terça-feira, 21 de setembro de 2021

LIVE MEMORÁVEL: HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DO SEMINÁRIO SANTÍSSIMO REDENTOR DE SACRAMENTO, MG – OLHARES DOS QUE ALI PASSARAM

São Paulo, apaixonado por Jesus Cristo, diz com razão: 
 ‘A caridade de Cristo nos constrange’. 
 (Afonso Maria de Ligório – A Prática do Amor a Jesus Cristo) 
VICENTE DE PAULA ALVES
Em 28 de Agosto de 2021 deu-se a Live Memorável de lançamento da obra coletiva Histórias e Memórias do Seminário Santíssimo Redentor de Sacramento, MG – Olhares dos que ali passaram. A dinâmica da Live foi singular, pois nela, cada um dos segmentos inscritos na obra: sacerdotes formadores e paroquiais, irmãos, funcionários, oblatos, seminaristas e familiares dos seminaristas (filhos e esposas) tomaram da palavra para fazerem alusão à obra em tela, porque obra escrita de maneira coletiva e participativa e memorável. O lançamento da obra deu-se no contexto da comemoração dos 60 anos do Seminário Santíssimo Redentor de Sacramento, MG. Esta Casa de Formação e de vivência da espiritualidade redentoristas em sua dimensão redentora foi a realização do sonho do Padre Antônio Borges de Souza, seu idealizador. Um lugar que pudesse ser um ponto de passagem e de encontro entre as terras longínquas de Goiás e de São Paulo. A cidade de Sacramento - nas Gerais, cidade abissal tal qual diz Carlos Drummond de Andrade e onde o sol ilumina de maneira diferente e barroca, como cor de ouro, tanto no amanhecer quanto no entardecer - se apresentou na tarde de lançamento da obra coletiva como um sinal, como um sacramento de coisas invisíveis ali vividas de formas visíveis na vida de cada um, de cada uma, que por ali configuraram suas existências em um tempo e em um espaço. Sacramento, portanto, de sacerdotes redentoristas que marcaram e marcam como sacramento nas vidas de Antônio Borges de Souza, Victor Coelho de Almeida, Luiz Carlos de Oliveira, Eugenio Antonio Bisinoto e tantos outros. Hoje, a antiga casa de formação e de espiritualidade redentoristas segue-se realizando sua vocação enquanto um bem público aos sacramentanos através do Centro de Atendimento Social, homenageando Padre Antonio Borges de Souza. O sábado de lançamento da obra coletiva foi um sábado memorável, pela memória da obra, pela memória do dia onde se celebrou no calendário litúrgico, depois da festa de Santa Mônica, seu filho, Santo Agostinho, pela memória da própria espiritualidade redentorista saída das mãos de Santo Afonso Maria de Ligório e Beata Madre Maria Celeste Crostarosa enquanto memória viva, memória do redentor, memória da copiosa redenção sempre atual. 
Boaventura de Bagnoregio, em sua obra Itinerário da mente para Deus, no Capítulo III, A Contemplação de Deus por meio de sua imagem impressa nas potências da alma, diz que “a atividade da memória consiste em reter e representar não só as coisas presentes, corpóreas e temporais, mas também as contingentes, simples e eternas. Retém as coisas passadas com a lembrança, as presentes com a visão, as futuras com a previsão”.
Ora, a memória viva, a memória da copiosa redenção é passado, é presente, é futuro. É, portanto. É porque existe na história, na tradição, na experiência, na vivência contingente, simples e eterna. Portanto a obra coletiva é um memorial tal como diz o título, dos que ali passaram retendo lembranças do passado. E, talvez, no sábado, no dia da celebração de Santo Agostinho, dia não casual, mas que liga-se à bela obra - síntese da científica Theologia Moralis subsumidos nela todos os pobres mais pobres de Nápoles, os cabreiros da montanhas - A Prática de Amor a Jesus Cristo, pois aí, Agostinho e Afonso se encontram: Ama e fazes o que queres! Assim, na Live Memorável - retendo as coisas da memória presentes com a visão - foram feitas as memórias da Memória, a Memória viva de memórias vivas, porque na Escola de Afonso e de Celeste, que é a Escola de Jesus Cristo, Memória Viva! Este o sentido, sinal, signo, sacramento do Seminário Santíssimo Redentor e, dos olhares que ali passaram, na Sacramento das Gerais! E nesta Escola, que foi também a Escola de Bernhard Häring, onde aprendemos o gesto da memória agradecida! Uma obra coletiva, portanto, de memória agradecida! 
