meu pai e fez-lhe uma proposta, pediu que ele entrasse para a congregação mariana para calar a boca dos invejosos, papai não aceitou e deixou o ponto para um dos denunciantes que usava a fita azul.Alexandre Dumas

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