Nas várias e diversas falas de cada um e de cada uma, nos segmentos inscritos na obra, revelou-se um pouco da vida de cada um, de cada uma, imersos na devoção popular, nas políticas públicas, na dimensão ecumênica, na vida laica na igreja e no mundo, na família, na vida de oblato/oblata, na cultura latino-americana e caribenha, ou seja, cada seguimento – dos que ali passaram - continuando a espiritualidade do redentor nas diversas dimensões da existência humana no mundo. 
Assim, esta forma de encontro em forma de uma Live Memorável, revelou-se-nos uma forma já de sinodalidade – modelo de Igreja tão querido e desejado por Francisco, o Papa – e que, faz com que, esta Sessão singular e particular da UNESER (União Nacional dos Ex-Seminaristas Redentoristas do Brasil), a partir da experiência/vivência desde o Seminário Santíssimo Redentor de Sacramento, instaure uma maneira de ser/estar da UNESER no Brasil com dimensões latino-americana-caribenhas de forma pluriversal, porque hoje a Congregação do Santíssimo Redentor se redesenha em sua geo-política-religiosa na América Latina Caribenha. 
É o carisma e a espiritualidade da redenção traduzindo-se, portanto, em Nossa América. 
Padres Alberto Pasquoto e Luiz Carlos de Oliveira, bem como Miguel Alcânjo Soares falaram apontando, agora, da memória às coisas futuras como a previsão, abrindo novos horizontes como formas de continuar o redentor, porque celebrando na terra para celebrar para sempre no céu. Falas decisivas no sentido de se atualizar a memória viva do redentor comprometendo-se nela, com ela e por ela, acenando uma UNESER enquanto um espaço eclesial, teológico e de amizade e amorosidade, construindo assim: um laicato redentorista e uma dimensão ecumênica em sintonia com a Constituição Pastoral Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II, uma forma de ser oblato/oblata iluminada pela espiritualidade redentora, uma sintonização com a devoção popular de nosso povo latino-americano caribenho tal como recomenda o Documento de Aparecida (DAp) - 2007 e tal como foi para Afonso na Nápoles do século XVIII, uma forma de construção do bem comum envolvida com as políticas públicas necessárias, principalmente, aos cabreiros mais pobres da América Latina Caribenha e, uma presença da família, onde as mulheres e filhos e filhas sejam sinais atualizadores e continuadores do carisma da redenção.
Ensinou-nos a História, na Live Memorável que, impossibilitados da cerimonia presencial na cidade em decorrência de momento pandêmico, permitiu na cerimônia virtual aos participantes “serem Sacramento”, pois naquele dia, para lá, todos fomos. Como reportou Dom Messias dos Reis Silveira, que ali estudou, a ação missionária redentorista integrada à população e colaboradores de fato, “nos Sacramentou”. Assim, na dialogicidade protagonista, na obra publicada de forma coletiva e participativa, caminhou-se então, daquela Casa de Formação Redentorista para muitos outros espaços em aberturas de horizontes dilatando a espiritualidade redentora. Por fim, e não poderia ser diferente, o processo de construção da obra coletiva e participativa Histórias e Memórias do Seminário Santíssimo Redentor de Sacramento, MG – Olhares dos que ali passaram e a realização da Live Memorável só foram possíveis graças aos gestos de assertividade e condutibilidade saídos das mãos de Vicente de Paula Alves e outros colaboradores. A eles o nosso muito obrigado, pois fez com quem aqueles que não passaram pelo Seminário Santíssimo Redentor de Sacramento começassem a fazer, desde então, parte desta bela e viva memória de memórias vivas, devendo assim ser conhecida com a leitura da apreciada obra. 
Edivaldo José Bortoleto
 Vicente de Paula Alves – em 10 de Setembro, Inverno de 2021.
Belo texto, um livro resumido, uma história embutida em considerações e louvores a Sacramento, um lugar especial, memórias de tempos inesquecíveis, quiséramos ali também ter estado somando aos anos que prazerosamente vivemos no Santo Afonso uma espiritualidade alicerçada na Copiosa Redenção. Alexandre Dumas
Uma publicação garantindo a memória de muitas pessoas, com sonhos e legados, Alexandre Dumas.
De fato, é muito mais que registro, sim a mística redentorista vive em nós. Impossível viver sem ler essa obra carregada de sinodalidade primeiro entre nós.Vicente de Paula Alves 

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